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Pergunta 1 1. Observe a charge a seguir: De acordo com a charge apresentada e os conteúdos estudados na Unidade 2, pode-se afirmar que: a. Adolescente e criança são sinônimos. b. Cada um de nós tem uma percepção e entendimento do que é ser criança, porém, quando diante da justiça, a criança deve ser entendida como um adulto. c. O entorno social é parte importante da formação da criança que deve ser respeitada como tal e protegida pelo estado e pela família como o ECA preconiza. d. O ECA apresenta punições para crianças que comentam alguma contravenção e atribuiu aos pais, e somente a eles, o dever de educar seus filhos. e. Os pais de uma criança não devem ser responsabilizados pelos atos dela. 1 pontos Pergunta 2 1. Nas últimas décadas, ao pensarmos em conceitos como os de infância e de criança à luz de estudos recentes ligados à chamada “sociologia da infância”, podemos afirmar que acontecimentos históricos, sociais e culturais ocorreram e possibilitaram o surgimento destas ideias nos moldes como as concebemos na contemporaneidade. Sobre as contribuições desta área de estudos em relação a esses dois conceitos, é correto afirmar que: Apesar dos avanços da sociologia da infância, o fato dos dois conceitos serembiologicamente determinados impossibilita a superação de uma visão adultocêntrica da pedagogia. O ser criança e a infância só podem ser percebidos por uma perspectiva mais globalizante que os posicione dentro de um cenário mais dinâmico entre todos os atores sociais. Ainda que esta sociologia defenda a existência de múltiplos modos de ser criança e de viver a infância, esta pluralidade ainda permanece condicionada à biologia e à psicologia. O ser criança corresponde a características estritamente biológicas, enquanto o ter infância liga-se majoritariamente a aspectos psicologizantes. O ser criança corresponde a ciclos biológicos delimitados, sendo que a infância relaciona-se a um período próprio que varia da faixa etária de zero a nove anos de idade. 1 pontos Pergunta 3 1. Observe o texto a seguir, retirado do Estatuto da Criança e do Adolescente. Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. BRASIL. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília,DF, jul 1990. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 23 feb. 2018. O trecho apresenta uma definição muito clara do que seria uma criança. Essa definição: a. está restrita ao fator etário, não levando em conta o desenvolvimento psicológico e social da criança. b. é de uso corrente entre os teóricos da infância e apresenta um fato incontestável, o de que há limites exatos temporais para definir a criança. c. apresenta a criança como ser que entende e cria conceitos, uma vez que nasce dentro de uma cultura e já é atuante dentro dela. d. leva em consideração que, hoje, o entendimento de criança, segundo os teóricos da área, está ligado ao desenvolvimento emocional e os relacionamentos que ela estabelece ao seu redor. e. é uma formulação jurídica da definição de criança e, portanto, amplamente aceita pelos pedagogos e demais profissionais que pesquisam sobre a infância. 1 pontos Pergunta 4 1. Manoel por Manoel: “[...] Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas que comparação. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores. [...]” BARROS, M. de. Memórias inventadas: As Infâncias de Manoel de Barros. São Paulo: Planeta do Brasil, 2010. p. 187. A partir dos seus conhecimentos sobre as diversas formas de viver a infância, analise as questões a seguir: I. ( ) As infâncias são vividas das mais diversas formas, dependendo dos contextos sociais e culturais; assim, não há apenas um tipo de criança ou um tipo de infância II. ( ) As crianças produzem cultura a partir daquilo que vivenciam e aprendem no grupo cultural em que nascem, nas conversas com as pessoas com quem convivem, brincando com outras crianças III. ( ) A infância pode ser reconhecida como a fase de descobertas do indivíduo, um período em que a criança, desde que nasce, é apresentada e inserida em um grupo cultural, com costumes e ideias específicas do contexto em que vive. IV. ( ) A infância é considerada uma categoria geracional de caráter relacional, pois é histórica e socialmente construída, através da participação das crianças em suas culturas e geração com as dos adultos, instâncias mutuamente entrelaçadas. V. ( ) Apesar do conhecimento sobre a existência de diversas formas de viver a infância, pode-se considerar que, até dois anos de idade, período em que as crianças começam a falar, a forma como elas enxergam o mundo é muito parecida, pois são muito pequenas para estabelecerem relações complexas. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a. V, V, V, V, F b. V, V, F, F, V c. F, F, F, V, F d. F, F, V, F, V e. V, V, F, V, F 1 pontos Pergunta 5 1. Observe a imagem a seguir: a. A criança deve ter direito à educação e à infância. Os dois direitos, contudo, não estão ligados e são universalmente garantidos. b. A criança deve ter direito à infância, mas não à educação. Por isso, na charge, a mãe critica a criança. c. A criança tem direito à infância e esse direito é garantido todas as vezes em que a criança brinca. d. A criança tem direito à infância e à educação, direito esse que muitas vezes não é garantido por conta de sua invisibilidade social. e. A criança tem direito à educação, mas não à infância, que se trata de um constructo social imaginário. 1 pontos Pergunta 6 1. Observe o quadro a seguir: Trata-se de “A família” de Tarsila do Amaral (1925). Filha de fazendeiros, a pintora nasceu e passou sua infância na fazenda de sua família e, claramente, muitas de suas obras refletem as vivências e interações daquele momento de sua vida. Nesse sentido,em relação ao papel da interação social na infância, pode-se dizer que: I – a criança recebe a influência consciente ou não de conceitos, ideias, pensamentos e atitudes e cria os seus próprios desde os primeiros grupos sociais em que participa. II – a criança recebe a influência consciente ou não de conceitos, ideias, pensamentos e atitudes mas só consegue criar os seus próprios quando adentra na fase escolar. III – a criança se relaciona com as gerações anteriores de maneirapassiva,já que aquelassãoas responsáveis pela transmissão e criação de cultura, costumes e valores. IV – a criança se constitui a partir da relação de troca que estabelece com as outras gerações, criando seus próprios entendimentos e concepções sobre o mundo. Com base no material estudado nesta unidade, é correto o que se afirma em: a. I, III e IV b. I e IV c. I e II d. II e IV e. II e III 1 pontos Pergunta 7 1. Observe a imagem e, em seguida, assinale a alternativa que melhor a explica: a. Não existem questões ligadas ao comportamento sendo retratadas na charge. O que vemos é o surgimento, na contemporaneidade, da consciência de que existem doenças específicas ligadas à infância que precisam ser combatidas de forma eficaz e radical, para que não se tornem uma questão social. b. Na contemporaneidade, estimulamos as crianças a buscar por sua infância. A charge nos mostra que, muitas vezes, essa busca precisa ser incentivada a partir da utilização de medicamentos que estimulem as crianças a brincarem, se expressarem e experimentarem o mundo ao seu redor de forma lúdica e criativa. c. Na contemporaneidade, procuramos enxergar a criança cada vez mais como um pequeno adulto, ou seja, como um ser que precisa se tornar capaz de seguir regras uniformes e de produzir de forma considerável na sociedade para que se torne efetivamente significativa nas discussões tanto da pedagogia quanto da legalidade e da sociologia. d. Na contemporaneidade, entendemos que a criança não deve ser livre para construir sua própria história. Torná-la agente do próprio conceito de infância pode ser prejudicial para seu desenvolvimento acadêmico, que deve ser sempre a prioridade, inclusive de pedagogos e legisladores que estejam discutindo a questão infantil em sua totalidade. e. Na contemporaneidade, se por um lado tendemos a discutir a criança e seu direito à infância, tornando-a a agente na construção do próprio conceito, por outro, temos também a tendência a ver essas mesas crianças, muitas vezes, sendo levadas à mecanização dos comportamentos, o que, paradoxalmente, implica em “pasteurizar” o comportamento infantil. 1 pontos Pergunta 8 1. Analise o excerto a seguir. “Não se pode conhecer toda a cultura de um grupo ou povo, senão aspectos dela, e nisto reside o desafio no campo do conhecimento tanto quanto no campo das práticas sociais. Nisto reside o desafio de compreendermos que se faz necessário, não apenas estarmos sensíveis à questão da diferença, mas, também e sobretudo, que não sejamos mais analfabetos nas muitas linguagens do social, de modo a fazer-lhes as leituras expressas por suas múltiplas falas, imagens, movimentos etc.” (GUSMÃO, N. M. M. Linguagem, cultura e alteridade: imagens do outro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 107, p. 41-78, jul. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/n107/n107a02.pdf>. Acesso em: 22/12/2017. p. 44.) Considerando o que você entendeu sobre a Sociologia da Infância e todo esse novo campo de estudo sobre a criança, assinale a alternativa correta: a. A Sociologia da Infância é um campo relativamente novo de conhecimento que surgiu com a tarefa de investigar a criança a partir dela mesma, respeitando a especificidade temporal e histórica da criança a partir de sua ação reguladora. b. A Sociologia da Infância é um campo relativamente novo de conhecimento que surgiu com a tarefa primeira de estudar a infância dentro das ciências sociais, buscando compreender a condição social da infância e as relações das crianças com os adultos e entre seus pares, valorizando a subjetividade delas. c. A Sociologia da Infância é um campo relativamente novo de conhecimento que surgiu com a tarefa primeira de assinalar o enfraquecimento das fronteiras entre a infância e a idade adulta a partir da atenta observação das especificidades de adultos e crianças. d. Com o intuito de estudar sistematicamente a criança, a Sociologia abriu-se a um novo campo de conhecimento, a Sociologia da Infância, que, a partir de novas práticas de monitoração, procura entender a criança em momentos específicos laboratoriais. e. O projeto básico da Sociologia da Infância é a busca por ordem, pureza e determinação de excluir a ambivalência e, mais precisamente, a dicotomia entre o ser e estar criança, de forma que os estudiosos da educação compreendam as crianças em todas suas particularidades. 1 pontos Pergunta 9 1. Julia é professora de Ensino Infantil e trabalha em uma escola que se diz inovadora e preocupada com a formação da criança como ser que está em processo de criar e entender conceitos, ao mesmo tempo que lida com condições já impostas anteriormente. Em uma reunião pedagógica, a coordenadora solicita que a professora apresente seu trabalho com os alunos através de um artigo para ser enviado a um congresso de Pedagogia. Julia, que leciona em duas turmas, apresenta então um relatório preliminar para a coordenadora com a seguinte definição: "a construção de conceitos e habilidades de uma criança passa, necessariamente, por seu entorno social, assim, a escola é local apropriado para que as crianças estabeleçam vínculos". Autores como Martins Filho (2013) concordam com essa definição e dizem que ela deve ser levada em conta ao se elaborar o currículo escolar. Assinale a alternativa que justifica a posição de autores como Martins Filho e de Julia, nossa personagem do case em questão. O currículo deve ser planificado pensando na visão dos adultos sobre o que as crianças devem aprender. Deve-se priorizar a experiência acadêmica, a obediência e a reprodução do conteúdo estabelecido. A interação entre diferentes gerações não deve ocorrer. Trata-se de uma proposta que pode ser prejudicial para a criação de situações de aprendizagem nas quais as crianças possam ampliar seus conceitos e habilidades. O currículo escolar deve priorizar a criação de situações de aprendizagens nas quais as crianças, a partir dos conhecimentos adquiridos em seu meio social, poderão ampliar e reconstruir conceitos e habilidades. Para previnir que a criança construa conceitos errôneos, devemos priorizar o ensino individualizado, sem o contato com outras crianças. A proposta pedagógica deve levar em consideração os conhecimentos prévios e os saberes trazidos pelas crianças, considerando-se seu contexto social e cultural. 1 pontos Pergunta 10 1. No âmbito jurídico, as leis mais importantes que atendem aos direitos da criança estão na Constituição Federal de 1988 e no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) de 1990. Para além destes dois importantes documentos, no texto do artigo 4º da Resolução n. 5, de 17 de dezembro de 2009, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, consta que: “As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”. (BRASIL. Ministério da Educação. Resolução n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 dez. 2009. Seção 1, p. 18) De acordo com o trecho do documento citado, bem como também com o que foi estudado na unidade, pode-se afirmar que: I – Nas Diretrizes, encontramos uma concepção que confirma que a criança é sujeito histórico e de direitos, criativa e produtora de cultura. II – A concepção de criança presente é fruto de uma longa construção histórica, quelevou a avanços educacionais e à visibilidade da infância como importante etapa do desenvolvimento humano. III – Uma vez que são sujeitos ativos e produtores de cultura, porém ainda em desenvolvimento psicomotor, as crianças pouco contribuem para a construção do mundo dos adultos e na construção social. Assinale a alternativa correta: Apenas I e II estão corretas, sendo que a II complementa I. Apenas I e III estão corretas, sendo que a I justifica a III. Apenas I está correta. Apenas I e III estão corretas. Apenas II e III estão corretas.
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