Buscar

Febre: Causas e Classificação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Elevação da temperatura corporal causada por um deslocamento acima do set point de 
regulação térmica do centro termorregulador do hipotálamo. 
 A temperatura é uma das respostas fisiológicas que mais frequentemente precisam ser 
monitoradas durante processos patológicos. 
 Febre é uma elevação da temperatura corporal que resulta de aumento induzido por citocinas 
no set point do centro termorregulador localizado no hipotálamo 
 Sendo esta uma resposta inespecífica mediada por pirógenos endógenos liberados pelas 
células do hospedeiro como reação a distúrbios infecciosos ou não infecciosos 
 A febre não deve ser considerada como um processo de defesa do organismo e sim como um 
mecanismo de auxílio na defesa do organismo, sendo até uma determinada temperatura, 
benéfica ao corpo. 
ETIOLOGIA 
• Infecciosa (mais comum) 
• Neoplásica 
• Inflamatória (incluindo reumática, não reumática e relacionada com fármacos) 
FATOR PREDISPONENTE CAUSA 
Nenhum (saudável) Infecção do trato respiratório superior ou inferior 
Infecção GI 
ITU 
Infecção cutânea 
Hospitalização Infecção de cateter intravenoso 
ITU (particularmente nos pacientes com cateteres vesicais) 
Pneumonia (particularmente nos pacientes em ventilação mecânica) 
Atelectasia 
Infecção do local cirúrgico (pós-operatória) 
Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar 
Diarreia (colite por Clostridium difficile) 
Fármacos 
Hematoma 
Reação transfusional 
Úlceras de decúbito 
Viagem a áreas 
endêmicas 
Coccidioidomicose 
Febre da dengue (menos comum) 
Doenças diarreicas 
Hantavírus 
Histoplasmose 
Doença do legionário 
Malária 
Infecções por riquétsias (p. ex., tifo do carrapato africano, febre 
maculosa do Mediterrâneo) 
Multifármaco resistente a bactérias 
Peste 
Tularemia 
Febre tifoide 
Hepatite viral 
 
Infecção pelo vírus zika, chikungunya, Ébola, raiva, sarampo e febre 
amarela 
Imunocomprometimento Vírus: infecção pelo vírus varicela-zóster ou infecção por 
citomegalovírus 
Bactérias: infecção decorrente de microrganismos encapsulados 
(p.ex., pneumococos, meningococos), Staphylococcus aureus, 
bactérias Gram-negativas (p. ex., Pseudomonas aeruginosa), Nocardia 
sp ou Mycobacteria sp 
Fungos: infecção por Candida, Aspergillus, Histoplasma ou 
Coccidioides sp; microsporidia, Pneumocystis jirovecii; ou fungos 
que causam mucormicose 
Parasitas: infecção por Toxoplasma gondii, Strongyloides stercoralis, 
Cryptosporidium sp, ou Cystoisospora (antigamente Isospora belli) 
Fármacos que podem 
aumentar a produção de 
calor 
Anfetaminas 
Cocaína 
Metilenodioximetanfetamina (MDMA ou ecstasy) 
Antipsicóticos 
Anestésicos 
Fármacos que podem 
desencadear febre 
BetaAntibióticos beta-lactâmicos 
Derivados da sulfa 
Fenitoína 
Carbamazepina 
Procainamida 
Quinidina 
Anfotericina B 
Interferonas 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Início 
• Súbito 
o Paciente percebe de um momento para outro a elevação da temperatura, acompanhando-se quase 
sempre dos sinais e sintomas que compõem a síndrome febril: sensação de calafrios é muito frequente. 
• Gradual 
o A febre pode instalar-se de maneira gradual e o paciente nem percebe seu início. 
o Em algumas ocasiões, ele vai apresentar um ou outro sintoma da síndrome febril, mais frequentemente 
a cefaleia, a sudorese e a inapetência. 
Intensidade - Tomando como referência a temperatura axilar 
• Febre leve ou febrícula: até 37,5°C 
• Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C 
• Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. 
 A intensidade da febre depende da causa e da capacidade de reação do organismo. Pacientes em mau estado 
geral, em choque e as pessoas idosas podem não apresentar febre ou ter apenas uma febrícula quando 
acometidos de processos infecciosos 
Duração 
• Febre prolongada, assim denominada quando a febre permanece por mais de 1 semana, tenha ou não 
caráter contínuo. 
 
o Destacando-se: tuberculose, septicemia, malária, endocardite infecciosa, febre tifoide, colagenoses, 
linfomas, pielonefrite, brucelose e esquistossomose, o que facilita o raciocínio diagnóstico. 
Término 
• Em crise: quando a febre desaparece subitamente. Quando isto ocorre o paciente apresenta sudorese 
profusa e prostração. Exemplo típico é o acesso malárico 
• Em lise: significa que a hipertermia vai desaparecendo gradualmente, com a temperatura diminuindo dia 
a dia, até alcançar níveis normais 
Padrão Evolutivo 
• Febre Contínua: permanece sempre acima do normal com variações de até 1 grau, sem grandes 
oscilações. 
• Febre Irregular ou Séptica: picos muito altos intercalados baixas temperaturas ou apirexia, sem 
nenhum caráter cíclico nessas variações. 
• Febre Remitente: há hipertermia diária com variações de mais de 1 grau, sem períodos de apirexia. 
• Febre Intermitente: a hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura 
normal. Pode ser cotidiana, terçã (um dia com febre e outro sem) ou quartã (um dia com febre e dois sem). 
• Febre Recorrente ou Ondulante: semanas ou dias com temperatura corporal normal até que períodos 
de temperatura elevada ocorram. Durante a fase de febre não há grandes oscilações 
FISIOPATOLOGIA 
• A febre é o resultado da ação das citocinas pirogênicas liberadas na corrente circulatória pelos leucócitos 
com capacidade fagocitária como resposta à presença de pirogênio endógeno (na maior parte das vezes 
liberado em resposta à estimulação pelo pirogênio exógeno), que vai atuar no hipotálamo. 
• No centro hipotalâmico, desencadeiam os processos metabólicos que dão origem à maior produção local 
de prostaglandinas e ao aumento da temperatura corpórea. 
• Mediadores endógenos de febre: IL-1, TNF-α, linfotoxina-β (TNF-β), IF- α, IL-6, IL-11), fator inibitório de 
leucemia (LIF), fator neutrófico ciliar (CNTF) e oncostatina M 
• Antes da febre, indivíduos podem apresentar sensação de frio (ou até mesmo calafrios), fenômeno 
correlacionado à vasoconstrição periférica, resultante da estimulação do centro vasomotor presente na 
porção posterior do hipotálamo por fibras nervosas provenientes do centro termorregulador localizado na 
porção anterior do hipotálamo. 
• Essa vasoconstrição faz com que um maior volume de sangue se acumule na “região central” do corpo, ↓ a 
perda periférica de calor e ↑ a temperatura corpórea. À medida que esta retorna ao normal, verifica-se a 
ocorrência de vasodilatação e sudorese, fenômenos que permitem a dissipação de calor pela pele. 
1. Liberação de prostaglandina E2 (PGE2) ou citocinas pirogênicas, principalmente interleucina-1 (IL-1), 
interleucina-6 (IL-6) e fator a de necrose tumoral (TNF-α), para que sejam transportadas até o 
hipotálamo, onde exercem sua ação 
2. Redefinição do set point termorregulador no hipotálamo para um nível mais alto (pródromo). 
3. Produção de respostas mediadas pelo hipotálamo que elevam a temperatura corporal (calafrio). 
4. Desenvolvimento de febre com elevação da temperatura corporal para novo set point termorregulador 
5. Produção de respostas de redução de temperatura (defervescência) e retorno da temperatura para um 
nível mais baixo. 
 
 
 
 
 
CONDUTA TERAPÊUTICA 
• O objetivo é reduzir o ponto de ajuste hipotalâmico elevado e facilitar a perda de calor. 
• O ácido acetilsalicílico e os AINEs orais são efetivos para reduzir a febre, mas também produzem efeitos 
adversos sobre as plaquetas e o trato gastrintestinal 
o deve-se dar preferência ao uso de paracetamol como antipirético. 
o Em crianças, o paracetamol ou o ibuprofeno oral devem ser usados porque o ácido acetilsalicílico 
aumenta o risco de desenvolvimento da síndrome de Reye. 
o Caso o paciente não possa receber medicamentos VO, devem ser usadas as preparações parenterais 
dos AINEs ou os diversos antipiréticos sob a forma de supositórios retais. 
 
 
 
Infecções de Vias Aéreas Superiores 
Gripe (Influenza) 
• Causada pelo Influenza vírus (A, B e C) 
• Os vírus da gripe destroem o epitélio ciliado e as glândulas damucosa, interferindo também na atividade 
dos linfócitos T e dos macrófagos, causa da diminuição da resistência a infecções bacterianas secundárias, 
principalmente por Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. 
• CAUSA E FATORES DE RISCO 
o Ambientes semifechados (creche, escolas, asilos, prisões). 
o Contato com pessoas infectadas. 
• SINAIS E SINTOMAS 
o Início súbito com febre, cefaleia, mialgia, mal-estar. 
o Tosse seca 
o Evolução em 2 a 5 dias, podendo persistir por 1 semana ou mais. 
o Hiperemia da orofaringe e conjuntivas 
o Ausculta pulmonar normal 
o Alguns pacientes referem fadiga por algumas semanas (síndrome pós-infecciosa). 
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Inúmeras doenças infecciosas iniciam com quadro clínico semelhante 
ao da influenza, por isso chamado “quadro gripal” 
o Resfriado comum 
o Infecção por vírus sincicial respiratório. 
o Amigdalite bacteriana 
o Faringite, sinusite e bronquite bacteriana. 
o Mononucleose infecciosa 
o Infecção pelo Coxsackievírus humano 
• EXAMES COMPLEMENTARES 
o Podem não ser necessários, mas são indispensáveis quando há́ suspeita de complicações. 
o Rx do tórax – Normal ou infiltrados esparsos. 
o Hemograma–Auxilia no reconhecimento de infecção bacteriana secundária (leucocitose). 
o Cultura de secreções para identificação do vírus em casos selecionados. 
o Testes sorológicos, em casos especiais. 
• COMPLICAÇÕES 
o Faringites e sinusites 
o Pneumonia 
o Bronquites e broncopneumonias 
o Síndrome de Reye 
o Encefalite, mielite transversa, síndrome de Guillain-Barré 
• TRATAMENTO 
o Repouso na fase inicial 
o Não fumar 
 
o Ingesta de líquido 
o Medicamentos 
▪ Antitérmicos e analgésicos (contraindicado o uso de ácido acetilsalicílico e derivados). 
▪ Antitussígenos – Raramente são necessários 
▪ Antiviróticos (em casos graves). 
Resfriado Comum (Rhinovirose) 
• Infecção virótica, na maioria dos casos provocada por Rhinovirus, geralmente de pouca gravidade, limitada 
às vias respiratórias superiores, com duração média de 6 a 10 dias. 
• As principais lesões histopatológicas são inflamação da mucosa e submucosa do nariz, garganta, tubas 
auditivas e olhos. 
• Mucosa nasal apresenta-se espessada e edematosa, geralmente mais vermelha do que o normal e 
recoberta por uma fina camada de muco. 
• CAUSAS 
o Rinovírus (89 sorotipos) – 80% dos casos 
o Coronavírus (pelo menos 3 sorotipos) – 10-20% dos casos. 
o Mastadenovírus (família Adenoviridae) – 1-5% dos casos. 
• FATORES DE RISCO 
o Agrupamentos (creche, escola, asilos) 
o Contato com pessoas contaminadas 
o Temperatura fria, fadiga 
• SINAIS E SINTOMAS 
o No início, mal-estar, coceira nos olhos, sensação de queimação no interior do nariz e desconforto na 
nasofaringe 
o A seguir, espirros, obstrução nasal e secreção nasal aquosa (coriza) 
o Febre pouco elevada 
o Manifestações sistêmicas nos primeiros 2 ou 3 dias - Letargia, cefaleia, calafrios, mialgias 
o Rouquidão, dor de garganta e tosse seca 
o Secreção turva ou amarelada ao final de uma semana que desaparece em 7 a 10 dias 
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
o Influenza (febre mais alta, cefaleia, tosse e prostração) 
o Sarampo (nos estágios iniciais, antes da erupção) 
o Rubéola (nos estágios iniciais, antes da erupção) 
o Infecção por Mycoplasma pneumoniae 
o Infecção concomitante por estreptococos 
o Rinite alérgica. 
• COMPLICAÇÕES 
o Infecção bacteriana dos seios paranasais e da orelha média. 
o Bronquite, Broncopneumonia, pneumonia (principalmente em crianças e idosos). 
• MEDICAMENTOS 
o Acetaminofeno, VO, 325 a 650 mg 6/6 h; ou codeína, VO, 30 mg 12/12 h, adicionada ao acetaminofeno, 
quando os sintomas são mais graves. 
 
o Descongestionantes nasais, contendo oximetazolina a 0,05% na obstrução nasal grave, durante 3 a 4 
dias. 
 
 A febre de origem indeterminada (FOI) também chamada de febre de origem obscura é uma 
síndrome clínica tendo como principal manifestação a febre, que apesar de esforços para 
identificação da causa, permanece sem uma etiologia esclarecida. 
 Febre Prolongada de Origem Obscura (FPOO) é caracterizada por febre de existência 
indiscutível, duração mínima de três semanas, com um quadro clínico inconcluso e que 
permanece sem diagnóstico após a realização do conjunto de exames e procedimentos 
indicados inicialmente para aquele caso particular 
 A primeira definição de FPEO teve por base estudo publicado em 1961, por Petersdorf e Beeson 
o Temperatura superior a 38,3ºC em várias ocasiões. 
o Persistindo por mais de três semanas. 
o Falha em se chegar a um diagnóstico a despeito de investigação com o paciente internado 
em hospital por pelo menos uma semana. 
 Destarte, uma nova classificação mais abrangente passou ser utilizada desde 1991, sendo os 
quadros de FPEO categorizados, de acordo com Durack e Street em conformidade com os 
subtipos de pacientes e sem a necessidade de internação hospitalar 
o Clássica 
 
o Noscomial 
o imunodeficiência 
o HIV - associada 
 
 
 
 
 
ETIOLOGIA 
• DOENÇAS INFECCIOSAS (25-50%)
o Abscesso intra-abdominal (subfrênico, 
hepático, perinefrético). 
o Infecção por micobactérias 
o Endocardite 
o Mononucleose 
o Osteomielite 
o Brucelose 
o Malária 
o Riquetsiose 
o Febre tifoide 
o Outras salmoneloses 
o Infecções por cateteres 
o Hepatite amebiana 
o Feridas infectadas 
o Infecção do trato urinário 
o Infecção de órgãos pélvicos 
o Infecção pelo HIV 
o Micoses 
o Infecção por citomegalovírus 
• DOENÇAS NEOPLÁSICAS / DOENÇA HEMATOLOGICA (20-30%)
o Linfomas 
o Leucemias aguda 
o Carcinoma renal 
o Carcinoma hepatobiliar 
o Mixoma atrial 
o Câncer de cólon 
o Câncer de pulmão (especialmente 
quando metastático) 
o Câncer de pâncreas 
• DOENÇAS INFLAMATÓRIAS NÃO INFECCIOSOSAS 
o Doenças sistêmicas reumáticas e autoimunes 
− Espondilite anquilosante, síndrome antifosfolipídeo, anemia hemolítica autoimune, hepatite 
autoimune, doença de Behçet, crioglobulinemia, dermatomiosite, síndrome de Felty, gota, doença 
 FOO Nosocomial - curta (três dias) como consequência de cirurgias, procedimentos e 
medicamentos 
 FOO em imunodeprimidos e neutropênicos - curta, porém potencialmente grave, necessitando de 
tratamento empírico imediato (já considerado atrasado); 
 FOO nos pacientes com HIV, podendo ser prolongada ou curta, em caso de pacientes internados. 
 
mista do tecido conectivo, polimiosite, pseudogota, artrite reativa, policondrite recidivante, febre 
reumática, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Vogt-
Koyanagi-Harada 
o Vasculites 
− Vasculite alérgica, síndrome de Churg-Strauss, vasculite de células gigantes/polimialgia reumática, 
granulomatose com poliangeíte, vasculite de hipersensibilidade, doença de Kawasaki, poliarterite 
nodosa, arterite de Takayasu, vasculite urticariforme 
o Doenças granulomatosas 
− Hepatite granulomatosa idiopática, sarcoidose 
o Síndromes autoinflamatórias 
− Doença de Still do adulto, síndrome de Blau, CAPSb (síndromes periódicas associadas a 
criopirina), doença de Crohn, DIRA (deficiência do antagonista do receptor de interleucina 1), febre 
familiar do Mediterrâneo, síndrome hemofagocítica, síndrome hiper-IgD (HIDS, também conhecida 
como deficiência de mevalonato quinase), artrite idiopática juvenil, síndrome PAPA (artrite estéril 
piogênica, pioderma gangrenoso e acne), síndrome PFAPA (febre periódica, estomatite aftosa, 
faringite, adenite), pericardite idiopática recorrente, SAPHO (sinovite, acne, pustulose, hiperostose, 
osteomielite), síndrome de Schnitzler, TRAPS (síndrome periódica associada ao receptor do fator 
de necrose tumoral) 
• MISCELÂNEA 
o Complicações de cirrose e hepatites (alcoólica, granulomatosa ou lupoide) 
o Trombose venosa profunda é também potencial causa de FPEO 
o Linfadenopatia pode sugerir Rosai-Dorfman ou de doença de Kikuchi.o Dor no pescoço ou mandíbula, facilmente descartada como dor dental, pode ser uma pista para tireoidite 
subaguda. 
o Febre factícia deve ser considerada particularmente em profissionais de saúde. 
o Devem ser ainda pesquisados doença inflamatória intestinal (enterite regional) 
o Medicamentos (pseudolinfoma, febre secundária a fármacos) 
− Alopurinol 
− Captopril 
− Cimetidina 
− Clofibrato 
− Eritromicina 
− Heparina 
− Hidralazina 
− Hidroclorotiazida 
− Isoniazida 
− Meperidina 
− Metildopa 
− Nifedipina 
− Nitrofurantoína 
− Penicilina 
− Piperacilina/Tazo
bactam 
− Carbapenêmicos 
− Fenitoína 
− Procainamida 
− Quinidina 
o Algumas febres de origem desconhecida são familiares. Por exemplo, febre do Mediterrâneo ou 
síndrome de hiper-IgD. 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Os tipos de febre intermitente e remitente são os mais comuns. 
• Os pacientes, geralmente, apresentam sintomas incaracterísticos, como mialgia, adinamia, sudorese, 
artralgia, cefaleia, anorexia e perda de peso. 
• Antecedentes sobre viagens e exposições a animais podem auxiliar muito a investigação (p. ex., malária, 
brucelose etc.). 
• O uso de medicamentos também deve ser investigado, pois alguns podem levar à febre (p. ex., sulfas, 
antibióticos, barbitúricos, hidantoinatos, quinidina, metildopa, procainamida, tiouracil etc.). 
• Os achados mais comuns em pacientes com FOI são adenomegalia, erupção cutânea, sopro cardíaco, 
visceromegalias ou massas abdominais palpáveis e artrite. Os olhos também devem ser examinados 
rotineiramente, pois secura, vasculites, queratose, petéquias, conjuntivite e uveíte, entre outros, auxiliam no 
diagnóstico 
DIAGNÓSTICO 
Abordagem inicial do paciente com FPOO 
 Constatação da existência da febre e suas características. 
 Descartar febres factícias, hipertermias habituais e aumentos fisiológicos da temperatura. 
 História clínica minuciosa e completa, com dados epidemiológicos como lugar de origem e 
onde reside, viagens, hábitos pessoais, exposição a animais ou drogas, comorbidades, 
histórias sexuais, patológica pregressa, familiar e ocupacional, além de anamnese dirigida. 
 Internação hospitalar, quando necessário, seja para comprovação da febre, em casos mais 
graves, para realização de exames com algum risco ou ainda para facilitar a investigação. 
 
 Exame físico detalhado repetido sistematicamente durante a evolução, incluindo ectoscopia 
completa, exame da genitália, toque retal quando indicado, exame completo das mamas, 
palpação do trajeto de artérias temporais, fundo de olho, palpação da tireóide. 
 Pareceres especializados se necessários. 
 Assegurar que a rotina mínima de exames complementares foi realizada – rotina inteligente 
de exames. 
 Suspensão dos medicamentos usados pelo paciente ou troca para outra classe daqueles que 
forem imprescindíveis 
 Orientação ao paciente e à família sobre toda a complexidade acerca da FPOO e a possibilidade 
de demora no diagnóstico ou até de não obter um diagnóstico, a despeito de uma investigação 
completa, dispendiosa e desgastante. 
EXAMES DIAGNÓSTICOS DE PRIMEIRO ESTAGIO 
• LABORATORIAIS 
o Hematologia e bioquímica 
− Hemograma Completo 
 Leucocitose - Frequente, mas inespecífica; 
 Leucopenia – Pode ser encontrada em leucoses aleucêmicas, TB miliar, linfomas, LES, Calazar 
e Febre Tifóide; 
 Eosinofilia – Aponta para os diagnósticos de Esquistossomose aguda, linfoma de Hodgkin, 
poliarterite nodosa e reações a drogas; 
 Linfocitose – Pode ser evidenciada em TB, toxoplasmose, CMV, EBV; 
 Linfopenia - Sugere doenças como HIV, LES e sarcoidose; 
 Linfócitos atípicos – Reações a drogas, CMV, toxoplasmose e EBV; 
 Trombocitose - Observada em carcinomas, hipernefroma, linfomas, TB e angeíte temporal. 
 Trombocitopenia – Comum em leucoses, linfomas, LES, vasculites e HIV; 
 Anemia hipo/micro – Pode estar relacionada a sangramento oculto do TGI → neoplasia de cólon. 
− VHS e PCR 
 Muito aumentado em colagenoses, neoplasias, TB, EI subaguda, osteomielite, abscessos e 
doenças mielodisplásicas 
− Fosfatase Alcalina - Aumentada em doenças ósseas e hepáticas. 
− Uréia e Creatinina – Em caso de insuficiência renal, pensar em endocardite infecciosa, TB renal, 
leptospirose, poliarterite nodosa, LES e sarcoidose. 
− TSH, T4 livre - Hipertireoidismo e tireoidite subaguda. 
− Desidrogenase láctica 
− Transaminases hepáticas (AST e ALT) 
− Bilirrubina Total e Frações – Para o diagnóstico diferencial de icterícias. 
− Cálcio, fósforo, ácido úrico – Podem estar aumentados em neoplasias ocultas. 
o Hemoculturas 
− Pelo menos três sets para bactérias aeróbias e anaeróbias, além de culturas para fungos e 
micobactérias. 
o EAS 
 
− Piúria estéril – O diagnóstico de TB renal deve ser aventado; 
− Proteinúria – Colagenoses devem ser pesquisadas. 
o Exame parasitológico de fezes – Pelo menos 3 amostras, usando os métodos de pesquisa de ovos 
leves e pesados e larvas. 
o Sorologia 
− Sorologias para Toxoplasmose, EBV, CMV, HIV, Doença de Chagas e Histoplasmose 
− ASO - Febre Reumática 
− FAN – Fala a favor de LES se > 1: 40 e de outras colagenoses se < 1: 40. 
− Fator Reumatóide - Positivo em 70% dos adultos com Artrite Reumatóide, mas na Doença de Still 
é negativo em 90%. 
− VDRL 
− FTA-abs 
o Testes Cutâneos 
− PPD 
 
• IMAGENS 
o Radiografia de tórax 
o USG abdome total 
o TC de Tórax, Abdome e pelve com contraste 
o Ecocardiograma transtorácico e/ou transesofágico, se indicado 
 
 
SE OS EXAMES INICIAIS APONTAREM ALGUM DIRECIONAMENTO 
• Prosseguir a investigação específica 
• Solicitar exames laboratoriais mais específicos, exames de imagem e biópsias das regiões triadas. 
• Todos os materiais obtidos devem ser enviados para estudos histopatológico e microbiológico, com culturas 
para bactérias, fungos e micobactérias. 
SE NÃO HÁ INDÍCIOS, PROSSEGUIR COM OS SEGUINTES EXAMES: 
• Sorologias para Clamídia, Listeria, Brucelose, coxsackie, Criptococose e Rodococose 
• Endoscopia Digestiva Alta 
• Colonoscopia 
• Cintilografia com 99mTc-leucócitos mononucleares – Para rastreamento e localização anatômica 
de lesões inflamatórias e posterior investigação. 
• PET scan - Com Gálio 67 (preferencial para marcação de foco infeccioso) ou 18F-2-deoxyglucose (FDG) 
para foco neoplásico. Também para rastreamento e localização para posterior investigação. 
• Aspirado e Biópsia de Medula Óssea - Todos os materiais obtidos devem ser enviados para estudos 
histopatológico e microbiológico com culturas para bactérias, fungos e micobactérias. 
• Biópsia de artéria temporal, uni ou bilateral – Mesmo sem nenhum outro indício, se idade superior 
a 50 anos e VHS aumentado. 
 
• Videolaparoscopia ou Laparotomia exploradoras

Continue navegando