Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacodermias Reações cutâneas a medicamentos; Incidência: 2-3% dos pacientes hospitalizados; + frequentes: penicilinas, sulfonamidas, anticonvulsivantes aromáticos, Anti- Inflamatórios Não Esteroidais (AINE) do grupo dos oxicams e butazonas, inibidores da ECA, hidralazina e alopurinol. Principais tipos: Tipos mais comuns Frequência relativa Exantema induzido por drogas 45-75% Urticária/angioedema 20-25% Eritema pigmentar fixo 10% Eritema multiforme (fixo) 5-6% Outras erupções < 5% Exantema Drogas mais comuns: betalactâmicos (penicilinas); sulfonamidas; eritromicina; gentamicina; anticonvulsivantes aromáticos. Mecanismo: desconhecido; Rash cutâneo que ocorre 2 semanas após início da droga (OU após suspensão); Tipos de exantemas: o Tipo clássico: rash induzido pela ampicilina (85% dos pacientes com mononucleose infecciosa – vírus Epstein-Barr); erupção eritematosa maculopapular de distribuição simétrica, geralmente pruriginosa, principalmente no tronco e nas áreas de pressão em pacientes acamados; o Tipo morbiliforme: lesões eritematosas confluentes, semelhantes ao sarampo; Desaparece em 1-2 semanas, com a suspensão da droga; Diagnóstico diferencial: viroses exantemáticas. Classificação das farmacodermias (patogênese x fisiopatologia) Não alérgicas Alérgicas (segundo a classificação de Gel-Coombs) Superdosagem necrose por derivados do ergot; Reação tipo I: imediata (30-60 min.), mediada por IgE, provocando degranulação de mastócitos e basófilos, liberando histamina, prostaglandinas e leucotrienos urticária, angioedema e reação anafilática; Fatores individuais idiossincrasia e intolerância; Efeitos colaterais alopecia pelo uso de citostáticos; Reação tipo II: citotoxidade mediada por anticorpos (IgG e IgM); Alterações do equilíbrio ecológico candidíase vaginal após corticoterapia ou antibioticoterapia; Teratogenicidade focomelia por talidomida; Reação tipo III: mediada por imunocomplexos vasculite cutânea e doença do soro; Fototoxicidade tetraciclina, dapsona, psoralenos; Interações medicamentosas inibição ou estimulação da metabolização pelo citocromo p450; Reação tipo IV: mediada pela imunidade celular (linfócitos T helper) dermatite de contato, SSJ e NET. Urticária e Angioedema Drogas mais comuns: penicilinas; cefalosporinas; sulfonamidas; contraste iodado; AINE (oxicams, butazonas); anestésicos; plasma (na deficiência de IgA); látex. Não IgE mediada: morfina, codeína; contraste iodado; IECA (principalmente captopril). Urticária/Urtica/Ponfo: placas eritematosas, de bordos irregulares, confluentes ou não, centro pálido, predominando no tronco e nas extremidades proximais, bastante pruriginosas (pode ser generalizado, mesmo em áreas SEM lesão); algumas são lesões policíclicas. o Classificação: Aguda (< 6 semanas): costuma relacionar-se a infecções e reação a medicamentos (30-60 min. = imediata; dias = tardia), comida ou insetos; Crônica (> 6 semanas): etiologia não identificada (80-90% dos casos), comumente autolimitada e com duração média de 2-5 anos; Angioedema (edema angioneurótico): 50% dos casos ou de forma isolada; edema mole dos lábios, pálpebras e língua, de apresentação assimétrica e algumas vezes desfigurante; divide-se em adquirido e hereditário (deficiência do inibidor da C1q esterase); o Edema da glote: reação anafilática complicação esperada; pode vir associado a náuseas e vômitos, febre baixa, hipotensão ou choque anafilático; Fisiopatogenia: semelhante, difere a profundidade do acometimento; Tratamento: suspensão da droga e início de anti-histamínicos (antagonistas-H1) de primeira geração (potencial sedativo e efeitos anticolinérgicos) e de nova geração (não sedativos); o Refratários: pode-se associar antagonista-H2 (ranitidina, cimetidina, famotidina); o Corticoides (prednisona 30-40 mg/dia): acrescentados nos casos mais GRAVES; o Adrenalina (epinefrina) SC ou IM (0,3-0,5 ml da solução 1:1.000): na reação anafilática (como PRINCIPAL DROGA!!!) o Angioedema hereditário: reposição do inibidor de C1q esterase (crises), danazol, estanazol, oximetolona, ácido épsilon aminocaproico e ácido tranexâmico (períodos intercrise); Eritema Pigmentar Fixo Drogas mais comuns: fenoftaleína (laxantes); tetraciclinas; sulfonamidas; penicilinas; barbitúricos (fenobarbital); AINE (oxicams, butazonas); salicilatos. Uma ou múltiplas lesões, que começam em tonalidade eritematosa e passam a acastanhadas, bordos bem definidos, não pruriginosas (às vezes com queimação), predominando na face, pescoço, extremidades e genitália, de distribuição assimétrica; podendo ocorrer bolhas. o Diagnóstico: surge a mesma lesão, exatamente nos mesmos locais das lesões prévias, após nova exposição à droga, podendo deixar hiperpigmentação residual; Vasculite por Hipersensibilidade Mecanismo: reação de hipersensibilidade tipo III (imunocomplexos causando vasculite leucocitoclástica) nos MMII; o Por ser mediada por imunocomplexos, há queda do complemento plasmático; Erupção eritematosa maculopapular que se transforma em rash purpúrico, com petéquias e púrpuras confluentes, de distribuição simétrica pelos MMII; lesões urticariformes, bolhas e necrose podem ocorrer; febre alta, mialgias, artralgias e linfadenopatia também podem ocorrer; o Erupção assintomática OU associada a sinais e sintomas (doença do soro com ou sem vasculite cutânea leucocitoclástica e/ou lesão urticariforme); o Diagnóstico: presença de púrpura palpável (elevada) e ausência de plaquetopenia; Ocorre 7-10 dias após a administração da droga; Desaparece em dias ou poucas semanas após a suspensão do medicamento; Eritema Polimorfo/Multiforme Drogas mais comuns: sulfonamidas; penicilinas; quinolonas; cefalosporinas; anticonvulsivantes aromáticos; alopurinol; AINE. Eritema multiforme MINOR; A maioria NÃO é causada pela exposição a drogas, mas sim pela infecção pelo vírus herpes-simplex (eritema multiforme herpético); o Lesões surgem até 6 dias após o herpes labial recorrente (forma mais comum de herpes associado); o 90% dos casos de curso recidivante estão associados ao vírus herpes-simplex 80% ocorre herpes manifesto; no restante, observa-se apenas o DNA viral na epiderme das áreas de lesão; Erupção eritematosa de início súbito, distribuição simétrica, raramente pruriginosa, bordos bem definidos, tamanhos variados (poucos milímetros a 2 cm), que podem ou não ter confluência, predominando na porção extensora dos membros, mãos e pés, face e eventualmente mucosa oral; o O rash pode progredir centripetamente para o tronco; rash cutâneo é estável; Hiperpigmentação residual o Muitas lesões apresentam bordas edematoeritematosas e centros violáceos ou pigmentados ou podem ter características purpúricas; em alguns pacientes, surgem algumas bolhas (eritema multiforme bolhoso); o Lesões clássicas: são as “LESÕES EM ALVO” ou “lesões em íris”, caracterizadas por terem anéis concêntricos alternados, cada um com uma morfologia ou cor diferente, serem elevadas e possuírem 3 ou mais anéis; o Lesões em alvo atípicas: são achatadas ou planas e contêm apenas 2 anéis; o Lesões mucosas (70%): lábios, cavidade bucal, palato, gengiva e genital; são enantematosas, erosadas ou esbranquiçadas, geralmente dolorosas; Desaparecem espontaneamente após 1-3 semanas, com curso extremamente BENIGNO e AUTOLIMITADO NÃO necessita tratamento; Na dúvida diagnóstica biópsia; A doença acomete a derme superficial edemaciada e contendo infiltrado mononuclear (linfocítico), predominando na junção dermoepidérmica; Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET; Síndrome de Lyell) Drogas mais comuns: sulfonamidas;penicilinas; quinolonas; cefalosporinas; anticonvulsivantes aromáticos; alopurinol; AINE. SSJ e NET constituem ESPECTROS DA MESMA DOENÇA, sendo a NET mais GRAVE do que a SSJ; Doenças cutâneas de potencial de evolução grave, com letalidade de 5% (SSJ) e de 30-50% (NET); o Causa mais comum de MORTE: septicemia secundária; Ambas acometem 2 ou mais áreas de mucosa (oral, ocular, genital), com exantema eritematoso disseminado contendo lesões em alvo atípicas e lesões bolhosas geradoras de desnudamento cutâneo (escaldamento). o DEFINIÇÃO: SSJ < 10% de pele desnudada; NET > 30% de pele desnudada; Overlap SSJ-NET pacientes intermediários (10-30% de pele desnudada); Prevalência: SSJ é 2x MAIS COMUM que a NET; proporção de casos (SSJ, overlap, NET) é de 3:2:1,7; todas são 2x mais comuns em MULHERES; predominam nos adultos; Etiologia: relação com medicamentos é > 50% (SSJ) e 80-95% (NET); as drogas mais suspeitas são os antibióticos penicilina e os antibióticos contendo sulfa; manifestações clínicas ocorrem 14 dias após a exposição, porém com ampla variação (1-45 dias); após a REEXPOSIÇÃO, o período de latência é MAIS CURTO e as manifestações são MAIS GRAVES; o SSJ pode ser causada por agentes infecciosos, como Mycoplasma pneumoniae, presente em 15% dos casos de SSJ e ocorre entre 5 e 20 anos de idade; o Portadores de HIV AUMENTO da incidência de SSJ/NET, especialmente provocados pelas sulfonamidas; o Genética relação com HLA A29 e B12; Patogênese e fisiopatologia: dependem do poder citotóxico direto dos LINFÓCITOS T CD8+ sobre os QUERATINÓCITOS da epiderme, modulados pelos linfócitos T CD4+ a droga OU um metabólito da droga é incorporado na membrana dos queratinócitos, servindo de hapteno ao ligar-se no complexo de histocompatibilidade classe I induz APOPTOSE do queratinócito liberação local de TNF-alfa EXTREMA; o Agentes infecciosos queratinócito é sensibilizado por antígenos virais; Histopatológico: infiltrado inflamatório mononuclear subepidérmico, com degeneração hidrópica da camada basal e extensa necrose eosinofílica da epiderme; necrose de toda a espessura da epiderme e descolamento subepidérmico (áreas bolhosas ou desnudas); Manifestações clínicas (SSJ): o Estágio prodrômico (1-14 dias, metade dos pacientes): febre, mal-estar, cefaleia, coriza, angina (comprometimento orofaríngeo), mialgias, artralgias (síndrome gripal) e eventualmente vômitos e diarreia; o Quadro cutâneo: erupção eritematosa maculopapular, no tronco e na face e progredindo centrifugamente para as extremidades; dolorosas e tendem à confluência, especialmente na face, no pescoço e no tórax anterior, que podem apresentar um eritema difuso e bolhas, ocasionalmente hemorrágicas; primeiros 4-5 dias as lesões aumentam em número e tamanho e confluem, podendo originar áreas desnudas, desprendendo epiderme necrótica (aspecto de escaldadura); algumas LESÕES INDIVIDUAIS são em alvo atípicas, achatadas, com centro violáceo ou pigmentado e halo eritematoso, MAIORES que as do eritema multiforme minor. Sinal de Nikolsky POSITIVO: descolamento da epiderme após tração manual; é precoce (antes do desnudamento espontâneo); Eritema difuso e bolhas o Lesões mucosas: UNIVERSAIS e FUNDAMENTAIS para a definição clínica; são extensas e muito sintomáticas, envolvem 2 ou mais membranas mucosas, entre oral, ocular e genital (40% dos casos = as 3); Mucosa oral (estomatite): lábios, cavidade bucal, palato e língua; bastante dolorosa; começa com queimação labial e oral, evoluindo com edema, eritema e bolhas que logo se rompem, deixando erosões vermelho hemorrágicas, cobertas por pseudomembranas branco acinzentadas e úlceras rasas aftosas; os lábios são recobertos por crostas hemorrágicas características; Mucosa genital: lesões erosivas (após rotura de bolhas hemorrágicas) ou purulentas, ocupando vulva, vagina ou glande e fossa navicular, podendo levar a retenção urinária e parafimose; Mucosa ocular: há conjuntivite (olho vermelho) e queimação ocular, evoluindo para vesiculação, erosões dolorosas e lacrimejamento bilateral; casos mais GRAVES: conjuntivite purulenta, pseudomembranas, úlceras da córnea, uveíte anterior e pan- oftalmite; as sequelas podem levar à CEGUEIRA; Manifestações clínicas (NET): o Fase prodrômica: igual SSJ; o Quadro cutâneo: rash cutâneo eritematoso morbiliforme, com ou sem lesões-alvo atípicas, predominando na face e no tronco e evoluindo para confluência (nesta fase sinal de Nikolski POSITIVO); 4-5 dias: lesões transformam-se em Área desnuda (< 10%) grandes bolhas flácidas que deixam grandes áreas cutâneas desnudas, que aparecem como erosões gotejantes serosas intensamente eritematosas (semelhante a escaldadura); o Lesões mucosas: extensas e graves, tal como na SSJ; Alterações laboratoriais inflamatórias e distúrbios hidroeletrolíticos: acompanham SSJ e NET; ex.: leucocitose neutrofílica leve a moderada, anemia leve, hipoalbuminemia, microalbuminúria, elevação de transaminases, aumento do VHS e proteína C-reativa; Acometimento orgânico: RARO na SSJ e COMUM na NET; predominam lesões no aparelho respiratório, TGI e fígado; Tratamento: internação hospitalar + tratamento com cuidados especializados (de suporte): o Reposição hidroeletrolítica; o Nutrição enteral (a maioria não tolera ingestão oral); o Asseio traqueobrônquico; o Medidas oftalmológicas preventivas (lubrificantes oculares, limpeza e remoção de adesões); o Debridamento da pele necrótica quando TERMINAR a progressão da doença (fase estável), recobrindo-se as lesões com gaze embebida em soro fisiológico ou curativos hidrocoloides. EVITA-SE sulfadiazina de prata risco de agravamento do mecanismo de destruição imunológica. Corticoides em dose alta (1 mg/kg/dia) é bastante CONTROVERSO!!! Antibioticoterapia sistêmica profilática NÃO é preconizada!!! MAS, sinal de infecção indica coleta para CULTURA e início de antibióticos; Tratamentos inovadores: imunoglobulina intravenosa, plasmaferese, ciclosporina, ciclofosfamida, N- acetilcisteína e fatores derivados de colônia (GCSF); Prognóstico: doenças com potencial de graves complicações, mas de curso autolimitado (regressão após 3-6 semanas), sem sequelas na pele. o Fatores de MAU PROGNÓSTICO: idade avançada, HIV+, ingestão de múltiplos fármacos, lesão orgânica (especialmente renal), desnudamento extenso. Outras farmacodermias Fotodermatoses por Fármacos 2 tipos: o Erupção FOTOTÓXICA: fármaco se distribui pela pele e AUMENTA A SENSIBILIDADE FÍSICA À RUV TIPO UVA; paciente evolui como uma queimadura de sol intensa, de 1º/2º grau (bolhosa), em áreas fotoexpostas, SEM ter exposição intensa; Drogas + comuns: tetraciclinas, AINE, fenotiazinas, amiodarona e psoraleno; Grandes áreas desnudas (30- 90%) aspecto queimadura o Erupção FOTOALÉRGICA: os RUV transformam a droga num COMPOSTO IMUNOGÊNICO, que SENSIBILIZA OS LINFÓCITOS e determina lesões do tipo eczema, também em áreas fotoexpostas; Agentes + comuns são os tópicos (ex.: produtos fenólicos em sabonetes e substâncias de fragrâncias); Eritrodermia Esfoliativa Eritema descamativo difuso disseminado pelo corpo (> 50% da superfície cutânea); Causado por psoríase, eczema atópico, micose fungoide (síndrome de Sézary) e farmacodermia (10% dos casos) Drogas + envolvidas: sais de ouro, arsenicais, mercuriais, barbitúricos e penicilinas; Lúpus Farmacoinduzido Rash cutâneo lúpus-símile, com fotodermatose, rash malar, rash discoide, erupção eritematosa maculopapular difusa, além de lesões orais, artrite, serosite e alterações hematológicas (citopenias); o NÃO há comprometimento renal e do SNC; Causa principal: hidralazina em doses> de 200 mg/dia; Outras drogas implicadas: procainamida, anticonvulsivantes aromáticos, isoniazida; Desaparece em semanas com a suspensão da droga. Síndrome de Hipersensibilidade (DRESS – Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms) Síndrome RARA, potencialmente grave; Aparece entre 2-6 semanas após exposição (droga + comum: anticonvulsivantes aromáticos, especialmente fenitoína e alopurinol); o Adenopatia cervical, axilar, intratorácica e retroperitonial + febre = Síndrome do Pseudolinfoma típica da fenitoína!!! O paciente inicialmente tem febre, mal-estar, linfadenopatia e erupção cutânea morbiliforme, que pode se tornar confluente e progredir para uma dermatite esfoliativa. Manifestações hematológicas típicas: eosinofilia e linfocitose atípica; o Envolvimento de órgão interno acometimento hepático em 60-80% dos pacientes; o Outros achados: nefrite e pneumonite intersticiais; Após a suspensão do medicamento, ocorre melhora gradual de 6-9 semanas; Pênfigo e Penfigoide Farmacoinduzido Pênfigo: bulose INTRAepidérmica autoimune caracterizado por acantólise (perda da aderência entre os queratinócitos epidérmicos) e bolhas flácidas que se rompem; o Induzido por drogas: mesmas características dos idiopáticos; o Drogas + implicadas são as que possuem grupamento tiol (SH): captopril, piroxicam, penicilamina, penicilina. Penfigoide: bulose SUBepidérmica autoimune por destacamento dermoepidérmico; as bolhas são TENSAS; pode ser autolimitado (farmacodermia típica) ou persistente (droga é desencadeante da forma idiopática). Em AMBAS a histopatologia com imunofluorescência é diagnóstica! Pustulose Exantematosa Generalizada Aguda (PEGA) Múltiplas pústulas estéreis não foliculares com base eritematosa, pruriginosas ou dolorosas, distribuídas simétricamente, predominantemente na face e nas regiões intertriginosas; Febre moderada e leucocitose neutrofílica são comuns; Latência extremamente CURTA (24 horas após exposição) e desaparece em poucos dias (9-10 dias) após a suspensão; Histopatológico: compatível com vasculite dérmica; Drogas + comuns: penicilinas e macrolídeos; Erupção LIQUENOIDE Semelhante ao líquen plano: pequenas placas achatadas, violáceas e bastante pruriginosas, de distribuição simétrica por tronco e membros e mucosa oral (até 70% dos casos); Drogas + envolvidas: metildopa, betabloqueadores, AINEs, quinidina, penicilamina, reveladores fotográficos; Erupção ACNEIFORME Múltiplas pápulas inflamatórias e pústulas, distribuídas pela face, ombros e tórax superior (semelhantes à acne inflamatória, mas SEM comedões típicos); Drogas: corticosteroides, anabolizantes, anticoncepcionais, barbitúricos, tioureias, lítio, tuberculostáticos, halógenos (ex.: iodo, bromo, cloro) e medicações tópicas faciais; Desaparecem após a suspensão das drogas, mas podem exigir tratamento igual à acne; Iododerma e Bromoderma Drogas contendo iodo ou bromo: amiodarona e os contrastes radiológicos (iodo), xaropes para tosse antigos (iodeto de potássio), brometo de ipatrópio ou tiotrópio (tto DPOC) e brometo de priridostigmina (tto miastenia gravis); Lesões dependem de MECANISMO DE HIPERSENSIBILIDADE CELULAR; Iododerma: erupção acneiforme, com pápulas e pústulas em regiões seborreicas do corpo (face, tronco superior); lesões purpúricas, supurativas e ulceradas podem ocorrer. Bromoderma: lesões vegetantes, ulceradas e pustulares, de curso crônico e insidioso, predominando nos MMII e na região malar.
Compartilhar