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Morfologia do sangue periférico Hemograma • Exame complementar mais solicitado na prática médica; • Diagnóstico e acompanhamento de doenças; • Análises quantitativas e qualitativas do sangue periférico. Quatro passos 1 - Coleta (VENOPUNÇÃO) e manuseio adequado da amostra de sangue; 2 - Contagem dos elementos figurados do SP (linhagens ERITRÓIDE, LEUCOCITÁRIA e PLAQUETÁRIA) e dos índices bioquímicos relativos à SE = contadores automatizados; 3 - Determinação do DIFERENCIAL de glóbulos brancos = contadores automáticos e/ou microscopia óptica; 4 - Análise QUALITATIVA (tamanho, coloração) das 3 linhagens. Possíveis interferências Fatores pré-analíticos: 1 - Inerentes ao indivíduo e seu sangue – particularidades do próprio paciente; 2 - Inerentes à coleta e manuseio do sangue coletado – início de coagulação do sangue; Fatores analíticos: 1 - Qualidade/calibração do contador automático; 2 - Qualidade técnica do seu operador; 3 - Qualidade técnica do citologista. Coleta Importante: • Jejum; • Sem fumar há 2 horas ou mais; • Repouso previamente à coleta; • Amostra de sangue venoso; • Garroteamento e coleta rápidos. Para a coleta: • Tubos de polipropileno ou poliestireno; • Anticoagulante EDTA (Ácido Etilenodiaminotetracético já vem no tubo); • K2EDTA (EDTA dipotássico) pulverizado no tubo, as vezes; • Preferência para sistemas a vácuo; • Homogeneização adequada para que o sangue se misture ao anticoagulante. Análise • Analisar entre 1 e 3 horas após a coleta; • Homogeneizar suavemente a amostra; • Verificar a presença de coágulos antes de inserir o tubo no contador; • Avisos (flags) no laudo do contador automático por alteração no sangue = lâmina com esfregaço sanguíneo para leitura em microscópio óptico pelo citologista; • Amostras analisadas armazenadas em geladeira por 3 a 5 dias; • Lâminas idem, em temperatura ambiente; • Laudos sem flags são armazenados em CD; • Laudos com flags são armazenados por 1 mês (papel impresso e CD); • Interfaceamento – sem interferência humana, já que o contador automático está ligado ao sistema de análise e emissão de laudo do próprio hospital; • Laboratório de Hematologia do Hemocentro ~ 20.000 hemogramas/mês. Esfregaço do sangue periférico Analisa a morfologia das células, fornece informações sobre a estimativa do número dos elementos figurados do sangue periférico, investiga problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas. Geralmente é pedido quando ocorre a emissão de flags no hemograma do paciente indicando algum erro. Coloração: • Giemsa • Leishman As hemácias são vistas em uma cor mais acidófila e as células nucleadas em uma cor mais basófila. Uma lâmina na bancada e uma outra posicionada à 45º. A observação adequada do esfregaço sanguíneo ao microscópio óptico se faz na região intermediária do espalhamento do sangue na lâmina de vidro, ou seja, região 2. • As lâminas devem estar altamente estéreis e limpas. • Deixar a lâmina secar por 20 minutos em temperatura ambiente, sem hiperventilar. Eritrócitos • Tamanho: 7 – 7.5 µ • Função: transporte de oxigênio Outra alteração que pode ocorrer no esfregaço sanguíneo é o empilhamento de hemácias (como moedas) ocorrendo usualmente quando as proteínas plasmáticas no sangue estão aumentadas. Leucócitos Os leucócitos são incolores, de forma esférica quando em suspensão no sangue e têm a função de proteger o organismo contra infecções. São produzidos na medula óssea (assim como os eritrócitos) ou em tecidos linfoides e permanecem temporariamente no sangue. Diversos tipos de leucócitos utilizam o sangue como meio de transporte para alcançar seu destino final, os tecidos. São classificados em dois grupos, os granulócitos e os agranulócitos. Os granulócitos têm núcleo de forma irregular e mostram no citoplasma grânulos específicos que, ao microscópio eletrônico, aparecem envoltos por membrana. De acordo com a afinidade tintorial dos grânulos específicos, distinguem-se três tipos de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Além dos grânulos específicos, essas células contêm grânulos azurófilos, que se coram em púrpura, e são lisossomos. O núcleo dos agranulócitos tem forma mais regular, e o citoplasma não tem granulações específicas, podendo apresentar grânulos azurófilos, inespecíficos, presentes também em outros tipos celulares. Há dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. O número de leucócitos por microlitro (mm3) de sangue no adulto normal é de 4.500 a 11.500. Chama-se leucocitose o aumento e leucopenia a diminuição do número de leucócitos no sangue. A contagem diferencial de leucócitos circulantes, feita rotineiramente no hemograma, pode indicar a existência de uma grande variedade de doenças; da mesma maneira, a análise morfológica do núcleo e do citoplasma dos leucócitos pode ser determinante para o diagnóstico de diferentes doenças e síndromes. Neutrófilos Alterações no citoplasma: • Hipogranulações • Hipergranulações (granulações tóxicas) • Grânulos grosseiros e mal distribuídos • Vacuolizações • Patógenos fagocitados Eosinófilos • Grânulos grosseiros púrpura-escuros com afinidade pela eosina. • Mascaram contornos do núcleo. • Duas lobulações • Grânulos grandes, alaranjados ou avermelhados, vacuolização frequente. Basófilos • Grânulos grosseiros púrpura escuros com afinidade pela hematoxilina. Monócitos • Grande, oval ou identado. • Cromatina frouxa. • Os maiores leucócitos; fina poeira granular; vacúolos em situações de fagocitose. Linfócitos • B e T: indistinguíveis no SP • NK: grandes linfócitos granulares • Núcleo arredondado, cromatina homogênea • Citoplasma escasso. Plaquetas • Fragmentos celulares. • Controle da hemostasia. Contagem baixa de plaquetas Contagem alta de plaquetas Mega plaquetas Grumos plaquetários ou por falta de anticoagulante ou por alguma anomalia
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