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Doença de Parkinson Epidemiologia: 80% dos casos de parkinsonismo. Incidência aumenta com a idade, afeta mais as mu- lheres. Etiopatogenia: morte dos neurônios dopaminérgicos da parte compacta da substância negra. Susceptibilidade genética a toxinas ambientais ou defeito genético capaz de gerar toxinas endó- genas. Agente químico MPTP, toxinas agroindustriais e ingesta de água de poço. Estresse oxidativo por radicais livres ou produ- ção de neuromelanina gerando lesão. Inibição do complexo I da cadeia mitocondrial. Manifestações clínicas Sinais cardinais Bradicinesia Rigidez: plástica, fragmentação do movimento como roda dentada. Tremor de repouso: assimétrico, movimentos ritmos dos dedos semelhante ao ato de contar moedas. Instabilidade postural Outros: hipomimia, hipofonia, micrografia e déficit cognitivo. Diagnóstico Clínico: Bradicinesia e pelo menos mais 1 sinal car- dinal. Diagnóstico diferencial Simulam o parkinsonismo: Tremor essencial Depressão maior Osteoartrite de coluna vertebral Integram o parkinsonismo: HPN Doença de Huntington Sindrome de Shy-Drager PSP DCL DA Tratamento: controle dos sintomas Levodopa: associada à carbidopa (inibidor da dopa- descarboxilase periférica) impedindo a sua transfor- mação periférica em dopamina diminuindo os efeitos adversos dopaminérgicos, náuseas e vômitos. Inicia com doses baixas, 1-2h antes das refeições, mei-vida curta (2h) sendo necessário adm 3-4x\dia. Com a progressão é necessário aumentar a dose e diminuir o intervalo. As complicações surgem em 5 anos. Agonistas dopaminérgicos: estimulam diretamente os receptores, meia-vida mais longa, porem são pou- co tolerados, gerando náuseas, vômitos, efeitos cardi- ovasculares e psiquiátricos. Inibidores da COMT: a levodopa é metabolizada pela dopadescarboxilase em dopamina e em metildo- pa pela COMT. Associar a um inibidor da COMP aumenta a dose de dopamina e reduz o numero de tomadas da levodopa. Tolcapone: ação periférica e central. Entacapone: ação periférica. Não possuem efeito antiparkinsoniano devendo sem- pre ser associado com levodopa. Antagonista dos receptores NMDA Amantadina: efeito pequeno. Medidas não farmacológicas: fisioterapia, fonoau- diologia e nutrição. Complicações: Deterioração de fim de dose – fenômeno wearing- off: encurtamento do efeito do medicamento. Conduta: Redução dos intervalos e associação com agonista dopaminérgico ou inibidor da COMT. Alternância do período de boa resposta à medica- ção e período insatisfatório – fenômeno on-off Conduta: Associação com agonista dopaminérgico ou inibidor da COMT. Discinesias: coreia, atetose, mioclonia... Conduta: Amantadina tem ação antidiscinética. Confusão mental, psicose, alucinações Conduta: antipsicóticos atípicos. Clozapina Quetiapina Se transtornos do humor: ISRS. Tratamento cirúrgico: Deep-Brain stimulation. Demência de Alzheimer Epidemiologia: 5% dos indivíduos com >60 a. Fatores de risco Idade Historia familiar Síndrome de Down Baixa escolaridade Alelo E4 da ApoE Gênero feminino Fatores protetores Consumo moderado de álcool Alta escolaridade Atividade intelectual de lazer Exercício físico Consumo de peixe e gorduras poli-insaturadas Classificação Forma precoce (<60 a): mutações em genes autos- sômicos dominantes, PPA, PSEN1, PSEN2. Forma usual (>60 a): gente ApoE Forma tardia (>85 a): limitada participação genéti- ca, associada a FR de doenças cardiovasculares (ate- rosclerose). Fisiopatologia: placas amiloides (depósito de B- amilóide), emaranhados neurofibrilares (proteína tau hiperfosforilada), degeneração neuronal, infiltrado inflamatório e angiopatia amiloide. Manifestações clínicas Fase pré-clínica: Déficit cognitivo leve. Fase inicial: comprometimento da memória recente e concentração, anomia e empobrecimento do discurso, desorientação temporoespacial, retraimento, mudan- ças de humor e alterações do comportamento. Fase intermediaria: deterioração dos déficits exis- tentes e acometimento de outros domínios, afasia, agnosia, apraxia, dificuldade de escrita e compreen- são, grande comprometimento da capacidade de aprendizado e de fazer cálculo, julgamento alterado, agressividade, distúrbios do sono, questionamentos repetitivos. Fase avançada: todas as funções cognitivas com- prometidas, dependência total para AVDs, redução da fluência ate o mutismo, delírios de roubo, perse- guição e infidelidade, acamados e incontinentes. Diagnóstico – DSMV A – Atende aos critérios de TNC maior ou leve. B – Surgimento insidioso e progressão gradual de prejuízo em 1 ou mais domínios cognitivos. C – TNC maior: Provável DA se todos presente, caso contrário, possível DA: 1. Evidencia de uma mutação genética causadora a partir de história familiar ou teste genético. 2. Evidência clara de declínio na memoria e na aprendizagem e em pelo menos outro domínio. 3. Declínio constantemente progressivo e gradual, sem platôs prolongados. 4. Ausência de evidencia de etiologia mista. TNC leve: Provável DA se evidencia de uma mutação genética causadora de DA a partir de história familiar ou teste genético. Possível DA se evidencia de uma mutação genética causadora de DA a partir de história familiar ou teste genético, com presença de todos: 1. Evidencias claras de declínio na memoria e na aprendizagem. 2. Declínio constantemente progressivo e gradual na cognição, sem platôs prolongados. 3. Ausência de evidencias de etiologia mista. D – Não é bem explicada por outra doença ou trans- torno. Neuroimagem PET: redução bilateral do metabolismo do córtex parieto-temporal de associação e no giro cingulado. PET-CT: hipoperfusão bilateral no córtex tempopa- rietal e sistema hipocampal. Tratamento sintomático Inibidores da acetilcolisneterase: aumenta a função colinérgica pelo bloqueio da queda de Ach. Donepezila 5mg\dia: inibidor reversível e alta- mente especifico de acetilcolinesterase, como efeito mínimo periférico. Rivastigmina: inibidor seletivo da acetilcolines- terase e butirilcolinesterase. Galantamina: inibidor seletivo e competitivo da acetilcolinesterase. Antagonistas dos receptores NMDA: o bloqueio desse receptor de glutamato protege contra toxicidade desse AA. Memantina 10 mg 2x\dia: usada no tto de for- mas moderadas a graves. Terapia psicotrópica Antipsicóticos atípicos: melhoram a psicose e agita- ção. Antidepressivos ISRS: se associado a quadro de- pressivo, distúrbios do sono e comportamento. Transtorno depressivo maior Epidemiologia: 5-15% dos idosos, chegando a 22% se institucionalizado ou hospitalizado. Fatores de risco Doenças crônicas Álcool Privação sensorial Transtorno do sono Incapacidade Viuvez Institucionalização Trauma Fisiopatologia: Teoria de supra regulação pós-sináptica (up- regulation): alterações nos NTs levariam a mudan- ças no numero e sensibilidade dos neuroreceptores. Hipótese das monoaminérgica: deficiência de NE, 5HT e DA. Modelo neuroanatômico: estruturas envolvidas no reconhecimento e expressão de emoções, córtex pré- frontal, hipocampo, amigdala, giro do cíngulo e gân- glios da base. Diagnóstico – DSMV Episódio depressivo maior: 5 ou + sintomas, por pelo menos 2 semanas, apresentando mudanças em relação ao funcionamento prévio, sendo pelo menos 1 humor deprimido ou anedonia. Depresão menor: 2-4 sintomas por 2 ou + semanas incluindo humor deprimido ou anedonia. Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo humor deprimi- do por pelo menos 2 anos. Humor deprimido quase todo dia, anedonia Perda ou ganho ponderal\hiperfagia ou hiporexia Insônia ou hipersonia, Agitação ou retardo psicomotor, fadiga Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva Pessimismo, diminuição da concentração Ideação suicida ou tentativa de suicídio Cefaléia, transtornos digestivos ou urinários Causam prejuízo social, ocupacional Escala geriátrica da depressão GDS30 depressão se >11 pontos GDS15 depressão se >5 pontos Tratamento Fase aguda: 4-8 semanas, remissão total da sintoma- tologia. Terapia de continuação: 6-12 meses após a resolu- ção do episódio indez, prevenir o retorno dos sinto- mas, recuperar a função social. Tratamento de manutenção: 2 anos, prevenir re- corrências. Farmacoterapia Inibidores da MAO ISRS: mais utilizados Paroxetina: melhora a ansiedade, mas causa parkinsonismo e efeitos gástricos. Sertralina: antiagregante plaquetário, menos interação, EA diarreia. Fluvoxamina: menos náuseas que os demais. Citalopram: menos interação. Escitalopram: menos EA. Tricíclicos: inibe a captura de NE e 5HT. Nortriptilina: longa duração, menos sedativo, efeito sobe dor. Depressão e ansiedade. Menos EA. Desipramina Antidepressivos atípicos Venlafaxina: ação rápida, eficácia na depressão grave. Duloxetina: ação na dor neuropática, menos EA, risco de interação. Inibidores seletivos da NE Bupropiona: depressão + ansiedade, melhora a libido, trata dependência a nicotina e anorexia. Antagonista do receptor de monoamina Mirtazapina: ação rápida, trata depressão e dis- túrbios do sonos, ação sedativa. Trazadona: causa sonolência. Não farmacológico Eletroconvulsoterapia: casos mais graves, resposta rápida. EA: amnésia anterógrada. Necessário afastar hipertensão intracraniana, AVE em 6 meses e IAM em 3 meses. Estimulação magnética transcraniana: modula a excitabilidade cerebral. Fototerapia: exposição a luz para reestabelecer os níveis de serotonina e melatonina. Psicoterapia: Terapia cognitivo comportamental, foco nas distorções de pensamento e comportamen- tos disfuncionais. Osteoporose Distúrbio osteometabólico caracterizado por DMO e deterioração da microarquitetura, levando a um au- mento da fragilidade óssea e risco de fraturas. Epidemiologia: 40% das M e 13% dos H >50 a. Fatores de risco Sexo feminino Fratura prévia Idade História materna Menopausa precoce não tratada Corticoides Classificação Primária Secundária: corticoides, hipogonadismo, alcoolis- mo, endocrinopatias, doenlas genéticas, AR, imobili- zação prolongada, anemias crônicas... Manifestações clínicas Pct assintomático até a 1º fratura. Mais comuns são as fraturas vertebrais, de radio, úmero, fêmur e pe- quenos ossos periféricos. Acentuação da cifose dor- sal, lordose cervical e retificação da coluna lombar. Diagnóstico Exclusão de doenças que causam perda óssea: He- mograma, VHS, cálcio, fosforo, fosfatase alcalina, creatinina, calciúria 24h, urina rotina. RX: só mostra alteração quando perda óssea >30%. Densitometria óssea: Desvio padrão De -1,1 a -,25 DP: Osteopenia < -2,5 DP: Osteoporose < -2,5 DP + fratura: Osteoporose estabelecida Indicações Mulheres > 65 anos, e <65 anos se baixo peso e au- sência de reposição estrogênica, historia familiar e tabagismo. Homens > 70 anos, e <70 anos se histórico de fratura, hipogonadismo, hiperparatireoidismo e uso de corti- coide. Tratamento Nutrição: ingesta de cálcio, se <50 anos 1g\dia, se >50 anos 1,5g\dia. Encontrado no leite, derivados e folhas verdes. Vitamina D: 400UI\dia se 51-70 anos, 600UI\dia para mulheres >71 anos, 800UI\dia se institucionali- zadas e com baixa exposição solar. È necessário evitar o consumo de álcool e tabagismo. Realizar atividades físicas e prevenir as quedas. Farmacológico Moduladores seletivos dos receptores de estrogê- nio: Raloxifeno 60mg\dia: agonista estrogênico, Previne a perda óssea e aumenta a DMO. EA: fogachos, câimbras e fenômenos tromboembóli- cos. Calcitonina 100UI SC ou 200UI spray nasal: pre- vine perda de massa óssea e efeito analgésico. EA: náuseas, reações inflamatórias, rinite e epistaxe. Bifosfonados: absorção do medicamento pelo osteo- clasto. Previne a perda de massa óssea, e aumenta a DMO. Tomados em jejum e permanecer sentado ou em pé por 30minutos para evitar esofagite. Risendronato 35mg\semana Alendronato 70mg\semana EA: pirose, azia, indigestão. Paratormônio 20mg SC: molécula análoga, conten- do os primeiros 34 AA. Indicado em casos graves. Alto custo e risco de osteosarcoma.
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