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FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR E EXERCÍCIOS FÍSICOS Prof. Dr. Fabian Tadeu do Amaral CORAÇÃO – BOMBA ELETROMECÂNICA Atua como bomba, ao se contrair, gera pressão necessária para deslocar o sangue ao longo da cadeia vascular. Os vasos que conduzem o sangue do coração para os tecidos são as artérias, que funcionam com pressão elevada. As veias, conduzem o sangue dos tecidos de volta para o coração, funcionam em baixa pressão. O Coração consiste em 4 câmaras: Átrio esquerdo e ventrículo esquerdo circulação sistêmica Átrio direito e ventrículo direito circulação pulmonar Levar sangue para os tecidos, fornecendo por este meio, os nutrientes essenciais para o metabolismo celular, enquanto, ao mesmo tempo, remove os produtos finais do metabolismo das células. SISTEMA VASCULAR Mecanismos “Homeostáticos” dos Principais Sistemas Funcionais Transporte do Fluido Extracelular e Sistemas de “Mistura” – Sistema Circulatório Sanguíneo O fluido extracelular e transportado através do corpo em dois estágios. movimento do sangue em todo o sistema circulatório movimento do fluido entre os capilares e as células SANGUE ARTERIAL (VE) Sistema de artérias de distribuição Vasos arteriolares Controle neural ou metabólico ORGÃOS SISTEMICOS Capilares – Vênulas SANGUE VENOSO (AD) Veias de médio calibre Veias calibrosas e Veias cavas Sistema venoso funciona como condutos e como reservatório de sangue a serem distribuídos em diferentes situações fisiológicas. SISTEMA VASCULAR SNA SIMPÁTICO CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS 1. ESTRUTURAL 2. FUNCIONAL CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS Artérias Elásticas artéria aorta, artéria pulmonar artérias ilíacas Artérias Musculares artéria poplítea artéria radial artéria cerebral artéria coronária Paredes ricas em elastina, facilitando o recebimento do volume de ejeção cardíaco. A ejeção intermitente do sangue pelo coração em um fluxo contínuo através dos vasos mais distais. Tamanho médio a pequeno. Túnica média mais espessa. Esse tipo de artéria atua como condutos de baixa resistência e suas paredes ajudam a prevenir colapso em regiões com ângulos agudos, como no caso da articulação do joelho (art. Poplítea). Vasos de resistência 2. FUNCIONAL CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS Arteríolas promovem importante queda de pressão ao sistema após a passagem do sangue. Os vasos de resistência proximais têm paredes espessas em relação ao lúmen e são densamente inervados pelo sistema nervoso simpático. As arteríolas terminais (metarteríolas) são menos inervadas. 2. FUNCIONAL CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS Vasos de trocas (Capilares e Vênulas) Sua parede se resume a uma única camada de células endoteliais, facilitando a transferência de metabólitos e nutrientes entre o sangue e os tecidos. As vênulas também participam do processo de trocas entre os tecidos e o sangue (Vênulas Pericíticas). Algumas trocas podem ocorrer antes de chegar nos capilares (pequenas arteríolas), incluindo nessa categoria de vasos de trocas ambos os lados da rede capilar. Anastomoses arteriovenosas São locais onde arteríolas e vênulas se conectam diretamente sem passar pelos capilares, são densamente inervados pelo sistema simpático. São localizados na mucosa nasal e na pele, participando do controle de temperatura. Não estão presentes em todos os tecidos. ELETROFISIOLOGIA DO CORAÇÃO Nodo Sinoatrial - (NSA) É constituído de um feixe de células musculares especializadas (condutoras) torno da porção superior entre a veia cava superior e o átrio direito. É o local da gênese da atividade elétrica cardíaca espontânea (Marcapasso Cardíaco). Nodo Atrioventricular – (NAV) O NAV também se localiza no átrio direito, sendo outra estrutura muscular especializada, situada próximo ao seio coronariano, na superfície endocárdica da porção inferior do septo interatrial. Feixes de His É um outro tipo de tecido especializado em condução que parte do NAV estendendo-se para a musculatura ventricular dividindo-se e formando uma extensa rede de condução interventricular PECULIARIDADES DA ATIVIDADE ELÉTRICA CARDÍACA O potencial de ação de uma célula cardíaca caracteriza-se pela sua longa duração. ➢ Potencial de repouso (-90 mv) – Fase 4 – rápida despolarização ate´atingir 40 mv. ➢ A rápida despolarização é interrompida por um “platô” – Fase 1. ➢ Durante essa fase de “platô” – Fase 2 – a célula fica com potencial despolarizado, próximo de 0 mv. ➢ Em seguida ocorre a fase de repolarização rápida – Fase 3. ➢ Após esses eventos o ciclo é reiniciado a partir da fase 4. -90 40 CANAIS IÔNICOS NO MÚSCULO CARDÍACO Canal para sódio voltagem dependente (INa) Proteína integral Potencial de repouso (-90 mv) Pequena Despolarização (-60 mv) ATIVAÇÃO INATIVAÇÃO A ativação promove a abertura de outros canais de Na voltagem dependentes (despolarização celular) Ao atingir o equilíbrio (INa) os canais se fecham (Gradiente eletroquímico) CONSEQUÊNCIAS ELETROFISIOLÓGICAS IMPORTANTES DA INATIVAÇÃO DOS CANAIS DE Na PERÍODO REFRATÁRIO Período após a estimulação de um PA durante o qual, por maior que seja o estímulo, não ocorre um novo PA. PERÍODO REFRATÁRIO ABSOLUTO Período no qual a maior parte dos canais de Na estão inativados – Fase1 (platô) PERÍODO REFRATÁRIO RELATIVO Uma parte dos canais de Na torna-se ativos – repolarização – um estímulo suficientemente intenso pode desencadear um novo PA Diminuição Progressiva no potencial de repouso Ocorre durante processos isquêmicos cardíacos. Nestes casos, uma importante fração de canais de Na está inativada. O miocárdio quando estimulado vai apresentar um PA mais lento que o normal (INa menor) e como conseqüência, o PA irá se propagar com menor velocidade, podendo acarretar bloqueios de condução ou arritmias. Canal de Cálcio voltagem dependente (ICa) Canal tipo “L” (ICa, L) É o responsável pela principal corrente de despolarização no NSA e NAV. No miocárdio atrial, ventricular e tecidos de condução, o canal tipo “L” participa da fase de platô, sendo também essencial no acoplamento excitação-contração do miocárdio (liberação de Ca intracelular) Canal tipo “T” (ICa, T) Distribuição mais restrita, encontrado em miócitos ventriculares, NSA e fibras de Purkinje As principais diferenças entre os dois tipos de canais de Ca são: ➢ Faixa de voltagem para ativação e inativação ➢ Características Cinéticas ➢ Sensibilidade à diferentes tipos de drogas Canal de Potássio (IK) Uma mesma célula apresenta mais de um tipo de canal de K, sendo um dos fatores responsáveis pela grande variação na duração do PA e particularmente no curso temporal da repolarização observados nas diferentes regiões do coração. Diferentes tipos de canais de potássio Canal de K Retificador de Influxo Mantém o potencial de repouso próximo ao potencial de equilíbrio do K na maior parte das células miocárdicas Se fecha quando o potencial transmembrana se afasta do potencial de equilíbrio do K (despolarização), diminuindo a corrente de efluxo e mantendo a célula despolarizada durante o platô do PA. Canal de K Ativado por acetilcolina (Ach) Apresenta retificação de influxo semelhante ao canal retificador e é ativado por uma proteína “G” como resultado da interação da acetilcolina com o receptor muscarínico. Importante na determinação do potencial de repouso do miocárdio atrial, NSA, NAV, onde há maior concentração de receptores muscarínicos. Canal de K Regulado por ATP Pouco sensível ao potencial de membrana, se abrem quando ocorre uma redução nos níveis de ATP citosólico. Esses canais permanecem a maior parte do tempo fechados. BASES IÔNICAS DO POTENCIAL DE AÇÃO NO CORAÇÃO INa é a principal corrente despolarizante no músculo atrial, ventricular e fibras de Purkinje (influxo de Na voltagem dependente)FASE 0 FASE 1 Repolarização rápida e transitória que se segue à despolarização inicial, depende diretamente dos canais deK transientes de efluxo (ativação e inativação muito rápidas) FASE 2 Fase de platô – As correntes despolarizantes (influxo de íons) como as correntes repolarizantes (efluxo de íons) são pequenas e de amplitudes iguais. Correntes despolarizantes incluem o influxo de Ca2+ (canal tipo “L”) e de Na+ (canais voltagem dependentes); e as correntes repolarizantes se deve aos canais de K retificador de influxo (se fecha) durante a fase de platô o que contribui para diminuir a corrente de efluxo. FASE 3 Fase de repolarização rápida final caracterizada pela predominância das correntes de efluxo. Está relacionado com a ativação dos canais de K retificadores retardados. FASE 4 Nas células com potencial de repouso estável, como no miocárdio atrial, ventricular e fibras de Purkinje, ocorre novamente um balanço entre as correntes de influxo e efluxo, em que o saldo final é uma corrente nula. 0 1 2 3 4 PROPAGAÇÃO DA ATIVIDADE ELÉTRICA NO CORAÇÃO A eficiência da propagação da atividade elétrica cardíaca depende de vários fatores: 1. Densidade de corrente no local ativo (despolarização) 2. Limiar de excitabilidade da região em repouso 3. Resistência extra e intracelular 4. Resistência juncional “GAP JUNCTIONS” – JUNÇÕES COMUNICANTES O miocárdio apresenta os chamados “discos intercalares” – estruturas juncionais com funções diferentes. - Desmosomas – Junções de adesão mecânica SEQUÊNCIA NORMAL DE ATIVAÇÃO CARDÍACA Efeitos Autonômicos sobre o Coração Ativação do sistema nervoso simpático - efeito cronotrópico positivo Efeitos Autonômicos sobre o Coração Sobre a Freqüência cardíaca Efeitos cronotrópicos Ativação do sistema nervoso simpático - efeito cronotrópico positivo Noradrenalina 1 Aumento da If Aumenta a velocidade da fase 4Aumenta a permeabilidade ao sódio e cálcio Efeitos Autonômicos sobre o Coração Ativação do sistema nervoso parassimpático - efeito cronotrópico negativo Ativação do sistema nervoso parassimpático - efeito cronotrópico negativo Efeitos Autonômicos sobre o Coração ACh Muscarínicos Diminui a da If Reduz a velocidade da fase 4Aumenta a permeabilidade ao potássio Estimulação simpática Estimulação vagal Efeitos Autonômicos sobre o Coração Efeitos Autonômicos sobre o Coração Estimulação Parassimpática cardíaca – liberação de Ach e ativação dos receptores muscarínicos promovendo bradicardia (lentificação da freqüência cardíaca Estimulação Simpática – liberação de noradrenalina e ativação de receptores 1 promovendo aumento da freqüência cardíaca - taquicardia BASES FISIOLÓGICAS DA ELETROCARDIOGRAFIA Eletrocardiograma É a medida da diferença de potencial na superfície do corpo a qual reflete a atividade elétrica do coração ANÁLISE DE ELETROCARDIOGRAMA NORMAL ANÁLISE DE ELETROCARDIOGRAMA NORMAL INFRADESNIVELAMENTO DE SEMENTO ST INDICATIVO DE DAC O CORAÇÃO COMO BOMBA ELETROMECÂNICA Mecanismo de Frank-Starling CORAÇÃO Capacidade de regular seu débito Capacidade de alterar seu estado contrátil em larga escala Propriedade do músculo cardíaco de variar a sua capacidade de encurtar e desenvolver tensão em função do seu comprimento de repouso (Regulação Heterométrica) Mecanismo de Frank-Starling Fatores Físicos Resultam no fato de que o comprimento muscular governa o formato das fibras e a disposição das estruturas internas (sistema de filamentos deslizantes) Efeitos da Ativação Resultam no fato de que o grau de ativação do sistema contrátil depende do comprimento muscular em repouso O CORAÇÃO COMO BOMBA ELETROMECÂNICA CICLO CARDÍACO REGULAÇÃO DO VOLUME DE EJEÇÃO Volume de ejeção Volume diastólico Final (VDF) PRÉ-CARGA Pressão aórtica média Força de contração ventricular Mecanismo de Frank-Starling Aumento no retorno venoso RETORNO VENOSO x EXERCÍCIO 3 Principais mecanismos para o aumento do retorno venoso durante o exercício físico 1. Venoconstrição: promove o aumento do retorno venoso reduzindo a capacidade das veias em armazenar sangue 2. Ação da “bomba Muscular”: A ativação bomba é conseqüência da ação muscular durante as contrações no exercício físico. 3. Ação da “Bomba Respiratória”: O padrão rítmico da respiração promove o aumento no retorno venoso. Durante a inspiração a pressão intratorácica diminui e a pressão abdominal aumenta, criando um fluxo de sangue venoso da região abdominal para o tórax. DÉBITO CARDÍACO Débito cardíaco Representa a quantidade de sangue que cada ventrículo lança na circulação em determinada unidade de tempo. DC = FC x VS (l/min) Débito sistólico Volume de ejeção (VE) Quantidade de sangue ejetado pelo ventrículo em cada sístole Fração de ejeção (volume sistólico) É a resultante da divisão do VE pelo VDF (%) Volume diastólico Final (VDF) É a quantidade total de sangue necessário para encher plenamente o ventrículo durante o período de diástole ventricular Volume sistólico Final (VSF) É a quantidade de sangue remanescente no ventrículo imediatamente após uma sístole ventricular Débito Cardíaco O treinamento aumenta o débito cardíaco? Débito Cardíaco Freqüência Cardíaca Volume de ejeção Destreinados 5.000 ml/min 70 bpm 71 ml Treinados 5.000 ml/min 50 bpm 100 ml Débito Cardíaco Freqüência Cardíaca Volume de ejeção Destreinados 22.000 ml/min 195 bpm 113 ml Treinados 35.000 ml/min 195 bpm 179 ml REPOUSO EXERCÍCIO DETERMINANTES DO DÉBITO CARDÍACO DC – regulado por mecanismos intrínsecos e extrínsecos HEMODINÂMICA ORIGEM DA PRESSÃO NO SISTEMA ARTERIAL Pressão sanguínea Gerada e mantida pela força propulsora cardíaca. Capacidade de dilatação da aorta. Resistência ao fluxo de sangue (vasos de resistência) HEMODINÂMICA ORIGEM DA PRESSÃO NO SISTEMA ARTERIAL Analogia entre um CKT ôhmico (RC) e o sistema cardiovascular V = I x R CKT ôhmico PA = DC x RPT Sistema cardiovascular HEMODINÂMICA Pressão Arterial é de natureza pulsátil Pressão arterial sistólica (PAS) Pressão arterial diastólica (PAD) PAS – Gerada pela sístole cardíaca e seu nível depende de: 1. Capacidade contrátil intrínseca do músculo cardíaco. 2. Do grau de estiramento das fibras miocárdicas (Frank-Starling). 3. Volume de sangue presente no ventrículo esquerdo (Pré-carga) antes da contração. 4. Resistência contra a qual o coração ejeta o sangue (Pós-carga). 5. Freqüência cardíaca RELAÇÃO ENTRE: FLUXO – PRESSÃO - RESISTÊNCIA HEMODINÂMICA Fluxo (Q) = Pressão Resistência Gradiente de pressão P1 P2 RESISTÊNCIA P = Q x R FLUXO SANGUÍNEO Resistência Vascular REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO LOCAL DURANTE EXERCÍCIO REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL MECANISMOS NEURO-HUMORAIS PRESSÃO ARTERIAL (PA) Regulação rápida (momento a momento) Regulação a longo prazo Regulação rápida da PA Funciona como arco reflexo o qual envolve: ➢ Receptores ➢ Aferências ➢ Centros de integração ➢ Eferências ➢ Efetores ➢ Alças hormonais REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL MECANISMOS NEURO-HUMORAIS SISEMA NERVOSO AUTONÔMICO E CONTROLE CARDIOVASCULAR SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO Sistema simpático Sistema parassimpático Controle parassimpático Eferentes vagais. Corpos celulares pré-ganglionares das eferências vagais localizam-se no Bulbo, na região do núcleo Dorsal motor do Vago (DMV) e no núcleo Ambíguo (NA) conhecidos como “centro cardioinibidor” Controle simpático Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares do sistema simpático estão localizados na coluna intermédio lateral da medula espinhal (IML), e tem a acetilcolina (Ach) como seu neurotransmissor. Estes se projetam para os neurônios pós-ganglionares da cadeia simpática paravertebral, sendo a noradrenalina seu neurotransmissor mais importante. SISEMA NERVOSO AUTONÔMICO E CONTROLE DE PRESSÃO ARTERIAL FREQUENCIA CARDÍACA INTEGRAÇÃO BULBAR DO CONTROLE CARDIOVASCULAR Origem do tono vagal e simpático cardíaco Mecanismos de integração bulbar Grupamentos neuronais envolvidos na gênesedo tônus vagal (DMV e NA) Grupamentos neuronais responsáveis pelo tono simpático: RVLM Centro integrador das informações aferentes dos receptores cardiovasculares especializados (Núcleo do Trato Solitário – NTS) CONTROLE REFLEXO CARDIOVASCULAR Reflexos cardiovasculares São mecanismos de ajustes rápidos do sistema cardiovascular frente a uma alteração de pressão, de volume ou bioquímica. BARORREFLEXO OU REFLEXO BAROCEPTOR Receptores de estiramento especializados (croça da aorta e seio carotídeo) Enviam suas aferências ao SNC, especificamente o NTS por meio dos nervos vago (X) e glossofaríngeo (IX) CONTROLE REFLEXO CARDIOVASCULAR BARORREFLEXO OU REFLEXO BAROCEPTOR SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA PA Pressão de perfusão Renal RENINA Angiotensinogênio Substrato de Renina Angiotensina I Enzima conversora de Angiotensina Angiotensina IIALDOSTERONA Vasoconstricção RPT Reabsorção de Na+ Volume Sanguíneo PA em direção à normalização Quais as respostas ao exercício nos parâmetros cardiovasculares? SISTEMA CARDIOVASCULAR NO EXERCÍCIO Parâmetros Hemodinâmicos e metabólicos no exercício • Volume de ejeção (sistólico) • Frequência cardíaca • Débito cardíaco • Resistência vascular • Consumo de oxigênio • Pressão arterial Determinantes do Desempenho Cardíaco DÉBITO CARDÍACO COMO PODEMOS AVALIAR A EFICÁCIA DO CORAÇÃO COMO BOMBA? • Débito Cardíaco – Quantidade de sangue bombeada pelo coração durante o período de 1 minuto. É igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. • Durante o exercício ocorre um aumento do débito cardíaco proporcional a carga de esforço. Débito Cardíaco = Frequência Cardíaca x Volume Sistólico REPOUSO Varia consideravelmente, os fatores que influenciam no repouso são: Emocional (alteram o comando central). Valor médio de 5l → treinados e destreinados. DÉBITO CARDÍACO EXERCÍCIO O fluxo sanguíneo aumenta diretamente com a intensidade do exercício. O DC sobe gradualmente até atender as demandas metabólicas do exercício. EXERCÍCIO FÍSICO • Aumento no débito cardíaco (DC = FC x VS). • Redistribuição no fluxo sanguíneo • Elevação da perfusão circulatória para os músculos em atividade. • A vasodilatação do músculo esquelético (Atividade Simpática Difusa) • A resistência total ao fluxo sanguíneo cai drasticamente quando o exercício começa. Em repouso cerca de 20% do fluxo sistêmico são distribuídos para os músculos Durante o exercício os músculos ativos passam a receber até 90% deste fluxo (para um débito de 25L/min, mais de 22L/min vão para os músculos DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO Redistribuição do Fluxo Sanguíneo (Hiperemia do Exercício) • Vasoconstrição das arteríolas viscerais e vasodilatação das arteríolas dos músculos esqueléticos ativos (hiperemia). • A vasoconstrição visceral começa a ser importante a partir de 100 bpm devido ao aumento do influxo neural adrenérgico. Resistência Vascular RESISTÊNCIA VASCULAR E DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO Atletas de Endurance: DÉBITO CARDÍACO Essa adaptação ao treinamento explica em partes as frequências cardíacas de repouso mais baixas Débito Cardíaco O treinamento aumenta o débito cardíaco? Débito Cardíaco Freqüência Cardíaca Volume de ejeção Destreinados 5.000 ml/min 70 bpm 71 ml Treinados 5.000 ml/min 50 bpm 100 ml Débito Cardíaco Freqüência Cardíaca Volume de ejeção Destreinados 22.000 ml/min 195 bpm 113 ml Treinados 35.000 ml/min 195 bpm 179 ml REPOUSO EXERCÍCIO VOLUME DE EJEÇÃO (SISTÓLICO) É a quantidade de sangue (em ml) bombeada por um ventrículo durante uma contração → O valor enunciado refere-se habitualmente ao ventrículo esquerdo. VOLUME SISTÓLICO = VOLUME DIASTÓLICO FINAL – VOLUME SISTÓLICO FINAL