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Controle intrínseco e extrínseco do coração

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* O ciclo cardíaco é o resultado das 
modificações rítmicas da atividade elétrica 
do coração. 
* É dividido em: 
1. Contração = sístole 
2. fase de relaxamento e enchimento = 
diástole 
 
PROPRIEDADES DO MÚSCULO 
CARDÍACO 
* Cronotropismo: capacidade de gerar seus 
próprios estímulos (nó-sinoatrial). 
* Dromotropismo: capacidade de conduzir o 
processo de ativação elétrica por todo o 
miocárdio (tecido excito-condutor) 
* Batmotropismo: capacidade do miocárdio 
reagir quando estimulado, a reação se 
estende por todo órgão (se estender menos 
ou mais) 
* Inotropismo: capacidade de se contrair 
como um todo, uma vez que foi estimulado 
(sincício funcional cardíaco). 
 
DÉBITO CARDÍACO 
* É o volume de sangue (em litros) que vai 
ser ejetado por minuto do VE para a aorta 
* Expressado em litros por minuto 
* 1 batimento cardíaco = 1 sístole e 1 
diástole. 
* Frequência cardíaca (FC): velocidade do 
ciclo cardíaco medida pelo número de 
batimentos por minuto (bpm) – varia de 
acordo com necessidades fisiológicas do 
organismo e necessidade de oxigênio (ex.: 
exercício físico, estresse etc.), o ritmo é 
determinado pelo nó sinoatrial. 
- Volume ejetado (VE, ou volume de sangue 
ejetado a cada batimento) 
- O DC pode ser alterado pelas variações 
da FC e VE. 
- DC = FC X VE (FC de um cão é de 90 bpm 
/ VE de 14 ml / DC = 90 x 14 = 1260 ml) 
* Os parâmetros são controlados por 
mecanismos intrínsecos locais existentes 
no miocárdio (nó sinoatrial) e por 
regulações extrínsecas (sistema nervoso 
autônomo). 
* Esses fatores ajustam a FC e o VE 
alterando a força, velocidade, a duração e a 
extensão da contração. 
* A condução elétrica dentro do coração é 
ajustada para manter a sincronização 
adequada das sístoles atrial e ventricular. 
 
PRÉ-CARGA 
* O grau de distensibilidade da fibra 
miocárdica no final da diástole, pode se 
dizer que se refere a quantidade de sangue 
que acumulou no ventrículo na fase de 
relaxamento do ventrículo. 
* Volume de sangue que preenche os 
ventrículos (volume diastólico final). 
 
PÓS-CARGA 
* Força que se opõe à contração 
ventricular (trabalho ventricular) 
* Influenciada pelo volume de sangue 
ejetado, tamanho e espessura das paredes 
dos ventrículos, impedância dos vasos 
(vasoconstrição, resistência vascular 
periférica) na diástole (volume diastólico 
final). 
* Resistência que o sangue ejetado pelo VE 
precisa enfrentar para ser distribuído. 
 
REGULAÇÃO INTRÍNSECA: DENTRO DO 
CORAÇÃO 
* Vai ser determinada pelo volume de 
sangue que chega ao coração. 
* Capacidade do coração de se adaptar a 
volumes variáveis de sangue. 
 
LEI DE FRANK-STARLING 
* Quanto mais o músculo cardíaco é 
distendido (maior enchimento), maior a 
força de contração e maior a quantidade de 
sangue é bombeado para os ventrículos. 
* Há um limite, no qual a força de 
contração começa a cair. 
* Regulação intrínseca do coração de 
aumentar o DC com o aumento de retorno 
venoso. 
* Quando as células apresentam grau de 
estiramento muito grande, as proteínas 
(actina e miosina) não interagem, por isso o 
bombeamento se torna mais fraco. 
* Quanto mais sangue, ele vai contrair com 
mais força. 
* Aumento da força de contração quando 
ocorre um aumento do retorno venoso (pré-
carga). 
* Resulta no aumento da força da contração 
muscular à medida que o comprimento das 
fibras aumenta até seu tamanho ideal, 
permitindo então a formação máxima de 
ligações cruzadas entre as proteínas 
contráteis, actina e miosina. 
* Com volumes diastólicos finais muito 
grandes, a contração máxima vai diminuir 
porque as fibras musculares estão 
estiradas, dificultando o estabelecimento 
de interações ideais (ligações cruzadas) 
entre os miofilamentos. Contudo, esse 
estiramento excessivo raramente é 
observado nos corações normais. 
* Os aumentos da resistência arterial – ou 
pós carga – podem impedir que o coração 
ejete sangue. A pressão aórtica (que 
aumenta e diminui durante a ejeção), a 
viscosidade do sangue, as propriedades 
viscoelásticas do sistema arterial e 
resistência arterial são fatores que 
contribuem para a pós- carga. 
* Quando a pós-carga está inicialmente 
elevada, ocorrem reduções do volume 
ejetado e do esvaziamento ventricular. 
 
REGULAÇÃO EXTRÍNSECA 
* Sistema nervoso – visceral (está 
relacionado com a homeostase, tem ligação 
direta com as vísceras) – eferente – 
sistema nervoso autônomo – parassimpático 
ou simpático. 
* Todas as fibras nervosas formam o plexo 
cardíaco no mediastino cranial. 
* Localização (neurônios pré-ganglionares): 
- Parassimpático (tronco encefálico e S2 a 
S4) 
- Simpático ( T1 a L2): existem outras 
áreas cerebrais que são importantes na 
regulação visceral. 
* Localização (neurônios pós-ganglionares): 
- Parassimpático: próximo ou dentro da 
víscera (ação sempre localizadas a um 
órgão). 
- Simpático: longe da víscera (ação 
normalmente difusa). 
* O sistema simpático tem uma ação 
antagônica à do parassimpático. 
* Simpático: luta ou fuga; stress; alarme. 
- As fibras eferentes simpáticas são 
responsáveis pelos receptores de dor. 
- Fibras pós ganglionares: maioria 
adrenérgicas. 
- Provoca: midríase (dilatação da pupila), 
piloereção (arrepios), taquicardia, 
broncodilatação (aumento do pulmão), 
diminuição do peristaltismo (sangue 
redirecionado das vísceras para os 
músculos), aumento da sudorese, aumento 
da pressão arterial, sangue direcionado aos 
músculos. 
* Parassimpático: repouso e digestão. 
- Os nervos eferentes parassimpáticos 
reagem a aumentos em distensão. 
- Fibras pós ganglionares: colinérgicas. 
- Provoca: miose (constrição da pupila), 
braquicardia (diminuição do ritmo 
cardíaco), broncoconstrição, aumento do 
peristaltismo (maior circulação nas 
vísceras), abertura dos esfíncteres, 
ereção. 
* É necessário que exista um equilíbrio 
entre os dois (homeostase) 
* O sistema nervoso autônomo atua de 
forma inconsciente para deixar o nosso 
meio interno em equilíbrio (homeostase). 
* A inervação do coração origina-se 
principalmente do sistema nervoso 
autônomo por meio dos nervos simpáticos e 
parassimpáticos (vagais) bilaterais. 
* Os nós sinoatrial e atrioventricular têm 
inervação abundante; o nó SA recebe 
fibras principalmente do lado direito do 
corpo, enquanto o nó AV recebe dos dois 
lados. 
* a inervação ventricular, com exceção de 
feixe de His, tem apenas inervação 
parassimpática moderada. 
Simpático 
* Em geral, os nervos simpáticos têm ações 
cronotrópicas (frequência das contrações), 
inotrópicas (força das contrações), 
batmotrópicas (aumento da 
extensibilidade) e dromotrópicas 
(velocidade de condução AV) positivas no 
coração. 
* A estimulação simpática aumenta a taxa 
de despolarização do nó SA, acelera a 
condução AV e aumenta a contratilidade 
dos átrios e dos ventrículos. 
* A noradrenalina (neurotransmissor) 
aumenta a permeabilidade da membrana ao 
Na e Ca no nó sinusal, aumentando a 
frequência cardíaca. 
Parassimpática 
* Tem ações cronotrópicas (frequência das 
contrações), inotrópicas (força das 
contrações) e dromotrópicas (taxa de 
condução) negativas no coração. 
* A ativação parassimpática são reduções 
da frequência cardíaca e da contratilidade. 
* Liberação de acetilcolina 
(neurotransmissor): aumenta a 
permeabilidade da membrana, sai muito K+ 
da célula e diminui a frequência cardíaca. 
 
FUNÇÕES DO CORAÇÃO 
* A alternância entre contração (sístole) e 
relaxamento (diástole) faz com que gere 
uma ação bombeadora que faz com que o 
sangue circule por todo o corpo. 
* Durante a sístole, os átrios se contraem 
primeiro e depois os ventrículos se 
contraem mais ou menos pelo dobro do 
tempo da contração atrial (o nó 
atrioventricular controla o intervalo e o 
tempo das contrações, e garante o 
preenchimento sanguíneo nos ventrículos). 
* O volume de sangue bombeado durantea 
sístole é denominado volume sistólico. 
* O índice cardíaco é o débito cardíaco com 
correção para o peso corporal. 
* Durante a diástole o miocárdio relaxa e 
as câmaras se enchem de sangue 
passivamente. 
* As valvas atrioventriculares se abrem e 
as valvas semilunares se fecham durante a 
diástole. 
* O coração pode ser avaliado clinicamente 
por: medição da FC e do ritmo cardíaco, 
pela palpação do pulso, pela medição da 
pressão sanguínea e da pressão venosa 
central e pela auscultação do coração. 
* Há 4 bulhas cardíacas: 
- B4 (bulha atrial) 
- B1, B2 e B3 
- É possível auscultar as 4 bulhas em 
apenas alguns equinos, já a B1 e B2 devem 
ser audíveis em todos os animais 
domésticos. 
- B1: fechamento simultâneo das valvas 
atrioventriculares durante o início da 
sístole. 
- B2: fechamento simultâneo das valvas 
pulmonar e aórtica durante o início da 
diástole. 
- B3: preenchimento ventricular passivo. 
- B4: contração atrial. 
- As regiões onde é possível auscultar as 
bulhas com clareza são chamadas de ponto 
de intensidade.

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