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Saponificação - QO1- Relatório Mariana

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS 
Instituto de Biociências – IBIO 
Departamento de Ciências Naturais – DCN 
 
 
 
Disciplina: Química Orgânica 
Professor: Edwin Gonzalo Azero Rojas 
Aluno: Mariana Abrahão Barreiro Alvarez 
Curso: Biomedicina 
Grupo 1 
 
Prática realizada em: 15/10/2019 
 
 
 
 
 Saponificação 
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro Segundo semestre de 2019 
I) Objetivo 
 Obter sabão a partir da realização do processo de saponificação a partir da reação 
entre a soda cáustica (NaOH) e óleo vegetal de cozinha usado. 
 
II) Introdução 
 Os sabões são obtidos a partir de óleos e gorduras através do processo de 
saponificação. Nesse processo irá ocorrer a hidrólise alcalina dos triacilgliceróis, onde o 
triéster sofrerá reação pelo nucleófilo da base forte em meio aquoso, produzindo glicerol 
como subproduto e sais de ácidos carboxílicos de cadeia longa (sabão). 1 
 
 Figura 1 – Processo de saponificação a partir da reação entre o triacilglicerol e a hidróxido de sódio 
 
 O sabão possui um anion carboxilato (COO-Na+), sendo a parte polar, e uma 
cadeia longa de hidrocarbonetos (parte apolar), representado por “R”. A presença de uma 
cadeia longa (cauda) apolar e uma pequena parte (cabeça) polar caracteriza uma 
molécula anfipática, ou seja, uma molécula com propriedades que permitem contato com 
moléculas polares como a da água e com moléculas apolares como a de óleos e 
gorduras. Essa característica permite a formação de micelas. 2 
 As micelas são aglomerados esféricos de íons carboxilato dispersos, e essa 
característica permitem ao sabão desengordurar e retirar sujeiras de superfícies ou 
objetos. Elas não reagem uma com a outra haja vista que elas são carregadas com 
cargas de mesmo sinal e dessa maneira, irão se repelir umas às outras e assim, irão 
permanecer separadas em fase aquosa.3, 4 
 Dessa forma, esses compostos tensoativos apresentam comportamento anfipático, 
caracterizado por uma cadeira longo apolar (cauda hidrofóbica) e um íon carboxilato na 
ponta da cadeia polar (cabeça hidrofílica), o que permite a interação com moléculas de 
diferentes polaridades, visto que apresenta a capacidade de reduzir a tensão superficial. 
 
 Figura 2 – Processo de formação da micela 
 
 O processo de saponificação a partir da reação entre a soda cáustica (NaOH) e o 
óleo vegetal se dá em uma reação exotérmica, ou seja uma reação que libera energia 
(calor). Além disso, o hidróxido de sódio é usado nesse processo uma vez que ele possui 
pH básico e quando dissolvido em água liberam íons Na+ e OH- e quando reagidos com 
óleos e gorduras com temperatura é capaz de torná-los substâncias fluidas. 5, 6 
 A filtração - separação de misturas sólido-líquido- antes da atividade é de 
fundamental importância haja vista que há no óleo usado partículas sólidas que não são 
desejáveis e que poderão atrapalhar no rendimento do procedimento. 7 Durante o 
processo é possível que algumas moléculas possam não reagir de forma completa e a 
solução poderá ficar básica e ao não quebrarem as ligações das moléculas, o sabão não 
será formado e apresentará aspecto gorduroso. Visto isso, é relevante utilizar vinagre 
(ácido) que irá reagir com a soda cáustica (básica) em uma reação de neutralização, 
garantindo assim, a eficiência do processo. 
 
III) Materiais e Métodos 
 
a. Compostos químicos 
 
• Água (H2O ) 
• Óleo de cozinha usado 
• Soda cáustica em escamas (NaOH) 
• Vinagre 
 
b. Materiais utilizados 
 
 
• Balança analítica 
• Bastão de vidro 
• Becher de vidro de 250 mL 
• Becher de vidro de 500 mL 
• Becher de vidro de 600 mL 
• Espátula 
• Pano 
• Proveta de 50 mL 
• Proveta de 100 mL 
• Proveta de 250 mL 
• Recipiente de Plástico 
• Tela de amianto 
• Vidro de relógio 
 
 
c. Metodologia 
 
 Primeiramente, o óleo de cozinha foi filtrado com o auxílio de um pano (membrana 
filtrante), e assim, foi transferido para um becher e vidro de 600 mL. Foi medido 250 mL 
desse óleo usado já filtrado, com a ajuda de uma proveta de 250 mL, e em seguida foi 
transferido para um becher de 500 mL. Mediu-se 100 mL de água em uma proveta e após 
isso, foi transferida para um becher de 250 mL. 
 Concomitantemente, foi pesado em uma balança analítica com o auxílio de um vidro 
de relógio 30,01 g de hidróxido de sódio em escamas (soda cáustica). Após esse 
procedimento, o becher de 250 mL contendo 100 mL de água foi posicionado sob uma 
tela de amianto, e foi adicionada de maneira lenta e cuidadosa a soda cáustica enquanto 
se agitava realizando movimentos rotatórios auxiliados de um bastão de vidro. 
 Ao ocorrer a completa dissolução do hidróxido de sódio em água, essa solução foi 
adicionada no becher de 500 mL onde continha o óleo já filtrado. O hidróxido de sódio foi 
sendo adicionado de 20 em 20 mL em um intervalo de tempo de 5 em 5 minutos e sob 
constante agitação, movimentos rotatórios e intensos, com o auxílio do bastão de vidro, 
visando a sua homogeneização. 
 Ao completar esse procedimento de 30 minutos, foram medidos 25 ml de vinagre em 
uma proveta de 50 mL e em seguida, o vinagre foi transferido para o meio reacional e 
misturado com movimentos rotatórios até homogeneizar. 
 Por fim, após esse procedimento, o material obtido foi transferido para um recipiente 
de plástico, foi identificado e deixado no laboratório em repouso por no mínimo 48 horas 
para solidificar. 
 
 
d. Esquema de aparelhagem 
 
 Legenda para Imagem 1: 
1- Becher de 500 mL 
2- Óleo de cozinha filtrado mistura com solução de 
NaOH. 
 
 
 
 
 
 
 
IV) Resultados e discussão 
 
 Imagem 2- Sabão sólido obtido 
O Sabão apresentou aspecto homogêneo e cor amarelo claro. 
 O óleo foi filtrado com o auxílio de um pano (membrana filtrante) visto que o óleo 
era usado e continha nele resíduos sólidos que poderiam influenciar no resultado do 
procedimento realizado. 
 A soda cáustica foi dissolvida em água em um becher sob uma tela de amianto 
para proteger do calor gerado pela reação, ela foi manuseada de forma cautelosa visto 
que é uma substância higroscópica e corrosiva. 
 A reação entre a soda cáustica e a água é uma reação exotérmica, ou seja, libera 
calor, e por isso, foi colocada a soda cáustica para reagir pouco a pouco. Ao mesmo 
tempo, a solução foi sendo mexida com movimentos rotatórios para “quebrar” a molécula, 
 
 
 
 1 
 
 2 
formando íons livres. Para o procedimento alcançar êxito, necessariamente, tem que 
haver o aumento da temperatura nessa etapa e isso significa que o NaOH é de boa 
procedência. 
 O vinagre foi adicionado nesse processo de saponificação uma vez que ele é ácido 
acético e neutraliza a solução, caso essa tivesse apresentando pH alcalino por excesso 
de NaOH. Após o processo foi necessário o repouso de no mínimo 48 horas a fim de 
solidificar o sabão. É possível, no final do processo, como é feito em indústrias, a adição 
de corante, essências e até sabão em pó com o objetivo de provocar espuma ao usá-lo. 
 
V) Conclusão 
 Foi obtido sabão a partir da reação entre o óleo de cozinha usado e soda cáustica 
(NaOH) dissolvido em água. 
 
VI) Respostas do questionário 
 
1. Que componentes químicos estão presentes nos óleos e gorduras? 
Resposta: Lipídios estão presentes em óleos e gorduras. Eles são formados três 
moléculas de ácidos graxos e uma molécula de glicerol formando um triálcool. 
2. O que são triacilgliceróis?Resposta: São moléculas formadas por três moléculas de ácidos graxos (triéster) e uma 
molécula de glicerol, formando um triálcool. São lipídios presentes no organismo que 
cumprem como função principal a reserva de energia. 
 
3. Qual a equação geral da soponificação de um triéster de ácido graxo com NaOH? 
 
4. Quando um éster sofre hidrólise em meio ácido, quais os compostos orgânicos que 
se formam? 
Resposta: Ao sofrer hidrólise, os compostos orgânicos formarão o ácido carboxílico e 
álcool. 
5. Por que a água dura é imprópria para a lavagem de roupas? 
Resposta: Devido a grande quantidade de cátions Mg2+ e Ca2+. Esses íons reagem com o 
sabão formando, por exemplo, carboxilatos, que são compostos insolúveis. Com isso, há 
a aderência desses no tecido o que anula a ação do sabão, uma vez que ele está menos 
concentrado haja vista a presença desses cátions. 
6. Como se dá a ação de limpeza do sabão? 
Resposta: As moléculas que formam o sabão apresentam uma cauda apolar (extensa 
cadeia apolar) e uma cabeça polar (parte polar). A parte apolar reage com gorduras e a 
parte polar com a água. Com isso, formam-se micelas (aglomerados esféricos de íons 
carboxilato). A gordura é atraída pela parte apolar e a mantém fixa à micela enquanto a 
parte polar interage com a água, sendo carregadas e dessa forma, tornando possível a 
extração da gordura de superfícies ou objetos. 
7. Como se dá a diferença entre um sabão e um detergente? 
Resposta: O sabão é de origem natural, vindo de óleos e gorduras. Já o detergente é de 
origem sintética da indústria petroquímica, sendo derivados do petróleo, inclusive pode 
possuir enxofre (ácido sulfúrico) na sua composição. O detergente é eficiente em água 
dura diferentemente do sabão, em que a micela é desfeita pela presença de cátions na 
água dura. 
 
8. O que é um detergente biodegradável? 
Resposta: O detergente biodegradável possui cadeia carbônica linear, sem ramificações, 
similar ao dos sabões. É chamado de biodegradável uma vez que por não apresentar 
ramificações, possibilita a ação de microorganismos que produzem enzimas que 
degradam essas moléculas. 
 
VII) Referências Bibliográficas 
 
[1] SOUZA, Líria Alves de. Como o sabão limpa?; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/como-sabao-limpa.htm.> Acesso em: 22 de 
outubro de 2019. 
[2] Composição química do sabão. Manual da Química. Disponível em: 
<https://www.manualdaquimica.com/curiosidades-quimica/composicao-quimica-
sabao.htm.> Acesso em: 22 de outubro de 2019. 
https://www.manualdaquimica.com/curiosidades-quimica/composicao-quimica-sabao.htm
https://www.manualdaquimica.com/curiosidades-quimica/composicao-quimica-sabao.htm
[3] FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Química dos sabões e detergentes ; Brasil 
Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/quimica-dos-saboes-
detergentes.htm.> Acesso em: 22 de outubro de 2019. 
[4] CARRERO, Isabel; HERRÁEZ, Angel. Micelas. Disponível em: 
<http://biomodel.uah.es/model2/lip/micelas.htm.> Acesso em: 22 de outubro de 2019. 
[5] SOUZA, Líria Alves de. Reação de saponificação; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/reacao-saponificacao.htm.> Acesso em: 22 de 
outubro de 2019. 
[6] ALVES, Alexandro et al. Saponificação. Universidade Federal do Amazonas, Outubro- 
2010. Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAABa94AJ/saponificação>. 
Acesso em: 22 de outubro de 2019. 
[7] Como filtrar óleo de fritura para reutulização. Disponível em: 
<https://pt.wikihow.com/Filtrar-%C3%93leo-de-Fritura-para-Reutiliza%C3%A7%C3%A3o> 
Acesso em: 22 de outubro de 2019. 
http://biomodel.uah.es/model2/lip/micelas.htm
https://pt.wikihow.com/Filtrar-%C3%93leo-de-Fritura-para-Reutiliza%C3%A7%C3%A3o

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