Paratuberculose bovina

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Também conhecida como Doença de Johne
Gera grandes perdas econômicas
Enteropatia granulomatosa infecto-contagiosa
incurável
Caracterizada por uma diarreia crônica
É cosmopólita (endêmica em algumas regiões)
Disseminou-se no Brasil facilmente devido ao grande
número de rebanhos existentes, importação de animais
infectados e amplo comércio entre as regiões do país.
Possível causadora da Doença de Crohn em humanos
Semelhante a bactéria
que causa tuberculose
PARATUBERCULOSEPARATUBERCULOSEPARATUBERCULOSE
ETIOLOGIA:
Mycobacterium avium paratuberculosis (MAP)
Resistente no meio ambiente,
podendo permanecer
infectante por mais de 1 ano
Sensível a luz solar e
ao ressecamento
BAARs: Bacilos álcool resistêntes
ECONOMIA:
Gera importantes perdas econômicas.
Emagrecimento -> queda
na produção -> diminuição
da eficiência reprodutiva
Morte prematura
Diminuição do
valor da carcaça 
Monyk Dias
EPIDEMIOLOGIA:
Pode afetar muitos mamíferos, aves e até répteis.
Mais frequente em ruminantes domésticos: bovinos,
bubalinos, caprinos e ovinos.
Transmissão interespecífica já foi comprovada
experimentalmente. 
Morbidade 1% e mortalidade e letalidade de 5%
Os reservatórios são os animais portadores
assintomáticos.
A infecção fetal pode acontecer, principalmente em
fêmeas no estágio clínico.
VIAS DE ELIMINAÇÃO E TRANSMISSÃO:
Fezes de animais infectados
Colostro de vacas infectadas ou tetos contaminados
Água contaminada com fezes de animais infectados
Os bezerros são mais susceptíveis devido ao seu pH intestinal
ácido que favorece a MAP, devido a amamentação com
colostro contaminado e aos canais de macromoléculas
que existem no intestino do jovem, permitindo a passagem da
MAP com maior facilidade que em um adulto.
Geralmente infecta o JOVEM que pode ou não
desenvolver os sinais clínicos quando ADULTOS. 
Como trata-se de uma diarreia crônica, é bem comum
a prevalência em animais adultos e idosos. 
Monyk Dias
Fagocitada pelas células M da mucosa ileal e
tranferidas para a sua lâmina própria
PATOGENIA:
VIA ORAL
São introduzidas nos macrófagos, no entanto, resistem
aos fagolisossomos e continuam no interior dos
macrófagos protegidas e se multiplicando
Multiplicação nas placas de Peyer, produzindo
infiltrado mononuclear difuso e fico em BAARs
Acentuada inflamação granulomatosa na mucosa
intestinal (principalmente no Intestino Delgado)
Liberação da MAP em: Fezes, leite, útero e sêmen. 
Diarreia, emagrecimento e morte. 
CLASSIFICAÇÃO:
Animais resistentes: Se infectam com a doença
quando jovens, não desenvolvem e sempre transmitem.
Animais intermediários: Podem apresentar sinais
clínicos por períodos variáveis e sempre transmitem.
Animais sintomáticos: Apresentam os sinais clínicos e
transmitem. 
Monyk Dias
SINAIS CLÍNICOS:
Diarreia crônica,
homogênea e começa
geralmente em jatos e
esverdeada, depois se
torna amarronzada. Não
responsiva a tratamentos
Edema submandibular
(devido a hipoproteinemia)
Emagrecimento
progressivo
 
Queda da produção
e fertilidade
Desidratação
Caquexia
Normorexia e
normotermia
Geralmente começam a partir dos 3A de idade
Silencioso: Até 2 anos sem sintomas e MAP não detectável
Subclínico: Acima de 2 anos sem sinais característicos e
MAP detectável
Clínico: Entre 3 e 5 anos com sinais característicos e MAP
detectável
Crônico: Acima de 5 anos com caquexia e edema
submandibular.
NECROPSIA
Espessamento da mucosa intestinal.
Aspecto anelar e cerebroide das alças.
Projeções polipoides (granulomas)
Mucosa avermelhada
Linfonodos aumentados, principalmente os mesentéricos,
e com acúmulo de líquido leitoso
Protuberância dos vasos linfáticos
Monyk Dias
Histórico: Diarreia crônica em adultos e não responsiva a
tratamento
Achados de necropsia
Laboratoriais (enviar conteúdo gastrointestinal): ELISA,
Imunodifusão e PCR 
Diferencial: Tuberculose e Diarreia viral bovina
PROGNÓSTICO DESVAFORÁVEL
DIAGNÓSTICO:
Não existe tratamento efetivo e a doença resulta em morte
CONTROLE:
Separar bezerros de adultos e construir bezerreiros em
parte alta para evitar enxurradas contaminadas.
Manter bebedouros e comedouros sempre limpos e
sem contato com fezes e em locais elevados.
Evitar o contato com aves.
Piquete de maternidade, para evitar que os animais
nasçam em lugares contaminados.
Realizar exames semestrais em todos os animais.
Realizar quarentena em animais recém adquiridos
Não alimentar bezerros com colostro de vacas
infectadas
Manter as áreas de alojamento sempre limpas e
sem fezes contaminadas.
Descarte de animais infectados.
Monyk Dias