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Drenos cirúrgicos docx

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Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
 
 
 Ideias gerais 
• O que são os drenos? São materiais 
colocados dentro de uma ferida ou 
cavidade, visando a saída de fluidos ou ar 
que estão ou podem estar ali presentes; 
 - Evita o acúmulo de líquido em 
espaços potenciais e permite a retirada de 
secreções normais ou patológicas de 
cavidades naturais, vísceras e locais de 
cirurgia. 
• Drenos e cateteres NÃO são a mesma 
coisa!!! Os cateteres são tubos que são 
inseridos no organismo com a finalidade 
de infusão de líquidos, como os cateteres 
intravenosos, ou a retirada de líquidos, 
como cateter vesical; 
• É utilizado mais em situações de pós-
operatório ou em casos de presença 
processos infecciosos ou pelo acúmulo 
de líquidos intracavitário; 
• Evitam potenciais complicações como 
hematoma e seroma; 
• São mais utilizados em procedimentos 
em que há uma grande perda de sangue, 
como cervical, torácica, mamária, axilar 
e abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 Tipos de drenos 
• Os drenos podem ser classificados 
quanto: 
01. Finalidade: 
• Profilático: quando o seu uso é para 
tentar prevenir o acúmulo de líquido em 
espaços potenciais; 
 - Usado em pós-operatórios; 
 - Evita hematoma e seroma. 
• Terapêutico: quando o seu uso é para 
retirar ar ou líquido que já está 
acumulado em uma cavidade ou órgão; 
 - Como a drenagem torácica. 
 
02. Mecanismo: 
• Passivo: agem pelo mecanismo de 
capilaridade, gravidade ou pela flutuação 
da pressão intracavitária; 
 - Dreno de Penrose é o exemplo mais 
comum e utilizado. 
Drenos cirúrgicos 
Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
 
 
DRENO DE PENROSE 
 
• Ativo: são aqueles que possuem sistema 
tubular de silicone de drenagem fechado 
e conectados a um reservatório/coletor 
que se assemelha a uma granada ou bulbo 
ou a um dispositivo baseado em mola. 
 - Apresentam baixa pressão negativa 
que permitem a quantificação precisa do 
exsudato que foi drenado; 
 - Minimiza o traumatismo tecidual; 
 - Reduz o risco de contaminação da 
ferida; 
 - Conhecidos como drenos aspirativos 
ou de sucção. 
 
 
 
 
 
 
03. Sistema: 
• Aberto: A extremidade do dreno é 
mantida aberta, apenas ocluída com 
algum curativo; 
• Fechado: A extremidade do dreno é 
fixada a uma bolsa coletora, o que 
também diminui risco de infecção. 
 
04. Local: 
• Torácico; 
• Abdominal; 
• Cervical. 
 
05. Tipos: 
• Laminares: drenam por capilaridade e 
são indicados para drenar líquidos 
fluidos; 
• Tubulares: a secreção passa pelo 
interior do dreno, sendo indicado para 
secreções espessas como empiema e 
coleções loculadas; 
 - Dreno locular de tórax, dreno de 
Kehr (dreno em T utilizado nas vias 
biliares), Nelaton e Hemovac. 
 
06. Material: 
• Borracha: são mais comumente 
utilizados de látex; 
 - Apresentam como vantagens sobre 
os de polietileno: mais macios e mais 
maleáveis, reduzindo a chance de lesão 
de outras estruturas adjacentes; 
 - Por terem a superfície mais irregular, 
são mais sujeitos a colonização 
bacteriana e infecção peridreno; 
Anna lillian canuto bittencourt 
 - Estimulam mais precocemente a 
formação de fibrina. 
• Polietileno: confeccionados de material 
plástico pouco irritante, rígidos e com 
várias fenestrações, permitindo a saída do 
líquido por gravitação ou sucção; 
• Silicone: são tubos de material 
praticamente inerte, radiopaco, menos 
rígido do que o polietileno e menos 
sujeito a contaminação bacteriana do que 
o látex. 
 
 
Penrose: 
• Formato laminar, paredes finas, 
maleável, radiopaco; 
• Feito de látex ou silicone; 
• Disponível em vários diâmetros; 
• Atóxico, se adapta bem às vísceras e é 
de fácil manipulação e remoção; 
• A sua drenagem é por capilaridade e 
aberta; 
• Muito utilizado em cirurgias em que o 
sangramento será pequeno (como 
tireoide) e em feridas supurativas. 
 
Kehr: 
• Apresenta formato em T; 
• Muito utilizado em cirurgias hepáticas 
ou que manipulem a via biliar; 
• É feito de látex e do tipo tubular. 
 
Blake: 
• Dreno tubular feito de silicone; 
• Utilizado em drenagem de fluidos no 
pós-operatório; 
• Apresenta sistema de drenagem 
fechada; 
• Sua extensão está conectada a um 
coletor em formato de pêra, a qual 
promove baixa pressão negativa; 
• O seu centro sólido proporciona mais 
canais de fluxo ao longo de seu corpo, 
que diminuem a possibilidade de 
obstrução e possibilitam resistência às 
tensões, evitando assim a obstrução. 
• Muito utilizado em drenagem 
abdominal. 
RESUMO DOS DRENOS 
Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemovac: 
• Dreno tubular que age por sucção; 
• Sistema de drenagem fechado; 
• Extremidade conectada a um coletor em 
formato de sanfona ou mola, a qual 
promove baixa pressão negativa; 
• Muito utilizado em cirurgias em que se 
espera sangramento no pós-operatório, 
como em ortopédicas, neurológicas e 
oncológicas. 
 
 
 
 
Dreno torácico: 
• É muito utilizado no colapso pulmonar, 
com presença de sangue (hemotórax), 
pus (empiema) ou ar (pneumotórax); 
• Sistema de drenagem fechada; 
• Com calibres variados; 
• A extremidade do dreno é conectada a 
uma unidade de drenagem, podendo ser 
um frasco com selo d’água ou um sistema 
de drenagem digital. 
 
 Drenagem torácica 
• A drenagem torácica é um 
procedimento importante para 
manutenção ou restabelecer a pressão 
negativa do espaço pleural, manter a 
função cardiorrespiratória e a 
estabilidade hemodinâmica por meio da 
retirada dos fluidos que se encontram 
acumulados na cavidade pleural; 
• Tipos de fluidos: 
 - Ar (pneumotórax); 
 - Sangue (hemotórax); 
 - Pus (empiema); 
 - Linfa (quilotórax); 
 - Líquido do pericárdio (hidrotórax). 
 
Indicações de drenagem torácica: 
01. Indicações de urgência: 
• Hemotórax; 
Anna lillian canuto bittencourt 
• Rotura esofagiana com derrame de 
conteúdo gástrico no espaço pleural; 
• Pneumotórax. 
 - Em qualquer paciente com ventilação 
mecânica; 
 - Pneumotórax grande, maior que 1/3 
do volume pulmonar; 
 - Pacientes clinicamente instáveis, 
independentemente do tamanho do 
pneumotórax; 
 - Pneumotórax hipertensivo, após 
descompressão no 2° espaço intercostal 
com agulha; 
 - Recorrência ou persistência; 
 - Pneumotórax traumático; 
 - Qualquer paciente antes de 
transporte aéreo. 
 
02. Indicações eletivas: 
• Derrame pleural exsudativo; 
• Derrames pleurais de origem maligna; 
• Derrame recorrente; 
• Derrame parapneumônico complicado; 
• Empiema; 
• Quilotórax; 
• Drenagem profilática após alguns tipos 
de cirurgias torácicas. 
 
 
 
Material: 
• É um procedimento estéril e, por isso, 
precisa ser feito assepsia e antissepsia; 
• Uso de gorro, máscara cirúrgica, capote 
e luvas estéreis; 
• Na bandeja deve conter: 
 - Campo estéril; 
 - Gaze; 
 - Degermante (iodopovidona ou 
clorexidina 2%); 
 - Duas agulhas simples, uma de 25 
gauge e outra de 18-22 gauge; 
 - Seringa de 10-20ml; 
 - Cabo de bisturi e lâmina 11; 
 - 2 pinças hemostáticas longa (como a 
de Kelly); 
 - Dreno de tórax (o seu diâmetro é de 
acordo com o peso do paciente e a causa); 
 - Porta-agulhas; 
 - Fio de sutura 1.0 ou 0 não absorvível 
(Nylon ou Prolene); 
 - Tesoura 
 - Sistema coletor em selo d’água. 
 
Técnica: 
ETAPA 01: Determinar o local da 
drenagem - usualmente no nível do 
mamilo (5 o espaço intercostal) 
imediatamente anterior à linha axilar 
média do lado afetado. Em caso de 
Anna lillian canuto bittencourt 
hemotórax, pode ser usado um segundo 
dreno torácico. 
 
ETAPA 2: Preparar cirurgicamente o 
tórax no local predeterminado para a 
inserção do dreno e cobrir com os 
campos cirúrgicos. 
 
ETAPA 3: Anestesiar localmente a pele e 
o periósteo do arco costal. 
 
ETAPA 4: Fazer uma incisãotransversa 
(horizontal) de 2 a 3 em, no local 
predeterminado, e dissecar de forma 
romba as partes moles junto à borda 
superior do arco costal. 
 
ETAPA 5: Perfurar a pleura parietal com 
a ponta de uma pinça hemostática e 
introduzir o dedo enluvado na incisão 
para evitar lesões de outros órgãos e para 
remover aderências, coágulos, etc. 
Quando o tubo estiver no local adequado, 
remover o clampe do tubo. 
 
ETAPA 6: Pinçar a extremidade 
proximal do dreno de toracostomia e 
introduzi-lo no espaço pleural na 
extensão desejada. O tubo deve ser 
direcionado posteriormente junto à 
parede interna da caixa torácica. 
 
ETAPA 7: Observar o embaçamento do 
tubo torácico com a expiração ou prestar 
atenção para verificar se existe fluxo de 
ar. 
 
ETAPA 8: Conectar a extremidade do 
dreno de toracostomia a um sistema de 
selo d'água. 
 
ETAPA 9: Fixar o dreno no local com fio 
de sutura. 
 
ETAPA 10: Aplicar um curativo oclusivo 
e fixar o dreno ao tórax com esparadrapo. 
 
ETAPA 11: Fazer uma radiografia do 
tórax. 
 
ETAPA 12: Obter gasometria arterial 
e/ou conectar um monitor de oximetria de 
pulso, se necessário.

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