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Livro Eletrônico
Aula 00
Questões Comentadas de Direito Tributário p/ ICMS/RJ (Banca FCC)
Professor: George Firmino
00000000000 - DEMO
Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 00 
 
 
 
 
Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 83 
 
 
 
AULA 00 – Aula Demonstrativa 
 
 
 
 
Sumário Página 
Apresentação 01 
Informações sobre o curso 03-05 
Apresentação das questões 06-19 
Gabarito 19 
Questões comentadas 20-83 
 
 
 
Apresentação 
 
Olá, colega concurseiro(a)! 
É com enorme satisfação que inicio este curso voltado para o 
concurso de Auditor Fiscal da Receita Estadual - SEFAZ/RJ. 
Chegou a hora!!!! 
Já foi publicado o edital e esse é o momento de resolver 
muitas questões e chegar afiado na prova. 
O cargo de AFRE/RJ apresenta inúmeros atrativos e, por isso, 
os candidatos têm apresentado um nível altíssimo de preparação na 
briga por uma vaga. 
Por esta razão, estudar para este concurso não pode se limitar 
ao material teórico. O nível de preparação dos candidatos não 
permite mais que você seja aprovado em um certame como este 
apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença 
naquelas matérias-chave. 
Mas para fazer essa diferença é fundamental conhecer bem a 
banca examinadora. As bancas possuem formas distintas de cobrar a 
matéria. Algumas se limitam ao conteúdo da lei, outras vão além e 
exigem que o candidato conheça as decisões dos tribunais superiores 
em relação a determinado tema (jurisprudência do STF e STJ). 
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00000000000 - DEMO
Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 00 
 
 
 
 
Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 83 
 
Nessa linha, o nosso objetivo aqui é conhecer a forma como a 
Fundação Carlos Chagas, a famosa FCC, costuma exigir a matéria de 
Direito Tributário. E não há maneira melhor de conhecê-la do que 
pela resolução de questões de concursos anteriores. 
Resolveremos aqui centenas de questões, de tal forma que você 
chegará à prova com bastante segurança. 
Antes de iniciar os comentários sobre o nosso curso, gostaria de 
fazer uma breve apresentação pessoal. 
Atualmente exerço o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal 
do Brasil. Atuei inicialmente como parecerista em processos de 
restituição e compensação tributária, bem como na orientação aos 
contribuintes em questões que envolviam a interpretação da 
legislação tributária. Após 2 anos como parecerista, passei a exercer 
minhas atividades na malha fiscal e na fiscalização do Imposto de 
Renda Pessoa Física, onde acumulo a Chefia da Equipe de Fiscalização 
(pessoa física e jurídica). 
 Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por 
uma verdadeira jornada como concurseiro. Iniciei minha experiência 
em concursos no ano de 2000, quando fui aprovado na Caixa 
Econômica Federal, onde trabalhei por 8 anos. 
Ainda trabalhando na CEF, iniciei meus estudos rumo ao sonho 
de ser AFRF, período em que participei de alguns concursos. Nesse 
intervalo, obtive aprovação nos seguintes certames: 
� Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009, classificado na 
68ª posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova 
discursiva; 
� Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP) 2009; 
� Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRF) 2009; 
� Auditor Fiscal de Ipojuca/PE 2009; 
� Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE 2008 (1º lugar); 
� Gestor da Secretaria de Administração/PE 2009; 
� Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 2009. 
Espero dividir com você, amigo concurseiro, a experiência 
adquirida ao longo da minha preparação, pois sei exatamente o que 
se passa “do outro lado”: as expectativas, as dificuldades, os sonhos. 
Bom, feitas as apresentações iniciais, vamos à proposta do 
nosso curso. 
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Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 00 
 
 
 
 
Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 83 
 
Informações sobre o curso 
1. Divisão das aulas 
 Nosso curso será ministrado ao longo de 11 aulas, incluindo 
esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo (caso 
ocorra a publicação do edital com previsão de prova antes do 
cronograma estabelecido, anteciparemos as aulas para que não haja 
prejuízo na sua preparação): 
 
AULA Assunto Data 
Aula 00 Tributos: definição e espécies. --- 
Aula 01 
Sistema Tributário Nacional. Princípios 
Gerais. Limitações ao poder de tributar. 
Competência tributária. Capacidade 
tributária. 
Disponível 
Aula 02 
Impostos da União, dos Estados, do DF e 
dos Municípios. Repartição das receitas 
tributárias. 
Disponível 
Aula 03 
Legislação tributária: vigência, aplicação, 
interpretação e integração. Métodos de 
interpretação (sistemática, teleológica e 
outras). Convênios estaduais – CONFAZ. 
Disponível 
Aula 04 
Obrigação tributária: principal e acessória. 
Fato gerador. Incidência e não incidência. 
Isenção. Imunidade. Domicílio Tributário. 
Disponível 
Aula 05 
Sujeito ativo. Sujeito passivo: contribuinte 
e responsável. Responsabilidade solidária, 
responsabilidade de terceiros e 
responsabilidade por infrações. 
Disponível 
Aula 06 
Crédito tributário: lançamento – efeitos e 
modalidades. 
Disponível 
Aula 07 
Suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário. Extinção do crédito tributário. 
Exclusão do crédito tributário. 
Disponível 
Aula 08 
Administração tributária – fiscalização, 
regulamentação, competência, limites, 
procedimentos. Dívida ativa – certidão 
negativa. 
Disponível 
Aula 09 SIMULADO 1 – Questões FCC 2012. Disponível 
Aula 10 SIMULADO 2 – Prova ICMS/SP 2013. 04/10/2013 
 
Conforme exposto, resolveremos as questões separando-as por 
assunto. Com isso, abordaremos cada tópico do conteúdo 
programático, analisando como a FCC costuma exigi-lo. 
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Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 00 
 
 
 
 
Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 83 
 
Hoje em dia, foi criado o que se costuma chamar de 
“jurisprudência da banca”. Ou seja, cada banca tem uma forma 
peculiar de abordar um assunto e firmar seu posicionamento sobre 
determinado tema. Por isso, considero de grande importância estudar 
as questões de cada assunto separadamente, a fim de facilitar o 
entendimento e permitir o conhecimento mais aprofundado da banca. 
No entanto, a prova não virá separada por assuntos, não é? No 
dia decisivo, você deverá estar afiado em todos eles. Nesse sentido, 
as duas últimas aulas do nosso curso serão compostas de simulados, 
abrangendo todo o conteúdo programático, para que você possa 
aperfeiçoar sua preparação. No primeiro constarão as questões da 
FCC aplicadas no ano de 2012. Já na última aula comentaremos a 
prova do ICMS/SP, aplicada há poucos meses. 
 
2. Método de resolução das questões 
Sugiro que durante o nosso curso você adote a seguinte 
metodologia: as questões serão apresentadas em sequência, sem 
gabarito ou comentários, por isso, recomendo que você imprima a 
lista com as questões e as resolva, procedendo, posteriormente, à 
correção e revisão através dos comentários. 
 
3. Abordagem 
Não obstante se tratar de um curso voltado para resolução de 
questões da FCC, ao abordar determinados temas, apresentarei 
algumas questões de outras bancas, notadamente da ESAF, CESPE e 
FGV. Isso servirá para ilustrar algum posicionamento que, mesmo 
não tendo sido adotado pela FCC, se mostre como uma tendência das 
bancas e, assim, poderá ser objeto de questões futuras da própria 
Fundação Carlos Chagas. 
As questões foram ordenadas da forma mais didática possível, 
o que torna possível o estudo de modo sequenciado. Você perceberá 
que nas questões que introduzem determinado assunto, os 
comentários serão mais prolongados, a fim de abordarda 
maneira mais completa o tema. Isso ajuda aqueles que costumam 
estudar a matéria através de questões, mas também permite uma 
revisão completa para aqueles que utilizam as questões para firmar o 
conhecimento. 
 
 
 
 
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4. Legislação aplicável 
Como base do nosso estudo, utilizaremos frequentemente a 
Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172, 
de 25 de outubro de 1966). Por isso, é recomendado que você os 
tenha sempre que for acompanhar as aulas, de preferência 
impressos, pois podem ser feitas anotações e destaques para 
consultas posteriores. Você pode acessá-los e imprimi-los nos 
seguintes links: 
� Constituição Federal de 1988 
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm 
� Código Tributário Nacional 
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm 
 
5. Suporte 
Por fim, prezado aluno, informo que nosso estudo não se limita 
à apresentação das aulas ao longo do curso. É mais do que natural 
que você tenha dúvidas, mas elas não podem permanecer até o dia 
da prova, não é mesmo? Então, estarei sempre à disposição para 
responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula. 
Todos têm dúvidas. Errar é comum, quando se está tentando 
aprender. O que não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao 
invés de expor a sua dificuldade. 
Conte comigo! 
Nada será mais gratificante para mim do que receber um e-mail 
trazendo a notícia da sua aprovação. 
 
 
Concluídas as nossas considerações iniciais, passemos ao que 
interessa! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
Aula 00: Conceito e classificação dos tributos 
 
Questão 01 – (FCC) São Paulo - Inspetor Fiscal/98 
 
O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o capítulo: 
a) das receitas derivadas 
b) das receitas originárias 
c) Dos empréstimos públicos 
d) Da previsão orçamentária 
e) Dos créditos públicos 
 
Questão 02 – (FCC) Auditor Fiscal Tributário Municipal – SP/2007 
 
Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada 
como tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto 
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não sanção 
de ato ilícito e esteja instituída em lei. 
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja 
instituída em lei. 
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de 
ato ilícito e esteja instituída em lei. 
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja 
instituída em lei. 
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de 
ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária. 
 
Questão 03 – (FCC) Procurador do Estado PGE-SE/2005 
 
Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código 
Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo 
a) pode constituir sanção de ato ilícito. 
b) está submetido à reserva legal. 
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza. 
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária. 
e) é toda prestação pecuniária facultativa. 
 
Questão 04 – (FCC) Procurador Recife-PE/2003 
 
Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário 
Nacional, é correto afirmar que o tributo 
a) pode constituir sanção de ilícito. 
b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária. 
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza. 
d) está submetido à reserva legal. 
e) é toda prestação pecuniária facultativa. 
 
 
 
 
 
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Resolução de Questões FCC 
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Questão 05 – (FCC) Subprocurador TCE-SE/2002 
 
Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário 
Nacional, é correto afirmar que o 
a) fato jurídico legalmente definido, com conteúdo econômico, para a exigência de 
tributo, pode ser qualificado como sanção de ato ilícito. 
b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente 
discricionária. 
c) tributo pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer 
natureza. 
d) tributo está submetido à reserva legal. 
e) tributo é toda prestação pecuniária facultativa. 
 
Questão 06 – (FCC) Auditor TCE-AL/2008 
 
Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3º do Código Tributário 
Nacional, é correto afirmar: 
a) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de exigência de 
imposto de importação em razão de crime de contrabando. 
b) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto sobre 
propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa plenamente 
vinculada quem realiza o lançamento tributário. 
c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo, parte 
da produção de uma indústria para pagamento de imposto sobre produto 
industrializado. 
d) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê 
exceções. 
e) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas hipóteses de 
tributos com lançamento por homologação. 
 
Questão 07 – (FCC) Procurador - Teresina/2010 
 
A partir do conceito legal de tributo, é possível afirmar que a multa NÃO é 
espécie de tributo porque o tributo 
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste desta 
obrigatoriedade. 
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa pode 
ser aplicada de forma discricionária pelo poder público. 
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato 
ilícito. 
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não é 
compulsória, dependendo de condenação administrativa. 
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa, que 
só pode ser objeto de anistia. 
 
Questão 08 – (FCC) SEFAZ-DF/2001 
 
As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque: 
a) não são passíveis de inscrição como dívida ativa. 
b) obedecem ao princípio da legalidade. 
c) constituem sanções por atos ilícitos. 
d) observam o princípio da anterioridade. 
e) são aplicadas pelos agentes da fiscalização. 
 
 
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Resolução de Questões FCC 
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Questão 09 – (FCC) Procurador – Prefeitura de Santos/2002 
 
Considere: 
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou ao 
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de acordo com 
determinada linha política de ação, a exemplo de uma tributação maior sobre bens 
supérfluos e menor para bens necessários. 
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem sujeito 
ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias finalidades - 
pessoas diversas da União, Estados e Municípios. 
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como 
a) contribuições e extrafiscais. 
b) parafiscais e especiais. 
c) extrafiscais e parafiscais. 
d) especiais e extraordinários. 
e) fiscais e empréstimos compulsórios. 
 
Questão 10 – (ESAF) ATRF/2009 
 
“A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras, 
fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtosda linha branca, que encerraria 
no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro 
entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com 
base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do 
Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito 
nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos 
desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida 
vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo 
tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma 
alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe “A”, ou seja, 
com menor consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma 
alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site 
www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). 
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto 
sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, 
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a 
notícia mencionada destacou. 
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas produtos 
de acordo com o seu grau de essencialidade. 
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da capacidade 
tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de 
geladeiras existentes no mercado. 
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder 
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas. 
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as 
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um produto 
impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla tributação da 
mesma base econômica. 
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas 
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria e, 
consequentemente, dos consumidores. 
 
 
 
 
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Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 00 
 
 
 
 
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Questão 11 – (FCC) Auditor de Contas Públicas – TCE PB/2006 
 
São tributos vinculados: 
a) a taxa, o imposto e a contribuição de melhoria. 
b) a taxa e os impostos diretos. 
c) os impostos diretos e os indiretos. 
d) a contribuição de melhoria e os impostos indiretos. 
e) a taxa e a contribuição de melhoria. 
 
Questão 12 – (FCC) Procurador TCE – CE/2006 
 
São características comuns aos impostos, taxas e contribuições de 
melhoria: 
a) todos têm competência comum. 
b) todos são vinculados a uma prévia atividade estatal. 
c) todos têm sempre relação com serviço público. 
d) todos são compulsórios. 
e) todos se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal, sem exceção. 
 
Questão 13 – (FGV) Fiscal de Rendas – RJ/2007 
 
O art. 5º do Código Tributário Nacional determina que os tributos se 
dividem em: 
a) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos 
compulsórios. 
b) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria. 
c) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos 
compulsórios. 
d) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos compulsórios. 
e) impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
Questão 14 – (FCC) Auditor Fiscal - SEFAZ – RO/2010 
 
Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo considera-
se, em regra, 
a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes. 
b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos. 
c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei. 
d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária. 
e) a destinação legal do produto de sua arrecadação. 
 
Questão 15 – (FCC) Procurador do Estado – SE/2005 
 
A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da 
respectiva obrigação, sendo 
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei 
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da arrecadação 
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação 
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado 
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais 
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação 
 
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Questão 16 – (FCC) Auditor de Contas Públicas TCE – PB/2006 
 
À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da 
arrecadação do tributo é: 
a) irrelevante em qualquer hipótese 
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública 
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório 
d) relevante, em se tratando de imposto 
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa 
 
Questão 17 – (CESPE) Analista - SEBRAE/2010 
 
Julgue a assertiva. 
Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuição, é fundamental 
examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinação legal do produto da sua 
arrecadação. 
 
Questão 18 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010 
 
Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas como 
muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não vinculado. A 
outra considera o tributo quanto à destinação específica do produto da arrecadação. 
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do produto 
da arrecadação 
a) o imposto. 
b) a taxa. 
c) a contribuição de melhoria. 
d) o empréstimo compulsório. 
e) as contribuições especiais. 
 
Questão 19 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009 
 
O princípio da capacidade contributiva: 
a) aplica-se somente às contribuições 
b) não se aplica às penalidades tributárias 
c) aplica-se somente aos impostos 
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias 
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais 
 
Questão 20 – (ESAF) AFRF/2009 
 
Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto: 
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; 
este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se 
aproveitam 
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir 
no exercício regular do poder de polícia 
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode consistir 
na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público 
específico, divisível ou não 
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não 
com as taxas 
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando 
desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável, com 
observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como 
discricionária, sem abuso ou desvio de poder 
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Questão 21 – (FCC) Analista de Regulação - CE/2006 
 
Segundo o Código Tributário Nacional, a taxa pode ter como fato gerador 
a) a prestação de serviço público divisível ou indivisível, prestado efetivamente ao 
contribuinte ou posto à sua disposição. 
b) o exercício regular do poder de polícia, desde que específico e divisível, prestado 
efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.c) a realização de obra pública, como por exemplo, pavimentação asfáltica, desde 
que gere valorização imobiliária ao proprietário do imóvel adjacente à obra. 
d) a prestação de serviço público indivisível, ainda que só colocado à disposição do 
contribuinte. 
e) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
Questão 22 - FCC – Procurador do Estado – PGE/PE (2004) – adaptada 
 
I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a implantação ou 
a melhoria do serviço estatal de segurança pública. 
II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para definir 
corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato gerador, 
como também a base de cálculo de um determinado tributo. 
III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto que 
possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação estatal 
específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser considerada 
causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço público estatal. 
IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do serviço de 
coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele resolva levar o lixo 
diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor cobrado é muito elevado. 
a) todos itens estão corretos 
b) estão corretos apenas os itens I e III 
c) estão corretos apenas os itens II e IV 
d) estão corretos apenas os itens II e III 
e) estão corretos os itens II, III e IV 
 
Questão 23 – (FCC) – Analista de Controle Externo – TCE GO/2009 
 
Os tributos classificam-se em vinculados e não-vinculados. É exemplo de 
tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de remunerar serviço 
público: 
a) o imposto. 
b) a taxa. 
c) a contribuição de melhoria. 
d) a contribuição social. 
e) o empréstimo compulsório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 24 – (ESAF) Procurador – DF/2007 
 
O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que 
estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no 
conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo 
apresentadas, a que está correta. 
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores 
mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido, pelo 
ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores 
Mobiliários. 
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser sempre 
remunerado mediante taxa. 
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem ser 
sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser 
retribuída, genericamente, por impostos. 
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de seu 
produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão 
público. 
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem que 
tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural. 
 
 
Questão 25 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010 
 
Segundo Geraldo Ataliba, "Não há possibilidade jurídica de confusão entre taxa e 
preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do legislador em converter uma na 
outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas reciprocamente repelentes e 
excludentes". 
Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço público o 
fato da taxa 
a) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado pelo Poder 
Público sem exclusividade. 
b) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto. 
c) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada de 
natureza não tributária. 
d) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço remunerar 
serviço público delegado a particular. 
e) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público indivisível. 
 
 
Questão 26 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AP/2009 
 
Será remunerada por taxa a prestação 
a) efetiva ou compulsória do serviço de coleta de lixo domiciliar. 
b) efetiva do serviço de calçamento de logradouros. 
c) compulsória do serviço de iluminação pública. 
d) compulsória do serviço de limpeza das vias e logradouros públicos. 
e) efetiva de uso de bem público. 
 
 
 
 
 
 
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Questão 27 – (FCC) Procurador – SP/2008 
 
Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da 
hipótese de incidência é ter piscina em imóvel localizado dentro do 
Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros quadrados 
da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O 
contribuinte é o proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa 
a) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização que 
o Poder Público tem que realizar na construção de piscinas. 
b) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação 
efetiva do serviço de água tratada fornecida para manter a piscina. 
c) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie. 
d) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de polícia ou 
de prestação de serviço público, sendo fato gerador de imposto. 
e) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da União e 
não do Município. 
 
Questão 28 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 2ª/2007 
 
No que diz respeito às taxas é certo que, 
a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço público, de 
que decorra valorização imobiliária. 
b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica. 
c) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser 
calculadas em função do capital das empresas. 
d) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do Poder 
de Polícia. 
e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de 
investimento público urgente e de relevante interesse estatal. 
 
Questão 29 – (FCC) Defensor Público – SP/2006 
 
Considere as afirmações: 
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da pessoa 
política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e cobrado, de que o 
Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte, qualquer atividade 
específica. 
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos e 
divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou potencial 
dos serviços pelo contribuinte. 
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de contribuição, 
que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime jurídico tributário e 
possui uma única modalidade que é a contribuição social. 
SOMENTE está correto o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II. 
e) III. 
 
 
 
 
 
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Questão 30 – (FCC) Analista de Regulação – CE/2006 
 
Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa 
a) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder 
Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de serviço 
público. 
b) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como receita 
derivada. 
c) a taxa e o preço público podemser cobrados por pessoas jurídicas de direito 
privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço público. 
d) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço público 
decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo Poder Público. 
e) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do preço 
público, que se submete ao princípio da legalidade. 
 
Questão 31 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SP/2006 
 
Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, 
dispõe: 
a) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
b) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o custeio 
do serviço de iluminação pública. 
c) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a propriedade e a 
taxas pela prestação de serviços referentes a tal propriedade sub-rogam-se na 
pessoa dos respectivos adquirentes. 
d) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do poder de 
polícia ou o exercício regular do serviço público específico e indivisível. 
e) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos uns dos 
outros. 
 
Questão 32 – (FCC) Juiz Substituto – TJPE/2011 
 
A importância paga pelos usuários de nossas rodovias a título de pedágio 
qualifica-se como 
a) preço público. 
b) tributo. 
c) taxa de serviço público. 
d) contribuição de melhoria. 
e) preço compulsório. 
 
Questão 33 – (FCC) TJ AP/2011 
 
O tributo que tem por fato gerador o exercício regular do poder de polícia, 
como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e registrais, é 
denominado 
a) imposto. 
b) taxa. 
c) contribuição de melhoria. 
d) emolumento. 
e) contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica. 
 
 
 
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Questão 34 – (FCC) Procurador Judicial - Recife/2008 
 
NÃO se inclui entre as características do tributo contribuição de melhoria: 
a) ter competência comum para instituição. 
b) ser vinculada a uma atividade estatal. 
c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização imobiliária. 
d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua 
arrecadação. 
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes à obra. 
 
Questão 35 – (FCC) Auditor – TCE AL/2007 
 
Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é 
o fato de que as taxas 
a) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram serviços 
públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à disposição do 
usuário. 
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as 
contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. 
c) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as 
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis. 
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente postos à 
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é 
facultativo. 
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm 
como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da realização de obras 
públicas. 
 
Questão 36 – (FCC) Procurador do Estado – PGE SE/2005 
 
Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria 
é o fato de que as taxas 
a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as 
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis. 
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as 
contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. 
c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm 
como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização 
imobiliária. 
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à 
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é 
facultativo. 
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm 
como contrapartida apenas a valorização imobiliária. 
 
Questão 37 – (ESAF) AFTE – PA/2002 
 
Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é 
o não enriquecimento injusto. 
a) imposto 
b) taxa 
c) empréstimo compulsório 
d) contribuição social 
e) contribuição de melhoria 
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Questão 38 – (FCC) Auditor – TCE SP/2008 
 
Os empréstimos compulsórios 
a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal. 
b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento da 
moeda em circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo de dois 
anos. 
c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias decorrentes 
de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência. 
d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada 
a lei que os houver instituído em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública ou guerra externa. 
e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, observando-se o 
princípio da anterioridade. 
 
 
Questão 39 – (FCC) Auditor de Tributos Estaduais– RO/2010 
 
Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que 
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma atividade 
estatal. 
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra pública. 
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia 
atividade estatal, qual seja, obra pública. 
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser 
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente. 
e) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de competência 
exclusiva dos Estados e Distrito Federal. 
 
 
Questão 40 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas– SEFAZ SP/2009 
 
Os Empréstimos Compulsórios 
a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não sendo necessária, 
nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade. 
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a observância ao 
princípio da anterioridade. 
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, observando-se a competência material de cada um desses entes 
políticos. 
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas de 
sua criação. 
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua instituição, 
a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório desvinculada da 
despesa que fundamentou sua instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 41 – (ESAF) Advogado – IRB/2006 
 
A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, aptidão 
para criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre essa 
afirmativa, podemos dizer que 
a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser cobrada 
pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se beneficiado, ou, no 
caso de omissão deste, pela União. 
b)as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ou postos à disposição do contribuinte. 
c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será 
preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo 
diversa das taxas. 
e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos contribuintes. 
 
Questão 42 – (FCC) Juiz Federal – TRF 5ª/2001 
 
As contribuições sociais, em nosso sistema tributário, 
a) não têm natureza tributária. 
b) somente podem ser instituídas pela União. 
c) podem ser instituídas pelos Estados e Municípios, para custeio do sistema de 
previdência de seus servidores. 
d) previdenciárias aumentadas num exercício, só podem ser cobradas no primeiro 
dia do exercício seguinte. 
e) não precisam observar os princípios da legalidade e da anterioridade. 
 
Questão 43 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006 
 
Sobre as contribuições relacionadas na Constituição Federal, é correto 
afirmar que 
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão 
sobre as receitas decorrentes de exportação. 
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio 
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos de 
saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino. 
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição previdenciária dos 
servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cuja alíquota não será 
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da anterioridade 
(ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena), cumulativamente. 
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são denominadas 
"contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno denominado 
"parafiscalidade". 
 
Questão 44 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009 
 
A respeito das contribuições sobre o domínio econômico, é correto afirmar 
que 
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo atingir o 
particular de modo específico e divisível. 
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. 
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. 
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza excepcional. 
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores serão 
restituídos. 
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Questão 45 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 
 
A contribuição confederativa sindical não tem caráter compulsório para os 
trabalhadores não-filiados ao sindicato e não deve obediência ao princípio 
constitucional tributário da legalidade. 
 
 
Questão 46 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 
 
Por terem natureza tributária, as contribuições devidas à OAB devem ser cobradas 
dos advogados inadimplentes mediante ação de execução fiscal. 
 
 
Questão 47 – (FCC) Procurador – Salvador/2006 
 
Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o custeio 
do serviço de iluminação pública: 
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no 
artigo 150, I e III, da Constituição Federal. 
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c", da 
Constituição Federal. 
c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e III, da 
Constituição Federal. 
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da 
Constituição Federal. 
e) a União e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da 
Constituição Federal. 
 
 
Questão 48 – (FCC) Procurador – TCE PR/2005 
 
A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, recém introduzida em 
nosso sistema tributário, 
a) tem natureza extrafiscal. 
b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou 
Distrito Federal. 
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios. 
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos. 
e) equipara-se às taxas. 
 
 
Questão 49 – (FCC) Procurador – PGE MA/2003 
 
Em nosso sistema tributário, as contribuições interventivas no domínio 
econômico 
a) podem ser instituídas pela União, Estados ou Municípios. 
b) poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados. 
c) poderão incidir sobre operações que destinem petróleo ao exterior. 
d) não observam o princípio da legalidade. 
e) não observam o princípio da anterioridade. 
 
 
 
 
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Questão 50 – (FCC) Procurador – Recife/2003 
 
A respeito das obrigações abaixo, é correto afirmar que 
a) a contribuição de melhoria pode ser validamente instituída no caso de obra 
pública de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada antes mesmo 
da realização da referida obra. 
b) as tarifas estão submetidas ao regime jurídico tributário. 
c) as taxas são tributos não vinculados, pois tem como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição. 
d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade estatal 
específica. 
e) os Municípios podem instituir contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 
A C B D D D C C C E E D E D E 
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
C E A B C E E B C D A D D D A 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 
C A B D E C E D C A B C A C C 
46 47 48 49 50 
 
E D B B E 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 00: Conceito e classificação dos tributos 
 
Questão 01 – (FCC) São Paulo - Inspetor Fiscal/98 
 
O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o capítulo: 
a) das receitas derivadas 
b) das receitas originárias 
c) Dos empréstimos públicos 
d) Da previsão orçamentária 
e) Dos créditos públicos 
 
Comentários 
Para responder a esta questão, vamos relembrar algo que 
aprendemos no estudo do Direito Administrativo: os regimes jurídicos 
da Administração Pública. 
O Estado existe para o atendimento do interesse público (interesse 
primário). No entanto, como garantir o atingimento desse objetivo 
quando os interesses particulares divergem do interesse público? 
É justamente para conferir à Administração a garantia de atuar em 
prol do interesse coletivo que o ordenamento jurídico lhe atribui uma 
série de prerrogativas (privilégios). Trata-se do regime jurídico-
administrativo, regido pelas normas de Direito Público, onde o 
Estado ocupa posição de superioridade em relação ao 
particular. 
Podemos entender melhor com o seguinte exemplo: em uma das 
principais avenidas do Recife há a necessidade da construção de um 
viaduto no local onde existem vários imóveis. Os moradores e 
empresários locais têm o direito à propriedade, mas em decorrência 
do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, o 
Estado reveste-se de poderes que tornam possível o atendimento do 
fim comum, qual seja: a construção do viaduto. Para isso, pode 
desapropriartais imóveis a fim de promover a construção e atender 
ao interesse de toda a coletividade. 
Por outro lado, o Estado também pratica atos em que não se reveste 
de tais poderes, pois não atua em nome do interesse público, mas no 
interesse da própria Administração (interesses secundários). Imagine 
que a Prefeitura de Teresina pretenda alugar um imóvel para o 
funcionamento de um de seus órgãos. Nesse caso, a Prefeitura não 
atua em posição de superioridade em relação ao proprietário do 
imóvel, eis que o ato não visa ao atendimento do interesse público 
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primário. Trata-se, portanto, de um ato regulado pelas normas de 
Direito Privado, caracterizado pela isonomia entre as partes. 
Observamos, então, que nas relações jurídicas entre o Estado e os 
particulares, tanto no regime de Direito Público como no Direito 
Privado, a Administração pode obter receitas decorrentes dessas 
relações. Temos como exemplo o aluguel de um prédio público, a 
imposição de tributos, a aplicação de uma multa, etc. 
Em decorrência disso, surgiu uma conhecida classificação das receitas 
públicas em RECEITAS ORIGINÁRIAS e RECEITAS DERIVADAS. 
As RECEITAS ORIGINÁRIAS têm origem nas relações de 
Direito Privado, onde o Estado obtém valores oriundos da 
exploração do seu patrimônio. É o caso de um aluguel de um prédio 
público. 
Já as RECEITAS DERIVADAS, derivam do poder de império do 
Estado, ou seja, das relações de Direito Público, onde a 
Administração atua em posição de superioridade. É o caso dos 
tributos, das multas, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
Como vimos, há duas formas do Estado custear as suas despesas, 
sendo a arrecadação tributária (classificada como receita derivada) a 
fonte de receita mais expressiva. 
Dessa maneira, o objeto de estudo do Direito Tributário será aquela 
receita na qual estão classificados os tributos. Logo, devemos marcar 
como resposta as receitas derivadas. 
Gabarito: A. 
 
 
 
 
 
 
RECEITAS 
ORIGINÁRIAS 
RECEITAS 
DERIVADAS 
- Relações de Direito Privado 
- Exploração do próprio patrimônio 
- Isonomia entre as partes 
- Ex: rendimento de aplicações 
- Relações de Direito Público 
- Poder de império do Estado 
- Desigualdade entre as partes 
- Ex: tributos 
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Questão 02 – (FCC) Auditor Fiscal Tributário Municipal – SP/2007 
 
Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser 
conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha 
como objeto 
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não 
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. 
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja 
instituída em lei. 
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua 
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei. 
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e 
esteja instituída em lei. 
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua 
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária. 
 
Comentários 
A definição de tributo está expressa no Código Tributário Nacional. 
Daí, verificamos que a definição de tributo é legal, ou seja, é 
expressa em lei. Então vamos à nossa primeira consulta ao CTN. 
Em seu art. 3º, o CTN assim define tributo: 
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” 
 
Observamos na definição legal de tributo um conjunto de termos que 
precisam ser analisados individualmente para que possamos entender 
o seu conceito. 
Dessa forma, vamos separar as expressões e estudá-las de modo 
particular. Então, assim ficará o nosso art. 3º do CTN: 
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária / 
compulsória,/ em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir,/ que não constitua sanção de ato ilícito,/ 
instituída em lei / e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.” 
 
prestação pecuniária 
A expressão “prestação pecuniária” significa que o tributo é algo pago 
em dinheiro. Basta imaginarmos o que pagamos como contribuintes. 
Alguma vez você já pagou o ICMS das suas compras no 
supermercado com parte das mercadorias? Imagine só no momento 
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do pagamento o operador do caixa, ao registrar 1kg de feijão, lhe 
informar que 170 gramas ficarão retidos para pagar o ICMS... 
Seria inviável não é mesmo? Por isso, a própria definição de tributo 
prevê sua quitação em dinheiro. 
 
compulsória 
Temos aqui que a imposição do tributo não resulta da vontade do 
contribuinte, mas, como visto, do poder de império do Estado. 
A Administração Pública precisa arrecadar para custear suas despesas 
e, para isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei 
(os contribuintes) ao pagamento. 
Você já foi questionado alguma vez se queria pagar o imposto de 
renda? Ou já chegou alguma correspondência da sua Prefeitura lhe 
pedindo, por favor, que ajude com alguma doação para o IPTU? 
Não, meu amigo! Isso porque o Estado não precisa pedir, por favor, 
para você contribuir, pois uma vez instituído o tributo, que pela 
própria definição legal é uma prestação compulsória e independente 
da vontade do contribuinte, este tem o dever de pagar. 
 
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir 
O início desta expressão apresenta certa repetição. Vimos na primeira 
parte da definição que tributo é uma prestação pecuniária, portanto, 
em moeda. 
Com o advento da Lei Complementar 104/2001, uma controvérsia foi 
levantada. Ocorre que esta LC acrescentou o inciso XI ao art. 156 do 
CTN, permitindo a dação em pagamentos em bens imóveis como 
forma de extinção do crédito tributário (veremos esse assunto em 
mais detalhes quando abordarmos o tema crédito tributário). A 
grande discussão girou em torno do conflito entre esta nova forma de 
quitação do tributo (através de bens imóveis) e a previsão do art. 3º 
do CTN de que o tributo é pago em moeda. No entanto, a segunda 
parte da expressão permite o uso de algo que possa ter seu valor 
expresso em moeda, desde que previstos no próprio CTN, como 
veremos mais adiante, sendo, portanto válida. 
Essa segunda parte da expressão (“cujo valor nela se possa 
exprimir”) revela algo interessante. 
Você pode se questionar: “Mas há algo hoje que não possa ser 
expresso em moeda?”. Faz sentido o seu questionamento. 
Realmente, a grande maioria das coisas pode ter seu valor expresso 
em moeda, mas não foi esse o sentido que o CTN quis dar ao 
conceito de tributo. Caso contrário, teríamos o pagamento de tributos 
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das mais variadas formas, através da entrega de bens ou prestação 
de serviços, o que não é possível. 
A interpretação deste item aponta para possibilidade de se adotar 
indexadores para quantificar os tributos. Vamos analisar o que 
ocorreu em nosso país há algum tempo e já fixaremos o 
entendimento. 
No final da década de 80 até meados da década de 90, a inflação 
atingia níveis altíssimos. Assim, C$500,00 um dia já não valiam a 
mesma coisa no dia seguinte. Imagineagora um tributo lançado em 
um determinado dia com vencimento para 15 dias. O valor do tributo, 
na data do pagamento, seria apenas uma sombra do que realmente 
era devido na data do lançamento. Com isso, o governo teria uma 
grande perda na arrecadação, o que geraria um verdadeiro rombo 
nos cofres públicos. A fim de amenizar os efeitos dos altos índices 
inflacionários, foram criados alguns indexadores. A UFIR, por 
exemplo, que foi criada pela Lei 8.383/91, com o seguinte enunciado: 
“Art. 1º. Fica instituída a Unidade Fiscal de Referência-UFIR, 
como medida de valor e parâmetro de atualização monetária 
de tributos e de valores expressos em cruzeiros na legislação 
tributária federal, bem como os relativos a multas e 
penalidades de qualquer natureza.” 
Assim, o tributo era calculado em UFIR e pago convertendo o valor 
para a moeda. Como a UFIR era atualizada diariamente ou 
mensalmente, dependendo do período, o valor do tributo não sofria 
com o impacto inflacionário. 
Depreende-se daí, o sentido da expressão “cujo valor nela se possa 
exprimir”, a saber: a utilização de índices ou indexadores a fim de 
quantificar o tributo, já que sua conversão em moeda é instantânea, 
sendo necessária uma simples operação aritmética. 
 
que não constitua sanção de ato ilícito 
Na ocorrência de alguma infração à legislação, há diversas hipóteses 
de o Estado penalizar o infrator, tais como multas, perdimento de 
bens, entre outras. 
Essa expressão do art. 3º é de fundamental importância para 
entender que tributo e multa não se confundem. São dois 
institutos distintos. 
O tributo (como veremos mais adiante com a devida profundidade) 
surge com a ocorrência de uma situação prevista em lei (fato 
gerador) e não por ter o contribuinte cometido alguma infração. 
Tributo não é punição. 
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Veremos também, mais adiante, que ocorre a tributação dos 
rendimentos mesmo que estes sejam oriundos de atividades ilícitas, 
como o tráfico de drogas, por exemplo. Isto porque não se está 
punindo o infrator com o tributo. A punição pela atividade ilícita virá 
na esfera correspondente (penal). O tributo surge pela ocorrência do 
fato gerador (obter rendimentos). Esse tema será bem detalhado 
mais à frente. Por ora, guardem que o tributo não é punição. 
Ao contrário, as multas (inclusive as tributárias) surgem em virtude 
do descumprimento da legislação, o que as caracteriza como sanção 
(punição) ao ato ilícito (descumprimento da lei). 
A fim de ilustrar a diferenciação entre tributo e multa, trago um 
trecho de decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 
94.001/SP. Eis o voto do relator, Ministro Moreira Alves: 
“O art. 3º do CTN não admite que se tenha como tributo 
prestação pecuniária compulsória que constitua sanção de 
ato ilícito. O que implica dizer que não é permitido, em nosso 
sistema tributário, que se utilize de um tributo com a 
finalidade extrafiscal de se penalizar a ilicitude. Tributo não é 
multa, nem pode ser usado como se o fosse. Se o município 
quer agravar a punição de quem constrói irregularmente, 
cometendo ilícito administrativo, que crie ou agrave multas 
com essa finalidade. O que não pode – por ser contrário ao 
art. 3º do CTN, e, conseqüentemente, por não se incluir no 
poder de tributar que a Constituição Federal lhe confere – é 
criar adicional de tributo para fazer as vezes de sanção 
pecuniária de ato ilícito.” 
 
instituída em lei 
O art. 5º, II, da Constituição Federal determina que ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
lei. É o conhecido princípio da legalidade. 
Verificamos anteriormente que o tributo é uma prestação compulsória 
e, portanto, obriga o contribuinte ao pagamento. Dessa forma, em 
obediência à CF/88, há que se observar a sua previsão em lei. É 
necessária, portanto, uma lei para instituir o tributo. Tal previsão 
pode ser estabelecida em lei ordinária ou lei complementar, a 
depender do tributo, ou, ainda, ato normativo com força de lei, que é 
o caso das medidas provisórias, conforme disposição no art. 62, da 
CF, caput e §2º. Dessa forma, é vedada a instituição de tributos por 
atos infralegais, aqueles que se encontram hierarquicamente abaixo 
das leis, como é caso dos decretos. 
 
 
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cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada 
De acordo com o que estudamos no Direito Administrativo, os atos 
administrativos podem ser classificados em vinculados e 
discricionários, de acordo com a margem que a lei confere ao 
servidor para decidir certos elementos. 
A cobrança do tributo é vinculada, conforme determinação do CTN. 
Ou seja, não resta qualquer margem de decisão para a autoridade 
que irá efetuar o lançamento do tributo. Todos os aspectos do tributo 
(fato gerador, alíquota, base de cálculo, contribuintes) são definidos 
na legislação e cabe à autoridade que efetuará o lançamento 
obedecer à lei. 
Não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir qual 
o valor vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente 
vinculado à determinação legal. 
Analisadas as partes que compõem o conceito de tributo, vamos 
resumir de forma gráfica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe aqui uma observação importante. Para ser considerada 
tributo, a prestação deve cumprir TODAS as exigências do CTN 
em seu art. 3º: 1) pecuniária; 2) compulsória; 3) em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir; 4) que não constitua sanção de ato 
ilícito; 5) instituída em lei; e 6) cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
Por esta razão, apenas a alternativa C está correta, eis que as demais 
não atendem a todos os requisitos previstos no art. 3º do CTN. 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTO 
prestação pecuniária 
compulsória 
em moeda ou cujo 
valor nela se possa 
exprimir 
que não constitua 
sanção de ato ilícito 
instituída em lei 
cobrança plenamente 
vinculada 
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Questão 03 – (FCC) Procurador do Estado PGE-SE/2005 
 
Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do 
Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo 
a) pode constituir sanção de ato ilícito. 
b) está submetido à reserva legal. 
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer 
natureza. 
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente 
discricionária. 
e) é toda prestação pecuniária facultativa. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. A obrigação tributária surge com a 
ocorrência do fato gerador e não para punir o contribuinte. Essa é 
exatamente uma das características do tributo: ele não é punição 
por ato ilícito. 
Alternativa B – Correta. Na definição do CTN, o tributo é uma 
prestação instituída em lei. É importante observar que lei, aqui, 
corresponde a ato normativo com força de lei (lei ordinária, 
complementar ou medida provisória em alguns casos). Não é possível 
em nosso ordenamento jurídico a exigência de um tributo que não 
esteja previsto em lei, mas em um ato infralegal, como um decreto, 
por exemplo. 
Alternativa C – Errada. Como vimos na questão anterior, o tributo 
não pode ser pago em serviços, eis que representa prestação paga 
em moeda ou, excepcionalmente, em algo que possa ter seu valor 
expresso e que esteja previsto no CTN. Atualmente, a única 
possibilidade é a dação em pagamento em bens imóveis. 
Alternativa D – Errada. A cobrança do tributo é vinculada,conforme 
determinação do CTN. Ou seja, não resta qualquer margem de 
decisão para a autoridade que irá efetuar o lançamento do tributo. 
Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alíquota, base de cálculo, 
contribuintes) são definidos na legislação e cabe à autoridade que 
efetuará o lançamento obedecer à lei. Não pode o servidor, na 
atividade de cobrança do tributo, decidir qual o valor vai cobrar e de 
quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à determinação 
legal. 
Alternativa E – Errada. O CTN define tributo como prestação 
compulsória. Ou seja, independente da vontade do contribuinte. 
Ninguém paga tributo porque quer, mas pela imposição legal. 
Gabarito: B. 
 
 
 
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Questão 04 – (FCC) Procurador Recife-PE/2003 
 
Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código 
Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo 
a) pode constituir sanção de ilícito. 
b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente 
discricionária. 
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer 
natureza. 
d) está submetido à reserva legal. 
e) é toda prestação pecuniária facultativa. 
 
Comentários 
Você percebeu que esta questão é praticamente idêntica à anterior? 
Já podemos observar que a FCC costuma repetir questões. Daí a 
importância de resolvê-las de forma exaustiva, de modo a ganhar 
pontos de maneira mais rápida nas provas. 
Valem aqui os mesmo comentários efetuados na questão anterior. 
Alternativa A – Errada. Tributo não é punição por ato ilícito, 
dada a vedação expressa no art. 3º do CTN. 
Alternativa B – Errada. A cobrança do tributo é realizada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada, e não discricionária. 
Alternativa C – Errada. O tributo não pode ser pago em serviços, eis 
que representa prestação pecuniária, paga em moeda ou, 
excepcionalmente, em algo que nela possa ter seu valor expresso e 
que esteja previsto no CTN. 
Alternativa D – Correta. Afirmar que o tributo se submete à reserva 
legal significa dizer que o tributo necessita de lei para ser instituído. 
Essa definição se enquadra nos requisitos do art. 3º do CTN, que 
acabamos de estudar. 
Alternativa E – Errada. O tributo é prestação obrigatória. Independe 
da vontade do contribuinte. Logo, não é facultativa. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 05 – (FCC) Subprocurador TCE-SE/2002 
 
Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código 
Tributário Nacional, é correto afirmar que o 
a) fato jurídico legalmente definido, com conteúdo econômico, para a 
exigência de tributo, pode ser qualificado como sanção de ato ilícito. 
b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente 
discricionária. 
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c) tributo pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de 
qualquer natureza. 
d) tributo está submetido à reserva legal. 
e) tributo é toda prestação pecuniária facultativa. 
 
Comentários 
Mais uma vez a FCC adota a mesma questão. Observe que foi 
aplicada em 2002, 2003 e 2005. De vez em quando aparecem 
questões que já foram cobradas em outros concursos. Logo, o 
candidato que resolveu mais questões sairá na frente. 
A FCC utiliza muito essa expressão: “tributo está submetido à 
reserva legal”. Guarde-a para a prova. 
Na verdade, seria mais correto dizer que a instituição de tributos está 
sujeita à reserva legal, eis que nem todos os aspectos relativos aos 
tributos dependem de lei em sentido estrito. 
Veremos ao longo do curso que algumas disposições podem ser 
veiculadas em ato infralegal. Como exemplo, temos o 
estabelecimento do prazo para recolhimento do tributo, que pode ser 
definido via ato infralegal. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 06 – (FCC) Auditor TCE-AL/2008 
 
Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3º do Código 
Tributário Nacional, é correto afirmar: 
a) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de 
exigência de imposto de importação em razão de crime de contrabando. 
b) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto 
sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa 
plenamente vinculada quem realiza o lançamento tributário. 
c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por 
exemplo, parte da produção de uma indústria para pagamento de imposto 
sobre produto industrializado. 
d) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê 
exceções. 
e) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas 
hipóteses de tributos com lançamento por homologação. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. Tributo não é sanção por ato ilícito. Essa 
afirmação decorre do próprio conceito definido no art. 3º do CTN. 
Pode ocorrer a tributação mesmo quando o contribuinte praticar 
atividade criminosa. A punição pela prática da infração virá na esfera 
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correspondente (penal). O fato gerador da obrigação tributária não é 
o mesmo fato da conduta criminal. 
Por exemplo, auferir rendimentos oriundos do contrabando não se 
confunde com contrabandear. O contrabando é atividade criminosa, 
mas os rendimentos obtidos com esta prática estão sujeitos à 
incidência do imposto de renda, já que auferir renda não é atividade 
ilícita. 
No exemplo dado na alternativa, não haverá incidência do imposto de 
importação como forma de punir o criminoso, mas sim aplicada a 
pena de perdimento das mercadorias, além da responsabilização pela 
prática do crime na esfera penal. Tal entendimento tem sede legal e 
está previsto no art. 118 do CTN. 
Alternativa B – Errada. Esse assunto será estudado mais à frente, 
quando tratarmos do lançamento. A alternativa apresenta dois erros: 
primeiro que o IPTU é tributo sujeito a lançamento de ofício e não por 
homologação; em segundo lugar, nos termos do art. 142 do CTN, o 
lançamento é ato privativo da autoridade administrativa. 
Alternativa C – Errada. O art. 3º do CTN dispõe que o tributo é 
prestação em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Ocorre que 
a grande maioria das coisas pode ter seu valor expresso em moeda. 
A interpretação deste item não aponta para a possibilidade de se 
pagar os tributos com mercadorias ou serviços, mas a de adotar 
indexadores para quantificá-los. Usamos exatamente este exemplo 
na questão 02, que seria inviável pagar o ICMS com parte das 
mercadorias. 
Alternativa D – Correta. Na verdade, apesar de considerada correta 
pela FCC, esta alternativa comporta uma ressalva. Ela trata do 
princípio da legalidade, que veremos na próxima aula. Versa o 
princípio que os entes tributantes não podem exigir ou majorar 
tributos sem lei que os estabeleça. 
Todo e qualquer tributo requer a edição de lei para a sua instituição. 
Excepcionalmente, podem ser instituídos por medida provisória. 
Há que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder 
Executivo, a medida provisória tem força de lei. Sendo assim, a 
instituição de tributos requer a edição de ato com força de lei, vale 
dizer, capaz de inovar no ordenamento jurídico. 
O motivo que levou a FCC a considerar correta, ao chamar a medida 
provisória de exceção, foi justamente a participação do Poder 
Legislativo na sua elaboração. Assim, considerou lei como ato 
elaborado pelo Legislativo. 
Alternativa E – Errada. Independente da modalidade de lançamento 
a que se sujeita o tributo, o CTN o define como prestação 
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compulsória. A modalidade de lançamento, seja ela qual for, não tem 
o condão de afastar as exigências do art. 3º do CTN. 
Gabarito: D. 
 
 
 
Questão 07 – (FCC) Procurador - Teresina/2010 
 
A partir do conceito legal de tributo, é possível afirmar que a multa 
NÃO é espécie de tributo porque o tributo 
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste 
desta obrigatoriedade. 
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a 
multa pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público. 
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de 
ato ilícito. 
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa 
não é compulsória, dependendo de condenação administrativa. 
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da 
multa, que só pode ser objeto de anistia. 
 
Comentários 
O elemento diferenciador entre tributo e multa é a sanção por ato 
ilícito, nos termos do art. 3º do CTN. A multa é exatamente aquilo o 
que o tributo está proibido de ser: sanção por ato ilícito. 
No entanto, os dois institutos se assemelham em outro aspecto 
previsto no mesmo art. 3º do CTN: prestação pecuniária. 
Alternativa A – Errada. A Constituição Federal determina que 
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude lei. Nessa linha, qualquer imposição deve ser veiculada 
mediante ato capaz de inovar no ordenamento, vale dizer, capaz de 
criar direitos e obrigações. Dessa forma, tanto tributo quanto multa 
exigem a edição de lei. 
Alternativa B – Errada. A cobrança, seja ela do tributo ou da multa, 
representa atividade vinculada. Não pode a autoridade fiscal alterar o 
valor devido com base nas normas legais por conveniência e 
oportunidade. 
Alternativa C – Correta. Esse é o elemento diferenciador entre 
tributo e multa: a sanção por ato ilícito. O tributo não pode ter essa 
característica. Por outro lado, a multa surge exatamente para se 
revestir desse elemento. 
Alternativa D – Errada. Ambos os institutos são prestação 
obrigatória. A assertiva tenta levar o candidato ao erro pela noção de 
que geralmente se recorre das multas, como por exemplo, as multas 
de trânsito, o que levaria a uma decisão administrativa sobre a 
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validade ou não da penalidade. Ocorre que o tributo também pode 
ser questionado. Veremos mais adiante que há situação em que o 
contribuinte pode apresentar impugnação, seja de tributo ou de 
multa. 
Alternativa E – Errada. Deixaremos para entrar nos detalhes desses 
institutos (compensação, anistia e remissão) no momento oportuno. 
Neste momento, cabe lembrar que o elemento que diferencia tributo 
e multa é a sanção por ato ilícito. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 08 – (FCC) SEFAZ-DF/2001 
 
As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, 
porque: 
a) não são passíveis de inscrição como dívida ativa. 
b) obedecem ao princípio da legalidade. 
c) constituem sanções por atos ilícitos. 
d) observam o princípio da anterioridade. 
e) são aplicadas pelos agentes da fiscalização. 
 
Comentários 
Como acabamos de ver, tributo se diferencia da multa no que diz 
respeito à sanção por ato ilícito, enquanto o tributo não pode 
apresentar essa característica, a multa existe justamente por 
apresentá-la. No que diz respeito ao aspecto pecuniário, tributo e 
multa constituem obrigação tributária principal, eis que esta 
corresponde a pagamento. 
Assim, temos o seguinte esquema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: C. 
 
TRIBUTO 
 
MULTA 
 
NÃO É SANÇÃO 
POR ATO ILÍCITO 
 
OBRIGAÇÃO 
TRIBUTÁRIA PRINCIPAL 
 
É SANÇÃO POR 
ATO ILÍCITO 
ELEMENTO DIFERENCIADOR 
(art. 3º do CTN) 
SEMELHANÇA 
(art. 113, § 1º do CTN) 
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Questão 09 – (FCC) Procurador – Prefeitura de Santos/2002 
 
Considere: 
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou ao 
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de 
acordo com determinada linha política de ação, a exemplo de uma 
tributação maior sobre bens supérfluos e menor para bens necessários. 
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem 
sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias 
finalidades - pessoas diversas da União, Estados e Municípios. 
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como 
a) contribuições e extrafiscais. 
b) parafiscais e especiais. 
c) extrafiscais e parafiscais. 
d) especiais e extraordinários. 
e) fiscais e empréstimos compulsórios. 
 
Comentários 
Apesar de o CTN apresentar uma classificação para os impostos, a 
separação dos tributos de maneira geral em função de alguns 
aspectos tem origem na doutrina, tanto do próprio Direito Tributário 
como de outros ramos do Direito, como o Direito Financeiro, por 
exemplo, que estuda, dentre outros temas, as receitas públicas. 
Essa questão requer o conhecimento específico da classificação 
doutrinária dos tributos em função do objetivo da sua instituição. 
Quanto a esse aspecto, os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou 
parafiscais. 
FISCAIS: os tributos são considerados fiscais quando seu principal 
objetivo é arrecadar, ou seja, gerar renda para que o Estado possa 
abastecer os cofres públicos a fim de cobrir seus gastos. Como 
exemplos podemos destacar o ICMS e o Imposto de Renda. 
EXTRAFISCAIS: podem ser classificados nesta categoria os tributos 
cuja finalidade principal não é arrecadar, mas regular algum setor 
econômico ou social, ou, ainda, estimular certo comportamento entre 
os consumidores. É o caso do Imposto de Importação que, muitas 
vezes, serve para proteger a indústria nacional. 
Ressaltamos que o caráter fiscal ou extrafiscal de um determinado 
tributo define sua finalidade principal, mas não caracteriza a sua 
plenitude. É o que ensina Paulo de Barros Carvalho: 
“Não existe, porém, entidade tributária que se possa dizer 
pura, no sentido de realizar tão só a fiscalidade, ou, 
unicamente, a extrafiscalidade. Os dois objetivos convivem 
harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo lícito apenas 
verificar que um predomina sobre o outro.” (CARVALHO, Paulo 
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de Barros. Curso de Direito Tributário. 21ª edição. Saraiva, 2009, 
p.256) 
PARAFISCAIS: ocorre a parafiscalidade quando o ente que detém a 
competência para instituir determinado tributo delega a outra 
entidade a capacidade para fiscalizar e cobrar, além de destinar a 
esta entidade os recursos arrecadados para o desempenho das suas 
atividades institucionais. É o caso dos órgãos de fiscalização dos 
conselhos de classe: CREA, CRC, CRM, etc. 
Podemos verificar que o item I se refere à extrafiscalidade. Já o item 
II, diz respeito à parafiscalidade. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 10 – (ESAF) ATRF/2009 
 
“A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para 
geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha 
branca, que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três 
meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas 
alíquotas passam a ser estabelecidas com base na eficiência energética dos 
produtos, de acordo com a classificação do ProgramaBrasileiro de 
Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-
feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando 
mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale 
até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI 
baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter 
essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada 
classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe 
“B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI 
de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). 
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – 
Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções 
que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, 
somente aquele que a notícia mencionada destacou. 
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas 
produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. 
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da 
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as 
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. 
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder 
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas 
alíquotas. 
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as 
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um 
produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da 
múltipla tributação da mesma base econômica. 
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e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas 
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da 
indústria e, consequentemente, dos consumidores. 
 
Comentários 
Questão onde o examinador busca verificar o conhecimento das 
características inerentes ao IPI. No caso em questão, podemos 
observar que as alterações ocorridas no imposto (redução das 
alíquotas) não visam ao aumento da arrecadação, mas ao estímulo 
do consumo de determinados bens, aqueles que consomem menos 
energia elétrica. 
Trata-se, portanto, do caráter extrafiscal do tributo. Nesse aspecto o 
tributo é utilizado como forma de regular algum setor econômico ou 
social. 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 11 – (FCC) Auditor de Contas Públicas – TCE PB/2006 
 
São tributos vinculados: 
a) a taxa, o imposto e a contribuição de melhoria. 
b) a taxa e os impostos diretos. 
c) os impostos diretos e os indiretos. 
d) a contribuição de melhoria e os impostos indiretos. 
e) a taxa e a contribuição de melhoria. 
 
Comentários 
Acabamos de estudar a classificação dos tributos quanto ao objetivo. 
Há diversas classificações doutrinárias para os tributos, levando em 
consideração vários aspectos. Veremos cada uma na ocasião mais 
adequada. 
Nesta questão, especificamente, foi cobrada uma classificação que 
leva em consideração o fato gerador do tributo, mais precisamente a 
atuação estatal na situação que dá origem ao surgimento do tributo. 
Assim, temos: 
VINCULADOS: são os tributos em que o fato gerador ocorre em 
função de alguma ação estatal relativa ao contribuinte. É o caso das 
taxas pela prestação de algum serviço público, como taxa de coleta 
de lixo, por exemplo. Note, prezado aluno, que houve uma ação do 
Estado para fazer surgir o tributo, sendo, portanto, classificado como 
vinculado. 
Grande parcela da doutrina costuma chamar os tributos vinculados de 
contraprestacionais, em virtude da contraprestação estatal que 
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gera a sua cobrança. Classificam-se nesta categoria as taxas e as 
contribuições de melhoria. 
NÃO-VINCULADOS: são os tributos que surgem devido a alguma 
ação do próprio contribuinte, independente de qualquer ação do 
Estado. É o caso dos impostos. Tomemos como exemplo o imposto de 
renda. Você recebe o seu suado salário já com o desconto do imposto 
retido na fonte. Mas o que o Estado fez em troca para que surgisse 
para você a obrigação de pagar o imposto? Absolutamente, nada! 
Perceba que os impostos, tributos não-vinculados, são citados em 
quatro alternativas. Podemos, então, assinalar como resposta a 
alternativa E. 
 
ATENÇÃO!!!!!!! 
 
Não podemos confundir a classificação dos tributos em vinculados e 
não-vinculados com a que define os tributos de arrecadação 
vinculada e não-vinculada. 
A classificação dos tributos leva em consideração à influência ou não 
do Estado no fato que deu origem à cobrança do tributo. 
A outra classificação define o destino da receita arrecadada. Não se 
trata mais de tributo, pois o destino da arrecadação é objeto do 
Direito Financeiro e não Tributário. 
A classificação quanto ao destino da receita estabelece os tributos de 
arrecadação vinculada e arrecadação não-vinculada. 
TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO VINCULADA: são aqueles cujos 
recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem ser 
utilizados livremente pelo ente tributante. Temos como exemplo os 
empréstimos compulsórios. 
TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO NÃO-VINCULADA: são aqueles em 
que o ente tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados da 
forma que melhor entender. É o caso dos impostos. 
 
 
Questão 12 – (FCC) Procurador TCE – CE/2006 
 
São características comuns aos impostos, taxas e contribuições de 
melhoria: 
a) todos têm competência comum. 
b) todos são vinculados a uma prévia atividade estatal. 
c) todos têm sempre relação com serviço público. 
d) todos são compulsórios. 
e) todos se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal, sem 
exceção. 
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Comentários 
Nós estudamos que, para ser considerada tributo, a prestação deve 
atender a todos os requisitos previstos no art. 3º do CTN. 
Nessa linha, a própria Constituição Federal estabelece em seu art. 
145: 
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I – impostos; 
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à 
sua disposição; 
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.” 
Da mesma forma, o CTN, em seu art. 5º, estabelece que “os tributos 
são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. O Código adotou a 
classificação tradicional, existente à época da sua edição. 
Isso já é suficiente para respondermos a questão. 
Sendo tributos, impostos, taxas e contribuição de melhoria têm em 
comum as características traçadas no art. 3º do CTN. Assim, temos 
por correta a alternativa D. 
Porém, cabe aqui um estudo mais detalhado sobre o tema. 
A definição no caput do art. 145 da CF/88 e o disposto no art. 5º do 
CTN levou uma parcela da doutrina a aceitar que as espécies 
tributárias são apenas três: impostos, taxas e contribuições de 
melhoria. É o que se costuma chamar de teoria tripartite ou 
tripartida. 
Contudo, há outra corrente que defende que as espécies tributárias 
não são apenas três, mas cinco. Essa parcela da doutrina argumenta 
que, além das três espécies citadas no art. 145, há a previsão para a 
instituição de duas outras espécies: o empréstimo compulsório e as 
contribuições sociais, definidos nos art. 148 e 149 da CF, 
respectivamente. Daí surge a teoria pentapartida. 
A segundacorrente tornou-se dominante em nosso ordenamento 
após decisões do STF defendendo a pentapartição das espécies 
tributárias. Vejamos o entendimento da Corte Suprema no 
julgamento do RE 146.733-9/SP, no voto condutor do Min. Moreira 
Alves: 
“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria) a que se 
refere o art. 145 para declarar que são competentes para 
instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
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Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras 
modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é 
competente: o empréstimo compulsório e as contribuições 
sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e 
de interesse das categorias profissionais ou econômicas.” 
Assim, a segunda corrente ganhou força e tem sido a adotada 
atualmente, sendo amplamente cobrada em provas de concurso 
público. A FCC adota esta corrente. 
No entanto, também pode ser cobrada a teoria tripartite, situação em 
que, geralmente, se exige apenas o conhecimento da teoria. 
 
 
Questão 13 – (FGV) Fiscal de Rendas – RJ/2007 
 
O art. 5º do Código Tributário Nacional determina que os 
tributos se dividem em: 
a) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e 
empréstimos compulsórios. 
b) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria. 
c) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de melhoria e 
empréstimos compulsórios. 
d) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos 
compulsórios. 
e) impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
Comentários 
Questão que requer bastante atenção do candidato. Apesar da 
aparência simples do enunciado, precisamos identificar o que se 
pede. 
Devemos, então, ficar atentos para visualizar se é cobrada a 
literalidade da lei, entendimento doutrinário ou jurisprudência. É a 
partir daí que podemos responder ao que se pede. 
Nessa questão, o enunciado é bem taxativo: “O art. 5º do Código 
Tributário Nacional determina”. 
Observe que o enunciado pede a definição do CTN. Pedindo dessa 
forma, temos que nos desprender do que diz a doutrina ou a 
jurisprudência. Devemos, então, seguir à risca o que diz a lei. 
Numa primeira análise, um candidato que conhece as teorias 
tripartite e pentapartida e sabe que hoje predomina esta última, 
poderia marcar de forma precipitada a alternativa “C”. 
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No entanto, a questão pede a letra da lei e, segundo o art. 5º do 
CTN, as espécies tributárias são apenas os impostos, as taxas e as 
contribuições de melhoria. 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 14 – (FCC) Auditor Fiscal - SEFAZ – RO/2010 
 
Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo 
considera-se, em regra, 
a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes. 
b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos. 
c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei. 
d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária. 
e) a destinação legal do produto de sua arrecadação. 
 
Comentários 
Acabamos de estudar que são cinco as espécies tributárias, de acordo 
com a teoria pentapartida. Mas como identificar em que espécie se 
enquadra um determinado tributo? 
É verdade que a própria lei que institui o tributo já lhe dá um nome: 
imposto sobre serviços de qualquer natureza, taxa de coleta de lixo, 
etc. Entretanto, embora a lei dê um nome ao tributo, não podemos 
garantir que o que a lei chamou de taxa, por exemplo, é realmente 
uma taxa. Isso porque o CTN estabelece em seu art. 4º: 
“Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, 
sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I – a denominação e demais características formais adotadas 
pela lei. 
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.” 
Observamos, portanto, que, embora a lei dê um nome de taxa a um 
tributo que está sendo criado, é pelo fato gerador que o 
identificamos. 
Fato gerador é o evento previsto na lei instituidora do tributo que, 
uma vez ocorrendo no caso em concreto, gera para o contribuinte o 
dever de pagar. Tomemos como exemplo uma lei que institui uma 
taxa de vigilância sanitária. Na lei está previsto que o fato gerador é 
a fiscalização da equipe de vigilância sanitária, após o requerimento 
do contribuinte, solicitando uma vistoria, visando à emissão do alvará 
de funcionamento da empresa. Acontecendo no mundo real a vistoria 
no estabelecimento do contribuinte, teremos então por ocorrido o 
fato gerador do tributo. 
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Conforme exposto acima, o CTN define que é pelo fato gerador que 
se determina a natureza jurídica do tributo, não importando o nome 
que a lei lhe conferiu, nem a destinação do produto da arrecadação 
deste tributo. Assim, o que a lei chamou de taxa pode ser, na 
verdade, um imposto disfarçado, caso seu fato gerador seja típico de 
imposto. 
ATENÇÃO!!!!!!! 
Essa é a regra geral, definida no art. 4º do CTN, que vale, sem 
ressalvas, para os impostos, as taxas e contribuições de melhoria. 
Esses tributos têm fatos geradores bem característicos, como 
veremos na análise de cada um deles, mais adiante. 
Não obstante, parcela da doutrina defende que as contribuições 
especiais e os empréstimos compulsórios podem apresentar fatos 
geradores que, muitas vezes, se assemelham aos de impostos. Por 
conseguinte, ficaria difícil determiná-los apenas pela análise do fato 
gerador. Por isso, a própria CF/88 elegeu a destinação legal do 
produto da arrecadação destas espécies como elemento 
diferenciador. 
Resumindo: para os impostos, taxas e contribuições de melhoria, vale 
todo o art. 4º do CTN. Já para as contribuições sociais e os 
empréstimos compulsórios, deve haver uma análise, também, da 
destinação da arrecadação. A partir desses preceitos, algumas bancas 
evoluíram e passaram a cobrar essa interpretação em questões de 
prova. 
Em provas de concursos públicos, esse tema pode ser abordado de 
três formas: 
� Exigindo a literalidade do art. 4º do CTN. Essa tem sido a 
forma cobrada pela FCC na maioria das suas provas, onde a 
resposta é: a natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador, não importando a denominação, 
as formalidades ou o destino da arrecadação. 
� Em outras questões, exige-se que o candidato analise a 
situação e conclua que a natureza jurídica do tributo é 
determinada mediante um confronto entre o fato gerador 
e a base de cálculo. Isso se deve ao fato de a base de cálculo 
representar o aspecto que dimensiona o fato gerador, ou seja, 
o quantifica, o representa em termos numéricos e, por isso, 
deve guardar relação com este. 
� Numa última hipótese, pode ser cobrada a interpretação de que 
para as contribuições sociais e os empréstimos 
compulsórios, faz-se necessária, também, a verificação 
da destinação legal da arrecadação como elemento 
diferenciador. 
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De volta à analise da questão, verificamos que não é mencionada 
nenhuma espécie tributária. Ou seja, a FCC está cobrando a 
literalidade do art. 4º do CTN. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 15 – (FCC) Procurador do Estado – SE/2005 
 
A natureza jurídica do tributo é determinadapelo fato gerador da 
respectiva obrigação, sendo 
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais 
características formais adotadas pela lei 
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da 
arrecadação 
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais 
características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da 
arrecadação 
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor 
arrecadado 
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação 
 
Comentários 
Sempre que nos depararmos com questões que abordam esse 
assunto, devemos analisar, além do enunciado, as alternativas. 
O objetivo é verificar se está sendo cobrada a literalidade do art. 4º 
do CTN ou interpretação diversa. 
Nessa questão, observamos que o enunciado não faz menção a 
nenhuma espécie de tributo, sendo transcrição do caput do art. 4º do 
CTN. Ademais, nas alternativas, a banca utilizou os incisos do mesmo 
artigo, fazendo certo trocadilho com as palavras. 
Resultado da análise: a banca exige o conhecimento da literalidade 
do art. 4º do CTN. Por isso, devemos marcar que a natureza jurídica 
específica do tributo é determinada pelo fato gerador, sendo 
irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do produto da 
sua arrecadação. 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
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Questão 16 – (FCC) Auditor de Contas Públicas TCE – PB/2006 
 
À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da 
arrecadação do tributo é: 
a) irrelevante em qualquer hipótese 
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública 
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório 
d) relevante, em se tratando de imposto 
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa 
 
Comentários 
Selecionei estas questões em sequência para consolidar o que 
tratamos acima: quando nos depararmos com questão que aborde 
esse assunto (natureza jurídica do tributo), faz-se necessária a 
análise do enunciado e das alternativas. 
Observe que as questões foram elaboradas pela mesma banca (FCC) 
e com apenas um ano de intervalo entre elas. No entanto, apresentou 
posicionamentos distintos. Logo, não podemos definir que tal banca 
apresenta determinado posicionamento sobre este tema como 
verdade universal. Devemos, sim, analisar o enunciado e as 
alternativas. Vejamos: 
Analisando o enunciado, constatamos que ele não faz referência ao 
CTN, e sim à CF/88, questionando apenas sobre o destino da 
arrecadação. Indo para as alternativas, podemos ver que elas citam 
várias espécies de tributos, sem citar todos os elementos contidos no 
art. 4º do CTN (denominação e demais características formais). 
Isso leva à conclusão de que, pelo regramento constitucional, os 
empréstimos compulsórios e contribuições sociais diferenciam dos 
impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador, mas pelo destino 
da arrecadação. 
Gabarito: C. 
Vale lembrar, caro aluno, que devemos estar atentos. Não podemos 
nos precipitar em questões desse assunto. As bancas têm evoluído e 
adotado entendimentos diversos. Uma questão que ilustra de forma 
perfeita esta interpretação que vem sendo adotada foi elaborada pelo 
CESPE, no concurso para Juiz Federal- TRF/5, em 2006: 
“Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo 
irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais 
características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do 
produto da arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de 
1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais 
assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, 
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todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna 
inaplicável a citada regra do CTN.” ITEM CORRETO 
 
 
Questão 17 – (CESPE) Analista - SEBRAE/2010 
 
Julgue a assertiva. 
Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuição, é 
fundamental examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinação 
legal do produto da sua arrecadação. 
 
Comentários 
Questão interessantíssima do CESPE. 
Vimos que as bancas têm se direcionado para o entendimento de que 
os empréstimos compulsórios e contribuições sociais diferenciam dos 
impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador, mas pelo destino 
da arrecadação. 
No entanto, para diferenciar impostos, taxas e contribuições de 
melhoria, vale a regra geral do art. 4º do CTN, ou seja, examinar o 
fato gerador. O erro da assertiva está em definir que para diferenciar 
impostos de taxas deve-se examinar o destino da arrecadação. 
 
 
Questão 18 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010 
 
Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas 
como muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não 
vinculado. A outra considera o tributo quanto à destinação específica do 
produto da arrecadação. 
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do 
produto da arrecadação 
a) o imposto. 
b) a taxa. 
c) a contribuição de melhoria. 
d) o empréstimo compulsório. 
e) as contribuições especiais. 
 
Comentários 
Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional: 
“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte.” 
A própria definição de imposto, expressa no CTN, coincide com o 
conceito de tributo não-vinculado, que vimos na questão 10. Ou 
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seja, o imposto surge não pela atuação estatal em relação ao 
contribuinte, mas por uma manifestação do próprio contribuinte. 
Aliás, na própria questão 10 fizemos a diferenciação entre tributo 
vinculado e não-vinculado e tributo de arrecadação vinculada e não-
vinculada. 
Constata-se, pela análise das várias formas de incidência dos 
impostos, que em nenhum deles está presente a atividade estatal 
relativa ao contribuinte. Em todas elas, o fato gerador é sempre 
algo relacionado à ação ou ao patrimônio do contribuinte. 
No que diz respeito ao destino da arrecadação, o imposto é tributo de 
arrecadação não-vinculada, eis que o ente tributante pode aplicar o 
valor arrecadado onde achar mais conveniente e oportuno, por força 
do disposto no art. 167, IV, da CF/88, que veda a vinculação da 
receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
Gabarito: A. 
 
 
Questão 19 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009 
 
O princípio da capacidade contributiva: 
a) aplica-se somente às contribuições 
b) não se aplica às penalidades tributárias 
c) aplica-se somente aos impostos 
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias 
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais 
 
Comentários 
Questão bastante interessante. A ESAF exigiu muito além da 
literalidade da Constituição Federal, cobrando aspectos doutrinários e 
jurisprudenciais. Vejamos: 
O art. 16 do CTN, ao definir imposto, está em plena consonância com 
o art. 145, § 1º, da CF: 
“Art. 145. §1º. Sempre que possível, os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à Administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitadosos direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte.” 
Temos aqui o famoso princípio da capacidade contributiva. Com 
base nesse preceito constitucional, os impostos, sempre que possível, 
devem levar em consideração o nível de manifestação da “riqueza” 
que está sendo tributada, apresentando caráter pessoal. No imposto 
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de renda, por exemplo, vários aspectos pessoais são levados em 
consideração. 
No entanto, como o próprio texto constitucional estabelece, nem 
sempre isso será possível. Isso porque na ocorrência do fato gerador 
de alguns impostos não será razoável levar em consideração aspectos 
pessoais dos contribuintes. Vale observar, então, uma importante 
classificação dos impostos em IMPOSTOS PESSOAIS e IMPOSTOS 
REAIS. 
Os IMPOSTOS PESSOAIS são aqueles em que, de acordo com os 
preceitos constitucionais, devem ser levados em consideração os 
aspectos pessoais do contribuinte, mais especificamente o 
patrimônio, os rendimentos e a atividade econômica. É o caso 
do imposto de renda, que considera, por exemplo, a quantidade de 
dependentes, as despesas com educação e saúde, entre outros 
aspectos. Dessa forma, duas pessoas que obtenham a mesma renda 
(fato gerador do imposto de renda) podem ser tributadas de formas 
diferentes, já que serão levados em consideração os aspectos 
pessoais de cada contribuinte. 
Como a própria CF/88 define, nem sempre é possível adotar critérios 
pessoais na cobrança do imposto. Vamos imaginar uma colega 
concurseira que se preparou tanto para aquele concurso de fiscal, 
saiu o resultado e lá está o nome dela na lista. Que felicidade! Com a 
nomeação e após o primeiro salário (não necessariamente), a nossa 
amiga vai ao shopping comemorar e gasta, nada menos, que 80% do 
seu primeiro salário com roupas, sapatos, perfumes, etc. Presente 
mais do que merecido após meses de estudo. Agora imaginemos se, 
no momento de pagar as compras, a vendedora iria fazer uma série 
de perguntas à nossa colega, do tipo: “Você tem dependentes?”; 
“Gasta quanto com plano de saúde?”; “Paga faculdade?”. Não 
mesmo!!! 
Concluímos então que, ao pagar o ICMS das compras, nenhum 
aspecto pessoal foi levado em consideração. O ICMS pago naquele 
sapato é o mesmo para um rico empresário e para um trabalhador 
que juntou anos aquele valor para dar um presente à esposa. 
Estamos diante de um IMPOSTO REAL, pois incide sobre bens e 
não leva em consideração aspectos pessoais do contribuinte. 
“Nos impostos sobre a renda e rendimentos (impostos pessoais), 
deve ser aplicado o princípio da capacidade contributiva; nos 
impostos sobre a produção e o consumo (impostos reais), o princípio 
da seletividade, de acordo com a essencialidade de cada bem 
produzido ou comercializado. Nessa linha, temos que o princípio da 
capacidade contributiva e o princípio da seletividade são subprincípios 
do princípio da igualdade e serão aplicados de acordo com o tipo de 
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imposto.” (FERREIRA, Abel Henrique. O Princípio da Capacidade Contributiva frente aos 
Tributos Vinculados e aos Impostos Reais e Indiretos. RFDT 06/71. dez/03) 
No que diz respeito à aplicação do princípio às espécies tributárias, 
trago à colação decisão do STF, no voto do Min. Ricardo 
Lewandowski, ao julgar o RE 573.675, em março de 2009: 
“A despeito do art. 145, §1º da CF, que alude à capacidade 
contributiva, fazer referência apenas aos impostos, não há 
negar que ele consubstancia uma limitação ao poder de 
imposição fiscal que informa todo o sistema tributário. É 
certo, contudo, que o princípio da capacidade contributiva 
não é aplicável, em sua inteireza, a todos os tributos. [...] 
Como se sabe, existe certa dificuldade em aplicá-lo, por 
exemplo, às taxas, que pressupõem uma contraprestação 
direta em relação ao sujeito passivo da obrigação. Na 
hipótese das contribuições, todavia, o princípio em tela, como 
regra, encontra guarida, como ocorre no caso das 
contribuições sociais previstas no art. 195, I, b e c, devidas 
pelo empregador.” 
Alternativa A – O texto constitucional faz alusão aos impostos. 
Logo, não há que se falar em aplicação do princípio apenas às 
contribuições. Alternativa ERRADA. 
Alternativa B – Entendeu a ESAF que o princípio não se aplica às 
multas. As penalidades surgem pelo descumprimento de alguma 
obrigação. A infração cometida não é diferenciada pelo contribuinte, 
ou seja, qualquer um pode cometer infrações, revelando capacidade 
contributiva ou não. Nessa linha, a banca considerou que não seria 
justo graduar uma penalidade na medida da manifestação de riqueza 
de cada um. Vimos, anteriormente, que tributo e multa não se 
confundem. Alternativa CORRETA. 
Alternativa C – Apesar de a CF/88 fazer referência apenas aos 
impostos, em seu art. 145, §1º, a doutrina e a jurisprudência dos 
tribunais superiores têm admitido a aplicação do princípio às demais 
espécies tributárias, como decisão do STF acima exposta. Alternativa 
ERRADA. 
Alternativa D – Para comentar esta alternativa, permita-me trazer a 
lição de José Mauricio Conti: “... o princípio da capacidade 
contributiva é aplicável a todas as espécies tributárias. No tocante 
aos impostos, o princípio é aplicável em toda a sua extensão e 
efetividade. Já no caso dos tributos vinculados, é aplicável 
restritivamente, devendo ser respeitados apenas os limites que lhe 
dão os contornos inferior e superior, vedando a tributação do mínimo 
vital e a imposição tributária que tenha efeitos confiscatórios”. (CONTI, 
José Mauricio. Princípios da Capacidade Contributiva e da Progressividade, Dialética, 1996, 
p.65). Alternativa ERRADA. 
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Alternativa E - Este foi o item mais interessante da questão. 
Segundo parcela da doutrina, o princípio da seletividade é 
subprincípio da capacidade contributiva. Por isso considera que a 
capacidade contributiva dos impostos incidentes sobre produtos e 
mercadorias (impostos reais) manifesta-se na variação da alíquota 
em virtude do grau de essencialidade do produto (seletividade). No 
imposto sobre a renda, revela-se na aplicação de alíquotas mais 
elevadas às maiores bases de cálculo (progressividade). 
Faço apenas uma ressalva para a possibilidade de se adotar a 
progressividade nos impostos reais. Para que isso ocorra, faz-se 
necessária a previsão no próprio texto constitucional. É o caso do 
IPTU, que pode ser progressivo no tempo em função da utilização do 
imóvel (art. 182, § 4º, II), revelando caráter extrafiscal e, a partir da 
EC 29/2000, a progressividade em função da base de cálculo (art. 
156, § 1º, I). Não havendo previsão constitucional, não se aplica a 
progressividade a esses impostos. Esse foi o entendimento que a 
ESAF adotou para considerar o item errado. No entanto, fique atento, 
pois poderia ser cobrado o fato de se adotar a seletividade nos 
impostos reais, e não a progressividade. Isso pode ser cobrado em 
provas futuras. Alternativa ERRADA. 
Gabarito: B. 
 
 
Questão 20 – (ESAF) AFRF/2009 
 
Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto: 
a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do 
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das 
pessoas que dela se aproveitam 
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode 
consistir no exercício regular do poder de polícia 
c) a atuação estatal referível, que pode ensejara cobrança da taxa, pode 
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, 
de serviço público específico, divisível ou não 
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e 
não com as taxas 
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular 
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei 
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder 
 
Comentários 
As questões que versam sobre taxa, apesar de bem diretas, 
costumam cobrar todas as peculiaridades desta espécie tributária. 
Geralmente, em cada assertiva há uma característica diferente das 
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taxas, previstas na CF/88 ou no CTN. Nesse sentido, torna-se 
necessário estar afiado nos arts. 145, II da CF; e 77 a 79, do CTN. 
 “CF. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
(...) 
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à 
sua disposição; 
(...)” 
O CTN, transcrevendo o dispositivo constitucional, prevê em seu art. 
77: 
“Art. 77. As taxas, cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado 
ao contribuinte ou posto à sua disposição.” 
Em seu art. 79, nos ajuda a conceituar cada item previsto no art. 77. 
Vejamos: 
“Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 
consideram-se: 
I – utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, 
sejam postos à sua disposição mediante atividade 
administrativa em pleno funcionamento; 
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades 
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades 
públicas; 
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, 
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.” 
Em seu art. 78, o CTN explica de forma bastante clara o que se 
considera poder de polícia: 
“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção 
de fato, em razão de interesse público concernente à 
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
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Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de 
polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos 
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, 
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, 
sem abuso ou desvio de poder.” 
Analisemos as alternativas. 
Alternativa A – Perfeito. A taxa surge em função de uma atividade 
estatal relativa ao contribuinte. Nesse sentido, revela-se como um 
fato do Estado e não do contribuinte (que é o caso dos impostos). 
Guarde bem essa definição, pois pode ser objeto de cobrança 
em prova. 
TAXAS = fato do Estado 
IMPOSTOS = fato do contribuinte 
Alternativa B – De acordo com o art. 145, II, da CF, a taxa tem por 
fatos geradores a prestação de serviços públicos ou o exercício 
regular do poder de polícia. Alternativa correta. 
Alternativa C – É certo que o fato gerador da taxa é a prestação de 
serviços públicos. Entretanto, há que se observar alguns requisitos. O 
serviço deve ser específico E divisível. Alternativa errada. 
Alternativa D – Atenção a esta assertiva. Aqui não está se dizendo 
que o fato gerador dos impostos são as atividades gerais do Estado. 
O que a assertiva diz é que, por ser atividade geral, não pode ser 
financiada pelas taxas, já que esta se destina a custear serviços 
públicos específicos e divisíveis. Para custear tais atividades, o Estado 
se vale da arrecadação com os impostos, cuja receita é não-
vinculada. Alternativa correta. 
Alternativa E – Literalidade do parágrafo único do art. 78 do CTN. 
Alternativa correta. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 21 – (FCC) Analista de Regulação - CE/2006 
 
Segundo o Código Tributário Nacional, a taxa pode ter como fato 
gerador 
a) a prestação de serviço público divisível ou indivisível, prestado 
efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
b) o exercício regular do poder de polícia, desde que específico e divisível, 
prestado efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
c) a realização de obra pública, como por exemplo, pavimentação asfáltica, 
desde que gere valorização imobiliária ao proprietário do imóvel adjacente à 
obra. 
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d) a prestação de serviço público indivisível, ainda que só colocado à 
disposição do contribuinte. 
e) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
Comentários 
Essa questão requer bastante atenção. 
Antes de analisarmos cada uma das alternativas, devemos saber 
separar as duas possibilidades que ensejam a instituição das taxas: 
- Prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, cuja 
utilização poderá ser efetiva ou potencial. 
- Exercício regular do poder de polícia. 
Alternativa A – Errada. O serviço tem que ser divisível. Não há que 
se falar em cobrança de taxa para serviços prestados de forma 
genérica à sociedade, sem que haja possibilidade de mensuração 
individual. 
Alternativa B – Errada. Essa foi a grande pegadinha da questão. Os 
candidatos mais desatentos tendem a marcá-la. O exercício do poder 
de polícia que enseja a cobrança da taxa requer a utilização efetiva 
por parte do usuário. A utilização potencial (bastando que o serviço 
seja posto à disposição) é aplicável apenas para os serviços públicos 
e apenas àqueles de utilização compulsória, nos termos do art. 79, I, 
b, do CTN. 
Alternativa C – Errada. A realização de obra pública da qual decorra 
valorização imobiliária é fato gerador da contribuição de melhoria e 
não de taxa. 
Ademais, há que se observar outro erro na assertiva. A jurisprudência 
tem se firmado no sentido de que o recapeamento de via pública não 
implica valorização imobiliária, razão pela qual não dá ensejo à 
cobrança de contribuição de melhoria. Vejamos: 
“O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização 
imobiliária provocada pela realização de uma obra pública. O 
recapeamento de via pública já asfaltada não acarreta 
valorização imobiliária, impossibilitando a cobrança da 
contribuição de melhoria.” (TAPR, 8ª Câm., AC 73.884-9, Juiz 
Lopes Noronha, out/95). 
Alternativa D – Errada. Como vimos, o serviço público deve ser 
específico e divisível. 
Alternativa E – Correta. Este é um dos fatos geradores da taxa, 
previsto no art. 145, II, da CF/88. 
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Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 83A fim de tornar mais claro o entendimento dos fatos geradores das 
taxas e seus respectivos requisitos, vejamos de forma 
esquematizada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 22 - FCC – Procurador do Estado – PGE/PE (2004) – adaptada 
 
I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a 
implantação ou a melhoria do serviço estatal de segurança pública. 
II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para 
definir corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato 
gerador, como também a base de cálculo de um determinado tributo. 
III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto 
que possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação 
estatal específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser 
considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço 
público estatal. 
IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do 
serviço de coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele 
resolva levar o lixo diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor 
cobrado é muito elevado. 
a) todos itens estão corretos 
b) estão corretos apenas os itens I e III 
c) estão corretos apenas os itens II e IV 
d) estão corretos apenas os itens II e III 
e) estão corretos os itens II, III e IV 
 
 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA 
 
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS 
UTILIZAÇÃO 
EFETIVA 
UTILIZAÇÃO 
POTENCIAL 
Quando o serviço for de 
utilização compulsória e estiver 
à disposição do contribuinte e 
em pleno funcionamento. 
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Comentários 
Questão bastante interessante da FCC, onde são abordados alguns 
temas que comentamos no nosso estudo das espécies tributárias. 
Assertiva I – Errada. Vimos que a taxa de serviço pode ser instituída 
apenas se atender a todos os requisitos previstos na CF, quais sejam: 
utilização efetiva ou potencial, serviços específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte os postos à sua disposição. A atividade de 
segurança pública é prestada a toda sociedade de forma geral, não se 
trata de um serviço divisível, pois não é possível mensurar o quanto 
cada um utilizou do serviço. Você seria capaz de quantificar o quanto 
você já utilizou da segurança pública? Impossível, não é? Logo, não 
sendo divisível, o serviço não pode ser remunerado mediante taxa. 
Nesse sentido, o STF já decidiu que tal atividade deve ser custeada 
pela arrecadação dos impostos. Note que o serviço de segurança 
pública não é o fato gerador do imposto. Apenas o produto da 
arrecadação dos impostos já existentes será destinado, além de 
outras aplicações, para custear este serviço. 
Assertiva II – Correta. Essa é uma das formas de se cobrar a 
natureza jurídica específica do tributo. Chamamos a atenção para 
este tipo de interpretação. Como a base de cálculo corresponde ao 
aspecto dimensível do fato gerador (é ela que o quantifica), deve com 
este guardar relação. Nesse caso, não estava sendo cobrada a 
literalidade do art. 4º do CTN. 
Assertiva III – Correta. Com efeito, o STJ já decidiu que um 
contribuinte não poderia cobrar do Município a realização de 
determinadas obras ou serviços, pelo simples fato de ter pago o 
IPTU: 
“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota 
característica sua desvinculação a qualquer atividade estatal 
específica em benefício do contribuinte. Consectariamente, o 
Estado não pode ser coagido à realização de serviços 
públicos, como contraprestação ao pagamento de impostos, 
quer em virtude da natureza desta espécie tributária, quer 
em função da autonomia municipal, constitucionalmente 
outorgada, no que se refere à destinação das verbas 
públicas.” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR, Rel. Min. Luiz Fux). 
Assertiva IV – Conforme previsão nos arts. 77 e 79 do CTN, se o 
serviço for de utilização compulsória, basta que ele exista e esteja à 
disposição do contribuinte para ensejar a cobrança da taxa, 
independentemente de o contribuinte utilizar efetivamente ou não. 
Assertiva correta. 
Gabarito: E. 
 
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Questão 23 – (FCC) – Analista de Controle Externo – TCE GO/2009 
 
Os tributos classificam-se em vinculados e não-vinculados. É 
exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de 
remunerar serviço público: 
a) o imposto. 
b) a taxa. 
c) a contribuição de melhoria. 
d) a contribuição social. 
e) o empréstimo compulsório. 
 
Comentários 
Diferentemente dos impostos, que constituem tributos não 
vinculados, as taxas requerem uma ação estatal voltada para o 
contribuinte. Sendo assim, representam tributos vinculados. 
As contribuições de melhoria também constituem tributos vinculados, 
porém não remuneram serviços públicos, eis que decorrem de obra 
pública. 
Gabarito: B. 
 
 
Questão 24 – (ESAF) Procurador – DF/2007 
 
O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais 
que estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. 
Com base no conteúdo das disposições acima referidas, assinale, 
entre as opções abaixo apresentadas, a que está correta. 
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e 
valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser 
conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à 
Comissão de Valores Mobiliários. 
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser 
sempre remunerado mediante taxa. 
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não 
podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, 
deve ser retribuída, genericamente, por impostos. 
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de 
seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a 
órgão público. 
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de 
rodagem que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial 
rural. 
 
 
 
 
 
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Comentários 
 
Esta questão exigiu do candidato, além do entendimento geral da 
matéria, o conhecimento da jurisprudência do STF. Vejamos: 
Alternativa A – Errada. A base de cálculo constitui o aspecto 
quantitativo do tributo. Assim, juntamente com a alíquota aplicável, é 
quem vai definir o valor a pagar, ou seja, mensurar o valor que será 
exigido. 
Por isso, a base de cálculo deve guardar relação com a situação que 
constitui o fato gerador da obrigação tributária. 
Sabemos que os impostos são exigidos não em função de alguma 
atividade específica do Estado, mas por uma manifestação de riqueza 
do contribuinte. Nessa linha, a base de cálculo deve corresponder a 
essa manifestação de riqueza. 
No caso das taxas, a base de cálculo deve guardar relação com o 
custo que o Estado arcou para a prestação do serviço ou para o 
desempenho da atividade de polícia. 
Por estas razões, a Constituição Federal estabelece em seu art. 145, 
§2º, que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. 
A alternativa versa sobre um caso específico que foi levado à 
apreciação do STF: a taxa de fiscalização da CVM. 
Esta taxa é cobrada das pessoas jurídicas que operam no mercado de 
renda variável (bolsa de valores), pelo exercício do poder de polícia 
(fiscalização da CVM). 
Ocorre que a base de cálculo dessa taxa é representadapor uma 
tabela que determina um valor fixo de taxa para cada faixa de 
patrimônio líquido das empresas. Isso suscitou o questionamento da 
inconstitucionalidade da instituição por ofensa ao art. 145, §2º. 
O STF, apreciando o tema, decidiu que: 
“A taxa de fiscalização da CVM, instituída pela Lei nº 
7.940/89, qualifica-se como espécie tributária cujo fato 
gerador reside no exercício do poder de polícia legalmente 
atribuído à Comissão de Valores Mobiliários. A base de 
cálculo desta típica taxa de polícia não se identifica com o 
patrimônio líquido das empresas, incorrendo, em 
consequência, qualquer situação de ofensa à cláusula 
vedatória inscrita no art. 145, §2º, da Constituição da 
República. O critério adotado pelo legislador para a cobrança 
dessa taxa de polícia busca realizar o princípio da capacidade 
contributiva, também aplicável a essa modalidade de tributo, 
notadamente quando a taxa tem, como fato gerador o 
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exercício do poder de polícia.” (STF, 2ª T., ARegREx 176.382-5/CE, 
Min. Celso de Mello, mai/00) 
Em 2003, o Supremo Tribunal Federal sumulou este entendimento: 
Súmula nº 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de 
títulos e valores mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989. 
Alternativa B – Errado. Segundo o STF, o serviço de iluminação 
pública não constitui serviço específico e divisível, não podendo, por 
conseguinte, ser remunerado mediante taxa: 
“Tributo de exação inviável, posto ter por fato gerador 
serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível 
de ser referido a determinado contribuinte, a ser custeado 
por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais. 
Recurso não conhecido, com declaração de 
inconstitucionalidade dos dispositivos sob epígrafe, que 
instituíram a taxa no município.” (STF, RE 233.332-RJ, Min. Ilmar 
Galvão, mar/99). 
Esse entendimento resultou na Súmula nº 670 do STF: 
Súmula nº 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser 
remunerado mediante taxa. 
É importante, porém, observar que a Emenda Constitucional nº 32/02 
conferiu aos municípios a possibilidade de instituição de contribuição 
específica para este fim (art. 149-A da CF/88). 
Alternativa C – Correta. Por se tratar de atividade geral, os serviços 
de segurança pública não podem ser financiados por taxas, já que 
estas se destinam a custear serviços públicos específicos e divisíveis. 
Para custear tais atividades, o Estado se vale da arrecadação com os 
impostos, cuja receita é não-vinculada. 
Assim decidiu o STF: 
“Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da 
Constituição, sendo a segurança pública, dever do Estado e 
direito de todos, exercida para a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, 
através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do 
Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por 
taxa, se for solicitada por particular para a sua segurança ou 
para a de terceiros, a título preventivo, ainda quando essa 
necessidade decorra de evento aberto ao público”. (ADI 
1.942-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 5-5-1999, Plenário, 
DJ de 22-10-1999). 
Alternativa D – Item bastante específico que exige do candidato 
conhecimento da interpretação do art. 236, §1º, da CF, adotada pelo 
STF, no julgamento da ADI 3.151: 
“É constitucional a destinação do produto da arrecadação da 
taxa de fiscalização da atividade notarial e de registro a 
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órgão público e ao próprio Poder Judiciário". (ADI 3.151, Rel. 
Min. Ayres Britto, julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ de 28-4-2006.) 
Alternativa E – Errado. O item vai de encontro ao enunciado da 
Súmula nº 596 do STF. 
Súmula nº 596 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de 
estradas e rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto 
territorial rural. 
Vale perceber, contudo, que a vedação prevista no art. 145, §2º, da 
Constituição, não é apenas no sentido não permitir a criação de taxas 
com bases de cálculos dos impostos já existentes. Trata-se de 
proibição para a adoção de qualquer base de cálculo que seja típica 
de imposto, seja ele existente ou não. Dessa forma, a taxa não pode 
mensurar a manifestação de riqueza do contribuinte, mas o custo do 
serviço. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 25 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010 
 
Segundo Geraldo Ataliba, "Não há possibilidade jurídica de confusão entre 
taxa e preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do legislador em 
converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas 
reciprocamente repelentes e excludentes". 
Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço 
público o fato da taxa 
a) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado 
pelo Poder Público sem exclusividade. 
b) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto. 
c) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada 
de natureza não tributária. 
d) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço 
remunerar serviço público delegado a particular. 
e) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público 
indivisível. 
 
Comentários 
Primeiramente, cumpre-nos diferenciar as modalidades de serviços 
públicos. 
Há os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente 
pelo Poder Público e os serviços públicos que não são tipicamente 
estatais, os quais são delegados pelo Poder Público e prestados por 
concessionárias. Os primeiros são remunerados mediante taxa. Já os 
últimos, devem ser remunerados por meio de tarifa ou preço público. 
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Uma lição que faz uma diferenciação perfeita entre taxa e preço 
público é apresentada por Leandro Paulsen: 
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço 
público. Aquela é tributo, sendo cobrada 
compulsoriamente por força da prestação de serviço 
público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer 
maneira, o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, 
por sua vez, não é tributo, constituindo, sim, receita 
originária decorrente da contraprestação por um bem, 
utilidade ou serviço numa relação de cunho negocial em 
que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade 
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando 
de taxa, decorre direta e exclusivamente da lei, 
enquanto, em se tratando de preço público, decorre da 
vontade do contratante. Por ter suporte no poder de 
tributar do Estado, submetendo os contribuintes de forma 
cogente, a exigência das taxas está sujeita às 
limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 150 
da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade, 
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro 
lado, independe de lei; não sendo tributo, não está 
sujeito ás limitações do poder de tributar.” (PAULSEN, 
Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da 
doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 23) 
(grifos acrescidos) 
Podemos, então, esquematizar essas diferenças: 
 
 
 
 
 
 
Vejamos cada uma das alternativas. 
Alternativa A – Errada. A taxa não remunera obra pública. 
Alternativa B – Errada. A taxa decorre de lei e não de contrato. 
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo, portanto, receita derivada e 
não originária, que é o caso do preço público. 
Alternativa D – Correta. Essa é uma das diferenciações entretaxa e 
preço público. A taxa somente pode ser instituída quando o serviço 
for prestado pelo Estado. 
Alternativa E – Errada. A taxa pode remunerar o custo do exercício 
do poder de polícia, mas não é a única hipótese. Além disso, o preço 
PREÇO PÚBLICO 
 
- Não é tributo 
- Decorre de contrato 
- Depende da vontade 
- Não se sujeita às limitações 
constitucionais ao poder de tributar 
TAXA 
 
- É tributo 
- Decorre de lei 
- É compulsório 
- Sujeita às limitações 
constitucionais ao poder de tributar 
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público remunera serviço divisível, porém não prestado pelo Estado, 
mas por particular delegado. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 26 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AP/2009 
 
Será remunerada por taxa a prestação 
a) efetiva ou compulsória do serviço de coleta de lixo domiciliar. 
b) efetiva do serviço de calçamento de logradouros. 
c) compulsória do serviço de iluminação pública. 
d) compulsória do serviço de limpeza das vias e logradouros públicos. 
e) efetiva de uso de bem público. 
 
Comentários 
Conforme estudamos, a taxa poderá ter como fatos geradores a 
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. 
Cumpre observar que, nos termos do art. 79 do CTN, a utilização 
potencial ocorre quando o serviço é de utilização compulsória e é 
posto à disposição do contribuinte. 
Assim, ainda que o contribuinte se recuse a utilizar este tipo de 
serviço, deverá pagar a taxa correspondente, pois se considera que 
houve a utilização potencial. 
É o que ocorre com o serviço de coleta domiciliar de lixo. “Mas, 
professor! E seu eu mesmo fizer a coleta seletiva do meu lixo e levar 
diretamente para uma associação de reciclagem??? Ainda assim terei 
que pagar a taxa???” 
Sim, meu amigo! O serviço de coleta de lixo é de utilização 
compulsória. Caso contrário, se você, que está trancado em casa só 
estudando para o concurso, esqueceu do mundo, mas continua 
gerando lixo, não utilizar o serviço e deixar o lixo acumular até o dia 
da prova, estará convidando uma série de insetos a participar dos 
seus estudos, não acha? Isso não seria agradável para os seus 
vizinhos. Por isso, este serviço é de utilização compulsória. 
Alternativa A – Correta. 
Alternativa B – Errada. O serviço de calçamento é prestado a toda 
sociedade de forma indivisível. Não há como mensurar o valor do que 
foi prestado a cada pessoa isoladamente. Logo, não está sujeito à 
remuneração por meio de taxa. 
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Alternativa C – Errada. Segundo o STF, o serviço de iluminação 
pública não constitui serviço específico e divisível, não podendo, por 
conseguinte, ser remunerado mediante taxa, vide Súmula nº 670. 
Alternativa D – Errada. Bastante atenção a este item. Acabamos de 
ver que o serviço de coleta domiciliar de lixo, por ser de utilização 
compulsória, é remunerado por taxa, mesmo não sendo utilizado pelo 
contribuinte. Porém, sobre o serviço de limpeza e conservação de 
vias públicas, o STF já decidiu: 
“Tratando-se de taxa vinculada não somente à coleta 
domiciliar de lixo, mas também, à limpeza de logradouros 
públicos, que é serviço de caráter universal e indivisível, é de 
se reconhecer a inviabilidade de sua cobrança.” (STF, Plenário, 
EDivED 256.588, Min. Ellen Grace, mar/03). 
Alternativa E – Errada. O uso de bem público não representa 
prestação de serviço nem exercício do poder de polícia. Assim, não há 
que se falar em instituição de taxa. 
Gabarito: A. 
 
 
Questão 27 – (FCC) Procurador – SP/2008 
 
Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material 
da hipótese de incidência é ter piscina em imóvel localizado dentro 
do Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros 
quadrados da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado 
de piscina. O contribuinte é o proprietário do imóvel que possui 
piscina. Esta taxa 
a) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da 
fiscalização que o Poder Público tem que realizar na construção de piscinas. 
b) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da 
prestação efetiva do serviço de água tratada fornecida para manter a 
piscina. 
c) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie. 
d) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de 
polícia ou de prestação de serviço público, sendo fato gerador de imposto. 
e) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da 
União e não do Município. 
 
Comentários 
Vamos analisar a situação proposta. 
Foi instituída uma taxa cujo fato gerador é ter piscina. Esse fato 
gerador não está previsto como uma das situações que ensejam a 
instituição da taxa, quais sejam, a prestação de serviços públicos e o 
exercício do poder de polícia. Estamos diante, portanto, de um fato 
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do contribuinte (manifestação de riqueza) e não do Estado 
(contraprestação). Logo, há que ser remunerada por impostos e não 
por meio de taxa. 
Além disso, a sua base de cálculo é a área da piscina. Essa exação 
ofende o disposto no art. 145, §2º, da Constituição Federal, eis que a 
área da piscina guarda relação com o patrimônio do contribuinte, com 
sua manifestação de riqueza, base de cálculo típica de imposto. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 28 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 2ª/2007 
 
No que diz respeito às taxas é certo que, 
a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço 
público, de que decorra valorização imobiliária. 
b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica. 
c) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e 
ser calculadas em função do capital das empresas. 
d) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do 
Poder de Polícia. 
e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso 
de investimento público urgente e de relevante interesse estatal. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. A taxa, sendo espécie de tributo, é 
compulsória e não facultativa. Além disso, não decorre de obra 
pública. Este fato gerador diz respeito à contribuição de melhoria. 
Alternativa B – Errada. O fato gerador da taxa é uma ação do 
Estado voltada para o contribuinte. Representa, portanto, um tributo 
contraprestacional. O que a alternativa apresenta é o conceito de 
imposto. 
Alternativa C – Errada. O art. 145, §2º, da Constituição Federal 
estabelece que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. A alternativa contraria ainda o disposto no parágrafo único 
do art. 77 do CTN, segundo o qual, a taxa não pode ter base de 
cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto 
nem ser calculada em função do capital das empresas. 
Alternativa D – Correta. As situações que podem ensejar a cobrança 
da taxa são o exercício regular do poder de polícia e a utilização 
efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados aos contribuintes ou postos á sua disposição, conforme art. 
145, II, da CF/88. 
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Alternativa E – Errada. A hipótese de incidência da taxa é 
vinculada, ou seja, o fato gerador representauma ação do Estado em 
favor ou no interesse do contribuinte. Além disso, o tributo criado no 
caso de investimento público urgente e de relevante interesse 
nacional (e não estatal) é o empréstimo compulsório e não a taxa. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 29 – (FCC) Defensor Público – SP/2006 
 
Considere as afirmações: 
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da 
pessoa política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e 
cobrado, de que o Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte, 
qualquer atividade específica. 
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos 
e divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou 
potencial dos serviços pelo contribuinte. 
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de 
contribuição, que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime 
jurídico tributário e possui uma única modalidade que é a contribuição 
social. 
SOMENTE está correto o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II. 
e) III. 
 
Comentários 
Item I – Errado. A assertiva diz que todos os tributos são não-
vinculados, ou seja, que todas as espécies independem de atividade 
específica do Estado. Isso não é correto, eis que esta é característica 
marcante dos impostos e não de todos os tributos. 
Item II – Correto. Essa é a previsão do art. 145, II, da Constituição 
Federal. 
Item III – Errado. Além das contribuições sociais, a Constituição 
prevê a instituição de outras contribuições: de intervenção, 
corporativas e de iluminação pública. 
Gabarito: D. 
 
 
 
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Questão 30 – (FCC) Analista de Regulação – CE/2006 
 
Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa 
a) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder 
Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de 
serviço público. 
b) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como 
receita derivada. 
c) a taxa e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de 
direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço 
público. 
d) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço 
público decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo 
Poder Público. 
e) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do 
preço público, que se submete ao princípio da legalidade. 
 
Comentários 
Alternativa A – Correta. A taxa é tributo e somente pode ser exigida 
quando o serviço for prestado pelo Poder Público, de forma direta. Já 
o preço público remunera o serviço prestado por concessionárias. 
Alternativa B – Errada. Sendo tributo, a taxa representa receita 
derivada. Por outro lado, o preço público constitui receita originária, 
eis que decorre de vontade do usuário. 
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo. Em decorrência, deve ser 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada e 
não por pessoas jurídicas de direito privado. Além disso, os preços 
públicos somente são exigidos por empresas delegadas de serviços 
públicos, caso contrário, estaríamos diante de prestação comum de 
serviços. 
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário, conforme 
comentamos na alternativa A. 
Alternativa E – Errada. A taxa, por constituir espécie tributária 
somente pode ser instituída por lei. O preço público, por sua vez, não 
sendo tributo, não se sujeita às limitações constitucionais ao poder de 
tributar. 
Permitam-me trazer novamente a diferenciação entre taxa e preço 
público apresentada na questão 25: 
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço 
público. Aquela é tributo, sendo cobrada 
compulsoriamente por força da prestação de serviço 
público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer 
maneira, o indivíduo não possa abrir mão. O preço público, 
por sua vez, não é tributo, constituindo, sim, receita 
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originária decorrente da contraprestação por um bem, 
utilidade ou serviço numa relação de cunho negocial em 
que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade 
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando 
de taxa, decorre direta e exclusivamente da lei, 
enquanto, em se tratando de preço público, decorre da 
vontade do contratante. Por ter suporte no poder de 
tributar do Estado, submetendo os contribuintes de forma 
cogente, a exigência das taxas está sujeita às 
limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 150 
da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade, 
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro 
lado, independe de lei; não sendo tributo, não está 
sujeito ás limitações do poder de tributar.” (PAULSEN, 
Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da 
doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 23) 
(grifos acrescidos) 
Gabarito: A. 
 
 
Questão 31 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SP/2006 
 
Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente, 
dispõe: 
a) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
b) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o 
custeio do serviço de iluminação pública. 
c) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a 
propriedade e a taxas pela prestação de serviços referentes a tal 
propriedade sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes. 
d) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do 
poder de polícia ou o exercício regular do serviço público específico e 
indivisível. 
e) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos 
uns dos outros. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. Há vedação expressa na Constituição 
Federal, no sentido de que as taxas não poderão ter base de cálculo 
própria de impostos (art. 145, §2º). 
Alternativa B – Errada. O STF declarou a inconstitucionalidade da 
instituição de taxas para custeio do serviço de iluminação pública. 
Entendeu a Corte Suprema que este serviço não é divisível, razão 
pela qual é incabível sua remuneração mediante taxa. Atualmente, o 
art. 149-A da Constituição Federal permite o custeio do serviço 
mediante contribuição específica. 
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Alternativa C – Correta. Esse é um assunto que veremos mais à 
frente, responsabilidade por sucessão. A alternativa reproduz a 
literalidade do art. 130 do CTN, segundo o qual os créditos tributários 
relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio 
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas 
pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições 
de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, 
salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário. A utilização 
efetiva ou potencial é referente aos serviços e o exercício regular é do 
poder de polícia. A alternativa misturou os conceitos. Vejamos 
novamente o esquema para guardar bem os requisitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alternativa E – Errada. Este assunto veremos na nossa próxima 
aula. Trata-se da imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, 
segundo o qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios instituir impostos sobrepatrimônio, renda ou serviços, 
uns dos outros. Verifica-se que a imunidade abrange tão somente os 
impostos, não dizendo respeito às taxas. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 32 – (FCC) Juiz Substituto – TJPE/2011 
 
A importância paga pelos usuários de nossas rodovias a título de 
pedágio qualifica-se como 
a) preço público. 
 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA 
 
ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS 
UTILIZAÇÃO 
EFETIVA 
UTILIZAÇÃO 
POTENCIAL 
Quando o serviço for de 
utilização compulsória e estiver 
à disposição do contribuinte e 
em pleno funcionamento. 
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b) tributo. 
c) taxa de serviço público. 
d) contribuição de melhoria. 
e) preço compulsório. 
 
Comentários 
Estudamos a pouco que uma das diferenças entre taxa e preço 
público é que as taxas remuneram os serviços públicos tipicamente 
estatais, prestados diretamente pelo Poder Público, enquanto que os 
preços públicos remuneram os serviços públicos que não são 
tipicamente estatais, os quais são delegados pelo Poder Público e 
prestados por concessionárias. 
Nesse sentido, no que diz respeito ao pedágio, o entendimento 
dominante é que terá natureza tributária, da espécie taxa, apenas 
quando explorado diretamente pelo ente tributante, pois, como visto, 
o tributo é prestação cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. Não há que se falar em natureza 
tributária do pedágio quando este for cobrado por 
concessionária. 
Gabarito: A. 
 
 
Questão 33 – (FCC) TJ AP/2011 
 
O tributo que tem por fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia, como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e 
registrais, é denominado 
a) imposto. 
b) taxa. 
c) contribuição de melhoria. 
d) emolumento. 
e) contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica. 
 
Comentários 
Conforme estudamos até aqui, a taxa é o tributo que apresenta como 
um dos possíveis fatos geradores o exercício regular do poder de 
polícia. 
Logo, o tributo cabível seria a taxa. 
Apesar de simples, a questão tenta induzir o candidato ao erro. 
Vejamos. O art. 236 da Constituição federal estabelece que os 
serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por 
delegação do Poder Público. Define ainda que lei federal estabelecerá 
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normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos 
praticados pelos serviços notariais e de registro. 
Isso poderia levar o candidato a pensar em preço público e 
emolumentos. 
Porém, a questão não pede o tributo pelos serviços notariais, mas 
sim pela sua fiscalização, que é realizada mediante atividade 
administrativa. 
Gabarito: B. 
 
 
Questão 34 – (FCC) Procurador Judicial - Recife/2008 
 
NÃO se inclui entre as características do tributo contribuição de 
melhoria: 
a) ter competência comum para instituição. 
b) ser vinculada a uma atividade estatal. 
c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização 
imobiliária. 
d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua 
arrecadação. 
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes 
à obra. 
 
Comentários 
A Constituição Federal estabelece em seu art. 145, III, que a União, 
Estados, DF e Municípios poderão instituir contribuição de melhoria, 
decorrente de obras públicas. 
Com validade nesse dispositivo constitucional, o CTN preceitua: 
“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, 
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer 
face ao custo de obras públicas de que decorra valorização 
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e 
como limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado.” 
Depreende-se do texto legal que o fato gerador da contribuição de 
melhoria é a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. 
Dessa forma, não basta o Estado promover a obra próximo ao 
imóvel. Para fazer jus à cobrança da contribuição, há que ocorrer a 
valorização do imóvel e que esta seja decorrente da obra. 
A contribuição de melhoria apresenta características de um tributo 
contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao 
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contribuinte, qual seja, a realização da obra. Exatamente por ser 
contraprestacional, o valor da contribuição deve guardar relação com 
o custo da obra. 
Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo individual é 
a valorização decorrente da obra e o limite global (aquele arrecadado 
da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo ente 
público. 
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não 
enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base 
nesse princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse 
com os custos da obra indiretamente, enquanto que apenas um 
pequeno grupo foi beneficiado com a valorização imobiliária. Por 
outro lado, ao estabelecer o limite máximo a ser cobrado, o CTN 
também veda ao Estado o enriquecimento sem causa, já que não 
pode arrecadar mais do que foi gasto na obra. 
Alternativa A – Correta. Estudaremos competência tributária na 
nossa próxima aula. A competência comum é aquela que, como o 
próprio nome diz, é comum a todos os entes federados. Incluem-se 
nessa competência, portanto, a instituição dos tributos que todos os 
entes podem instituir. Assim, observando o art. 145 da CF/88, 
podemos concluir que a competência comum é aquela relativa à 
instituição de taxas e contribuições de melhoria. Trata-se de 
competência comum porque a CF não determina qual taxa ou 
contribuição de melhoria compete a cada ente, podendo ser instituída 
por quem prestar o serviço, exercer o poder de polícia ou, ainda, 
executar a obra pública. 
Alternativa B – Correta. A contribuição de melhoria apresenta 
características de um tributo contraprestacional, já que há uma ação 
estatal relativa ao contribuinte. 
Alternativa C – Correta. Este é o fato gerador da contribuição de 
melhoria, previsto no art. 81 do Código Tributário Nacional. 
Alternativa D – Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é 
a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo 
apenas poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser 
verificado apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a 
obra ser iniciada após a arrecadação da contribuição. 
Alternativa E - Correta. Por ser um tributo contraprestacional, o 
valor da contribuição deve guardar relação com o custo da obra. 
Gabarito: D. 
 
 
 
 
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Questão 35 – (FCC) Auditor – TCE AL/2007 
 
Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de 
melhoria é o fato de que as taxas 
a) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram 
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à 
disposição do usuário. 
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que 
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. 
c) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as 
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e 
divisíveis.d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente 
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das 
contribuições de melhoria é facultativo. 
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria 
têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da 
realização de obras públicas. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. A taxa representa espécie tributária e, por 
isso, é compulsória e não facultativa. A contribuição de melhoria 
decorre de obra pública da qual resulte valorização imobiliária e não 
da prestação de serviços. 
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de 
melhoria são tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos 
geradores representam uma atividade estatal voltada para o 
contribuinte. 
Alternativa C - Errada. As taxas remuneram os serviços públicos 
específicos e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra 
pública da qual resulte valorização imobiliária. 
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa 
espécie tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa. 
Alternativa E – Correta. Esta é elemento diferenciador mais notório 
entre as taxas e contribuições de melhoria, a saber: seus fatos 
geradores. 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 36 – (FCC) Procurador do Estado – PGE SE/2005 
 
Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de 
melhoria é o fato de que as taxas 
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a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as 
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e 
divisíveis. 
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que 
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade. 
c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria 
têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente 
valorização imobiliária. 
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas 
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das 
contribuições de melhoria é facultativo. 
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria 
têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária. 
 
Comentários 
Questão idêntica à anterior. 
Alternativa A – Errada. As taxas remuneram os serviços públicos 
específicos e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra 
pública da qual resulte valorização imobiliária. 
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de 
melhoria são tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos 
geradores representam uma atividade estatal voltada para o 
contribuinte. 
Alternativa C - Correta. Este é elemento diferenciador mais notório 
entre as taxas e contribuições de melhoria, a saber: seus fatos 
geradores. 
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa 
espécie tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa. 
Alternativa E – Errada. Não é apenas a valorização imobiliária que 
constitui o fato gerador da contribuição de melhoria. A valorização 
tem que decorrer de obra pública. Por exemplo, a construção de um 
shopping que acabe por valorizar um grupo de imóveis em 
determinada localidade não ensejará a instituição da contribuição. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 37 – (ESAF) AFTE – PA/2002 
 
Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-
jurídico é o não enriquecimento injusto. 
a) imposto 
b) taxa 
c) empréstimo compulsório 
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d) contribuição social 
e) contribuição de melhoria 
 
Comentários 
A contribuição de melhoria apresenta características de um tributo 
contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao 
contribuinte, qual seja, a realização da obra. Exatamente por ser 
contraprestacional, o valor da contribuição deve guardar relação com 
o custo da obra. 
Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo individual é 
a valorização decorrente da obra e o limite global (aquele arrecadado 
da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo ente 
público. 
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não 
enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base 
nesse princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse 
com os custos da obra indiretamente, enquanto que apenas um 
pequeno grupo foi beneficiado com a valorização imobiliária. Por 
outro lado, ao estabelecer o limite máximo a ser cobrado, o CTN 
também veda ao Estado o enriquecimento sem causa, já que não 
pode arrecadar mais do que foi gasto na obra. 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 38 – (FCC) Auditor – TCE SP/2008 
 
Os empréstimos compulsórios 
a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal. 
b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de 
enxugamento da moeda em circulação na economia, desde que sejam 
restituídos no prazo de dois anos. 
c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias 
decorrentes de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência. 
d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas 
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa. 
e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, 
observando-se o princípio da anterioridade. 
 
Comentários 
As questões que versam sobre empréstimos compulsórios, 
geralmente, costumam cobrar de duas formas: questionando a sua 
natureza tributária ou explorando as suas características previstas no 
art. 148 da Constituição Federal. 
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A Constituição Federal prevê, em seu art. 148: 
“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá 
instituir empréstimos compulsórios: 
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 
150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de 
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição.” 
Certa controvérsia surgiu acerca da natureza tributária dos 
empréstimos compulsórios. Uma parcela da doutrina defendia que, 
por se tratar de algo restituível, com fundamento no parágrafo único 
do art. 15 do CTN, estaria afastada a natureza tributária dos 
empréstimos compulsórios. No entanto, devemos lembrar que, para 
ser considerado tributo, a prestação deve atender às exigências do 
art. 3º do CTN. 
Analisando as características do empréstimo compulsório, 
constatamos que ele atende ao disposto no art. 3º do Código 
Tributário Nacional, sendo considerado, portanto, tributo. Com o 
advento da CF/88 e após decisões do STF defendendo a natureza 
tributária dos empréstimos compulsórios, essa teoria doutrinária 
perdeu força. 
Temos que, além da competência exclusiva da União, somente pode 
ser instituído mediante lei complementar. Por conseguinte, 
leis ordinárias ou medidas provisórias não são instrumentos 
válidos para a criação do empréstimo compulsório. 
Com efeito, o próprio texto constitucional o definiu como um tributo 
de arrecadação vinculada, ao estabelecer que os recursos 
arrecadados deverão ser aplicados na despesa que autorizou a sua 
instituição. 
Alternativa A – Errada. A competência para instituiçãode 
empréstimos compulsórios é apenas da União. 
Alternativa B – Errado. A instituição do empréstimo compulsório é 
para atender a despesas extraordinárias ou para investimento de 
caráter urgente,e não para regular a economia ou tirar a moeda de 
circulação como diz a alternativa. 
Alternativa C – Errada. Uma das características do empréstimo 
compulsório é a exigência de lei complementar para a sua instituição. 
Nem mesmo as leis ordinárias têm poderes para veicular matéria 
reservada constitucionalmente à disciplina de lei complementar. 
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Alternativa D – Correta. Esse também será um tema estudado na 
próxima aula. Se o empréstimo compulsório for instituído para 
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência figurará como exceção 
ao princípio da anterioridade. 
Alternativa E – Errada. Como vimos, apenas por meio de lei 
complementar será possível a instituição de empréstimos 
compulsórios. 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 39 – (FCC) Auditor de Tributos Estaduais– RO/2010 
 
Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar 
que 
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma 
atividade estatal. 
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra 
pública. 
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma 
prévia atividade estatal, qual seja, obra pública. 
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode 
ser instituído por medida provisória em caso de investimento urgente. 
e) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de 
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. Da própria definição de imposto, prevista no 
art. 16 do CTN, decorre que se trata de um tributo tipicamente 
contraprestacional, ou seja, independe de qualquer atividade estatal 
específica. 
Alternativa B – Errada. A taxa tem como possíveis fatos geradores a 
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e 
divisíveis ou o exercício regular do poder de polícia. 
Alternativa C – Correta. Apenas poderá ser instituída a contribuição 
de melhoria se houver obra pública. Vale observar, contudo, que a 
obra não é o fato gerador da contribuição, mas a valorização 
imobiliária decorrente desta obra. 
Alternativa D – Errada. Afirmar que determinado tributo é de 
competência comum é o mesmo que dizer que são competentes para 
instituí-lo tanto a União como Estados, DF e Municípios. Porém, no 
caso específico dos empréstimos compulsórios, apenas a União detém 
a competência para instituição. 
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Alternativa E – Errada. A competência para instituição de 
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública está 
prevista no art. 149-A da Constituição Federal, que a confere apenas 
aos Municípios e DF. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 40 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas– SEFAZ SP/2009 
 
Os Empréstimos Compulsórios 
a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não 
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade. 
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse 
caso, a observância ao princípio da anterioridade. 
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses 
entes políticos. 
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as 
causas de sua criação. 
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua 
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo 
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição. 
 
Comentários 
Alternativa A – Correta. Esta é a previsão do art. 148, I, da 
Constituição Federal. 
Alternativa B – Errada. A exceção ao princípio da anterioridade é 
válida apenas para os empréstimos compulsórios instituídos no caso 
de guerra ou calamidade. No caso de investimento público de caráter 
urgente, há que se observar a aplicação do referido princípio. 
Alternativa C – Errada. A Constituição confere a competência para 
instituição de empréstimos compulsórios apenas à União. 
Alternativa D – Errada. A alternativa tenta confundir o empréstimo 
compulsório com o imposto extraordinário de guerra, previsto no art. 
154, II, da CF/88, segundo o qual, a União poderá instituir na 
iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Alternativa E – Errada. Conforme estudamos, o empréstimo 
compulsório é tributo de arrecadação vinculada, nos termos da 
Constituição Federal, art. 148, parágrafo único. 
Gabarito: A. 
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Questão 41 – (ESAF) Advogado – IRB/2006 
 
A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, 
aptidão para criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre 
essa afirmativa, podemos dizer que 
a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser 
cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se 
beneficiado, ou, no caso de omissão deste, pela União. 
b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de 
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte. 
c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será 
preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de 
cálculo diversa das taxas. 
e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos 
contribuintes. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. A instituição de contribuição de melhoria, 
nos termos do art. 145, III da Constituição Federal é de competência 
do ente federado que executar a obra pública de que resulte 
valorização imobiliária para o contribuinte. No entanto, de acordo 
com o art. 7º do CTN, a competência para instituição de tributos é 
indelegável, tanto por ação como por omissão. Assim, na inércia do 
ente competente para instituir a contribuição, não cabe à União 
instituir o tributo. 
Alternativa B – Correta. O enunciado corresponde ao texto literal do 
art. 145, II, da Constituição Federal. 
Alternativa C – Errada. De acordo com o art. 148, parágrafo único, 
da CF, a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua 
instituição. Não resta opção à União para aplicação diversa daquela 
prevista no texto constitucional, eis que estamos diante de um tributo 
de arrecadação vinculada por expressa disposição constitucional. 
Alternativa D – Errada. O art. 145, §1º, prevê que, sempre que 
possível, os impostos terão caráter pessoal. Já o §2º do mesmo 
artigo determina que as taxas não poderão ter base de cálculo 
própria de impostos. Trata-se de vedação aplicada às taxas, não aos 
impostos. 
Alternativa E – Errada. Ao definir o princípio da capacidade 
contributiva, em seu art. 145, §1º, a Constituição faz menção 
somente aos impostos. Não obstante, trata-se de princípio que 
delineiatodas as espécies tributárias. No entanto, sua aplicação 
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torna-se mais restritiva quando se trata de tributos 
contraprestacionais, como é o caso das taxas. 
Gabarito: B. 
 
 
 
Questão 42 – (FCC) Juiz Federal – TRF 5ª/2001 
 
As contribuições sociais, em nosso sistema tributário, 
a) não têm natureza tributária. 
b) somente podem ser instituídas pela União. 
c) podem ser instituídas pelos Estados e Municípios, para custeio do 
sistema de previdência de seus servidores. 
d) previdenciárias aumentadas num exercício, só podem ser cobradas no 
primeiro dia do exercício seguinte. 
e) não precisam observar os princípios da legalidade e da anterioridade. 
 
Comentários 
Há situações em que o Estado atua em atenção a um determinado 
grupo de contribuintes. Não se trata de uma ação genérica, a toda 
coletividade, a ser custeada mediante a imposição de impostos. 
Também não configura uma ação específica e divisível que enseje a 
cobrança de taxa, mas ações com finalidades determinadas, 
estabelecidas na própria Constituição Federal como situações a serem 
custeadas mediante uma forma específica de tributação: a 
contribuição. 
Vejamos o que diz a CF/88 em seu art. 149: 
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e 
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, 
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, 
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo.” 
Observamos que a CF autoriza a União, e somente ela, a instituir as 
seguintes contribuições: 
� contribuições sociais; 
� contribuições de intervenção no domínio econômico 
(CIDE); e 
� contribuições de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas. 
Nessa linha, a partir do disposto no caput do art. 149, podemos 
assinalar uma observação importante: a competência exclusiva da 
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União para instituir as contribuições. Essa é a regra geral, que 
comporta duas exceções: as contribuições previstas no próprio art. 
149, §1º e no art. 149-A. Senão, vejamos: 
“Art. 149. § 1º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o 
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que 
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da 
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da 
União.” 
Vemos, portanto, que a CF autoriza os Estados, DF e Municípios a 
instituir contribuição a ser cobradas dos seus servidores sujeitos ao 
regime próprio de previdência. Vale observar, que uma vez instituído 
o regime próprio de previdência de cada ente, este poderá instituir a 
contribuição que, não poderá ser inferior à contribuição que a União 
cobra dos seus servidores, atualmente 11%. 
A outra exceção é a contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação pública – COSIP, prevista no art. 149-A: 
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que 
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.” 
Vale notar, ainda, pela denominação das espécies de contribuição, 
que a CF lhes confere uma finalidade específica. Ou seja, elas devem 
ser criadas para atender uma finalidade, voltada para um grupo 
específico de contribuintes. Por exemplo, as contribuições de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas devem ser 
direcionadas em prol destas categorias. Daí a importância de se 
avaliar o destino da arrecadação dessas contribuições, pois isso é um 
requisito constitucional para a sua validade. 
Por este motivo, a lei que instituir determinada contribuição deve, 
além de prever a finalidade específica deste tributo, conferir um 
destino à sua arrecadação de forma a se atingir a finalidade prevista. 
Do contrário, perderia a sua validade. 
Alternativa A – Errada. As contribuições sociais atendem todos os 
requisitos previstos no CTN e se sujeitam às limitações 
constitucionais ao poder de tributar. São, portanto, tributo. 
Alternativa B – Errada. Apesar de a regra geral ser a competência 
exclusiva da União, a Constituição prevê duas exceções, como vimos. 
Alternativa C – Correta. Esta é a exceção prevista no art. 149, §1, 
da CF/88. 
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Alternativa D – Errada. As contribuições para a seguridade social 
figuram como exceção ao princípio da anterioridade, observando 
apenas a anterioridade nonagesimal. 
Alternativa E – Errada. As contribuições sociais são exceção à 
anterioridade, mas obedecem ao princípio constitucional da 
legalidade. 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
Questão 43 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006 
 
Sobre as contribuições relacionadas na Constituição Federal, é 
correto afirmar que 
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não 
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. 
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio 
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos 
de saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino. 
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição 
previdenciária dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores 
titulares de cargos efetivos da União. 
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da 
anterioridade (ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena), 
cumulativamente. 
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são 
denominadas "contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno 
denominado "parafiscalidade". 
 
Comentários 
Alternativa A – Correta. A alternativa reproduz o disposto no art. 
149, §2º, I, da Constituição, segundo o qual as contribuições sociais 
e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as 
receitas decorrentes de exportação. 
Alternativa B – Errada. O Estado muitas vezes precisa regular 
algum setor econômico e, quando assim o faz, geralmente atua de 
duas formas: fiscalização ou atividades de fomento, como o 
desenvolvimento de pesquisas em favor deste setor. É mais do que 
óbvio que a receita arrecadada seja direcionada ao setor cuja 
intervenção foi direcionada e não exclusivamente para ações e 
serviços públicos de saúde e desenvolvimento do ensino como diz a 
assertiva. 
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Alternativa C – Errada. A contribuição para custeio de planos de 
previdência dos servidores é de competência de cada ente tributante. 
Esta é a definição do art. 149, §1º, da Constituição. 
Alternativa D – Errada. As contribuições para a seguridade social 
figuram como exceção ao princípio da anterioridade, observando 
apenas a anterioridade nonagesimal. 
Alternativa E – Errada. A parafiscalidade ocorre quando o ente 
tributante delega a atividade de arrecadação a outra entidade, 
cabendo a esta ainda os valores arrecadados. Nem todas as 
contribuições são parafiscais.Gabarito: A. 
 
 
Questão 44 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009 
 
A respeito das contribuições sobre o domínio econômico, é correto 
afirmar que 
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo 
atingir o particular de modo específico e divisível. 
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. 
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. 
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza 
excepcional. 
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores 
serão restituídos. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. É justamente para cobrir o custo das 
atividades de fomento que a União, exclusivamente, pode instituir a 
contribuição de intervenção no domínio econômico, que recai, na 
maioria das vezes, sobre aqueles que compõem o setor atingido. 
Entretanto, o STF tem entendido que a contribuição pode ter a sua 
base imponível alargada, atingindo mesmo aqueles que se encontram 
fora do setor que sofreu a intervenção da União. 
Alternativa B – Errada. Nos termos do art. 149, §2º, I, da 
Constituição, as contribuições sociais e de intervenção no domínio 
econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. 
Alternativa C – Correta. Assim dispõe o art. 149, §2º, II, da CF/88. 
Alternativa D – Errada. A Constituição Federal não exige a edição de 
lei complementar para instituição das contribuições sociais. Tal 
exigência apenas atinge as denominadas contribuições residuais, 
previstas no art. 195, §4º, da Constituição Federal. 
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Alternativa E – Errada. As contribuições não são passíveis de 
devolução. Esta possibilidade apenas se aplica aos empréstimos 
compulsórios. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 45 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 
 
A contribuição confederativa sindical não tem caráter compulsório para os 
trabalhadores não-filiados ao sindicato e não deve obediência ao princípio 
constitucional tributário da legalidade. 
 
Comentários 
Assertiva CORRETA. A CF define as contribuições corporativas como 
tributo no art. 149. No entanto, a própria Lei Maior faz alusão a outra 
contribuição no seu art. 8º, IV, definindo que a assembléia geral 
fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, 
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei. 
A contribuição prevista no art. 8º é aquela paga mensalmente pelos 
filiados de um determinado sindicato. Esta, portanto, é uma 
prestação voluntária, já que, conforme previsão do inciso V do 
mesmo artigo, ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se 
filiado a sindicato. 
Nesse sentido, a Súmula nº 666, do STF: 
Súmula nº 666 – “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV 
da Constituição só é exigível dos filiados do sindicato respectivo. 
 
 
 
Questão 46 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 
 
Por terem natureza tributária, as contribuições devidas à OAB devem ser 
cobradas dos advogados inadimplentes mediante ação de execução fiscal. 
 
Comentários 
A questão cobra conhecimento da jurisprudência do STJ. 
“1. A OAB possui natureza de autarquia especial ou sui generis, pois, 
mesmo incumbida de realizar serviço público, nos termos da lei que a 
instituiu, não se inclui entre as demais autarquias federais típicas, já que 
não busca realizar os fins da Administração. 2. Por conta da própria 
natureza e das finalidades da instituição, as contribuições anuais que recebe 
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de seus membros não se revestem de caráter tributário, mormente porque 
não se destinam a compor a receita pública. O Conselho Seccional, órgão da 
OAB dotado de personalidade jurídica própria, tem a competência para fixar 
o valor e a forma de pagamento das anuidades (arts. 46, caput e 58, IX do 
Estatuto da OAB). 3. A cobrança de anuidade pela OAB não segue o rito 
especial previsto na Lei nº 6.830/80, mas sim as regras de execução 
previstas no Código de Processo Civil.” (REsp 915753 /RS - Relator Ministro 
Humberto Martins - DJ 04.06.2007) 
 
 
 
 
Questão 47 – (FCC) Procurador – Salvador/2006 
 
Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o 
custeio do serviço de iluminação pública: 
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o 
disposto no artigo 150, I e III, da Constituição Federal. 
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c", 
da Constituição Federal. 
c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e 
III, da Constituição Federal. 
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I 
e III, da Constituição Federal. 
e) a União e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da 
Constituição Federal. 
 
Comentários 
Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública não pode 
ser considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio 
mediante taxa. Com isso, os Municípios perderam parcela da sua 
arrecadação, não podendo mais instituir taxa para cobrir tal despesa. 
Desse entendimento resultou a Súmula nº 670. 
Ocorre que, com a Emenda Constitucional nº 30/2002, a CF passou a 
autorizar a instituição de contribuição para custear esta despesa, 
autorizando os Municípios e o DF a instituírem a contribuição para o 
custeio da iluminação pública. 
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que 
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.” 
Gabarito: D. 
 
 
 
 
 
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Questão 48 – (FCC) Procurador – TCE PR/2005 
 
A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, recém 
introduzida em nosso sistema tributário, 
a) tem natureza extrafiscal. 
b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios 
ou Distrito Federal. 
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios. 
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes 
políticos. 
e) equipara-se às taxas. 
 
Comentários 
Essa questão foi baseada em uma importante decisão do STF acerca 
da contribuição para o custeio da iluminação pública. Vejamos: 
“CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE 
ILUMINAÇÃO PÚBLICA – COSIP. ART. 149-A DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL... iii – Tributo de caráter sui 
generis, que não se confunde com um imposto, porque sua 
receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, 
por não exigir a contraprestação individualizada de um 
serviço ao contribuinte.” (STF, Pleno, RE 573.675, Rel. Min RICARDO 
LEWANDOWSKI, mar/09) 
Alternativa A – Errada. Não há verificação de caráter extrafiscal na 
COSIP. Sua cobrança não visa à regulação de algum setor econômico 
nem influencia no comportamento de consumo dos contribuintes. 
Alternativa B – Correta. A COSIP constitui contribuição sujeita a 
disciplina própria. 
Alternativa C – Errada. O Distrito Federal também possui 
competência para instituição, prevista no art. 149-A da CF/88. 
Alternativa D – Errada. Com fundamento no art. 149-A da CF/88, 
apenas os municípios e o DF têm competência para instituir a COSIP. 
Alternativa E – Errada. Como vimos na própria definiçãodo STF, a 
COSIP difere da taxa por não exigir a contraprestação individualizada 
de um serviço ao contribuinte. 
Gabarito: B. 
 
 
 
Questão 49 – (FCC) Procurador – PGE MA/2003 
 
Em nosso sistema tributário, as contribuições interventivas no 
domínio econômico 
a) podem ser instituídas pela União, Estados ou Municípios. 
b) poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados. 
c) poderão incidir sobre operações que destinem petróleo ao exterior. 
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d) não observam o princípio da legalidade. 
e) não observam o princípio da anterioridade. 
 
Comentários 
A questão se reponde pela análise do art. 149, §2º, da Constituição 
Federal: 
“Art. 149. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação; 
II – incidirão também sobre a importação de produtos 
estrangeiros ou serviços; 
III – poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta 
ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor 
aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.” 
 
Alternativa A – Errada. A competência é exclusiva da União 
Alternativa B – Correta. Previsão do art. 149, §2º, II. 
Alternativa C – Errada. Vedação expressa no art. 149, 2º, I. 
Alternativa D – Errada. As CIDE, em regra, observam o princípio da 
legalidade. A exceção é a CIDE-Combustíveis, conforme estudaremos 
mais detalhadamente na próxima aula. 
Alternativa E – Errada. As CIDE obedecem ao princípio da 
anterioridade. 
Gabarito: B. 
 
 
 
Questão 50 – (FCC) Procurador – Recife/2003 
 
A respeito das obrigações abaixo, é correto afirmar que 
a) a contribuição de melhoria pode ser validamente instituída no caso de 
obra pública de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada 
antes mesmo da realização da referida obra. 
b) as tarifas estão submetidas ao regime jurídico tributário. 
c) as taxas são tributos não vinculados, pois tem como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, 
de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a 
sua disposição. 
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d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade 
estatal específica. 
e) os Municípios podem instituir contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação. 
 
Comentários 
Alternativa A - Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é 
a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo 
apenas poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser 
verificado apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a 
obra ser iniciada após a arrecadação da contribuição. 
Alternativa B – Errada. A fixação de tarifa ou preço público, de outro 
lado, independe de lei; não sendo tributo, não está sujeito às 
limitações do poder de tributar. 
Alternativa C – Errada. É exatamente pela exigência de uma ação 
estatal que as taxas são tributos vinculados. 
Alternativa D – Errada. Os impostos são tributos não vinculados, 
vale dizer, seu fato gerador independe de qualquer ação estatal. 
Alternativa E – Correta. Competência prevista no art. 149-A da 
Constituição Federal. 
Gabarito: E. 
 
 
 
É isso, meus amigos! 
 
Chegamos ao final da nossa aula demonstrativa. 
 
Espero vocês em breve na nossa Aula 01. 
 
Um grande abraço e bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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