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INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT-TERAPIA ALESSANDRA IOVANOVICH DE PAULA OLIVEIRA – GRUPO 34 PROFESSORA: NARA LEÃO QUAL A RELAÇÃO DO HUMANISMO COM A GESTALT-TERAPIA? A filosofia do Humanismo aborda o desdobramento teórico e a postura filosófica do homem como centro do mundo, trazendo então, uma mudança histórica e pessoal do homem em relação ao mundo. A Gestalt-terapia é uma das abordagens alcunhada no humanismo, por fazer uso dos princípios humanistas no fundamento de seu conceito como pessoa. Desta forma, o humanismo está presente como uma filosofia de base da Gestalt-terapia. Na Gestalt-terapia, o enfoque é no homem (cliente), auxiliando-o na busca do poder da recriação, tomando posse de si mesmo e que saiba conviver com todas suas fragilidades, assim como o Humanismo acredita ser. Uma das qualidades fundamentais que envolve o Humanismo e que norteia a Gestalt-terapia, é o enaltecimento e apreço pelo o ser humano O humanismo representa o homem como um ser positivo, potencialmente transformador e de espontaneidade que um dia fora perdida, em todo processo histórico resultante do Teocentrismo e que ainda é retratado nos dias atuais. Na Gestalt-terapia, o resgate desse ser humano, nessas infinitas possibilidades, passa a ser um dos maiores alvos no processo terapêutico. Assim como o Humanismo acredita ser, a Gestalt-terapia, não nega o lado adoecido do cliente, mas enfatiza e explora o lado saudável como sendo um agente mobilizador de mudanças. Contemplar as potencialidades do indivíduo, faz com que ele se sinta cada vez mais capaz e menos crítico sobre si e valorize mais o que está disponível para ele naquele momento. Na psicoterapia, o cliente é tido naturalmente como tendo uma valência positiva, onde o adoecimento não se dá por inteiro, e sim, apenas uma parte do sujeito, que nesses casos, a Gestalt-terapia, passa a trabalhar as forças que mantêm o adoecer deste cliente. Correlacionando com o conceito de “ajustamento criativo”, esse “adoecimento” deve ser considerado como a melhor maneira que o cliente se viu capaz de enfrentar uma situação- problema. A partir de então, a elaboração e ênfase nesse ajustamento é crucial, pois a consciência é dinâmica e relacional, onde, desvendar a própria verdade e os próprios caminhos, é natural do ser humano. O homem não é um ser pré-determinado e é qualificado essencialmente para fazer modificação que dizem respeito a sua existência, neste caso, o terapeuta deve levantar essas possibilidades de mudanças a fim de provocar no cliente reflexões sobre o lugar de permanência que este individuo se encontra. A Gestalt-terapia é uma psicoterapia centrada na existência, pautando-se nos conceitos de individualidade, subjetividade, liberdade, cuidado, espera, escolha e responsabilidade, assim como é considerado o homem no Humanismo. O ser humano tem o livre arbítrio e possibilidades de fazer e optar por escolhas no decorrer de sua vida. O Gestalt-terapeuta deve propiciar uma reflexão do cliente nessas infinitas possibilidades, explorando o suporte existente no cliente para distinguir seus caminhos e as responsabilidades que deles proverão. O humano é essencialmente livre e responsável por suas escolhas. O Gestalt- terapeuta deve então, basear as condutas de seus clientes, nesta premissa do humanismo, onde assumir suas responsabilidades construí em si, um processo de libertação e liberação de sua angustia. O ser humano é singular e único no universo e é justamente o que a Gestalt-terapia preconiza, onde o ser é um ser de particularidades, onde o homem deve ser respeitado dentro dessas singularidades. É notório perceber o quão presente é o Humanismo na Gestalt-terapia e a importância dessas premissas para a relação terapeuta-cliente, onde o olhar de admiração e contemplação passa a ser de bastante significado diante um ser que está constantemente distante no mundo desse olhar acolhedor e o quão transformador isso pode ser, fora as outras inúmeras contribuições que o Humanismo traz para essa psicologia.