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1 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1 2 INTRODUÇÃO A NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL ..................................... 4 3 OBSTÁCULOS E IMPASSES ..................................................................... 5 4 DADOS E FATOS CONCRETOS ............................................................... 7 5 INFORMAÇÃO E PODER NA NEGOCIAÇÃO ........................................... 9 6 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA A NEGOCIAÇÃO .............. 9 6.1 Postura e Linguagem corporal ........................................................... 10 6.2 A ética nas negociações ..................................................................... 10 7 QUAL A IMPORTÂNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DE SABER NEGOCIAR? ............................................................................................................. 12 8 COMO FAZER UMA NEGOCIAÇÃO MATADORA ................................... 13 9 COMO DESENVOLVER A HABILIDADE DA NEGOCIAÇÃO? ................ 13 10 QUAL O CONCEITO DE NEGOCIAÇÃO? ............................................ 17 10.1 Como funciona uma negociação? ................................................... 18 11 PARA DOMINAR A ARTE DA NEGOCIAÇÃO, CONHEÇA 7 TÉCNICAS DE SUCESSO ........................................................................................................... 21 12 TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: GUIA DEFINITIVO PARA OBTER SUCESSO 24 13 O QUE SÃO TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO? ...................................... 26 14 POR QUE UTILIZAR TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO? ......................... 27 15 DIFERENTES TIPOS DE ABORDAGENS ............................................ 28 16 8 PASSOS PARA VENCER QUALQUER NEGOCIAÇÃO .................... 29 17 A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS NAS NEGOCIAÇÕES EMPRESARIAIS ....................................................................................................... 32 18 QUAIS SÃO OS TIPOS DE CONTRATO EXISTENTES NAS RELAÇÕES EMPRESARIAIS? ..................................................................................................... 33 3 19 NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL SEM SEGURANÇA: 3 RISCOS QUE SUA EMPRESA CORRE........................................................................................... 34 20 O COMPORTAMENTO E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ......................................... 37 21 ÉTICA E CONDUTA DAS PESSOAS NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO .......................................................................................................... 40 22 COMO FAZER UMA NEGOCIAÇÃO BEM-SUCEDIDA? ...................... 42 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 45 24 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 46 4 2 INTRODUÇÃO A NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL Segundo Andrade (2004) mudanças contínuas ocorrem no cenário de nosso atual mundo globalizado; trazendo o aumento de objetivos e desafios onde as empresas estão inseridas; tomadas de decisão rápidas, resoluções de conflitos via negociação, ganham cada vez mais importância dentro deste contexto e em nosso cotidiano. De acordo com Andrade (2004) fatores fundamentais são importantes no processo de negociação, alguns deles: Um processo de negociação é regido por etapas rumo ao alcance do objetivo onde táticas e estratégias são seguidas para evitar ou reduzir o surgimento de contradições e impasses, que naturalmente pode surgir. Ainda de acordo com Andrade (2004) necessidade de flexibilidade em relação a fazer concessões em detrimento de possíveis valores sentimentais agregados. Compreensão clara dos objetivos, conhecimento do negócio e quadro de interesses das partes, perfil do que está sendo negociado e dos negociadores. Planejamento e Técnicas estratégicas da negociação O processo de negociação carece de planejamento, vulgo fase de preparação estratégica para aumento da probabilidade de ser bem-sucedida; O plano de ação deve conter um objetivo final; negociadores preparados em geral são intuitivos e tem a capacidade de ler necessidades alheias. Começar visualizando possíveis perdas e ganhos é crucial; lembrar-se de habilidades e coloca-las em prática de forma ética é um bom exercício para a evolução da negociação; ao começar uma negociação é fundamental estar preparado junto a uma estratégia condizente com o perfil do negócio; as modalidades e tipos de negociações empresariais variam por este motivo, diferentes tipos de habilidades são requeridos. A negociação pode ser informal, formal, comercial, jurídica ou gerencial e se classificam por formatos; alguns exemplos: Formas de negociação informais: Com auxílio de agentes, via mediador, via arbitragem; Formas de negociações diretas: Diálogo entre múltiplas partes, via facilitador, judicial. (Melo 2007, Apud RUSSO M. I. 2019) rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 5 Negociação Competitiva e Cooperativa Segundo Karrass (1994) os dois principais tipos de negociação denominam-se por: cooperativa e competitiva. Negociações baseiam-se na troca de informações para que ocorram resultados. Nas negociações cooperativas, os protagonistas podem ser preparados ou fracos, independente, ambos lados estão buscando uma métrica ou acordo para que em primeiro plano, satisfaça seus interesses, trabalham em pró do mesmo objetivo, apesar dos propósitos diferentes. Ainda segundo Karrass (1994) pode-se afirmar que a negociação é vista como instrumento direto de solução de problemas. É prudente evitar se valer de uso de poder ou pressão psicológica preterindo o ser criativo como ferramenta e respaldo para se chegar ao melhor acordo. De acordo Karrass (1994) na negociação cooperativa temos etapas que incluem: Início, Ciclo de cooperação e encerramento, ao tempo em que nas negociações competitivas os lados buscam suprir seus interesses individuais ainda que isto traga descontentamento da outra parte; os negociadores utilizam dados e informações visando fragilizar a contraparte, evitando justamente fragilizar a própria posição, em geral corre riscos ao passar pelas etapas de preparação, abertura, teste, convicção, encerramento e determinação, implemento do acordo. 3 OBSTÁCULOS E IMPASSES Utilize a técnica do escalonamento Segundo Krause (1996) inicie com assuntos em que ambas partes concordem ou no ponto em que as arbitrariedades sejam mínimas. Com cautela, vá escalonando os graus de dificuldades, até localizar os itens problemáticos. As concordâncias primárias ajudam a eliminar divergências facilitando os entendimentos. Caso mais adiante, a contraparte prevalecer irredutível em algum ponto. Protele os termosconflitantes De acordo com Krause (1996) negociações que iniciam nos pontos de conflito tendem a se prostrar. Iniciar desta maneira sugere despreparo ou agressividade rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 6 dando um tom desagradável a uma reunião, é viável agir com paciência, vencendo etapas, deixando para o final os termos conflitantes. Recesso Ainda de acordo Krause (1996) diante de impasses é uma tática ligeiramente aplicada, pode variar dentre minutos a dias, fundamental estar preparado para se deparar com eventuais recessos ou pausas com o intento de voltar, prosseguir e chegar a um acordo. Concessões Segundo Krause (1996) no âmbito das negociações concessões costumam gerar impactos pois seu excesso tende a inviabilizar o negócio, bem como a falta das mesmas. Na primeira situação, porque quando são feitas em demasia, podem despertar da contraparte ânsia por mais, automaticamente através de mais exigências. No segundo caso, porque em nada conceder, menciona fraqueza e falta de flexibilidade. Não enfatizar problemas, diante de obstáculos. Diante de obstáculos, Krause (1996) explica a importância sobre não enfatizar somente pontos negativos ou lamentos. É inteligente colocar-se a disposição do auxílio frente ao oponente. Na maior parte dos casos, são elementos contornáveis. Ao se permitir estar à disposição para ajudar, se muda completamente o tom do debate, gerando o sentimento de que esta para cooperar o que pode aumentar a confiança do negociador em ti. Sugestão de Mudanças De acordo Krause (1996) ao encontrar fatores que possam interferir no bem- estar ou perfil da negociação, sugira mudanças; são válidas mudanças de local, horário, ambiente, dentre outras. Existem situações onde a mínima mudança por parte de um dos negociadores permite melhorias no entendimento do processo, gerando o sentimento de acessibilidade. No final, isto pode ser um grande diferencial. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 7 4 DADOS E FATOS CONCRETOS Segundo Krause (1996) a maneira com que o raciocínio objetivo e a parte lógica são expostos na negociação merece atenção pois dependem do tipo de negociador que e enfrentará, sendo variável. Diversos bons acordos são finalizados através de aspectos motivadores ou quando benefícios suprem. Contudo podem ocorrer momentos em que o reforço da lógica precisa valer, especialmente se a contraparte se mostrar insegura em relação a tomada da decisão. O domínio de dados sólidos, fatos, informações concretas envoltas ao tema tratado podem gerar facilidade no desenrolar de obstáculos indesejáveis, surpresa ou não. Fonte: elmedicointeractivo.com Acordo Condicional Ainda segundo Krause (1996) ao se deparar com uma situação onde todas táticas aparentemente falharam, tente convencer a outra parte de realizar um possível acordo condicional por prazo específico de tempo. Isto ajudará a eliminar gerando segurança ao tempo em que você ganhará tempo para demonstrar a eficácia de sua tática, serviço, produto ou outro, gerando a hipótese de realizar o fechamento do negócio ao final do período condicional. O papel do negociador rfari Destacar rfari Destacar 8 De acordo com Krause (1996) é pertinente que um negociador conheça a fundo sobre tudo relacionado ao que será negociado, incluindo o tempo estimado de negociação assim como possíveis restrições, caso existam. Isto fará com que a contraparte tenha razoável quantidade de informações e consequentemente, mais segurança no decorrer do processo. Um dos fatores determinantes para o sucesso de uma negociação é o bom exercício do relacionamento interpessoal; os profissionais que são indicados ou se propõe quanto atuantes, devem conter estilo próprio com ênfase em não se envolver emocionalmente no processo de negociação, bem como com seus envolvidos. Não há necessidade de encarar o adversário como um inimigo, mas como uma pessoa que também busca solucionar um problema comum. Juntos devem exercitar a flexibilidade evitando decisões durante o processo; demonstrar confiança torno dos assuntos envolvidos no processo, pois neste ponto a contraparte sentirá segurança, passando possivelmente a adotar maiores cuidados nos pontos de vista e colocações, justamente pela falta de informações dúbias o que pode e muito, facilitar o processo. Estilos de Negociação Segundo Chiavenato (1999) temos diversos estilos de se administrar conflitos, alguns destes modelos são: Evitar; sugere uma postura não completamente assertiva nem totalmente cooperativa, com o intuito de se evitar o conflito. É utilizada quando não há mais expectativas de vencer ou quando se requer de um maior tempo para extrair informações diante de uma negociação custosa, onerosa. Acomodação: sugere expressivo grau de cooperatividade de forma a amenizar as situações. Baseia-se em resolver primeiro pontos menores de impasse deixando os maiores para um próximo passo. Competitividade: Trata-se de um estilo mais autoritário que sugere alto grau de assertividade ao expressar interesses. Em geral é utilizado quando um fator decisivo precisa rapidamente ser exposto em momentos chave ou típicos, onde ações de emergência tornam-se indispensáveis. Compromisso/comprometimento: Sugere a combinação de características assertivas cooperativas. Pode ser utilizado quando uma das partes concorda com possíveis soluções razoáveis para que os ganhos sejam igualitários. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 9 Colaborativa: Sugere altos níveis de flexibilidade. Sugere que ambas as partes ganhem no processo, através do eliminar de diferenças. É um método utilizado quando os interesses e pontos de vista de ambas partes se combinam entre si em prol do acordo maior. 5 INFORMAÇÃO E PODER NA NEGOCIAÇÃO Segundo Costa (1990) a utilização do poder na negociação em relação a quantidade de dados disponíveis esta para a utilização de forma conveniente sendo utilizado como estratégia alimentada pelo poder da informação; aquele que dispõe de mais dados e fatores favoráveis ganham posição de destaque diante de seus interlocutores, tornam-se indivíduos habilitados para atuar em negociações através de possíveis barganhas. Aqui, entra o poder de persuasão comumente chamado de pode pessoa, quando a capacidade profissional do negociador atinge bons níveis no tocante a explorar de forma eficaz mesmo diante de momentos tensos, propostas que careçam de barganhas e concessões diante do interlocutor. O negociador tem como opção a possibilidade de trabalhar ainda, com a estratégia de intercâmbio, negociação onde o poder de convencimento de que a contraparte sairá totalmente beneficiada se faz valer; ao tempo em que o negociador também tem como opção a conhecida por estratégia de reconsideração, que trata-se de instruir ou aconselhar o oponente a ele revelando benefícios que podem ainda, beneficiar uma outra parte. 6 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA A NEGOCIAÇÃO De acordo com Costa (1990) a comunicação é um elemento de extrema importância no processo de qualquer negociação e em qualquer seara da vida do ambiente de trabalho ao dia a dia. É importante frisar que a comunicação não trata apenas da fala, mas também conceitos que englobam o estudo de linguagem corporal, postura, gestos dentre outros aspectos não-verbais. Existe similaridade entre os processos de tomada de decisão e os processos de negociação diretamente citando, pois, juntos com a comunicação aplicada, tornam- rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 10 se parte da integração do sistema organizacional; é fundamental diagnosticar critérios para levantamento de planejamento, tomada de decisão e implantação. 6.1 Postura e Linguagem corporal Segundo o administrador Mario Cesar em artigoexposto em administradores, a linguagem corporal é importante em qualquer seara do segmento profissional, da vida e dentro do contexto empresarial. A habilidade de se comunicar de forma gestual, através de boa postura e gestos serenos é essencial para todo profissional que vise o êxito do projeto de carreira. A venda de uma simples ideia até um produto a linguagem corporal pode somar ou ainda ganhar mais destaque que argumentos. Gestos são significativamente importantes por permitir a ênfase no passar de quaisquer mensagens transmitidas pelo comunicador. Interessante observar que sem o gestual, a comunicação tornar-se-ia quase que artificial ou mecânica, gerando estranheza. Dentro deste contexto, dicas são validadas; uma delas, falar com tranquilidade, nesta conduta existe naturalidade, sutileza e compreensão; valido estar ciente de técnicas de relaxamento, como respiração controlada, pronuncia lenta, corpo, coluna ereta seja em pé ou sentado, o conjunto do todo gera em geral credibilidade e seriedade; A maneira como nos apresentamos e acima de tudo, nos colocamos, afeta a forma como o outro nos vês, mas também, tem conexão com a verdadeira impressão, que temos de nós mesmos. 6.2 A ética nas negociações Segundo Andrade (2007) em um processo de negociação, as partes que se relacionam devem ter ciência do compromisso envolve a negociação em pauta visando aplicar o comportamento ético para que exista mútua confiança entre as partes. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 11 Fonte: erhivanassessoria.blogspot.com Ainda segundo Andrade (2007) “Ética, é a ciência dos costumes ou dos atos humanos, e seu objetivo é a moralidade, entende-se por moralidade a caracterização desses mesmos atos como bem ou mal. ” O dever, em geral, é objeto da ética. Padrões de ética indiferente de atividades, bem como modelos a serem seguidos não existem, pois ela tem conexão direta com a formação pessoal, do indivíduo, sua educação e valores. Fica claro que as pessoas pensam de formas diferentes, o que pode ser ético para um, para outro pode não ser, por isto, dentro de um certo contexto, uma decisão pode ser ética, mas se houver alteração deste contexto, a mesma ideia pode não ética; A interpretação de valores éticos é relativa. Quando pessoas se embasam em suas tomadas de decisões com base em normas de conduta pessoais ou dependentes de uma situação, observamos um comportamento ético relativo. Todavia, quando se baseiam em normas de conduta apropriadas e validadas para qualquer situação, nos deparamos com o comportamento ético é absoluto, o que é extremamente importante nos processos de negociação. De acordo Andrade (2007) cada vez mais presente em nosso dia a dia, em nosso cotidiano, é viável que negociações e ética absolutamente caminhem juntas, vide vivermos em um mundo cada vez mais globalizado em ambientes propícios e típicos a constantes mudanças e conflitos onde a tendência do aumento dos jogos de rfari Destacar 12 interesse, fica evidente, choque que certamente, pode ser prejudicial nos processos de negociação. 7 QUAL A IMPORTÂNCIA PESSOAL E PROFISSIONAL DE SABER NEGOCIAR? Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, saber negociar não é um dom, é um aprendizado. De fato, algumas pessoas têm mais facilidade do que outras para a negociação, porém, qualquer pessoa é capaz de se tornar um bom negociador. Se pararmos para pensar, a negociação está presente em grande parte das interações no nosso dia a dia. Nelson Maciel e Raquel Carneiro, destacam que negociar é uma das habilidades mais importantes para o sucesso na vida pessoal, financeira e profissional. Em uma negociação, busca-se principalmente alcançar objetivos definidos em situações de divergências de ideias, interesses e posições. Negociar faz parte do nosso dia a dia, seja no trabalho ou no relacionamento com a família, os amigos e os colegas. Por ser feita de forma tão natural, a prática de negociação muitas vezes nem é percebida. Quando conversamos com amigos para decidir qual lugar ir em um sábado à noite, quando combinamos com os familiares quem fará cada tarefa doméstica ou dividimos as obrigações com os colegas de trabalho, por exemplo, estamos negociando. A negociação nada mais é do que um processo de persuasão e de tomada de decisões entre duas ou mais pessoas que buscam a solução de um problema em comum ou a barganha sobre algo. A partir do momento em que compreendemos esse conceito, fica mais fácil trabalhar com a negociação a nosso favor, sobretudo porque há técnicas para isso. (Apud RODRIGUES R. 2018) A grande trunfo de um bom negociador é saber usar toda essa metodologia com a finalidade de criar ou reivindicar valor em meio a processos, comerciais ou pessoais, especialmente pela competitividade, que está cada vez maior no mundo todo. Praticá-la regularmente é fundamental, inclusive para evitar conflitos. Além de todas as técnicas e métodos para realizar uma boa negociação, é preciso entender antes que, para que haja sucesso em qualquer negociação, é vital rfari Destacar rfari Destacar 13 que haja transparência. Só quando se coloca o interesse de todos os envolvidos em voga, é possível obter um resultado máximo para todas as partes que estão negociando. Também deve-se fazer um bom planejamento. A partir dele, um bom negociador consegue aprender mais sobre a pessoa com quem negociará e definir previamente quais são os objetivos e quais os limites que podem ser atingidos no processo. Ouvir atentamente também é crucial. E isso significa ouvir atentando-se para as necessidades, objetivos e posições do outro. Além de identificar oportunidades, é possível argumentar para dar soluções criativas e objetivos, que podem superar as expectativas criadas anteriormente. Aprender a negociar com técnica e respeito ao outro nos torna capaz de trabalhar todas as informações de maneira mais fácil e direta. No faz, também, capaz de saber argumentar, de se posicionar e de apresentar as melhores opções. Quem consegue atingir todos esses pontos naturalmente, consegue, também, realizar todas as expectativas e obter um resultado extremamente positivo. 8 COMO FAZER UMA NEGOCIAÇÃO MATADORA Uma boa negociação é indispensável para o fechamento de grandes negócios. Principalmente para os empresários que lidam com fornecedores, clientes e investidores, fazendo toda a diferença no quesito economia. Muitos empreendedores dizem que a negociação é uma técnica. O que significa que qualquer pessoa pode aprender e desenvolver as habilidades e truques para fechar uma negociação. O que também significa que um profissional que já é habilidoso precisa sempre, se reciclar e se aperfeiçoar. 9 COMO DESENVOLVER A HABILIDADE DA NEGOCIAÇÃO? Negociações de grande porte podem levar um tempo para aprender. Porém, só a prática leva à perfeição! E com algumas dicas certeiras, qualquer um, mesmo que tenha o mínimo grau de intimidade com as técnicas de negociação, pode se transformar em um negociador acima da média. rfari Destacar 14 Tenha controle emocional Grandes acontecimentos podem deixar algumas pessoas nervosas. Não seria diferente em uma negociação importante. Porém, o problema deste nervosismo e ansiedade é quando estes sentimentos passam a influenciar nas tomadas de decisões. Como é quase impossível eliminá-los por completo é preciso, pelo menos, mantê-los sob controle. Dessa forma, a melhor dica para manter o controle emocional é dominar a respiração, se policiando para falar devagar, para que possa ser exposto o seu ponto de vista de forma clara, sem que você pule ou se perca em nenhuma parte. Caso você saiba que o nível de estresse da negociação será muito alto, marque-a durante uma refeição, como almoço, jantar ou mesmo um simples café. O cérebro, quando se está comendo ou bebendo, interpretaque se está em uma situação amena e confortável, ajudando a manter o controle. Estude seu alvo Como em qualquer outro aspecto na vida, é preciso estudar sempre e entender a situação da melhor forma possível, e para isso, é preciso fazer o dever de casa. Para tanto, é necessário conhecer o mercado e as circunstâncias em que seu “adversário” está envolvido, saber até onde ele pode ir, na negociação. Isso ajuda a desvendar o grau de interesse da outra parte no negócio. Muitos profissionais saem em busca de um cliente novo sem, contudo, saber o que ele vende, qual o produto que ele trabalha, qual o seu perfil, se ele também tem clientes, qual o perfil desses clientes, seu comportamento, seus costumes. Conheça seu produto Conhecer o produto é o primeiro passo para sair em busca de clientes. Um vendedor que não sabe apresentar o produto que está vendendo vai ter sérias dificuldades no fechamento. Se o que está vendendo é um produto, saiba tudo sobre ele, o que faz, quais as cores disponíveis, qual o tempo de entrega, valor, quantidade em estoque. Se for serviço, tenha o cuidado de fazer uma apresentação bem clara do produto, se possível marque uma reunião de apresentação só para isso, usando ferramentas e aplicativos e demonstre o serviço na prática. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 15 Aprenda a lidar com o não Receber um não, logo de cara, não quer dizer que você perdeu a venda. Não desista tão rápido. Muitas pessoas gostam ou trocar ideia com alguém antes de decidir sobre a compra, por isso, não dê por perdido o seu tempo com o pretenso cliente. A venda pode acontecer a qualquer momento. Saiba esperar e agir na hora certa. Os objetivos precisam ser claros Tenha em mente que uma negociação não precisa ser desvantajosa para nenhuma das partes, e para isso, é importante que os dois lados coloquem seus limites na mesa. Estude seu produto, sua empresa, sua proposta. Conheça cada ponto da cláusula de contrato, e o que se está disposto a modificar, caso seja pedido. Saiba o que pode ser ou não ofertado. O corpo fala Demonstrar nervosismo em grandes reuniões ou fechamento de grandes negócios pode, muitas vezes, ser visto como sinal de fragilidade e uma oportunidade para que o outro avance seus limites para tentar tirar vantagem. Nesse sentido, a linguagem corporal pode ajudar de forma positiva na mensagem a ser passada. Gesticule moderadamente para que o nervosismo não transpareça. Apoiar os cotovelos na mesa passa a sensação de tranquilidade. Inclinar a cabeça levemente passa a impressão de se estar pensando no assunto. Balançar a cabeça positivamente de tempos em tempos demonstra interesse. Todos esses movimentos podem contribuir positivamente para o fechamento do seu negócio. Fique de olho na concorrência Se você vende o mesmo produto que seu principal concorrente, fique de olho no que ele está oferecendo, principalmente se a qualidade do produto for a mesma, com os mesmos benefícios. Isso sim faz você perder a oportunidade de fechar um bom negócio, tanto em produto quanto em serviço. Investigue todos os seus possíveis concorrentes e veja o que ele está ofertando, quais descontos está praticando. Presteza no atendimento do começo ao fim rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 16 Já ouviu alguém dizer que anda quilômetros para comprar na panificadora que presta um atendimento melhor que a do lado de sua casa. Então! Todos nós gostamos de ser bem atendidos. Isso faz a diferença e alivia na qualidade do produto. Mesmo que não seja o melhor pão, aquela panificadora é a que lhe atendeu com mais presteza. As vezes a qualidade do produto pode ficar secundário quando o foco principal é atendimento. Outro exemplo é quando a empresa oferece um serviço de Service Desk, onde a você compra com mais tranquilidade o produto ou serviço, sabendo que existe serviço de troca, de qualidade e satisfação do cliente. Comprometimento e credibilidade São qualidades no profissional vendedor. Passar credibilidade, tanto em relação a empresa, quanto a do profissional, é fundamental para uma negociação, principalmente de prestação de serviços ou algum produto com o ticket médio alto. Passar credibilidade para o cliente para o cliente é sair na frente para o fechamento do negócio. Conheça seus números Erro muito comum nas negociações é manter a postura de incerteza, não sabendo ao certo o que se quer ou de quanto está se falando. Fazer propostas muito distantes uma das outras também demonstra essa incerteza. Se você é o cliente, conheça seu cronograma para negociar as melhores datas para você e saiba exatamente qual é seu orçamento para que consiga fazer propostas. Se você é o vendedor ou prestador de serviço, precisa saber exatamente o valor do seu produto e qual é sua flexibilidade frente a ele. Não se precipite Não deixe que o parceiro saiba que o único responsável por dar a palavra final é você. Isso pode diminuir sua margem de manobra. Se o parceiro acreditar que você precisa validar a proposta com um conselho ou sócio, isso pode te dar tempo para colocar os números na ponta do lápis. Mesmo que a proposta seja muito boa a seu ver desde o início, você pode conseguir mais, caso tenha tempo para trabalha-la. Pratique rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 17 “A prática leva à perfeição! ” Por isso pratique! Peça para acompanhar os melhores vendedores em grandes fechamentos. Peça para que pessoas de confiança te acompanhem para que possam te passar feedbacks sobre seu desempenho, e se comprometa a falar com o máximo de pessoas para treinar suas técnicas. É importante acreditar no que está propondo. Para isso você precisa ter certeza de que as duas partes saiam ganhando na negociação. Essa segurança já é o primeiro grande passo para ser um grande negociador. 10 QUAL O CONCEITO DE NEGOCIAÇÃO? Eis uma verdade a ser encarada: as pessoas estão negociando o tempo inteiro, até mesmo na rotina pessoal ou quando não existe um ponto de convergência. Por exemplo, ao chegar na padaria e pagar por seus pães, um indivíduo recebe o produto pelo dinheiro que deu em troca. Isso é uma negociação em que os dois lados se satisfazem, o que nem sempre acontece quando os pais fazem acordos com seus filhos sobre a hora de dormir, não é mesmo? Aqui, no entanto, queremos falar sobre as negociações comerciais, que poderiam ser definidas como uma comunicação bilateral focada em encontrar um acordo entre as duas partes que possuem interesses em comum, mas com detalhes que, por vezes, se opõem. Na padaria, o preço do pão está exposto, e, se alguém decide comprá-lo, está de acordo com ele. Nos negócios, uma parte está disposta a vender e a outra a comprar, o que caracteriza o interesse em comum, mas, enquanto uma quer alcançar o melhor lucro a outra quer adquirir pela menor despesa possível, por exemplo. “Negociação é um meio básico para se conseguir o que se quer de outrem. É uma comunicação bidirecional concebida para chegar a um acordo, quando o outro lado tem alguns interesses comuns ou opostos, visando estabelecer um relacionamento forte e duradouro”. (Apud CAMARGO R. 2018) rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 18 10.1 Como funciona uma negociação? Se as pessoas estão o tempo inteiro negociando, e, entendendo que é por meio dela que buscamos a melhor situação para nosso lado, então é preciso compreender seus elementos e mecanismos. Fonte: br.depositphotos.com 7 elementos da negociação Uma publicação da Business Negotiation Strategies de Havard University mostra que a negociação possui alguns elementos principais. São eles: 1. Interesses. Não são o foco da negociação,mas influenciam suas ações e argumentações. São as necessidades, desejos e motivações pessoais, como receber o produto em determinado prazo, por exemplo; 2. Legitimidade. É o que faz com que as duas partes considerem os termos justos. Se um vendedor considerar a barganha do comprador ofensiva, poderá encerrar a negociação por achar aquela atitude desrespeitosa; 3. Relacionamento. A possibilidade de criar ou manter uma conexão com a outra parte do negócio, é um elemento que altera suas ações, afinal de contas, ela pode gerar novos negócios, indicações, etc; https://rockcontent.com/blog/people-marketing/ https://rockcontent.com/blog/people-marketing/ rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 19 4. Alternativas. Ter ou não um “plano B” também afeta seu andamento e a forma como as partes encaram o enfrentamento; 5. Opções. São as contrapartidas que um negociador pode oferecer para a outra parte, sua margem de negociação. Se elas forem boas, as chances de sucesso aumentam; 6. Comprometimento. Pode ser definido como o acordo, oferta ou promessa para a definição da proposta final. É como um aceno de que haverá uma conclusão entre as partes; e 7. Comunicação. Considerando os milhares de canais de interação atuais, é possível negociar por telefone, presencialmente, nas redes sociais, etc. O formato escolhido então, trará novos desafios e particularidades para que as mensagens trocadas sejam compreendidas da forma correta. Entendendo esses elementos e sabendo identificá-los nas negociações, é possível melhorar os resultados e ações realizadas. Vejamos dois tipos de negociações que podem ser avaliados seguindo essa construção de elementos. Negociação distributiva (ganha-perde) A negociação distributiva é aquela em que, entre as partes, uma conquistará mais vantagens e benefícios em relação a outra, ou seja, uma situação ganha-perde. Nesse sentido, é possível identificar claramente alguns de seus elementos da negociação em desequilíbrio: Uma das partes pode ter conquistado a maioria de seus interesses, enquanto a outra ficou em desvantagem; ou A forma como a negociação foi conduzida pode ter gerado o sentimento de injustiça por uma das partes, como por exemplo, quando uma empresa tem mais força no mercado e pode criar retaliações para a outra, caso ela não aceite seus termos; Considerando essas situações, a negociação distributiva parece desleal para o mundo dos negócios, mas a verdade é que em alguns casos, ela é natural. https://rockcontent.com/blog/social-selling/ rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 20 É o caso de uma prestadora de serviços de manutenção predial que, depois de um ano de correções nos salários de seus funcionários e tributos, se vê obrigada a rever valores contratuais com seus clientes. Considerando a legitimidade, o repasse ao cliente terá um valor compatível com o aumento das despesas. O cliente, por sua vez, deverá levar em consideração a importância de manter seu relacionamento com uma empresa de confiança e as opções que teriam caso não aceitasse o aumento, como, por exemplo, contratar funcionários diretos. No final de todas ponderações, no entanto, uma das partes teria que ceder aceitando a nova despesa ou amargando o prejuízo para não perder o cliente, ou seja, uma ganhará e a outra perderá. Negociação integrativa (ganha-ganha) A negociação ganha-ganha, ou integrativa, é aquela que deve ser o foco principal dos negócios pois as duas partes encontram vantagem na relação, como é o caso da padaria onde seu dono recebe seus lucros e o cliente, o pão de qualidade. Seus elementos aparecem em sintonia, como: As duas partes acreditam que manter o relacionamento pode gerar mais resultados, e, portanto, negociam dentro de suas opções até chegar no ponto de equilíbrio; Por considerarem os termos justos e a outra parte confiável, fazem comprometimentos até mesmo de longo prazo; e Como as duas partes estão dispostas a cederem em parte de seus interesses ou eles estão em sintonia, a comunicação é feita de forma muito mais fluida e produtiva. O dono de uma loja de brinquedos que esteja negociando uma entrega urgente com seu fornecedor, por exemplo, precisa ter suas mercadorias antes do natal. O fornecedor, por sua vez, está sem equipe para fazer o envio dentro do prazo necessário. Assim, avaliando os interesses, parceria e demais pontos da negociação, os dois acordam a contratação de uma empresa terceirizada para fazer o transporte, rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 21 onde o dono da loja assume o frete e seu fornecedor reduz o preço unitário para que as duas partes ganhem com a operação, mesmo com uma margem reduzida. Como já mencionado, negociações acontecem a todo tempo e as condições e negociadores envolvidos sempre mudarão as regras do jogo. Assim, conhecer algumas técnicas permite se posicionar melhor, e claro, entender a estratégia da outra parte. 11 PARA DOMINAR A ARTE DA NEGOCIAÇÃO, CONHEÇA 7 TÉCNICAS DE SUCESSO Existem vários estilos de negociação. Enquanto alguns são mais incisivos, outros preferem a construção da confiança para propor um acordo. Mas, como é fácil concluir, esses estilos têm mais sucesso em negociações diferentes. Para ter uma boa performance de modo geral, o ideal é saber personalizar as estratégias. 1. Ouça mais e fale menos Começando pelo fundamental. Se um negociador deseja criar os melhores argumentos para que a outra parte aceite sua proposta, investir no exercício de escutar é a chave do sucesso. Fazer as perguntas certas para colher mais informações também. Isso garante que o negociador entenda os interesses envolvidos da outra parte, o que é prioridade e o que parece ser negociável, por exemplo. Depois disso, basta usar as justificativas da outra parte para criar uma proposta personalizada. O excesso de fala pode dar a impressão de que algo está sendo imposto ou que a proposta em questão não tem a qualidade que convença por si só. 2. Compreenda o contexto do interlocutor A pesquisa sobre o momento vivido pela outra parte pode ser a chave de ouro para uma negociação. Uma negociação entre empresas, por exemplo, pode ser estratégica, saber como está a situação econômica e o momento de mercado da outra parte. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 22 Assim, se ela está vivendo um momento de expansão, pode estar mais aberta a aceitar contrapropostas pois precisa aumentar seu capital. Saber quem é a pessoa com quem está lidando é fundamental. Ele é o gestor do negócio? Um comprador? Foi recentemente contratado ou promovido? Tudo isso pode afetar sua visão das ofertas e contrapropostas. 3. Seja transparente Considerando os elementos da negociação, as partes possuem seus interesses, suas margens para modificação dos termos e alternativas. Deixar claro quais são as pretensões, o cenário ideal e as possibilidades que pode considerar permite que a outra parte tente adequar sua proposta a realidade apresentada. As margens negociáveis, no entanto, devem ser colocadas de maneira estratégica e de acordo com a condução da conversa. Mas a transparência é uma condição muito importante para que a negociação tenha o caráter ganha-ganha, pois todas as partes envolvidas saberão o que é necessário para satisfazer a outra. 4. Separe a negociação em partes À primeira vista, uma negociação refere-se a um objeto único, ainda que seja um lote de produtos. Conduzir as conversas dessa maneira, no entanto, coloca as duas partes concorrendo pela melhor situação em um ponto único. Ou seja, a impressão de que se trata de uma relação ganha-perde são grandes. Mas, dividir a conversa em tópicos permite que as duas partes experimentem a sensação de ter ganhado em um argumento. Assim, negocie pontosde maneira distintas, como: prazo de entrega, forma de pagamento, periodicidade do pedido, qualidade dos produtos, entre outros. 5. Faça pequenas concessões Depois de separar o objeto principal em partes, analise quais alternativas podem ser acatadas para demonstrar que concessões estão sendo feitas. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 23 Isso demonstrará abertura e disposição para encontrar uma solução onde todos saiam ganhando. Se o negociador deseja criar uma regularidade de pedidos do seu cliente, por exemplo, pode oferecer uma condição de preço ou forma de pagamento diferenciada e mais vantajosa. É o que acontece de certa forma com os e-commerces e seus compradores. Se por um lado eles nem sempre recebam seus produtos imediatamente após o pagamento, por outro, consideram os preços das lojas virtuais mais baratos. É o que dizem 70,9% dos respondentes da Pesquisa E-commerce Trends 2018. 6. Use os elementos da negociação a seu favor Entrar em uma negociação dependendo exclusivamente dela pode ser um grande erro, por isso, é importante sempre ter outras opções que possam satisfazer as necessidades do negociador. Ter dois ou mais fornecedores, por exemplo, garante que, na indisponibilidade do primeiro ou apresentação de condições ruins para negociação, outros possam ser acionados. Se uma proposta é encarada como essencial, o negociador pode se sentir obrigado a aceitar os termos que não são tão vantajosos para ele, e isso vai desde uma negociação de salário com funcionários, até na contratação de um servidor para a manutenção do site da empresa, por exemplo. Dominar os elementos da negociação é especialmente importante quando as possibilidades de as duas partes ganharem serem menores. Será preciso, então, garantir seus interesses primeiramente. 7. Saiba usar o tempo a seu favor O tempo de resposta em uma conversa de negócios é algo que precisa ser estrategicamente gerenciado. A demora em se posicionar pode abrir precedentes para a concorrência ou fazer com que a outra parte desista das condições oferecidas. Em outros casos, insistir por um retorno pode parecer desespero e inabilidade para lidar com a situação. Por isso, é essencial compreender as características do que está sendo negociado para saber gerir o tempo e as ações para a conclusão do negócio. rfari Destacar rfari Destacar 24 Alguns bons negociadores também dizem que nunca se deve aceitar a primeira proposta, mas, e se ela for exatamente o que você precisa, não é mesmo? O sucesso da negociação está em captar os interesses da outra parte e trabalhar sua proposta e argumentos dentro de suas margens seguras para que eles sejam atendidos. Assim, todas as partes serão satisfeitas e ficarão abertas para novas oportunidades. Fonte: www.spletras.com.br 12 TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: GUIA DEFINITIVO PARA OBTER SUCESSO Aprender técnicas de negociação é um conhecimento útil não apenas para vendedores, mas também para todo empreendedor. Aliás, é válido para qualquer profissional, mesmo que seu job description não inclua fechar negócios com stakeholders da empresa onde trabalha. Porque negociar não é apenas assinar um contrato de compra ou venda de produtos ou serviços. Negociar também é chegar a um denominador comum em uma questão específica e, por vezes, controversa. É encontrar uma maneira de resolver um conflito, fazer com que o outro aja de determinada maneira – sempre no sentido dos interesses da empresa, é claro. https://fia.com.br/blog/empreendedorismo-o-que-e-ser-empreendedor-guia-completo/ rfari Destacar 25 “Negociar é a arte de transformar as inúmeras situações de conflito e confronto vividas diariamente em uma solução conjunta de problemas, por meio de um processo decisório compartilhado, do exercício da comunicação eficaz e da criatividade. ” (Apud CAMARGO R. 2018) As técnicas de negociação, portanto, servem para qualquer um que lida com pessoas, sejam elas subordinadas ou do mesmo nível hierárquico. Mas é claro que são ainda mais importantes para aqueles que lidam diretamente com possíveis clientes e fornecedores. Em um mercado tão instável, deve-se agarrar qualquer chance de obter uma condição melhor no negócio, seja para reduzir custos ou aumentar a margem de lucro. No caso de quem está vendendo, é importante observar que as técnicas de negociação são a ponta final do trabalho para alcançar esse objetivo. Isso quer dizer que, antes de negociar, é preciso se certificar de que o serviço ou produto oferecido corresponde às expectativas do possível cliente. Ao longo deste artigo, vamos explicar melhor o que são técnicas de negociação e apresentar dicas para você conseguir alcançar as condições desejadas. Isso será feito a partir dos seguintes tópicos: O que são técnicas de negociação? Para que servem as técnicas de negociação? Porque utilizar técnicas de negociação? Diferentes tipos de abordagens 8 passos para vencer qualquer negociação Adquira conhecimento Defina limites Conheça o interlocutor Antecipe as objeções Ouça Compartilhe informações Dê o primeiro valor Seja enfático para fechar o negócio https://fia.com.br/blog/people-analytics/ https://fia.com.br/blog/people-analytics/ rfari Destacar 26 13 O QUE SÃO TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO? Técnicas de negociação são padrões de comportamento utilizados deliberadamente em uma negociação para alcançar o resultado desejado. Primeiro, o que é técnica? É o modo como algo é realizado. Um conjunto de métodos utilizado para alcançar um objetivo. A negociação tem a ver com isso, pois também é um processo que ocorre visando obter um determinado resultado. A diferença é que esse resultado não depende apenas de uma pessoa, pois a negociação é um processo que implica em uma interação entre duas ou mais partes. Cada parte tem seu interesse e, ao negociar com os demais, tenta obter para si as melhores condições possíveis. A negociação também pode existir para resolver um conflito – por exemplo, entrar em consenso sobre detalhes técnicos de um projeto ou sobre responsabilidades de cada parte nele. O que acontece é que existem abordagens já testadas que, comprovadamente, aumentam as chances de alcançar o resultado pretendido em uma negociação. Essas abordagens são justamente as técnicas de negociação. A ideia é simples: em vez de conduzir as tratativas no improviso, a pessoa deve estudar quais comportamentos lhe conferem um poder argumentativo e de persuasão maior. Para que servem as Técnicas de Negociação? Uma negociação pode ter vários desfechos possíveis. E as técnicas de negociação servem para que você fique satisfeito com o resultado final. Alguns podem torcer o nariz e perguntar: “Mas isso não se trata de manipular a cabeça de outra pessoa? ”. Na realidade, não. Um bom negociador não é aquele que se aproveita da ignorância ou do despreparo da outra pessoa. É preciso entender que a decisão final deve ser um consenso, ou seja, ter a concordância de todas as partes envolvidas. rfari Destacar rfari Destacar 27 Só que nada adianta esse acordo acontecer porque uma das pessoas envolvidas foi ludibriada. As técnicas de negociação podem ensinar a dar mais ênfase a determinados aspectos, mas nunca a omitir informações importantes. Fechar um negócio a qualquer custo pode parecer tentador no início, mas não é sustentável, pois pode originar problemas jurídicos e afetar a credibilidade do profissional e da empresa. A partir daí o que podemos dizer é que não existe fórmula mágica. Como destacamos no início do texto, é preciso trabalhar para que o produto ou serviço oferecido seja de qualidade e atenta às expectativas do público-alvo. Partindo dessa premissa, a negociação fica muito mais fácil: vai consistir apenas em mostrar para o possível cliente ou parceirode que a sua solução é a melhor. 14 POR QUE UTILIZAR TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO? É importante destacar novamente que as técnicas de negociação não são úteis apenas para atividades de compra e venda de produtos e serviços. Elas também são muito utilizadas internamente nas empresas, entre gestores e outros profissionais, quando há projetos que impactam em diferentes áreas. Negocia-se não apenas dinheiro, mas formas de pagamento, prazos de entrega e detalhes técnicos do trabalho a ser feito. Ou seja, o mundo da negociação é bastante complexo e muitos podem ser os objetivos que motivam o uso de técnicas de negociação. Mas, e no caso tradicional de uma negociação de venda, seja para um cliente pessoa física ou para uma outra empresa? Se o produto ou serviço oferecido é de qualidade e tem um ótimo custo- benefício, por que perder tempo aprendendo essas técnicas? A resposta é clara: porque a realidade atual do mercado mostra que não basta apenas ser bom no core business (a parte central do negócio), mas também nos serviços acessórios. Para que o produto venda, é preciso de uma boa distribuição, um investimento inteligente em marketing e, é claro, uma estratégia de negociação. rfari Destacar 28 Administradores e gestores precisam, sim, preocupar-se com os mínimos detalhes, porque nada se vende sozinho. Caso contrário, há o risco de ser engolido pela concorrência. Se ela tiver um relacionamento mais bem desenvolvido com seu público, pode superá-lo mesmo não tendo um produto tão bom. 15 DIFERENTES TIPOS DE ABORDAGENS Alguns especialistas dividem a matéria da negociação em duas abordagens possíveis: a distributiva e a integrativa. A negociação distributiva é aquela que se desenvolve em torno de uma questão central, e todas as partes envolvidas tentam tirar o melhor proveito possível, com uma postura competitiva. O objetivo da negociação, nessa abordagem, é abocanhar a maior fatia possível do bolo – bolo esse que é visto como algo fixo. Na abordagem distributiva, são mais comuns comportamentos como truques, ameaças, ultimatos, disputas de poder e outras estratégias questionáveis. Mas isso não quer dizer que não se possa atuar de maneira ética em uma negociação desse tipo. A negociação integrativa, por sua vez, opera sob uma lógica diferente. Nela, o bolo não é considerado fixo, mas sim algo que pode crescer. Desse modo, todos trabalham de maneira cooperativa para aumentar o bolo. Se tiverem sucesso, todo mundo ganha uma fatia do tamanho que desejava e fica satisfeito com o resultado das tratativas. É, basicamente, um acordo ganha- ganha. É verdade que nem sempre é possível que uma negociação contemple todos os envolvidos com uma fatia do mesmo tamanho. Mas também não se pode negar que o bolo é frequentemente visto como fixo quando não é. Na maioria das vezes, é possível chegar a um resultado que seja agradável para todos. Basta abrir a cabeça e pensar de maneira mais estratégica e criativa. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 29 16 8 PASSOS PARA VENCER QUALQUER NEGOCIAÇÃO 1. Adquira conhecimento Esse deve ser sempre o primeiro passo: entender o objeto central da negociação. Quanto mais informações e detalhes sobre o produto em si e sobre os processos de produção, distribuição e armazenagem o envolvido souber, maior vantagem ele terá. A ideia aqui é que ele se coloque como uma referência, alguém que realmente entende do assunto. Isso fará com que ele ganhe respeito do interlocutor e evitará explicações desnecessárias ou tentativas de mascarar, supervalorizar ou desvalorizar determinado aspecto para obter alguma vantagem. 2. Defina limites Antes da negociação começar, você já precisa saber qual é o seu limite. Se o objetivo é comprar, qual o valor mais alto que ainda motiva fechar o negócio em vez de procurar outra opção de fornecedor? No caso de uma negociação para vender, qual é o mínimo que se pode aceitar para confirmar o negócio? Claro que esses valores servem apenas para a sua referência, para saber quando pular fora, e não devem ser revelados. 3. Conheça o interlocutor Quando o interlocutor recebe um atendimento personalizado, as chances de ele ficar satisfeito e ter maior interesse no fechamento do negócio aumentam bastante. Então, em vez de utilizar a mesma abordagem para todo mundo, procure saber o máximo possível sobre ele. Por exemplo, o que ele já sabe e, por isso, seria perda de tempo explicar. Também quais suas demandas e interesses, entre outros pontos. A partir disso, crie um roteiro para tentar conduzir a conversa, direcionando-a para o lado mais interessante para você. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 30 4. Antecipe as objeções Na hora de pensar no roteiro, tente antecipar também quais serão as possíveis objeções do interlocutor. Assim, você pode preparar previamente os melhores argumentos para contorná-las. Quando determinada objeção parece ser o único empecilho ao fechamento do negócio, não se deve tentar mudar de assunto, e sim fazer justamente o contrário: dar à pessoa bons motivos para que ela se convença de que sua preocupação é exagerada. 5. Ouça Tente ouvir mais do que falar. No terceiro passo, recomendamos buscar informações sobre o interlocutor antes da negociação começar. Mas a melhor maneira de entender realmente o que ele procura é ouvindo o que ele tem a dizer. Essas informações devem moldar a abordagem que será utilizada na negociação. 6. Compartilhe informações Às vezes, compartilhar informações da empresa, que vão além do produto ou serviço negociado, pode ajudar. Porque é uma amostra de abertura e de confiança. Você demonstra que está engajado em oferecer algo verdadeiro ao outro, sem enganá-lo. Mas cuidado: é preciso ter muita sensibilidade para não dar um tiro no pé e compartilhar informações que comprometem a negociação ou que podem ser usadas contra você. 7. Dê o primeiro valor Há pessoas que se sentem muito mais confortáveis quando o outro sugere o valor primeiro, com medo de que sua referência seja alta ou baixa demais. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 31 O que acontece, porém, é que o primeiro número colocado na mesa serve como âncora, pois as contrapropostas vão utilizar sempre ele como referência. O cuidado aqui é não exagerar e estabelecer um preço fora da realidade. Dependendo do perfil daquele com quem se está negociando, isso pode significar o fim precoce das tratativas. 8. Seja enfático para fechar o negócio Se os termos discutidos até o momento estão favoráveis a você, fique atento: assim que a outra parte sinalizar que está inclinada a fechar o negócio, não perca tempo. Aproveite a brecha e comece a discutir as condições de pagamento. Ter uma burocracia reduzida nesse momento ajuda bastante a não perder a oportunidade. É verdade que as técnicas de negociação são úteis para profissionais de todos os setores, como destacamos na abertura deste texto. Para quem trabalha com vendas, porém, conhecê-las é um pré-requisito para conseguir uma atuação de destaque no mercado. E não é exagero dizer o mesmo para os administradores do negócio. Em empresas de pequeno ou médio porte, é grande a chance de eles se envolverem mais diretamente na ponta do processo, junto ao cliente. Já nas organizações maiores, certamente, o conhecimento sobre técnicas de negociação ajuda a desenvolver parcerias estratégicas com intermediários, distribuidores, fornecedores, clientes especiais e outros. “Negociar é a arte de buscar acordos, na presença de interesses comuns e posições divergentes”. (Apud LEUTSINGER F. 2013) O desenvolvimento de parcerias estratégicas tem justamente o objetivo de fazer o bolo crescer para que todos ganhem uma fatia que seja do seu agrado. E nas vendas do dia a dia, capacitar vendedores com astécnicas de negociação pode ser a diferença que a empresa precisava para aumentar seu ticket médio. Isso, é claro, depois de garantir todos os esforços para oferecer o melhor produto ou serviço possível ao cliente. É isso que garante a continuidade do relacionamento. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 32 17 A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS NAS NEGOCIAÇÕES EMPRESARIAIS A essência de um contrato é estabelecer direitos e deveres entre as partes que celebram algum tipo de negócio. O contrato, é peça fundamental em uma relação empresarial, tornando-a segura e saudável em todos os seus aspectos. Fonte: theoffice.pe Como no mundo empresarial as relações comerciais e profissionais são uma oportunidade de crescimento para a empresa, o contrato tem o papel de intermediar estas relações, estabelecendo regras, garantias, direitos e deveres entre as partes. Contudo, notamos que muitos empresários enfrentam problemas por contratos mal elaborados ou até pela ausência deles. Ainda nos deparamos com empresas que não dão a devida atenção aos contratos, fazendo uso até mesmo, de modelos disponíveis na Internet. O contrato é um instrumento jurídico que assegura um acordo entre duas ou mais pessoas ou entre duas ou mais empresas e assim, regular as relações ali estabelecidas. Independentemente de ser um empresário individual ou uma sociedade empresarial, a partir do momento que existe uma atividade econômica ativa, vários contratos são firmados. rfari Destacar rfari Destacar 33 No mundo corporativo, um contrato é a principal ferramenta para se fechar uma parceria ou um negócio. 18 QUAIS SÃO OS TIPOS DE CONTRATO EXISTENTES NAS RELAÇÕES EMPRESARIAIS? Podemos começar citando o contrato social de uma empresa, afinal, para abrir uma empresa é necessário um registro e o contrato social para criar uma pessoa jurídica. Mas, além deste, podemos citar outros, pois praticamente todas as atividades de uma empresa, deve celebrar algum tipo de contrato. Contratos comerciais ou mercantis - são aqueles contratos firmados com instituições financeiras, investidores e fornecedores de produtos e serviços. Estes contratos estão sujeitos às normas do Código Civil quando ambas as partes possuem equivalência financeira, a ponto de contratar um advogado para verificar o contrato antes de assinar e desta forma, cumprir com todas as obrigações que nele constam. Mas, se uma das partes possui desigualdade financeira perante a outra, o contrato estará sujeito às regras do Código de Defesa do Consumidor. Contratos Administrativos – este tipo de contrato é celebrado quando a empresa presta serviços ou tem parceria com o Poder Público, seja na esfera Federal, Estadual ou Municipal. Este instrumento busca proteger o interesse coletivo, mas por se tratar de algo público, sua administração tem tratamento diferenciado. Este tipo de contrato em especial, pode ser tornar bem complexo, pois seguem as regras previstas em lei e atos normativos administrativos que atuam na Administração Pública. Contratos de trabalho – o contrato de trabalho é a base jurídica para contratação de pessoal para trabalhar em uma empresa. É regulamentado pela legislação trabalhista, mais propriamente dita pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Com a nova reforma trabalhista, foram instituídas novas modalidades de contratos de trabalhos, possibilitando novas oportunidades de contratação para as empresas. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 34 Um contrato bem elaborado resulta em uma negociação próspera e sem surpresas lá na frente! A parte da negociação, é uma das mais importantes e é através dela que será criado um documento que evitará qualquer tipo de litígio. Alguns cuidados são importantes antes e na hora da elaboração de um contrato: - Faça uma prévia negociação de todos os acordos de forma clara e objetiva; - Identifique os elementos indispensáveis para a prestação de serviços na ocasião; - Qualifique as partes envolvidas no negócio com o máximo de informações possíveis; - Defina o objeto do contrato; - Direitos e deveres das partes; - Especifique valores, forma e prazo para pagamentos e garantias, se necessário; - Cláusula de confidencialidade, rescisória, penal e de disposições. 19 NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL SEM SEGURANÇA: 3 RISCOS QUE SUA EMPRESA CORRE Há países na Ásia e Oriente Médio onde a barganha é considerada um ritual. Ninguém fecha negócio de primeira, ou seja, sem que as partes escutem suas ofertas. A negociação empresarial é mais ou menos como uma barganha, só que um pouco mais aprofundada. Nela, o objetivo deve ser não só conseguir bons preços, mas assegurar-se de que o próximo fornecedor ou parceiro de negócios seja leal e cumpra o acordado. Dessa forma, sua empresa antecipa riscos, evita problemas com o consumidor e garante o abastecimento ininterrupto. Afinal, é no fornecedor que a maioria das lojas se diferencia junto ao cliente final, já que é por meio desse parceiro que insumos, mercadorias e serviços são adquiridos. Qualidade dos produtos e serviços rfari Destacar rfari Destacar 35 Embora uma negociação empresarial, como toda barganha, seja naturalmente focada nos preços, o fato é que nem sempre o barato compensa. Mercadorias ou mesmo serviços que custam abaixo da média podem indicar qualidade igualmente baixa. Isso não quer dizer que não se possa pagar pouco por um produto de qualidade, por isso, a atenção deve recair sobre preços que sejam bons demais para ser verdade. De qualquer forma, é possível que o fornecedor seja novo no mercado e, para facilitar sua entrada, oferece insumos com preços mais em conta do que a média. Ou, assim como faz o varejo, pode ser que ele esteja queimando estoque e, para isso, reduz os preços ao mínimo possível. São aspectos da negociação que você precisa considerar, mas jamais abra mão da qualidade dos produtos e serviços em nome do preço. São eles os elementos mais importantes para que sua empresa continue atraindo compradores. Por isso, dedique especial atenção nesse ponto ao escolher seu futuro parceiro ou parceira de negócios. Reputação no mercado Credibilidade e reputação são também essenciais para que um contrato de fornecimento seja cumprido à risca. Nesses quesitos, não há alternativa: o fornecedor precisa ter tempo suficiente na praça para atestar se de fato sua reputação é inabalável. Isso significa que uma empresa nova não pode ser escolhida? Certamente não. Contudo, será uma alternativa mais arriscada, já que não existe um passado ou experiência operacional prévia. Assim sendo, você deverá dividir a responsabilidade de eventuais falhas que venham a acontecer. Saúde financeira do negócio Outro aspecto que diz muito sobre a credibilidade de um fornecedor ou parceria comercial é o estado de suas finanças. Uma primeira medida preventiva, nesse aspecto, é consultar o Banco de Falências, vinculado ao Tribunal Superior do Trabalho. Outra é contar com as soluções Serasa Experian, que tem ampla expertise em consultas a bancos de dados. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 36 Uma delas é a consulta por falências e recuperações judiciais, tal como é feito no site do TST. Com essa função, sua empresa poderá detectar previamente se um possível parceiro de negócios está envolvido em processos desse tipo. Riscos que as empresas correm ao não avaliar Mesmo com todos os cuidados já destacados, é possível que a escolha de um fornecedor se revele equivocada com o passar do tempo. Caso a seleção seja feita sem observar os aspectos abordados, então serão muito maiores as chances de acontecer pelo menos um dos problemas a seguir. 1. Falhas na entrega de materiais Quanto mais complexa for a cadeia de suprimentos envolvidana produção, distribuição e disponibilização de produtos para venda, maiores as chances de erro. Fornecedores pouco experientes ou despreparados não raro atrasam nas entregas, quando não deixam de fazê-las. Ainda, uma empresa que não seja capaz de cumprir acordos poderá entregar mercadorias avariadas, com peças e componentes faltando e outros problemas de ordem operacional. Tais atrasos, por sua vez, custam muito caro, em primeiro lugar, porque seus clientes não terão os produtos/serviços disponíveis em quantidade ou qualidade habitual. E não menos importante, o fluxo de mercadorias em estoques é interrompido, provocando desorganização e outros problemas, principalmente junto ao setor de compras. 2. Desrespeito ao acordo Uma negociação empresarial faz com que ambas as partes, fornecedor e lojista, assumam responsabilidades. Nesse contexto, pessoas são impactadas diretamente por fornecedores mal selecionados, afinal: Clientes não terão acesso aos produtos que esperam encontrar; Funcionários poderão deixar de receber comissões ou mesmo salários; A relação entre fornecedor e contratante é abalada irremediavelmente; O erro de um terceiro pode fazer com que a sua imagem também seja arranhada. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 37 A greve dos caminhoneiros de 2018 é um bom exemplo para se ter uma ideia dos impactos que o desrespeito a um acordo de fornecimento podem causar. Méritos do movimento grevista à parte, o fato é que os dias de paralisação geraram consequências gravíssimas. Houve municípios, inclusive, que decretaram estado de calamidade pública, tão sério foi o desabastecimento provocado. Claro que esse é um exemplo extremo, no entanto, serve para ilustrar os danos gerados por uma interrupção forçada em contratos de fornecimento. 3. Inadimplência Mais conhecida como calote, a inadimplência também é um risco que sua empresa pode correr se vier a selecionar sem critérios sólidos um futuro parceiro de negócios. No caso da relação fornecedor/lojista ou fornecedor/prestador de serviços, o risco da inadimplência é bem real, principalmente se não for feita uma consulta aos bancos de dados dos órgãos de proteção ao crédito. Nesse caso, a relação se inverte, mas os danos são iguais. Ou seja, você, no lugar do fornecedor, deixa de receber pelos serviços prestados ou mercadorias entregues. Para evitar esse e outros tipos de ocorrência, o Consulta Serasa é a ferramenta de consulta sobre a saúde financeira, tanto para Pessoas Físicas quanto para CNPJs. Com ela, você terá uma visão panorâmica do momento financeiro do seu fornecedor, bem como outros benefícios que permitirão à sua empresa evitar o calote. É a melhor garantia para ter negociações empresariais bem-sucedidas e lucrativas! 20 O COMPORTAMENTO E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES As relações de (des) confiança no processo de negociação: Ter (e ser de) confiança é um dos principais aspectos do processo de negociação ganha-ganha. O negociador neófito, que inicialmente participa de uma rodada de negociação, geralmente não pode ser ousado, em alguns casos alguém pode pensar que um novato não inspira confiança. O negociador iniciante deverá ouvir bastante e ficar atento às tratativas dos mais experientes. Quando o negociador é experiente, a estratégia é ter bastante atenção, mesmo ele sendo um negociador que rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 38 inspire confiança os participantes deverão ter o cuidado de não ir com muita sede ao pote. Lewicky et all (2014) apresentam alguns pressupostos fundamentais sobre a confiança na negociação. Fonte: www.dabus.com.br As pessoas iniciam um novo relacionamento depositando muita confiança na outra parte, a maioria das pessoas entende que, mesmo sabendo pouco sobre a outra parte, o processo toma essa condição. As pessoas dão inicialmente o crédito de confiar no outro e se, no decorrer dos acontecimentos, um dos negociadores agir de maneira contrária aos princípios postos para negociação, ele poderá ser colocado de lado naquele momento e em futuras negociações não mais participará. Confiar no outro, segundo os autores, induz ao comportamento cooperativo das partes, isso se deve ao fato de ambas as partes pactuarem que o processo caminhará para o consenso e o atingimento dos objetivos das partes envolvidas. Negociadores com viés integrativo ou distributivo influenciam muito na confiança necessária para o processo obter êxito. Um negociador com perfil distributivo certamente não inspirará muita confiança; o integrativo, que pensa mais em resultados ganha-ganha, certamente receberá maior credibilidade entre as partes envolvidas em uma negociação. 39 Quanto mais informação fiel for disponibilizada no processo de negociação, mais as partes envolvidas confiam, mais informação demonstra que o processo está sendo transparente, que as partes não estão escondendo nada e que o fluxo da negociação caminhará para o êxito das partes envolvidas. Ser justo é um elemento importante para se adquirir confiança dos participantes de uma rodada de negociação. Já imaginou se uma das partes faz uma oferta para outro negociador e este aceita de primeira? Entretanto o negociador que fez a proposta verificou que sua intervenção traria prejuízos àquele negociador que aceitou de primeira a proposta. Se ele entender que deverá ser justo e alertar e tentar desfazer o aceite, ele terá muitos pontos de credibilidade junto a todos aqueles que estão participando da negociação. Para Lewicky et all (2014), existem no processo de negociação quatro abordagens de justiça. 1) Justiça distributiva ela representa os resultados obtidos a partir de uma negociação “Existe a preocupação de que uma parte esteja ficando com mais do que a outra ou com mais do que merece, de que os resultados sejam distribuídos uniformemente ou com base nas necessidades” (LEWIICKY, et all, 2014, p. 218); 2) A segunda abordagem é a justiça processual, diretamente associada aos métodos que foram utilizados para alcançar os resultados. “Existe uma preocupação de que as partes não tenham se tratado de modo justo, de que não tenham de dado uma oportunidade de apresentar um ponto de vista ou uma versão melhor de suas posições, ou de que não tenham se tratado com respeito” (LEWIICKY, et all, 2014, p. 218); 3) Justiça interacional, aue trata do modo como os envolvidos se relacionam mais diretamente. Esse tipo de abordagem está relacionado à forma como ocorre o tratamento entre os participantes de uma rodada de reunião, ou como eles se tratam de maneira interpessoal fora do processo de negociação; 4) A justiça sistêmica refere-se àqueles grupos de negociadores que podem criar certos feudos que em muitos dos casos podem desrespeitar outros negociadores, vilipendiando as partes mais inferiores. Tal situação pode, no longo prazo, banir tais negociadores de processos futuros. rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 40 21 ÉTICA E CONDUTA DAS PESSOAS NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO Pessoa (2008) comenta que falar de ética é um grande desafio para qualquer pessoa, pois nos passa a impressão de sermos juízes e que estamos acima de tudo e de todos. Claro que não estamos, e nem temos a pretensão de julgar qualquer ato cometido por um negociador, afinal, nem sempre uma negociação preceitua situações em que as coisas estão fora da ordem, em descompasso com aquilo que é o mais correto fazer. Cooper e Argyris (2003) expõem que a ética é o estudo das ações humanas e a sua adequação moral. A ética nos processos de negociação é o estudo das tratativas comerciais e não comerciais que envolvem interesses particularizados. Os autores citados anteriormente mencionam que são três os estudos no campo da ética - adescritiva, a normativa e analítica. Ética descritiva A ética descritiva se caracteriza por ser parte de uma situação de neutralidade dos valores dos negociadores. Cooper e Argyris (2003, p. 636) expõem o seguinte: “[...] afirmar que um executivo ou uma organização desaprova a discriminação, ou aprova o suborno no ambiente e trabalho, é fazer uma observação de ética descritiva, observação essa que pode ser refutada com o levantamento das evidências factuais”. É como se em um processo de negociação fosse comum os participantes comentarem sobre a situação financeira de algumas empresas ou que nessa situação os participantes condenassem os negociadores duplos que são aqueles que concedem informação para os concorrentes diretos. Ética normativa A ética normativa julga os fatos que são certos ou errados, o mau e o bom, a virtude e o vício e demais premissas que versem sobre condições de duplo antagonismo. Esse é um princípio da ética que é previsto na teoria de John Stuart Mill, pois para esse filósofo aquilo que faz bem ao outro é ético, e o que não faz é antiético, o que traz felicidade é ético, o que traz tristeza é antiético. No caso em que o “[...] executivo ou uma organização desaprova a discriminação, ou aprova o suborno no ambiente e trabalho”, temos uma ética rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 41 descritiva que ao ser julgada entre o que é certo ou errado se transforma em ética normativa. Se pegarmos o exemplo daqueles negociadores que falam da situação financeira de uma empresa e formos avaliar se isso é correto ou incorreto, teríamos uma ética normativa. Ética analítica O terceiro estudo da ética é o analítico. “[...]. Não se presta nem a descrever os valores morais nem a aventar os critérios para distinguir o certo e o errado [...]. O objetivo é explorar as diferenças entre os pontos de vista científico, religioso e ético; a relação entre lei e moralidade; as implicações que as diferenças culturais têm sobre o julgamento ético”. Nesse caso, as questões éticas são analisadas sobre as bases de algo que em muitas das situações podem ser condenadas, tendo alguns pressupostos como balizamento analítico. Não haveria como julgar pelos olhos das leis se ao se comentar sobre a situação financeira de uma empresa com outros negociadores se esses são passíveis de punição legal, certamente que não. Nesse caso a situação se enquadra apenas como uma situação de ética descritiva e normativa. Ética – definição Lewicky et all (2014) define ética como “[...] um conjunto de padrões sociais amplamente adotados para descrever o que é certo ou errado em uma situação específica, ou o processo implementado para definir esses padrões”. Ao compreendermos o conceito de ética dos autores, o classificamos como um conceito normativo, e nos processos de negociação as ações dos negociadores são punidas com o não fechamento de futuros acordos. Nesse caso, não há algo que puna legalmente alguém que venha a comentar tal antiética normativa. A ética normativa é o pressuposto que regula a negociação, pois fica muito fácil de caracterizar o negociador que infringe algum preceito moral contra outrem. Seu julgamento será pelos seus pares e certamente não será de imediato, será com o tempo, com a perda da confiança. A ética em uma negociação está relacionada ao respeito entre as partes; a sempre fazer o certo, independente da vantagem que se poderia obter caso se agisse de má fé; à lealdade, honestidade, transparência, compaixão e justiça por parte de todos os envolvidos (YOUNG, 2008; YAMAMOTO et al., 2001, Apud CERIBELI H. B. 2015) rfari Destacar rfari Destacar rfari Destacar 42 Em muitos processos de negociações os participantes podem fazer uso do engodo, da mentira, da enganação para conseguir algo que se não procedessem como tal não conseguiriam. Sobre isso, podemos dizer que não é ético? Veja, caro aluno, se partimos da ideia de ética normativa, tal conduta é antiética. Mentir ou enganar um participante para se dar bem no processo é uma ação de falta de ética normativa. Tajra (2014) recomenda algumas condutas éticas para os processos de negociação. Primeiro – os interesses das partes devem ser atendidos de forma que eles sejam equacionados para satisfazer as partes, sem que haja qualquer ato em desconformidade com a ética normativa; Segundo – todas as soluções devem trazer benefícios de curto, médio e longo prazo, para os participantes; Terceiro – acordos que geram resultados positivos para as partes devem criar relacionamentos duradouros; Quarto – as propostas devem ser honestas, pautadas na confiança, visando à prospecção de novas oportunidades para os envolvidos; Quinto – os negociadores devem evitar tirar vantagens e ganhos sobre seus pares; Sexto – devem ser evitados os conflitos e os impasses que não geram relacionamentos duradouros; Sétimo – esteja legalmente amparado em todas as suas decisões; Oitavo - coloque em prática os acordos definidos na negociação. Nono – não minta, pois você só enganará os participantes uma única vez, sua conduta será vilipendiada por todos nas próximas negociações em que for participar, sem contar que você ficará com a pecha de inconfiável; Décimo - seja você, aja como um negociador que prima pelos preceitos ganha- ganha, pela negociação integrativa. 22 COMO FAZER UMA NEGOCIAÇÃO BEM-SUCEDIDA? Uma das palavras-chave relacionadas à negociação é a persuasão, ou seja, o poder de influência que você terá sobre o outro. rfari Destacar rfari Destacar 43 Negociamos o tempo todo, mas, como estamos habituados a fazer tudo no automático, isso passa despercebido. Toda negociação pressupõe algum tipo de conflito, seja de valor, crença, ideias, percepção ou posição. Quando todos concordam, não precisamos negociar, certo? Mas, se você acredita que o produto vale mil reais e eu acredito que vale 3 mil reais, então vamos iniciar um processo de negociação. Colocando isso em discussão, as pessoas tendem a achar que quem se impõe mais acaba sendo o vencedor. Fonte: www.sbpi.org.br Porém, não é bem assim. Ao pensarmos somente na “posição”, que é o que queremos, as exigências que fazemos, esquecemos o “interesse”, palavra importante em uma negociação. Na verdade, precisamos entender o que a pessoa precisa e não necessariamente ela diz que quer. Nem sempre o que a pessoa diz que ela quer é o que de fato ela precisa para atender as suas necessidades. Sem contar que podemos crescer o bolo para depois dividir. Isso significa que ceder é mais vantajoso e inteligente para os dois lados. Achar que somos mais espertos do que o outro pode prejudicar a negociação, o relacionamento e o resultado. Até mesmo porque, hoje em dia, as pessoas estão melhor informadas e questionam mais as negociações. No mundo corporativo, por exemplo, muitas vezes as duas partes precisam sair ganhando, caso contrário pode rfari Destacar rfari Destacar 44 acabar não chegando a uma conclusão e ambas sairão prejudicadas e frustradas. Por isso a importância de entender quais são os interesses dos dois lados. Uma das palavras-chave relacionadas à negociação é a persuasão, ou seja, o poder de influência que você terá sobre o outro. Para exercer isso com qualidade, Robert Cialdini, autor do best seller ‘Influence’, descreve seis princípios universais da persuasão: reciprocidade, simpatia, senso comum, autoridade, compromisso e escassez. A reciprocidade e a simpatia estão interligadas, pois você pode descobrir como ajudar o próximo e fazer um favor a essa pessoa – e ela sentirá que deve fazer o mesmo por você. O senso comum costuma ser o “efeito manada”, quando todos estão fazendo, tendemos a fazer também. Virar autoridade no assunto te garante mais credibilidade, e assumir um compromisso faz com que você tenha que cumprir com ele. Por
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