Buscar

pcc neurociencia cognitiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá 
 
 
 Curso em Graduação em Pedagogia 
 
 
 Letícia Pires de Andrade 
 
 
 
 
 
 
 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: NEUROCIÊNCIA 
COGNITIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BELO HORIZONTE 
 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
Teste de Marshmallow 
 
 
 
 O cérebro humano é, talvez, a máquina mais complexa que se tem investigado, os fatores 
genéticos, neurológicos, ambientais e situacionais que resultam em comportamento 
humano, especialmente na área psicológica, são pontos importantes que nos permitem entender 
o motivo de termos este ou aquele comportamento diante às situações apresentadas. 
 Existem alguns destaques experimentais que servem de base para muitos estudos 
psicológicos. Um deles é o famoso teste do marshmallow, criado por Walter Michel, na 
Universidade de Stanford. Sendo que o teste foi baseado em suas observações feitas em suas 
filhas. 
 Na final dos anos 60, Michel tinha três meninas com idades entre 2 e 5 anos. Como muitos 
pais provavelmente notam, muitas mudanças acontecem no comportamento das crianças por 
volta dos 4 anos. Quando uma das suas filhas fez 4 anos, ela adquiriu repentinamente a 
capacidade de retardar a gratificação imediata. Andando no mercado, a menina fazia um 
escândalo porque queria alguma coisa e tinha que ser na hora. Depois dos 4 anos, passou a 
entender que se esperasse ao chegar em casa, poderia negociar algo melhor. Michel observou 
esse tipo de autocontrole acontecer com todas as suas filhas, como se estivessem programadas 
pra isso. 
 Baseado nestes pressupostos Michel começou seus estudos com conotação cientifica, sendo 
que a primeira série de tais estudos foi publicada em 1972, onde o psicólogo criou o famoso 
“Teste de Marshmallow”, sendo que o mesmo media o autocontrole e a capacidade de adiar 
recompensas. Um grupo de crianças recebia um prato com um delicioso “marshmallow” (um tipo 
de doce, muito apreciado por lá), com a seguinte explicação: “Você pode comer o doce a hora 
que quiser, mas se conseguir resistir por 15 minutos e não o comer, ganhará dois doces”. 
 O pesquisador retirava-se da sala e deixava a câmera filmando as reações das crianças. Ao 
analisar os vídeos de seu experimento, Michel chegou à conclusão de que: as crianças que 
conseguiram resistir ao marshmallow apresentaram uma estratégia de atenção. Ao fechar os 
olhos, esconder-se debaixo da mesa ou cantar uma canção, essas crianças estariam tirando o 
foco da tentação. Elas eram capazes de distrair-se pensando em outra coisa ou praticavam outra 
atividade como forma de adiar a recompensa por mais tempo. Michel estava inicialmente 
interessado nos vários estilos cognitivos que as crianças iriam usar para adiar a gratificação e 
obter mais sucesso. 
 O que podemos concluir a partir deste estudo é que algumas crianças apresentaram 
melhores estratégias e eram mais capazes de controlar seus impulsos imediatos para uma 
recompensa de longo prazo. O estudo não demonstrava se essas habilidades foram aprendidas 
ou eram inatas. 
 Das 600 crianças participantes, somente uma minoria comeu o doce imediatamente. E cerca 
de um terço das restantes conseguiu resistir à tentação durante os 15 minutos e ganhar o 
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2013/03/teste-de-marshmallow.html
http://4.bp.blogspot.com/-5zY2VRsRJAg/UUkoPi0nF0I/AAAAAAAAKiU/hHNSgdo8w4c/s1600/teste+do+Marschmellow.jpg
segundo “marshmallow”. Mas este não foi o fim do teste, pois Michel acompanhou o crescimento 
dos participantes procurando verificar de que forma suas vidas foram se estruturando. Em um 
posterior estudo de 1989 ele descobriu que: 
 As crianças que aos 4 anos de idade conseguiram atrasar a recompensa, durante seu 
crescimento, mostraram-se adolescentes mais competentes tanto cognitivo quanto socialmente, 
alcançaram maior desempenho escolar e evidenciaram lidar melhor com a frustração e o 
estresse. Também, observou-se que mais tarde, estas crianças foram mais bem sucedidas na 
escola, nas suas carreiras, nos seus casamentos e na vida. Este simples teste tinha profundas 
implicações no mundo real, e isso é um dos fatos que o torna um dos mais famosos dentro da 
área psicológica. 
 Outros pesquisadores apontaram para outra linha de pesquisa: o desempenho no teste de 
marshmallow prevê o índice de massa corporal 30 anos mais tarde. 
 Outra série de estudos descobriu que as crianças mais velhas são mais capazes de adiar a 
recompensa do que as mais jovens (nenhuma surpresa), porém quanto maior a recompensa, 
mais a criança se esforça para poder alcançá-la (assim recompensas realmente grandes 
resultarão em grande capacidade de adiar a gratificação). Em outras palavras, até as crianças 
passam por um cálculo mental de despesa e recompensa e são capazes de adiar a gratificação 
se a recompensa é grande o suficiente. 
 Psicólogos consideram a capacidade de autocontrole e recompensa adiada como parte 
importante do que é chamada de função executiva, a função do lobo frontal, que é o controle do 
comportamento, onde estratégias de decisões de longo prazo demonstram controle sobre o 
comportamento de manter e atingir metas. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 
(TDAH) apontam para um déficit na função executiva. Portanto, não é surpreendente que as 
crianças com TDAH apresentem pior desempenho no teste do marshmallow. 
 De fato, os resultados que Michel para aqueles que não conseguiram adiar a recompensa, 
futuramente mostraram-se pessoas com TDAH – onde apresentaram dificuldades acadêmicas, 
na carreira, no casamento, enfim, na vida. 
 No entanto, os estudos com este teste ainda continuam, por exemplo: pesquisadores 
observaram que exercer autocontrole em uma área diminui o autocontrole em outras, é como se 
as pessoas gastassem um reservatório finito de autocontrole. Mas outras linhas de pesquisa 
apontam que o teste de marshmallow pode ser uma combinação de personalidade inata com o 
comportamento aprendido, a partir do ambiente. Enfim, este é um estudo que não se esgota e 
terá sempre interessantes pesquisas relacionadas a ele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Neuropsicologia e as Funções Cognitivas 
 
 O interesse do ser humano em buscar explicações sobre o comportamento e uma possível 
relação com o cérebro data desde a Antiguidade, época em que os gregos se tornaram os 
pioneiros na localização de lesões cerebrais em feridos de guerra. 
 Desde então, a trajetória das neurociências vem se desenvolvendo 
ao longo dos séculos, até chegar nos dias atuais, em que o avanço 
do aparato tecnológico e médico-científico possibilita a investigação 
mais complexa da atividade cerebral e sua correlação como 
comportamento humano, e ainda assim há muito para se descobrir 
nesse campo da ciência. 
 
 A neurociência é um campo interdisciplinar que abrange um 
conjunto de disciplinas dentre outras: neuroanatomia, neurofisiologia, 
neuroquímica, neuroimagem, genética, farmacologia, neurologia, 
psicologia, psiquiatria. As neurociências procuram estudar as várias 
relações entre o comportamento e a atividade cerebral. 
 
 Dentro das neurociências, o papel do psicólogo vem conquistando um grande destaque, que 
resultou na Resolução nº 02/2004 do Conselho Federal de Psicologia, que regulamenta a 
prática da neuropsicologia (diagnóstico, acompanhamento, reabilitação e pesquisa) como 
especialidade do profissional psicólogo através de registro e titulação. 
 
 
 Todas as tarefas que diariamente realizamos necessitam da atividade cerebral. Para ler e 
compreender esse texto, anotar um recado para um colega, reconhecer alguém e lembrar seu 
nome, calcular o orçamento doméstico, conversarcom uma pessoa, saber que amarelo é uma 
cor e que carro é um meio de transporte, lembrar o caminho de casa, são apenas alguns de 
uma infinidade de funções que nosso cérebro faz no dia a dia. 
 
 As principais funções cognitivas são: percepção, atenção, memória, linguagem e funções 
executivas. É a partir da relação entre todas estas funções que entendemos a grande maioria 
dos comportamentos, desde o mais simples até as situações de maior complexidade, e que 
exigem atividades cerebrais mais elaboradas. 
 
 ATENÇÃO 
 
 A atenção é uma função cognitiva bem complexa e diversos comportamentos resultam de um 
 
 
nível adequado de atenção para serem bem sucedidos, por exemplo: assistir um filme e 
compreendê-lo; manter o foco de conversação em um ambiente ruidoso. A atenção também é 
um pré-requisito fundamental para o processo de memorização. 
 
 O conceito de atenção é definido pela seleção e manutenção de um foco, seja de um estímulo 
ou informação, entre as inúmeras que obtemos através de nossos sentidos, memórias 
armazenadas e outros processos cognitivos. Em outras palavras, dirigimos nossa atenção para 
o estímulo que julgamos ser importante num exato momento. Os outros estímulos que não os 
principais, passam a fazer parte do “fundo” não sendo mais os focos na atenção. 
 
 Podemos estudar e avaliar os diferentes aspectos da atenção, por exemplo: 
• atenção seletiva: quando o indivíduo escolhe um estímulo ao qual prestará atenção, 
por exemplo, ler um livro ao invés de assistir tv, mesmo que esta esteja ligada e faça 
ruídos ao fundo; 
• atenção dividida: caracteriza-se pela capacidade do indivíduo em prestar atenção em 
mais de um estímulo ao mesmo tempo, por exemplo, conversar enquanto dirige um 
veículo, trabalhar no computador enquanto atende ao telefone; 
 Nossa capacidade de manter a concentração é restrita, e depende de inúmeros fatores, 
desde a falta de vontade ou ânimo por algum assunto, até a dificuldades específicas, como as 
presentes no TDAH (veja seção principais diagnósticos) que interferem na capacidade de 
atenção seletiva e dividida, ou seja, todos nós temos alguma dificuldade atencional, se isso 
representa um problema a ser tratado, depende do grau de comprometimento e do número de 
sintomas. 
 
 Problemas de concentração podem ser resultantes de um distúrbio atencional simples, ou a 
uma inabilidade de manter o foco de atenção intencional, ou até aos dois problemas ao mesmo 
tempo. No nível seguinte de complexidade, está o rastreamento mental que também é afetado 
por dificuldades atencionais. A preservação da atenção é um pré-requisito para atividades que 
requeriam, tanto concentração, como rastreamento mental. A habilidade de manter a própria 
atenção focada em um conteúdo mental fica diminuída, ou seja, pode-se ter dificuldade de para 
se manter uma sequência de pensamentos simples, o que invariavelmente compromete a 
habilidade de solução de problemas mais complexos. 
 
 Elucidar a natureza dos problemas atencionais, depende não somente da complexa 
observação do comportamento geral do paciente, assim como o desempenho em testes 
específicos que envolvam concentração e trilhas mentais. Somente com a comparação entre 
as várias observações, pode ser possível a distinção entre os déficits globais e aqueles mais 
discretos e normais presentes na maioria das pessoas. 
 
 MEMÓRIA 
 
 A memória é uma das funções cognitivas mais utilizadas pelo ser humano em seu cotidiano. 
Memória é a capacidade de armazenar informações, lembrar delas e utilizá-las no presente. O 
bom funcionamento da memória depende inicialmente de do nível de atenção. Para que o bom 
armazenamento aconteça outras atividades cognitivas como a capacidade de percepção e 
associação é importante para que as informações possam ser armazenadas com sucesso. 
 
 
 
 
 A memória pode ser classificada de forma simples, de acordo com a duração e os tipos de 
informação envolvidos: 
- 
Memória de curto prazo: também conhecida como memória de trabalho, armazena 
(numa quantidade limitada) informações por alguns minutos. A memória de trabalho 
possibilita, por exemplo, uma pessoa discar um número de telefone que alguém 
acabou de lhe dizer ou repetir algumas frases de um texto lido naquele exato momento. 
 
- Memória de longo prazo: ao contrário da anterior, a memória de longo prazo tem 
uma capacidade maior para o armazenamento de informações, que permanecem com 
o indivíduo durante longos períodos, podendo até ficar guardadas indefinidamente. Por 
exemplo, as lembranças de fatos ocorridos na infância, o aprendizado de conteúdos 
escolares, a fisionomia ou o nome de alguém que ao se vê há tempos, etc. Dentro da 
memória de longo prazo, encontram-se os seguintes tipos: 
 
- Memória episódica: fazem parte desse conjunto os eventos vivenciados pela pessoa 
que os recorda, em um determinado tempo e lugar, por exemplo, uma viagem de 
férias, o primeiro dia num emprego, o nascimento de um filho, ou até eventos negativos 
como uma situação de violência. Assim, a memória episódica é constituída por 
lembranças autobiográficas que representam um significado importante para o 
indivíduo. 
 
- Memória semântica: corresponde ao conhecimento de fatos da vida em geral, como 
o idioma falado, o significado das palavras, o nome de objetos e que não têm qualquer 
ligação com as experiências dotadas de algum tipo de emoção, como descrito na 
memória episódica. 
 
- Memória procedural: esse tipo de memória é ligado ao conhecimento de 
procedimentos corriqueiros e automáticos, por exemplo, lembrar como se toca um 
instrumento musical, andar de bicicleta, vestir-se, etc. 
 
 Com o avanço da idade, a partir do 50 anos, é comum as pessoas se queixarem de 
dificuldades de memória, o que traz um certo desconforto ou até o receio de que possa ser o 
início de um quadro patológico, como o Mal de Alzheimer, porém é importante ressaltar que o 
declínio da memória como avanço da idade é completamente normal. 
 
 Não é só a idade que provoca prejuízos na capacidade de memória; o estresse emocional, a 
depressão e problemas de ordem física são outros importantes fatores. 
 
 Por outro lado, existem também fatores que favorecem a memória, como a motivação e as 
emoções. Quanto maior o interesse em aprender algo, melhor será o armazenamento das 
informações obtidas nesse processo, assim quanto maior o número de emoções (sejam elas 
positivas ou negativas) atribuídas a um evento mais chances de ele permanecer na memória 
para uma futura recuperação. 
 
LINGUAGEM 
 
 A linguagem é uma função que usamos todos os dias, durante a maior parte do tempo, seja 
através da linguagem oral (numa conversa) ou da escrita (ao ler ou escrever um texto). 
 
 conceito de linguagem é definido pelo uso de um meio organizado de combinar as palavras a 
fim de se comunicar, embora a comunicação não se constitua unicamente num processo 
verbal. As formas não-verbais, como gestos ou desenhos também são capazes de transmitir 
ideias e sentimentos. 
 
 Tanto a fala quanto a escrita são processos em que o indivíduo seleciona as palavras que 
conhece e as organiza num determinado contexto, dentro das regras gramaticais de seu 
idioma. 
 
 
 A linguagem é um processo que ocorre apenas se existir uma sequência coerente de 
símbolos (sons ou palavras). Assim, para uma comunicação ser satisfatória, o indivíduo precisa 
compreender uma determinada informação para entender a seguinte, e daí por diante até o fim 
de um texto ou uma conversa. 
 
 Mesmo que a pessoa leia um texto com muita atenção e compreensão, dificilmente as frases 
serão armazenadas exatamente iguais como aparecem no texto. Apenas as informações mais 
relevantes, como palavras-chave e as idéias centrais, serão necessárias para a compreensão e 
armazenamento na memória de longo prazo. 
 
 A leitura adequada é aquela que o sujeito organizaas palavras em grupos coerentes, dos 
quais será extraído um significado geral e associados ao tema principal do texto. 
 
 A linguagem também é caracterizada pela sua constate evolução, pois embora as pessoas 
respeitem os limites de sua estrutura (gramática, ortografia), elas podem produzir novas 
elocuções a qualquer momento. Basta observar as mudanças ocorridas na escrita de certas 
palavras há algumas décadas atrás, por exemplo “pharmácia”. 
 
PERCEPÇÃO 
 
 A percepção é uma função cognitiva que se constitui de processos 
pelos quais o sujeito é capaz de reconhecer, organizar e dar 
significado a um estímulo vindo do ambiente através dos órgãos 
sensoriais. 
 
 Por exemplo, se um indivíduo tem seus olhos vendados e lhe são 
oferecidos alguns objetos para tatear, ele é capaz de reconhecer - 
através de informações armazenadas - a textura (áspero ou macio, 
duro ou mole), a forma (quadrado, redondo, grande, etc.) e depois 
nomear o objeto. O mesmo processo ocorre com os outros sentidos 
como o olfato (reconhecer que é “cheiro de fumaça"), a gustação 
(identificar se algo é doce ou salgado), a audição (saber que um som 
é do canto de pássaros), ou a visão (identificar um obstáculo ao dirigir um veículo e desviá-lo). 
 
 As agnosias são os déficits na capacidade de percepção dos estímulos sensoriais, 
especialmente os relacionados à visão. Embora o sujeito não seja portador de qualquer tipo de 
deficiência sensorial, ele não é capaz de reconhecer e identificar o estímulo que lhe é 
oferecido, normalmente em consequência a lesões cerebrais adquiridas. 
 
 FUNÇÕES EXECUTIVAS 
 
 As funções executivas compreendem um conceito neuropsicológico que se aplica às 
atividades cognitivas responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas. Elas incluem o 
raciocínio, a lógica, a estratégias, a tomada de decisões e a resolução de problemas. Todos 
esses processos cognitivos são produzidos diariamente, pois uma série de problemas - dos 
mais simples aos de maior complexidade - ocorrem na vida do ser humano. Assim, 
independente do grau de complexidade do problema, o sujeito precisa estar apto para analisar 
a situação (problema), lançar mão de estratégias, e antever as consequências de sua decisão. 
 
 O cotidiano oferece diferentes desafios ou simplesmente situações imprevistas que exigem 
uma boa habilidade para um manejo adequado. Por exemplo, descobrir o melhor caminho para 
se chegar num determinado local, uma nova função no emprego, aumentar o orçamento 
doméstico, ou mesmo durante o desenvolvimento da criança, que a cada momento descobre 
uma nova possibilidade e vai em busca de uma nova habilidade. 
 
 Existem três tipos de resolução de problemas: 
1. inferente: utilizada quando o indivíduo está frente a uma situação 
desconhecida e pela qual ainda não existem soluções disponíveis. Sendo 
assim, é necessário avaliar os elementos que compõem o problema e 
deduzir (inferir) qual a melhor estratégia para superar aquele problema, ou 
no pelo menos minimizar seus efeitos. Na medicina isso é bastante 
utilizado quando se tem um determinado quadro patológico desconhecido. 
2. analógica: é o uso de recursos anteriormente utilizados em situações 
semelhantes. 
3. automática: é o tipo que se caracteriza pela espontaneidade. Ocorre 
principalmente se a pessoa que o utiliza tem bastante prática no problema, 
por exemplo, um motorista experiente. 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Como pode ser visto todas as funções cognitivas interagem entre si. A separação existe 
apenas para fins educativos, pois o ser humano é caracterizado por sua totalidade. As funções 
executivas reúnem todas as funções anteriores. Para resolver um determinado problema, o 
sujeito precisa utilizar todas as funções cognitivas. Por exemplo, ao detectar um cheiro de 
fumaça (atenção), ele vai reconhecer (percepção) de acordo com o que já foi aprendido 
(memória) que esse pode ser um sinal de incêndio; a partir de então ele busca estratégias para 
solucionar o problema, como primeiro se certificar do que se trata, manter a calma, retirar as 
pessoas do local, e chamar por socorro (funções executivas). 
 
 A atuação do neuropsicólogo - seja na pesquisa, na avaliação ou na reabilitação - se dá sobre 
os quadros que envolvem algum distúrbio das funções cognitivas, como Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade, Mal de Alzheimer, Dislexias, ou qualquer distúrbio 
neurodegenerativo, na avaliação pré-cirúrgica, etc. 
É importante lembrar que a neuropsicologia é uma área das neurociências e que portanto, o 
neuropsicólogo não trabalha sozinho, e sim existe uma equipe atuando em conjunto para o 
bem estar do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2013/03/teste-de-
marshmallow.html 
http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=66 
https://www.google.com/search?q=fun%C3%A7oes+cognitivas&tbm=isch
&ved=2ahUKEwiRx5aZpuXvAhXUDbkGHV_BA6AQ2-
cCegQIABAA&oq=fun%C3%A7oes+cognitivas&gs_lcp=CgNpbWcQAzICC
AAyAggAMgQIABAYOgQIIxAnOgYIABAFEB46BwgjEOoCECc6BQgAELED
OgQIABBDOgcIABCxAxBDOggIABCxAxCDAToECAAQAzoGCAAQCBAeO
gQIABAeUPvnA1iW1QRg1-
EEaAtwAHgGgAGTA4gBqCWSAQowLjI1LjIuMS4xmAEAoAEBqgELZ3dzL
Xdpei1pbWewAQrAAQE&sclient=img&ei=CBBqYJGjHtSb5OUP34KPgAo&
bih=666&biw=1536#imgrc=cblQVaHxBU-EUM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2013/03/teste-de-marshmallow.html
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2013/03/teste-de-marshmallow.html
 
 
 
	Teste de Marshmallow
	Neuropsicologia e as Funções Cognitivas

Continue navegando