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Anny K. - 102 • Inibem de forma reversível a geração e condução de potencial de ação, bloqueando funções sensitivas, motoras e autonômicas; Farmacodinâmica • Bloqueio de canais de sódio da membrana neuronal; Evita propagação ao longo da fibra nervosa; • Exemplos: Procaína, Clorprocaína, Ropivacaína, Tetracaína, Lidocaína e Prilocaína; Farmacocinética • dose = taxa de absorção; • Locais: intercostal < caudal < peridural < plexo braquial; Toxicidade • Reações alérgicas: raras, maior incidência com os do grupo éster (ácido paraminobenzóicos) • Comprometimento do aparelho cardiovascular: arritmias cardíacas ou até mesmo parada cardiorrespiratória. (Bupivacaína – maior cardiotoxicidade) • Comprometimento do SNC: doses menores podem causar parestesia peitoral, zumbidos e escotomas visuais, doses maiores podem causar tontura, abalos musculares e convulsões; Anestesia local • Aplicada no tecido subcutâneo; Indicações • Cirurgias pequenas – suturas, retirada de tremores, dissecções vasculares, fístulas artério-venosas; Contra-indicações • Recusa, infecção no local ou alergia; Técnica • Informar paciente dos objetivos, restrições e etc; • Paciente deve ser adequadamente posicionado; • Deve ser realizada antissepsia do local e uso de campo estéril; Solução de anestésico local • Mais utilizados: lidocaína, bupivacaína e Ropivacaína; • A lidocaína é utilizada para procedimentos de curta e média duração e possui dose máxima de 5 mg/kg (sem vasoconstritor) e 7 mg/kg (com vasocostritor); • A bupivacaína é utilizada em procedimentos de longa duração e que necessitam de uma adequada analgesia no período pós-operatório, e possui dose máxima de 2 mg/kg (sem vasoconstritor) e de 3 mg/kg (com vasoconstritor); • O vasoconstritor mais utilizado em associação com os anestésicos locais é a adrenalina, habitualmente na concentração de 5 µg/ml (diluição de 1:200.000); • Os vasoconstritores devem ser utilizados nos bloqueios onde ocorre uma grande absorção sistêmica de anestésico local, como nos bloqueios intercostal, peridural caudal, peridural e do plexo braquial; Não utilizar em regiões de perfusão sanguínea terminal, coronariopatas ou cardiopatas graves; Agulha • Hipodérmicas tamanho 13; Sedação • Pacientes que se sentem desconfortáveis com procedimentos; • Benzodiazepínicos, opióides; Bloqueio de nervos periféricos Definição • Adm de solução anestésica local na proximidade de um nervo para cessar a condução de impulsos nervoso; Localização dos nervos • Obtido por referências anatômicas; Anny K. - 102 Bloqueio de nervos digitais • Inervação dos dedos é composta por dois pares de nervos: dorsal (medial e lateral) e ventral (medial e lateral); • Nas mãos há os nervos digitais dorsais da mão e os digitais palmares próximos; • Nos pés há os nervos dorsais do pé e nervos digitais plantares próprios; Técnica • Bloqueia unha e dedo escolhido, com volume de 2 a 3 mL de anestésico local obtém-se um bloqueio eficiente; • Não associar vasoconstritores – isquemia e necrose; • Agulha 13 pela base da face palmar, para os 2 lados do dedo até alcançar o ponto médio da face lateral; Complicação • Lesão nervosa temporária ou definitiva, risco de isquemia (uso de vasoconstritor); bloqueio de membros superiores Definição e indicação • Adm de solução anestésica local para cessar condução nos nervos a nível do punho; • Indicado a procedimentos cirúrgicos da mão como fraturas, lesão do tendão, tumores e amputações; Anatomia e técnica • Nervos que inervam a mão são os ramos do nervo radial, mediano e ulnar. • Nervo mediano – possui como referências os tendões dos músculos palmar longo e flexor radial do carpo; Agulha 13 perpendicular à pele, até perda da resistência no retináculo dos mm. flexores (2-3mL) Propicia anestesia da face palmar do 1° Quirodáctilo até metade radial do 4º quirodáctilo e face dorsal das falanges distais dos mesmos dígitos. • Nervo radial – referências são os tendões flexores longo e curto do polegar e tabaqueira anatômica. Agulha na base da tabaqueira anatômica (2-3mL) preenchendo o sulco. Anestesia a face dorsal da mão e falanges proximais do 1° quirodáctilo até a metade do 4° quirodáctilo. • Nervo ulnar – referência é o tendão flexor ulnar do carpo e o processo estiloide da ulna. Agulha radialmente ao tendão e direcionada ao processo estiloide da ulna (2-3 mL). Propicia anestesia nas faces palmar e dorsal da mão, compreendendo a metade ulnar dos 4° e 5° quirodáctilos. Anny K. - 102 Bloqueio ao nível do cotovelo Anatomia e técnica • Nervo mediano – possui como referências epicôndilo medial e lateral e a a. braquial; Agulha 25, perpendicular à pele, na linha entre os dois epicôndilos até parestesia (3-5mL). • Nervo radial – possui como referências epicôndilo medial e lateral e o tendão do bíceps Agulha 30 anteriormente ao epicôndilo medial e 2 cm lateral à borda do tendão do bíceps até aparecimento de parestesia ou contato com o osso (3- 5mL). • Nervo musculocutâneo – ponto de punção está imediatamente lateral à borda do tendão do bíceps Agulha 30 no subcutâneo (3-5mL); • Nervo ulnar – possui como referências epicôndilo medial, o olecrano e a fossa olecriana; Agulha 13, 3 a 5 cm proximais ao epicôndilo medial, aplicar anestésico no subcutâneo (3-5mL). bloqueio de membros inferiores Bloqueio ao nível do tornozelo Anatomia e técnica • A inervação do pé é suprida por cinco nervos principais: nervo tibial posterior, fibulares superficial e profundo, sural e safeno; • Nervo tibial posterior – possui como referências a a. tibial posterior, o maléolo medial e o tendão-de-Aquiles; Agulha 25, perpendicular à pele e em direção de 45° ao sulco formado entre o maléolo medial e o tendão de Aquiles. (3-5mL). Proporciona anestesia do calcâneo, da face plantar do pé e dos dedos; • Nervo fibular profundo, fibular superficial e safeno – possui como referências os maléolos medial e lateral, os tendões dos extensores longos do hálux e dos dedos e a a. tibial anterior. Na linha intermaleolar, utilizando uma agulha de 30 perpendicularmente, direcionada ao maléolo lateral, infiltrar no subcutâneo 5 mL, depois para os outros lados; Proporciona anestesia do dorso do pé e da borda medial do pé; Anny K. - 102 • Nervo sural – possui como referências o maléolo lateral e o tendão-de-Aquiles; Agulha 30, lateralmente ao tendão-de- Aquiles, perpendicular à pele e em direção ao maléolo lateral e o tendão de Aquiles. (5mL). Proporciona anestesia da borda lateral do pé e borda proximal da face plantar; Bloqueio ao nível do joelho Anatomia e técnica • Nervo tibial comum – possui como referências o côndilo medial e lateral e a. poplítea; Agulha 30, no ponto médio entre os côndilos, lateral a artéria, 2 a 3 cm de profundidade, perpendicularmente em direção ao fêmur. (10-15mL). Proporciona anestesia da face posterior da perna e borda lateral do pé e face plantar do pé; • Nervo fibular comum – possui como referências é a parte posterior da cabeça da fíbula; Agulha 25, perpendicular à pele, 2cm abaixo e posteriormente à cabeça da fíbula, até tocar processo (3-5mL). Proporciona anestesia da borda medial e posterior, face medial e antero-medial da perna e borda medial do pé; bloqueios tronculares Definição • É o bloqueio de um tronco nervoso proximal. São troncos nervoso de interesse: plexo braquial. Plexo lombar e tronco lombossacral; Bloqueio do plexo braquial Anatomia e técnica • O plexo braquial origina-se das raízes nervosas de C5 a T1 e forma 3 troncos: o superior (C5-C6),médio (C7) e inferior (C8-T1); • Está delimitado pelos mm escalenos anterior e médio e pela fáscia pré- vertebral; • Dá origem aos nervos musculocutâneo, radial, mediano e ulnar; • O bloqueio do plexo braquial é realizado por quatro vias diferentes: a interescalênica, supraclavicular, infraclavicular e axilar; • Em todas as abordagens o uso de estimulador de nervos pode adicionar facilidade; Via interescalênica • Indicada para procedimentos do ombro e braço; Anatomia e técnica • Paciente em decúbito dorsal, braço ao longo do corpo; • Ponto de punção entre os mm escalenos anterior e médio ao nível da 6ª vértebra cervical. Identifica-se a borda posterior do ramo clavicular do m. ECM, o espaço interescalênico, e na altura correlata à cartilagem cricoide; • Agulha 30, perpendicular à pele em ângulo de 45°, caindo no espaço perivascular, injetam-se 20 a 40 mL associado a adrenalina 1:200.000; • Propicia o bloqueio do nervo cervical e frênico. Anny K. - 102 Via axilar • Indicada para procedimentos do antebraço e da mão; Anatomia e técnica • Ponto de punção pode ser transfixando a artéria ou paraarterial (a axilar), após localização da bainha perivascular, 20 a 40mL devem ser injetados; Bloqueio do plexo lombar Anatomia e técnica • O plexo lombar é formado pelas raízes de L1-L4, dele originam-se os nervos femoral, fêmoro-cutâneo lateral e obturador; • Situa-se no compartimento do psoas entre os mm quadrado lombar e psoas maior; Via perivascular inguinal (3 em 1) Indicação • Procedimentos que comprometam as faces anterior, lateral e medial da coxa e medial da perna. Anatomia e técnica • As referências são a crista ilíaca anterior e superior, a tuberosidade do púbis o ligamento ílio-inguinal e a. femoral; • Na linha imaginária entre a crista ilíaca anterior e superior e a tuberosidade do púbis, é possível palpar a a. femoral e 1 a 2 cm lateral a ela é o ponto de punção; • Agulha 5, em ângulo 45° deve passar pelo ligamento ílio-inguinal e atinge o canal femoral, onde suscita parestesia, injetar 40mL; Bloqueio do nervo ciático (via clássica posterior) Indicação • Procedimentos abaixo do joelho, em associação com nervo safeno ou nervo femoral; Anatomia e técnica • O nervo ciático situa-se entre o trocanter maior do fêmur e a tuberosidade do ísquio, inerva a face medial da perna e a borda medial do pé, que recebem inervação do nervo femoral e safeno; • Paciente é colocado em posição lateral, com joelho da perna a ser bloqueada dobrado; • O ponto entre a linha entre o trocanter maior e o hiato sacral e a linha perpendicular e mediana entre o trocanter maior e crista ilíaca superior é o local de punção; • Agulha de 100 a 150mm, perpendicular à pele até desencadear parestesia ou encontrar estrutura óssea (20 a 30mL) bloqueio intercostal Anatomia e técnica • Nervos intercostais são ramos torácicos de T1 a T12 e seguem junto com as artérias e veias intercostais ao longo do sulco inferior de cada arco costal; Anny K. - 102 • O espaço intercostal de interesse é identificado e agulha 25 é avançada em direção à borda inferior do arco costal superior até tocá-lo (3-5mL); ✓ Para realização de drenagem torácica, há necessidade de bloqueio do nervo intercostal do espaço a ser incisado e de dois espaços acimas e abaixo;
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