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Para que ocorra uma gestação e parto normais, é necessário que os órgãos genitais e conduto pélvico apresentem conformação anatômica normal. Ao obstetra é fundamental o conhecimento da anatomia obstétrica para que possa intervir adequadamente tanto no tratamento quanto na profilaxia das distocias. A pelvimetria consiste basicamente na determinação métrica das dimensões pélvicas, e sua utilização está diretamente relacionada à reprodução. Fundamentalmente representa um método profilático contra complicações do parto causadas por deformação, mal- formação ou seqüelas de afecções presentes nessa estrutura óssea. Além disso, é um método diagnóstico de baixo custo e de simples realização Conduto Pélvico: corresponde ao canal ósteo-ligamentoso pelo qual o feto passa na ocasião do parto. Compõe-se de 2 partes, no que se refere a constituição: ◦ a. dura ou óssea Teto: Sacro (5 vértebras) + vértebras coccígeas (3 primeiras) Partes laterais; Íleo + Ísquio Assoalho: Púbis ◦ b. mole Ligamentos: – Sacrotuberais e Sacroilíacos; Cartilagens; Vasos; Nervos: Ciático (superior bilateral), pudendo e obturador (inferior bilateral), e todo plexo pélvico simpático; Diafragma pélvico: – Fáscia pélvica, fáscia perineal profunda e superficial e músculos superficiais e profundos do períneo A forma do conduto pélvico é normalmente cônica, sendo a base maior voltada cranealmente e a menor caudalmente. Em relação ao eixo vertebral, forma um ângulo obtuso cuja amplitude varia com a espécie Crescimento e desenvolvimento da pelve ◦ A área pélvica da espécie bovina cresce em uma taxa quase constante nos animais de 9 a 24 meses de idade, este sendo um pouco mais acelerado entre 10 a 15 meses e diminuindo dos 16 aos 24 meses de idade. manejo e regime alimentar a que os animais são submetidos durante a fase de crescimento pélvico afetam a taxa de crescimento das dimensões da pelve dos animais. ◦ Ocasionalmente, nas vacas mais jovens, pode encontrar-se no assoalho pélvico uma tuberosidade pontiaguda, projetando-se para o canal pélvico na porção cranial da sínfise púbica Crescimento e desenvolvimento da pelve Por ocasião do parto e decorrente da ação hormonal, o diâmetro interno da pelve aumenta devido ao afrouxamento dos ligamentos pélvicos, deslocamento dorsal do sacro e lateral dos íleos, bem como a abertura da sínfise pubiana. A pelvimetria determina as dimensões da pelve afim de que o obstetra possa prever as dificuldades do parto e tomar medidas para solucioná-las. É importante notar que conforme a espécie, a pelve apresenta forma diferenciada. A medida da pelve pode ser direta ou indireta, a primeira corresponde a medida interna do tamanho da pelve, que pode ser feita, através do reto, com as mãos do obstetra, ou com aparelhos específicos (compassos). A medida da pelve pode ser direta ◦ Através da palpação retal é possível mensurar-se a pelve bovina em relação: ao plano vertical, por meio da medida da sacropubiana (distância entre o relevo ventral do corpo das últimas vértebras sacrais e a protuberância localizada na sínfise púbica) ao plano horizontal, da medida da biilíaca superior (distância entre as faces internas dos corpos dos ílios imediatamente abaixo ao sacro); média (maior distância interna entre os braços dos ílios); e/ou inferior (distância entre os corpos dos ílios próximos ao acetábulo) As medidas a serem tomadas para estudar a pelve são: ◦ diâmetro sacro-pubiano ou conjugado verdadeiro: mede a distância do púbis a articulação lombo sacra (promontório ) determina a altura da pelve. ◦ Diâmetro bi-ilíaco: este pode ser tomado na linha média, distância entre as tuberosidades do psoas no corpo do íleo. Ou também podem ser tomadas as medidas superiores e inferiores da distância entre os íleos. Mede a largura da pelve. Com estas medidas as pelves são classificadas em: ◦ Mesatipélvicas: quando os diâmetros sacro-pubiano e bi-ilíacos são semelhantes. Pelve circular. Equinos, cadelas pequenas, gatas ◦ Dolicopélvicas: quando o diâmetro sacro-pubiano é maior do que o bi-ilíaco. Ruminantes, suínos e cadelas grandes ◦ Platipélvicas: quando o diâmetro bi-ilíaco é maior do que o sacro-pubiano. Cães bassetóides Indiretamente as medidas da pelve podem ser inferidas a partir de medidas externas, no entanto podem ocorrer erros devido às variações entre as raças e idade dos animais. Estas medidas foram concebidas a partir de um estudo com animais abatidos em que se fez a relação de medidas externas com os diâmetros pélvicos. A somatória das medidas externas dividida pela somatória das medidas internas gerou um coeficiente que seria utilizado para converter cada medida externa em uma interna. Por exemplo: medida da altura da cernelha multiplicada pelo coeficiente resulta na medida do diâmetro sacropubiano. A medida da distância entre as protuberâncias ilíacas multiplicada pelo respectivo coeficiente resulta no diâmetro bi-ilíaco superior e assim em diante. PELVIMETRIA PELVIMETRIA Em termos práticos, a relação existente entre a conformação da garupa e a pelve pode ser exemplificada ◦ Pela garupa em forma de trapézio invertido, característica de bovinos de corte, que está associada à redução do diâmetro pélvico e maior índice de distocias em certas raças. ◦ A égua apresenta abertura circular (mesatipélvica) enquanto a vaca a tem quase retangular (dolicopélvica), daí a maior freqüência de distocias nesta espécie. ◦ Os suínos apresentam pelve semelhante a da vaca e ◦ Os carnívoros podem apresentar diferentes tipos conforme a raça (Pequinês tem forma específica com a pelve mais larga do que alta - platipélvica). Diferenças entre as pélvis masculinas e femininas. ◦ a) Diâmetro de entrada → menor nos machos ◦ b) Arco isquiático → mais estreito nos machos ◦ c) Cavidade pélvica → menor nos machos ◦ d) Sínfise Pélvica → sinestosada nos machos ◦ e) Porção cranial do assoalho pélvico → convexo no macho e côncavo na fêmea Fatores que determinam a marcha rápida do parto: ◦ a) Eixo pélvico plano ◦ b) Eixo pélvico curto ◦ c) Eixo pélvico c/ inclinação caudal ◦ d) Grande distância do sacro à tuberosidade isquiática Causas de luxação coxofemoral na vaca na hora do parto ◦ a) Acetábulo raso ◦ b) Falta de musculatura dos membros posteriores potente ◦ c) Pode faltar o ligamento redondo, que é fraco e pequeno quando existe ◦ d) Andar peculiar jogando as pernas ◦ e) Falta do ligamento acessório do redondo Novilha holandesa com mojo bem pronunciado teve auxílio obstétrico de tração forçada no momento do parto. O feto retirado já se encontrava morto. Após a retirada do mesmo a vaca deitou e não levantou mais. O veterinário consultado pelo telefone preconizou tratamento para hipocalcemia que perdurou por 5 dias sem sucesso Vaca caída pós parto distócico: Paralisia do nervo obturado, Paralisia do nervo isquiático, Luxação sacroiliaca, Fratura pélvica, Trauma vertebral lombo-sacro, Rupturas de útero Derivaux e Ectors (1984) relatam que a vaca, por possuir uma pelve de conformação mais cilíndrica, ao contrário da égua que tem uma pelve cônica, oferece maior dificuldade para a passagem do bezerro no momento do parto, em conseqüência da maior extensão de paredes ósseas, menor largura e uma curvatura da sínfise pubiana bem mais pronunciada. Eles concluem que estas seriam as justificativas para a diferença na duração do parto de uma vaca quando comparado com de uma égua. A maioria dos casos de distocias resulta da incompatibilidade entre o tamanho do bezerro e da abertura pélvica da mãe, devido ou ao peso excessivo do feto ou área pélvica materna insuficiente CRONOLOGIA DO DESENVOLVIMENTOEMBRIONÁRIO EM MURINOS Wang & Dey, 2006 CRONOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO NOS ANIMAIS DOMESTICOS Retenção de óvulos não fecundados no oviduto Formação de capsula acelular entre zona pelúcida e céls. Do trofoblasto ◦ Após eclosão da ZP embrião recoberto pela capsula até 20°d de gestação Ovulação de oócitos imaturos ◦ Maturação no oviduto de 2 a 5 dias Blastocisto no útero 10d após ovulação Migração 3d no corno ipsilateral + 3d de um corno para outro ◦ ZP modificada ou capsula semelhante aos equinos? Implantação por volta do 18°d A maioria dos animais domésticos são poliéstricos; - Vaca - Égua - Porca - Ovelha - Cabra Vários ciclo estrais consecutivos * Cadela: 1 ciclo a cada 4/6meses Para a manutenção da gestação o organismo da fêmea tem que “entender” que está gestante. ◦ Impedir a luteólise E2 dos folículos em crescimento – síntese de receptores para oxitocina no endométrio Oxitocina liberada pela hipófise liga-se a esses receptores induzindo a produção de PGF2α PGF2α atinge o CL através de anastomose com a artéria ovariana Útero Ovários ROc Neuro-hipófise Oc Fosfolipase C Ca2+ Fosfolipase A Ácido Aracdônico PGF2 COX - 2 CL Estrógenos Estimula a lise do CL Ação da PGF2 Aula1_reconhecimento_materno/luteolysis.mov Aula1_reconhecimento_materno/luteolysis.mov Aula1_reconhecimento_materno/luteolysis.mov Reconhecimento precoce em éguas Embriões viáveis secretam PGE2 Relaxamento da musculatura ampola-istimo e do istomo Progesterona ◦ Hormônio indispensável para a manutenção da gestação; ◦ CL precisa ser mantido Embrião previne síntese de PGF2α Embrião altera distribuição de PGF2α Embrião secreta substância que compete com os efeitos da PGF2α no CL Progesterona - O corpo lúteo persiste durante toda a gestação (exceto em ovinos e equinos nestas a placenta produz progesterona); - Placenta dependentes: Égua e ovelha - CL dependentes: vaca, porca, cabra e cadela. Citocinas: interferons, interleucinas, fatores estimulantes de macrófagos, fator de necrose tumoral; Enzimas: proteases; Prostaglandinas: PGF, PGE; Previne a secreção de PGF2, secretando o Interferon- (IFN- ); IFN- é secretado em grandes quantidades pelas células do trofoectoderma dos ruminantes; quando o blastocisto começa a se alongar aos 12-13º dia na vaca e 14-15º na ovelha e cabra; É QUANDO OCORRE O RECONHECIMENTO MATERNO. Estabilização ou regulação positiva dos receptores para progesterona no endométrio; Inibição direta dos receptores endometriais de estrógeno; Inibição dos receptores para ocitocina; Inibindo a transcrição de PGF2 pelas células endometriais, ou a produção de COX-2. Ruminantes Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. Previne a luteólise secretando estradiol; ◦ Alteração na liberação da PGF2: redirecionada para o lúmen uterino onde é degradada Também produz interferons, mas sem efeito na PGF2. * Mínimo de 4 embriões p/ impedir luteólise Porca não gestante Porca gestante Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. Mecanismo ainda não elucidado totalmente; Estradiol está envolvido, mas atua diferentemente dos suínos; Uteroferrina seria o principal fator de sinalização; Principal característica: movimentação por todo o útero. Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. A cadela não tem múltiplos ciclos estrais como a vaca ou égua; Tem 1 ciclo a cada 4 ou 6 meses; O tempo de viabilidade do CL é o mesmo do período de gestação; Consequentemente, em cães não há necessidade de reconhecimento materno! Fatores de reconhecimento da gestação, dias críticos do reconhecimento e período de implantação Espécie Fatores de reconhecimento da gestação Período crítico de reconhecimento (dias após a ovulação) Período de implantação (dias após a ovulação) Cadela Desnecessário - - Vaca bIFN- 15-16 18-22 Ovelha oIFN- 13-14 15-18 Égua Uteroferrina? 12-14 36-38 Gata Desnecessário - - Porca Estradiol (E2) 11-12 14-18 Mulher hCG 7-12 9-12 Adaptado de: Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. Adaptado de: Senger, 2005. Pathways to pregnancy and parturition. anticorpo Antígeno microbiano apresentado pela cél apresentadora de antúgeno Céls. Infectadas expressando antígeno microbiano Landim-Alvarenga, 2006 O embrião é um organismo diferente do da mãe (heterólogo); Apesar disso o embrião não é alvo da ação de linfócitos T; Como o concepto histoincompatível consegue sobreviver no útero imunocompetente ainda é um mistério; No embrião pré-implantado a integridade da zona pelúcida parece ser importante para evitar a rejeição imune materna. Aparentemente ocorre uma redução na expressão de antígenos do complexos de histocompatibilidade (MHC I e II)na superfície do concepto; Trofoblasto e útero secretam fatores que inibem a replicação de linfócitos; Três moléculas são secretadas pelo trofoblasto bovino que in vitro inibem a função do linfócito T: - PGE2; - Interferon- ; - Progesterona. Agem conjuntamente, inibindo populações de linfócitos Só tem efeito em níveis muito elevados Aparentemente a progesterona deve induzir local e temporariamente a produção de moléculas imunossupressoras - Progesterona. Aparentemente inibe a transição de monócitos para macrófagos. Teria efeitos similares aos glicocorticóides, embora mais fracos ou com doses maiores. Inibe a ativação dos linfócitos T em quantidades maiores do que as encontradas no plasma, o que sugere um efeito local, sendo este efeito reversível. A progesterona é a substância com maior possibilidade de exercer efeito imunossupressor durante a gestação por várias razões: ◦ (a) é um hormônio presente em praticamente todas as espécies; ◦ (b) é o único hormônio absolutamente essencial para a manutenção da gestação em todas as espécies; ◦ (c) tem sido demostrados efeitos imunossupressores das concentrações de progesterona na placenta; ◦ (d) tem efeitos imunossupressores mais fracos do que o cortisol; e ◦ (e) é produzida pelas células trofoblásticas, local alvo do sistema imune materno. Alguns microrganismos utilizam a produção de proteínas que se ligam a citocinas para confundir a resposta imune; Já identificadas proteínas placentárias em bovinos que poderiam ter esse efeito; A mais estudada é a PAG-1 (pregnancy- associated glycoprotein). Ações das PAGs -Competem com os antígenos embrionários pelos anticorpos produzidos contra esse antígenos; -Interferem, portanto, na ativação das células T; Gestação de equinos – cálices endometriais ◦ Estruturas de origem fetal inseridas no endométrio ◦ Resposta imune materna humoral e celular Local de produção molécula Epitélio endometrial Citocina TGF - β Epitélio endometrial Serpina uterina ovina Estroma endometrial PGE2 Cálices endometriais TGF – β2 Trofoblasto (bov; ovi) IFNτ / TAGs CL e/ou placenta P4 Contato físico entre trofoblasto e endométrio Duração varia conforme o tipo de desenvolvimento placentário Regulado por citocinas, hormônios e outros fatores Principio fisiológico da placentação é o intercambio entre o sangue materno e fetal órgão complexo onde ocorrem as trocas metabólicas maternofetais; troca seletiva de grande número de substâncias entre mãe e feto: ◦ nutrientes, gases e produtos de excreção; barreira contra tóxicos químicos e microrganismos; produção de vários hormônios envolvidos no manutenção da gestação, bloqueio da ovulação e contração uterina, secreção continuada das glândulas uterinas, desenvolvimento das mamas; ◦ a) prostaglandinas, que afetam o fluxo sanguíneo ao útero devido a seu efeito sobre as arteríolas. As PGE1 e PGE2 são vasodilatadoras, enquanto que a PGF2α é vasoconstritora ◦ (b) esteróides, principalmente estrógenos e progesterona, os quais têm efeito estimulatório sobre a biossíntese de proteínas. Os estrógenos também têm efeito estimulatório sobre a irrigação sanguínea ao útero. ◦ (c) lactógeno placentário (somatomamotropina), que tem sido identificado na ovelha (oLP) e na vaca (bLP), sendo produzido pelo placentoma. Tem atividade de prolactina e de somatotropina. O lactógeno placentário tem sido invocado no estímulo do crescimento embrionário e fetal, no desenvolvimento da glândula mamária e na esteroidogênese no ovário e na placenta. É possível também que tenha efeito luteotrófico cerca do dia 14 de gestação na ovelha ◦ (d) gonadotropinas coriônicas: até agora identificadas a equina (eCG) e a humana (hCG), a primeira secretada entre os dias 40 a 180 de gestação e a segunda depois do dia 18. Alongamento da vesícula: passagem dos anexos de um corno para o outro. Comum em animais não multíparos. A placenta pode apresentar presença de placas glucogênicas de calcio (pequenas formações esbranquiçadas) Não são patogênicas. Placentite: hemorragia, descolamento e expulsão do feto, geralmente por causa infecciosa. Saco vitelínico ◦ Desenvolve-se precocemente a partir da blastocele e torna-se vestigial após algumas semanas ◦ É nele que se inicia a formação dos vasos sangüíneos e dos glóbulos vermelhos do embrião ◦ Além da função de armazenamento de nutrientes e de nutrição do embrião, a vesícula vitelina exerce a função hematopoiética até que o fígado fetal a exerça, o que ocorre a partir da 6ª semana de vida intra-uterina. ◦ A vesícula vitelina inicia a sua involução tão logo surge o anexo alantóide Âmnio ◦ O âmnio consiste no anexo mais externo do embrião/feto e surge a partir do ectoderma entre o 13º e o 16º dia na vaca, égua e ovelha. ◦ Anatomicamente, consiste em uma membrana que envolve todo o cordão umbilical e se reflete sobre o embrião/feto, para formar uma bolsa protetora que se preenche de líquido. Este líquido, denominado de liquido amniótico, é claro, incolor e de natureza mucóide, rico em proteínas, enzimas, lipídios, frutose, e sais minerais. Alantoide ◦ O alantóide surge durante a 2ª ou 3ª semana de gestação nos embriões bovinos como um divertículo da parte posterior do intestino e se desenvolve como uma continuidade da vesícula urinária, atravessa o cordão umbilical e envolve o âmnio, para formar uma bolsa, com sua expansão limitada pelo córion. A porção do alantóide presente no cordão umbilical e em comunicação com a bexiga se denomina de úraco. Alantoide ◦ Alantoâmnio e alantocório ◦ Espaço alantoidiano envolve o embrião parcialmente (ruminantes e suínos) ou totalmente (equinos) ◦ Líquido de origem renal ◦ Alantoâmnio e alantocório juntam-se aos vasos umbilicais formando o cordão umbilical Vilosidades coriônicas ◦ As vilosidades coriônicas primárias tornam-se vilosidades coriônicas secundárias, ao adquirirem um eixo central do mesênquima. ◦ Antes do fim da terceira semana, ocorre a formação de capilares nas vilosidades, transformando-as em vilosidades coriônicas terciárias Funções dos líquidos fetais: ◦ proteção contra traumatismos, desidratação e variações da temperatura; ◦ permite o crescimento do feto e seus movimentos, sem prejudicar o útero; ◦ promover a dilatação da cérvix, vagina e vulva durante o parto; ◦ aumentar a lubrificação da vagina após o rompimento das bolsas, facilitando a passagem do feto ◦ Inibir o crescimento bacteriano, por sai ação mecânica de limpeza, e prevenir aderências Funções da placenta ◦ Órgão respiratório do Feto Os pulmões do feto são inativos e o sangue O2 chega ao endométrio atingindo a veia umbilical. Trocas gasosas ao nível capilar pelos placentomas. Suprimento de sangue oxigenado = artéria uterina, anastomoses das arterias ovarianas e vaginal, passa pelo ducto venoso, chega aos atrios E e D do feto, aorta e sai pela artéria umbilical Ducto venoso Fígado Forame Oval desviam sangue O2 Ventrículo Direito Ducto arterioso pulmões afuncionais CIRCULAÇÃO FETAL átrio esquerdo = o sangue com alto teor de oxigênio vindo da veia cava se mistura com o sangue pouco oxigenado vindo das veias pulmonares, já que os pulmões extraem oxigênio e não o fornece. Os pulmões são inativos. Sangue oxigenado chega ao endométrio atingindo a veia umbilical. Passa pelo ducto venoso, chega ao átrio E e D, aorta e sai pela artéria umbilical. O ducto venoso, a crista divergens, o forame oval e o ducto arterioso desviam sangue oxigenado do fígado, ventrículo direito e pulmões. Funções da placenta ◦ Órgão de alimentação do feto Água por difusão nos dois sentidos e demais substancias da mãe para o feto ◦ Órgão de filtração Barreira para substâncias estranhas ao organismo ◦ Órgão de secreção interna Hormônios Funções da placenta ◦ Imunoproteção Ruminantes, suínos e equinos a placenta é impermeável a imunoglobulinas Carnívoros transmissão passiva de imunoglobulinas pela placenta O cordão umbilical é formado pelos anexos fetais, com exceção do córion. A sua superfície externa é constituída pelo âmnio, e em seu conteúdo encontra-se o úraco, que representa o alantóide, e vestígios da vesícula vitelina. Encontra-se ainda uma artéria e duas veias umbilicais. Estas estruturas são circundadas por uma secreção mucóide denominada de gelatina de Wharton. O cordão umbilical se apresenta de modo contorcido devido a disposição dos vasos umbilicais. A artéria umbilical é mais curta que as veias umbilicais, o que permite ao cordão sofrer dobras e distensões sem alterações estruturais e funcionais Segundo a relação entre a parte fetal e materna Deciduada: ◦ união das porções fetal e materna exige dissolução prévia, sendo os anexos fetais eliminados durante o parto, juntamente com o feto; ◦ cadela, gata, roedores, primatas Adeciduada ◦ firme aderência do epitélio corial no epitélio uterino, assim os anexos fetais permanecem aderidos por curto período, não são eliminados durante o parto, juntamente com o feto. Pode haver aderências; ◦ eqüídeos, porca, ruminantes Segundo o tipo de união materno-fetal As 3 camadas persistem (epitélio uterino, tecido conjuntivo e endotélio do vaso materno) mais seletiva entre o fluxo sanguíneo e fetal; EX: égua, vaca e porca Ausência de epitélio uterino e tecido conjuntivo ( somente o endotélio separa sangue materno do tecido fetal) ; EX: cadela e gata 3 camadas ausentes trofoblasto livremente exposto ao sangue materno; EX: primatas e roedores. Segundo a distribuição das vilosidades do córion Segundo a distribuição das vilosidades do córion Segundo a distribuição das vilosidades do córion Espécie Padrão das vilosidades coriônicas Barreira materno fetal Perda de tecido materno no parto Porca Difusa incompleta epitelio corial Nenhuma(não deciduada) Égua difusa completa epitélio corial Nenhuma(não deciduada) Ruminantes Zonária - cotiledonar Sinepitélio corial Nenhuma(semi deciduada)Cadela/gata Zonária – circular Endoteliocorial moderada (deciduada) Primatas Zonária - Discoidal Hemocorial extensa (deciduada) Saco vitelínico persistente 3 a 4 semanas – coriovitelínica ◦ Embrião no assoalho da vesícula até 21d 4 a 5 semanas corioalantoidiana ◦ Embrião migra em direção ao polo dorsal da vesícula Presença dos cálices endometriais A interrupção da circulação placentária no momento do parto modifica a dinâmica circulatória e no momento da expansão pulmonar se estabelece a pequena circulação sangüínea e o trajeto circulatório sangüíneo definitivo. CIRCULAÇÃO NEONATAL