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BENEFICIAMENTO DO LEITE ● Instrução Normativa 76 (2018): identidade e características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, leite pasteurizao e leite tipo A ● Instrução Normativa 77 (2018): Critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados ● Granja leiteira- estabelecimento destinado à produção, pré-beneficiamento, beneficiamento, envase, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição do leite para consumo humano direto, podendo também elaborar derivados lácteos a partir de leite exclusivo de sua produção ● Leite tipo A: produzido, beneficiado e envasado na granja leiteira, pode ser integral, desnatado ou semidesnatado ○ Deve ser envasado e circuito fechado e sua homogeneização é obrigatória para os leites integral e semidesnatado ○ Tabela de requisitos físico-químicos e microbiologicos para o leite tipo A cru ○ Condições de armazenamento: na granja (4ºC), câmara frigorífica (4ºC) e entrega do leite (7ºC) ● Tanque comunitáio: após cada ordenha, o leite deve ser imediatamente transportado do local de produção para o tanque de uso comunitário em latões com a identificação do produtor, sendo proibido o recebimento do leite previamente resfriado ● Transporte do leite cru: latões, deve ser entregue ao produtor em no máximo 2h após a ordenha) ● Leite pasteurizado: o leite cru refrigerado, estocado nos tanques de refrigeração individual ou de uso comunitário bem como o letie recevido em tatões devem ser coletados para alalise em laboratório da rede brasileira de laboratórios de controle da qualidade do leite OPERAÇÕES UNITÁRIAS DO BENEFICIAMENTO DO LEITE Beneficiamento ● Segurança: “destruição da flora patogênica e de grande parte da flora deterioradora” ● Qualidade: vida de prateleira X processo X valor nutricional ● Binômio tempo-temperatura é muito importante (deve-se eliminar os MO mas sem prejudicar as características nutricionais e sensoriais do leite) Pasteurização : destruição de grande parte da microbiota deterioradora e inativação de enzimas ● Patógeno alvo (mais termoresistente): Coxiella burnetti ● Deve-se dar atenção aos MO psicrotróficos pois muitas enzimas produzidas por eles são termorresistentes e podem estar relacionadas a problemas tecnológicos ● Binômio tempo-temperatura ○ Nutrientes termo sensíveis ○ Durabilidade/segurança do produto ○ Qualidade e estabilidade (biológica e física) ■ Centrifugação e homogeneização Recepção do leite ● Propriedade rural: coleta do leite nos tanques de expansão em caminhões isotérmicos (T máxima de recepção = 10ºC); agitação lenta paa evitar a separação de gordura ● Usina de beneficiamento: determinação da massa/volume do leite recebido, eliminação de ar, bomba centrífuga, filtro, medidor de volume, silo de estocagem, escotilha para limpeza Clarificação ● Eliminação de material “estranho” presente no leite ○ Pelos, pó… Desnate e padronização ● Retirada da gordura do leite ou ajuste do teor de gordura ● Princípio físico: particulas são separadas por diferença de densidade (centrifugação) ○ Flotação de gordura ○ Glóbulos de gordura maiores atingem o topo primeiro ● Lei de Stokes : V = 18μ D²·(ρ ρ )·g− partícula ○ V é a velocidade de sedimentação, D o diâmetro da partícula, a ρ densidade da fase contínua, é a densidade da partícula e a ρ partícula μ viscosidade ● Temperatura de centrifugação: 35-40ºC ● Como facilitar o processo de separação: ○ Aumentar a área superficial do tanque sem alterar o volumo, fazendo com que a altura diminua e a partícula tenha que percorrer um caminho menor para chegar ao topo ○ Se colocar algumas paletaas no tanque, elas funcionam como “paredes” que possibilitam que as partículas deixem de ficar totalmente envoltas pela fase contínua, reduzindo a trajetória delas ○ Modificar o tipo de aceleração (gravidade → aceleração angular) ■ Na lei de Stokes, trocar g por r.w² ○ Centrífugas de disco ■ As partículas mais densas vão para a parte externa, e as menos densas para a parte interna dos discos (creme de leite) ■ Troncos de cone- modifica a área de separação enquanto há rotação do sistema ■ O fluxo do produto fica no limite entra as duas partes separadas ■ O controle do fluxo de saída é o que permite a padronização do leite ● Padronização do teor de gordura- incorporação de creme de leite no leite desnatado Homogeneização ● Redução do tamanho dos glóbulos de gordura para aumentar a estabilização do leite ● Temperatura de homogeneização: 50ºC ● Com a homogeneização, há um aumento da superfície dos glóbulos de gordura, e esse aumento é suprido com as proteínas, que ocupam os espaços faltantes da membrana ● 3 etapas: ○ Cisalhamento: os globulos se chocam com uma válvula de alta pressão, fazendo com que o leite passe por buracos bem pequenos, visando o rompimento e deformação dos glóbulos de gordura ○ Cavitação: implosão dos glóbulos de gordura devido à drástica redução na pressão ao se chocarem com outra válvula de baixa pressão ○ Impacto: choque dos glóbulos com os pinos da válvula Pasteurização ● Tratamento térmico que visa: ○ A eliminação de todos os MO patógenos (visando o Coxiella) ○ A eliminação de parte dos MO deterioradores ○ Inativação de algumas enzimas ○ Preservação das características físico-químicas e sensoriais do leite ● Pasteurização LTLT (Long Temperature Long Time) ○ 63ºC/30min ○ Operação em batelada ○ Baixa eficiência energética ○ Menor desnaturação proteica (facilita a produção de queijos) ● HTST (High Temperature Short Time) ○ 72-75ºC/15-20s ○ Operação contínua (trocador de calor a placas) ○ Elevada eficiência energética ○ Maior desnaturação proteica ○ Se for contra corrente- melhor eficiência térmica ● Sabe-se que o processo de pasteurização ocorreu de forma correta se afosfotase estiver inativa e a peroxidase ativa no final do processo ○ Fosfotase ativa- não foi suficiente ○ Peroxidase inativa- passou do limite ● Escoamento no pasteurizador: ○ O fluido passa entre as placas ○ O fluxo é controlado por borrachas de vedação que impedem a entrada/saída do leite ou da água em placas intercaladas ■ Maximização da superfície de contato entre o leite e as placas quentes ○ Como o volume de leite que entra é muito pequeno, ele atinge a temperatura rapidamente ○ Ranhuras nas placas- aumenta a turbulência do leite e da água para melhorar a troca de calor ○ Tubo de retenção- tubo espiralado que garante que o leite fique na temperatura desejada pelo tempo certo ○ Tem um sensor ao final do tubo para ver se o leite está saíndo a no mínimo 72ºC (se nã estiver, passa pelo pasteurizador novamente) ○ O leite quente é colocado para trocar calor com o leite cru frio para o melhor aproveitamento da energia ○ O leite é resfriado com água gelada para sair do pasteurizado a 4ºC Envase ● Higienização das embalagens por raios ultra-violeta Microfiltração ● Os MO são fisicamente retirados em sua forma integral, sem a necessidade de tratamento térmico (sem alterações) ● Membrana seletivamente permeável que cosegue reter as bactérias ● Apelo sensorial e nutricional ● Proibido no Brasil
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