Avaliação Online 2_ G FEV TLIT 2 - Teoria da Literatura

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Avaliação Online 2
Entrega 12 abr em 23:59 Pontos 20 Perguntas 10
Disponível 6 abr em 0:00 - 12 abr em 23:59 7 dias
Limite de tempo 120 Minutos Tentativas permitidas 2
Instruções
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MANTIDO Tentativa 2 51 minutos 18 de 20
MAIS RECENTE Tentativa 2 51 minutos 18 de 20
Tentativa 1 96 minutos 12 de 20
 As respostas corretas estarão disponíveis em 13 abr em 0:00.
Pontuação desta tentativa: 18 de 20
Enviado 9 abr em 10:51
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2 / 2 ptsPergunta 1
Vimos que a linguagem intermedeia a relação do ser humano com a
sua realidade, por isso, ela ora incita-lhe certo conflito, ao pô-lo em
enfrentamento com alguma ideologia, ora o estimula à catarse. 
https://newtonpaiva.instructure.com/courses/10835/quizzes/23984/history?version=2
https://newtonpaiva.instructure.com/courses/10835/quizzes/23984/history?version=2
https://newtonpaiva.instructure.com/courses/10835/quizzes/23984/history?version=1
A partir daí, você compreende que a formação de sentidos num texto
literário se inicia com:
 
 a perspectiva. 
 o tema. 
 a identificação. 
 o enunciado. 
 os conhecimentos prévios do leitor. 
2 / 2 ptsPergunta 2
O teatro medieval é conhecido pelos autos e pelas farsas. As farsas
são representações cômicas e se tornaram populares no século XIII.
Assinale a alternativa abaixo que apresenta informação incorreta a
respeito dessa produção literária:
 Apresenta poucos personagens.
 Explora abundantemente aspectos visuais.
 Pode haver crítica a comportamento social.
 Ridiculariza sempre a presença do rei.
 Utiliza tom irônico com frequência.
2 / 2 ptsPergunta 3
Leia a crônica abaixo e classifique-a quanto ao seu tipo:
 
Brincadeira
 
Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e
disse:
 
- Eu sei de tudo.
 
Depois de um silêncio, o outro disse:
 
- Como é que você soube?
 
- Não interessa. Sei de tudo.
 
- Me faz um favor. Não espalha.
 
- Vou pensar.
 
- Por amor de Deus.
 
- Está bem. Mas olhe lá, hein?
 
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
 
- Sei de tudo.
 
- Co- como?
 
- Sei de tudo.
 
- Tudo o quê?
 
- Você sabe.
 
- Mas é impossível. Como é que você descobriu?
 
 
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
 
- Alguém mais sabe?
 
Outras se tornavam agressivas:
 
- Está bem, você sabe. E daí?
 
- Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
 
- Se você contar para alguém, eu...
 
- Depende de você.
 
- De mim, como?
 
- Se você andar na linha, eu não conto.
 
- Certo.
 
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
 
- Eu sei de tudo.
 
- Tudo o quê?
 
- Você sabe.
 
- Não sei. O que é que você sabe?
 
- Não se faz de inocente.
 
- Mas eu realmente não sei.
 
- Vem com essa.
 
- Você não sabe de nada.
 
- Ah, quer dizer que existe alguma coisa pra saber, mas eu é que não
sei o que é?
 
- Não existe nada.
 
- Olha que eu vou espalhar...
 
- Pode espalhar que é mentira.
 
- Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
 
- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
 
- Está bem. Vou espalhar.
 
Mas dali a pouco veio um telefonema.
 
- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre nada
daquilo.
 
- Aquilo o quê?
 
- Você sabe.
 
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava
dele e sussurrava:
 
- Você contou para alguém?
 
- Ainda não.
 
- Puxa. Obrigado.
 
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi
procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era
enorme.
 
- Por que eu? – quis saber.
 
- A posição é de muita responsabilidade – disse o amigo. –
Recomendei você.
 
- Por quê?
 
- Pela sua descrição.
 
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos, mas nunca
abria a boca para falar de ninguém. Além de bem-informado, um
gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que
disse:
 
- Sei de tudo.
 
- Co- como?
 
- Sei de tudo.
 
- Tudo o quê?
 
- Você sabe.
 
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o
seu desaparecimento repentino. Investigara. O que ele estaria
tramando? Finalmente foi descoberto numa praia remota. Os vizinhos
contam que a voz que uma noite vieram muitos carros e cercaram a
casa. Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os
vizinhos contam que mais se ouvia era a dele, gritando:
 
- Era brincadeira! Era brincadeira!
 
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi
desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre
o motivo.
 
Sabia demais.
 
(Luis Fernando Veríssimo. Comédias da vida privada. Porto Alegre:
L&PM, 1995. p. 189-91.)
 
 Narrativo-descritiva
 Humorística
 Narrativa
 Jornalística
 Lírica
2 / 2 ptsPergunta 4
Com base no seguinte trecho, retirado do conto A Dança dos Ossos,
do romancista Bernardo Guimarães: "Pois é coisa sabida aqui, em
toda a redondeza, que os ossos de Joaquim Paulista não estão dentro
dessa cova e que só vão lá nas sextas-feiras para assombrar os
viventes, e desgraçado daquele que passar aí em noite de sexta-
feira!...". 
GUIMARÃES, Bernardo. A Dança dos Ossos. Lendas e Romances,
1871. 
Percebemos um tom deveras supersticioso no trecho, qual linha
romântica o caracteriza? 
 
 Regionalista. 
 Mítica. 
 Histórica. 
 Urbana. 
 Nacionalista. 
0 / 2 ptsPergunta 5IncorretaIncorreta
Leia o trecho do poema em questão: 
Quando me levantar
o céu estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
 
DRUMMOND, Carlos. Sentimento do Mundo. Antologia Poética. Rio
de Janeiro. Record: 2010.pg. 154
O texto em questão é carregado de uma figura de linguagem
específica, que se caracteriza por:
 
 Aproximar ou unir diferentes impressões sensoriais. 
 
Fazermos um deslocamento/ transferência de sentido, indo de uma
imagem de uma ideia ou de algumas palavras, e transferindo essa
ideia para compor outra, que está por trás, subentendida, de forma
abstrata.
 
Ser a construção de um discurso que dá vida a objetos ou seres
inanimados.
 
Ser uma maneira dramática de transmitir uma ideia, expressando-a por
meio de um aumento exagerado das ideias ditas.
 
Empregar termos que tenham sentido opostos, porém, aproximados
pelo contexto.
2 / 2 ptsPergunta 6
Leia o trecho do poema em questão: 
A água que me chama
Em mim deságua
A chama que me mágua
LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras,
2013 
Notamos a presença de uma coincidência de grafia entre palavras,
porém, divergem no significado. Aponte a figura de linguagem que
melhor se enquadra nesse caso.
 
 Antítese 
 Inversão 
 Ironia 
 Comparação 
 Paronomásia 
2 / 2 ptsPergunta 7
Relógio
As coisas vão
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão
In: AGUIAR, Vera; ASSUMPÇÃO, Simone; JACOBY, Sissa (orgs.).
Poesia fora da estante. Porto Alegre: Editora Projeto, 2011.ANDRADE,
Oswald de.
 
 A repetição proposital de sons e palavras remetem ao ir e vir das
pessoas.
 
A repetição é um acidente poético, isso porque as palavras utilizadas
remetem a tempo e são parecidas sonoramente por coincidência.
 
O poema, de uma maneira dramática, transmite um aumento
exagerado das ideias ditas. 
 
A repetição propositalde sons e palavras remetem ao ir e vir do tic e
tac do relógio.
 
O poema faz um deslocamento de sentido, indo da noção de tempo à
noção da velhice.
2 / 2 ptsPergunta 8
Segundo o dicionário Aurélio, metalinguagem é a “linguagem utilizada
para descrever outra linguagem ou qualquer sistema de significação.” 
Seu uso possibilita que o autor possa expressar ao seu leitor a
criticidade de sua própria obra e, para que isso possa ser feito, o autor,
propositadamente, coloca-se no lugar do leitor, ao mesmo tempo em
que faz uso de um repertório metalinguístico.
 
Machado de Assis fez uso constante deste recurso, descontinuando a
leitura e fazendo com que o seu leitor vivenciasse o drama das
personagens e sentisse as suas emoções. Dessa maneira, Machado
de Assis conseguia fazer com que o seu leitor se distanciasse da
narrativa, percebesse a ficção e compreendesse o seu sentido
simbólico.
 
Marque, entre as alternativas abaixo relacionadas, a única passagem
da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
disponível em:
 <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm05.pdf>,
 
que não exemplifica o uso da metalinguagem, recurso amplamente
utilizado por esse autor:
 
 
“Vejo-a assomar à porta da alcova, pálida, comovida, trajada de preto,
e ali ficar durante um minuto, sem ânimo de entrar, ou detida pela
presença de um homem que estava comigo.”
 
“A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da
tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.”
 
“E vejam agora com que destreza; com que arte faço eu a maior
transição deste livro. Vejam: o meu delírio começou em presença de
Virgília; Virgília foi o meu grão pecado da juventude; não há juventude
sem meninice; meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos
nós, sem esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em que nasci.”
 
“Se não conto os mimos, os beijos, as admirações, as bênçãos, é
porque, se os contasse, não acabaria mais o capítulo, e é preciso
acabá-lo.”
 
“Teria de escrever um diário de viagem e não umas memórias, como
estas são, nas quais só entra a substância da vida.”
2 / 2 ptsPergunta 9
Sobre a metalinguagem, podemos afirmar que:
 
 
É a linguagem utilizada para tratar sobre outra linguagem a partir da
leitura ou interpretação.
 
É através da metalinguagem que compreendemos a verdadeira intenção do
autor.
 
É quando há ênfase no emissor, ou seja, na primeira pessoa e na expressão
direta de suas emoções e atitudes.
 
A metalinguagem ocorre quando o emissor deseja verificar se o canal de
comunicação está funcionando ou compreendendo a mensagem.
 
A metalinguagem busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um
apelo ou uma ordem.
2 / 2 ptsPergunta 10
A intertextualidade permite que dois ou mais textos promovam um
diálogo, em que um texto é influência sobre outro, por meio de
fragmentos, indícios, citações... Desse modo, um dos recursos usados
para incluir intertextualidade num texto é a:
 metalinguagem.
 ironia.
 mesma fonte.
 alusão.
 elipse.
Pontuação do teste: 18 de 20