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24/09/2020 1 DISCIPLINA NUTRIÇÃO ANIMAL Prof. Dr. Victor Dias Métodos de quantificação da digestibilidade In situ e In vitro INTRODUÇÃO • Entender os mecanismos da digestão ruminal; • Proporção com que os nutrientes específicos tornam-se disponíveis para os microrganismos do rúmen; • Relação de nutrientes necessários para um bom desenvolvimento microbiano e resposta animal; • Conhecimento da: ▪ Composição química; ▪ Degradação; ▪ Fermentação dos alimentos. IMPORTÂNCIA DA DIGESTIBILIDADE IN SITU • Determinar: ▪ As taxas de passagens das frações liquidas e sólidas; ▪ pH; ▪ Tempo médio de retenção ruminal; • Taxas de passagem determinadas pelo tipo de fibra e pela proteína, variam entre: ▪ Dieta; ▪ Nível de ingestão; ▪ Forma de partículas. IMPORTÂNCIA DA DIGESTIBILIDADE IN SITU • A relação entre os constituintes da parede celular e a digestibilidade de forragens; • Crescimento microbiano; • Identificação das qualidades e eficiências nutritivas do alimento. 24/09/2020 2 TÉCNICA DA DIGESTIBILIDADE IN SITU • A técnica do saco de náilon suspenso no rúmen; • Estima a degradabilidade de determinado alimento, por intermédio do desaparecimento do mesmo após diferentes tempos de incubação no rúmen; • Apresenta-se como alternativa viável, principalmente em função de sua simplicidade e economicidade. TÉCNICA DA DIGESTIBILIDADE IN SITU • Permite o contato do alimento teste com o ambiente ruminal; • É amplamente utilizada em estudos do desaparecimento da fração nitrogenada; • Fornece informações na elaboração de sistemas para exigências nutricionais. TÉCNICA DA DIGESTIBILIDADE IN SITU • Permite identificar fatores que afetam: ▪ O consumo voluntário de forragens; ▪ O grau de maturidade; ▪ A relação caule-folha; ▪ A forma de processamento • A degradação ruminal dos alimentos é fundamental para se avaliar a qualidade do nutriente; • Assim como a quantidade de nutrientes disponíveis para os microrganismos no rúmen que chega ao intestino. METODOLOGIA DA TÉCNICA • Utiliza sacos de náilon: ▪ Com porosidade e dimensões conhecidas; ▪ Introduzidas no rúmen através de fístula ruminal; • A remoção dos sacos é feita ao longo do tempo de incubação; • Determina o desaparecimento da MS, FDN e PB em função do tempo. 24/09/2020 3 METODOLOGIA DA TÉCNICA • Identificar os sacos de náilon com tinta a prova d’água • Secar os sacos em estufa a 60°C por 12h; • Colocar em dessecador por 0,5h e pesar (tara); • Colocar 3 a 5g de amostras em cada saco de náilon(15 x 8 cm), selar, e secar em estufa a 60°C por 24h; • Colocar um saco em branco (sem amostra); • Colocar em dessecador por 0,5h, pesar (tara + MS), e por diferença obter a MS da amostra. METODOLOGIA DA TÉCNICA • Depois são incubadas no rúmen do animal fistulado; • Tempos 0, 6, 48, 96 e 144h; • Retira cada um no tempo determinado ou introduz cada um em um determinado tempo e retira de uma vez só; • Depois coloca de molho na água até clarear. METODOLOGIA DA TÉCNICA • Logo após, seca em estufa a 60°C por 24h; • Coloca em dessecador por 0,5h e pesa (tara +resíduo), por diferença obtém o peso seco do resíduo; • Os sacos referentes ao tempo zero serão lavados em água corrente e receberão os mesmos procedimentos dos demais. • Degradabilidade da MS: DMS = g MS substrato – g MS residual x 100g MS substrato 24/09/2020 4 CUIDADOS IMPORTANTES NO USO DA TÉCNICA • Considerar uma porosidade adequada que permita a entrada dos microrganismos no interior dos sacos para degradação do alimento; • Cuidados na determinação do número de horários de incubação que depende do alimento avaliado; • Para a maioria dos suplementos proteicos os tempos 2, 6, 12, 24 e 36 horas são suficientes. CUIDADOS IMPORTANTES NO USO DA TÉCNICA • No caso de fenos, palhas e outros materiais fibrosos geralmente são requeridos tempos de incubação até 144 horas. • Os sacos no rúmen devem ter livre movimentação: ▪ Permitindo a entrada de líquido ruminal; ▪ Todos possam ser colonizadas; ▪ Trocas de fluidos internos e externos ao saco. • A quantidade de amostra a ser incubada deve ser suficiente para as determinações laboratoriais; CUIDADOS IMPORTANTES NO USO DA TÉCNICA • Adaptação dos animais fistulados a dieta experimental: • O ambiente ruminal deve estar adaptado aos ingredientes a serem avaliados; • Os microrganismos colonizem e degradem de forma eficiente o tipo de material incubado. VANTAGENS DA TÉCNICA • Determina o efeito dos nutrientes sobre a digestibilidade da celulose no rúmen; • Determina o efeito de níveis de amônia no rúmen sobrea atuação de microrganismos; • Estima o valor nutritivo dos alimentos: ▪ MS, MO, celulose, FDN, proteína e energia; ▪ Apresenta baixo custo e rapidez na estimativa do valor nutritivo. 24/09/2020 5 DESVANTAGENS DA TÉCNICA • Pode ocorrer contaminação do resíduo da fermentação, resultante da colonização das partículas pelos microrganismos; • Necessidade de um grande número de horários de incubação ruminal, entre 3 e 6, dependendo da alimentação avaliada; • A manutenção de animais fistulados: ▪ Altos custos; ▪ Cuidados especiais. ▪ Não há segurança de que o material removido do saco seja absorvido no trato digestivo. DIGESTIBILIDADE IN VITRO • Determinação através da utilização de fluido ruminal e meio de cultura ▪ Metodologia de laboratório; ▪ Tubos de ensaio; ▪ Procuram representar o processo de digestão que ocorre no rúmen e abomaso; ▪ Deve simular condições presentes no rúmen - pH, temperatura, anaerobiose; ▪ Tilley e Terry - Método mais utilizado (Fermentação microbiana ou Digestão ácida); • Recomenda-se utilizar dieta contendo o mesmo tipo de alimento avaliado. DIGESTIBILIDADE IN VITRO • Vantagens: ▪ Experimento de menor custo; ▪ Exige menor número de animais - Basicamente animal doador; ▪ Menor quantidade de alimento - Experimento de rápida duração. 24/09/2020 6 DIGESTIBILIDADE IN VITRO • Desvantagens: ▪ Fontes de variação: ➢ Dieta do animal doador - Efeito animal; ➢ Variação entre animais; ➢ Preparo das amostras - Tamanho de partículas ➢ Erros em procedimentos laboratoriais. DIGESTIBILIDADE IN VITRO • Não considera nível de consumo e efeitos associativos entre os ingredientes da dieta; • Não considera efeito de mastigação, ruminação e escape ruminal; • Parte do material pode não ficar em contato com o conteúdo ruminal presente no tubo de ensaio; • Digestibilidade in vivo pode ser estimada através de equações de regressão entre a digestibilidade in vitro e in vivo. DIGESTIBILIDADE IN VITRO • Determinação por produção de gás uti lizando fluido ruminal: ▪ Relação entre produção microbiana de gás e matéria orgânica fermentada ➢ Metodologia menos utilizada; ➢ Vantagem do método é a facilidade de se medir a produção de gás; ➢ Mensurações através de seringas ou sensores ligados ao computador.
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