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Reclamação Trabalhista JOÃO MARCENEIRO

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AO JUÍZO DA ____ VARA DO TRABALHO DE ____.
JOÃO, brasileiro, casado, marceneiro, titular da CTPS nº xxxxx série xxxxxx,
inscrita no R.G. sob nº xxxxxxxx e CPF/MF xxxxxxx, residente e domiciliada à
(Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), (endereço eletrônico), vem
a Vossa Excelência, por seu advogado abaixo subscrito, com endereço profissional
(endereço completo), onde recebe intimações e notificações, com fulcro no art.
840, § 1o da CLT, PROPOR:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo rito ORDINÁRIO
Em face da CONSTRUTORA FILHOS DA LUZ, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ nº..., estabelecida no (endereço completo), a ser
notificada pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidos
DA JUSTIÇA GRATUITA
Desta forma, com fulcro no art. 790, § 3o da CLT, tendo em vista que o
reclamante percebe salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite
máximo dos Benefícios do Regime Geral da Previdência Social, e que no
momento não possui condições de arcar com o pagamento de custas e demais
despesas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família, merece
ser concedido, de plano, o benefício da Justiça Gratuita, dispensando-o do
recolhimento de custas, honorários periciais, honorários advocatícios à parte
contrária, em caso de sucumbência, e emolumentos.
Entretanto, caso este MM. Juízo entenda insuficiente a documentação
comprobatória do estado de hipossuficiência alegado, requer seja aplicado o §
3o do art. 99 do CPC, no que tange a norma mais favorável ao empregado,
presumindo-se verdadeira a declaração firmada pelo reclamante, documento
que também instrui a peça.
Sucessivamente, caso não aplicado o art. 99, § 3o do CPC, requer a aplicação
do § 2o do mesmo dispositivo legal, c/c a Súmula no 263 do TST, devendo o
Juízo indicar a documentação que entenda necessária à comprovação do
direito postulado, abrindo prazo para que o reclamante proceda à respectiva
juntada.
DOS FATOS
DA ADMISSÃO E LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
O reclamante foi contratado pela reclamada em 01 agosto 2017, para exercer a
função de marceneiro, mediante pagamento de salário fixo no valor de R$
1.200,00 (hum mil duzentos reais), por mês, sendo este inferior ao piso da
categoria que é de R$ 1,350,00 (hum mil trezentos e cinquenta reais). 
Além do salário fixo, o reclamante informa que recebia a importância de R$
500.00 (quinhentos reais) pago por fora a titulo de complemento de sua
remuneração. 
A quebra do contrato de trabalho se deu no dia 25 fevereiro 2021, sem justa
causa, sem qualquer prévio aviso e sem o recebimento correto de seus
haveres trabalhista
DO HORÁRIO DE TRABALHO
O reclamante durante todo o período de seu contrato de trabalho cumpria a
seguinte jornada jornada de trabalho, segunda a sexta de 08h00 as 18h00. Aos
sábado de 08h00 as 12h00 com intervalo de 01h00 para alimentação.
DA RESCISÃO CONTRATUAL
A Reclamada realizou, a rescisão do contrato de trabalho do Reclamante.
sendo indispensável o reconhecimento da demissão sem justa causa, bem
como a anotação de sua CTPS. Além disso, é imprescindível o
reconhecimento do direto do Reclamante às férias vencidas e proporcionais,
aviso prévio, a multa fundiária, sem exclusão do seguro desemprego e do
FGTS.
Portanto, deve a Reclamada ser condenada em proceder a anotação na
CTPS do Reclamante constando a data de admissão em 01 de agosto de
2021 e término em 25 de fevereiro de 2021.
DAS FÉRIAS VINCENDAS E FÉRIAS PROPORCIONAIS
Conforme narrado outrora, o Reclamante foi admitida em 01/08/2017.
Contudo, gozou uma única férias, tendo do seu direito de férias remuneradas.
Dessa maneira, não restam dúvidas de que o Reclamante faz jus ao
recebimento de suas férias com pagamento em dobro referente aos anos de
01/08/2018 a 25/02/2021, observado os limites prescricionais.
DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO
Em se tratando do pedido de rescisão contratual indireta em razão do não
cumprimento do contrato pactuado entre as partes, é induvidoso que o
Reclamante faz jus aos valores referentes aos depósitos do FGTS, bem como
o pagamento fundiário previsto por lei.
Nesse sentido, transcreve-se o que expõe o §1º, art. 18 da Lei nº 8.036/90:
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador,
ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS
os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao
imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo
das cominações legais. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997.
Ocorre, todavia, que a Reclamada não realizou o reconhecimento de nenhum
valor referente ao FGTS.
Portanto, deve ser condenada em realizar o pagamento do FGTS, acrescido
de multa de 40% (quarenta por cento), conforme determina a legislação
pátria.
MULTA DO ART. 477, §8º DA CLT
Diante do atraso no pagamento das verbas rescisórias, verifica-se aplicação
da multa do art. 477, §8º para a Reclamada no valor de R$880 (oitocentos e
oitenta reais), pelas razões acima expostas.
MULTA DO ART. 467 DA CLT
Na hipótese da Reclamada não quitar as verbas incontroversas na primeira
oportunidade, que seja cominada a multa do art. 467 da CLT, cujo valor
corresponde ao montante de 50% (cinquenta por cento) sobre a parte
incontroversa das parcelas rescisórias a serem deferidas por este Juízo.
DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS JUROS DE MORA
A Reclamante faz jus ao pagamento de todas as verbas supracitadas com a
devida incidência de correção monetária e juros de mora, nos termos do art.
883 da CLT, art. 39, §1º da Lei 8.177/91 e Súmulas 200 e 381 do TST.
DO SEGURO DESEMPREGO
É importante salientar que o Reclamante preenche todos os requisitos
necessários para a concessão do benefício do seguro desemprego. Isso
porque, o Reclamante se encontra desempregado, não possui renda própria
para o seu sustento e de sua família.
Ademais, destaca-se que o Reclamante não recebe benefício de prestação
continuada da Previdência Social.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Durante todo o período em que perdurou o contrato de trabalho, o Reclamante
manteve contato permanente com determinados agentes insalubres previstos
na NR 15, jamais tendo recebido o adicional correspondente, restando, assim,
violados os artigos 189, 192 e 200 da CLT, bem como os incisos XXII e XXIII
do art. 7º da Constituição.
Segundo se depreende da exegese do art. 189 da CLT, são atividades
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos acima dos limites de tolerância
fixados pela Norma Regulamentadora nº 15.
Para sua caracterização, inclusive, não é necessária a atuação permanente e
ininterrupta durante o labor, configurando-se ainda que seja intermitente, de
acordo com a Súmula 47 do E. TST.
Agravando ainda mais a situação de insalubridade na qual trabalhava, o
Reclamante não recebeu nenhum equipamento de segurança que pudesse ao
menos aliviar os fatores de dano à saúde, valendo dizer, à propósito, que
mesmo o fornecimento de apenas alguns equipamentos, entregues de forma
esparsa e irregular, não afasta o direito ao adicional pleiteado, ex vi da Súmula
nº 289 do TST.
Neste sentido, anote-se entendimento do E. TRT da 15ª Região, que
reconheceu o adicional de insalubridade em decorrência do trabalho com
agentes químicos, no qual não se comprovou a entrega adequada de EPIs:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EXPOSIÇÃO A AGENTE BIOLÓGICO.
Constatado o labor em atividades que envolvem o contato com agentes
biológicos, a teor do disposto no Anexo 14 da NR 15 da Portaria n.º 3.214/78
do Ministério do Trabalho e Emprego, impõe-se o reconhecimento do direito ao
adicional de insalubridade. (TRT-15 - RO: 9655720125150052 SP
090820/2013-PATR, Relator: FABIO GRASSELLI,Data de Publicação:
18/10/2013).
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Com fundamento no artigo 133 da CF/88 e no artigo 85, parágrafo 2º do CPC,
requer o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o total da
condenação.
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer:
a) a concessão do benefício da gratuidade de justiça nos termos do §3º, do
art. 790, da CLT e do Novo Código de Processo Civil;
b) o reconhecimento do vínculo empregatício entre o Reclamante e
Reclamada de 01/08/2017 até 25/02/2021 e a consequente anotação da
CTPS da Requerente;
c) Total procedência da demanda, no sentido de:
c.1) impor a Reclamada ao pagamento das diferenças salariais devidas ao
Reclamante, tendo como parâmetro o salário mínimo vigente à época
referente ao período de 01/08/2017 a 25/02/2021.
c.1.2) pagar as férias vencidas referente ao período de 01/08/2018 a
25/02/2021, em dobro e acrescidas de um terço, as quais não foram gozadas,
nem tão pouco pagas;
c.1.3) pagar as férias proporcionais referentes ao período de 01/08/2018 a
25/02/2021, acrescidas de um terço;
c.1.6) depósito do FGTS e da multa de 40% do FGTS na conta vinculada do
FGTS, referente ao período de xx de setembro de xxx a xx de novembro xxx,
a ser apurado e liberação das guias AM, pelo código 01;
c1.8) pagar a multa do art. 477, §8º da CLT no valor de R$ xxxxx;
c.1.9) quitar as verbas incontroversas na primeira audiência sob pena de
cominação da multa do art. 467 da CLT, cujo valor corresponde ao montante
de 50% sobre a parte incontroversa das parcelas rescisórias a serem
deferidas por este Juízo;
c.1.12) a concessão do seguro desemprego, haja vista o preenchimento de
todos os requisitos exigidos pela legislação, no valor de 5 parcelas salariais;
c.1.13) condenação no pagamento de multa prevista no art. 55 da CLT, tendo
em vista o não registro do contrato de trabalho na CTPS;
d) que seja comunicada a DRT, Receita Estadual, Federal, Caixa Econômica
Federal e ao Ministério Público do Trabalho;
e) as anotações de anotação na CTPS;
f) que seja expedido ofício para o Cartório de Protestos de Títulos, após
exauridas todas as tentativas executórias, para que proceda ao protesto
extrajudicial da sentença trabalhista, com a devida inscrição da Reclamada e/
ou sócios, nos termos da Lei nº 9.492/1997, assim como pagamento integral
das despesas e emolumentos devidos ao Tabelionato pelas reclamadas;
g) que a Reclamada seja condenada a pagar, além das verbas supracitadas,
as custas processuais, e honorários advocatícios de 20% sobre a
condenação;
h) que haja incidência de juros de mora e correção monetária dos pedidos
consignados na presente exordial, nos termos do art. 883 da CLT, art. 39, §1º
da Lei 8.177/91 e Súmulas 200 e 381 do TST;
i) Por último, o reclamante requer a dedução de qualquer valor que, por
ventura, já tenha sido pago a título de quaisquer dos pedidos acima.
Por fim, requer a notificação da Reclamada, para que conteste os itens
supracitados, sob pena de serem admitidos como verdadeiros, nos termos da
Súmula 74 do TST, o que, por certo, ao final restará comprovado, com a
consequente declaração total da procedência do pedido.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, 
em especial provas documentais e testemunhais.
Dar-se à causa o valor de R$ ....
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Local e data,
Assinatura do Advogado ,
OAB nº….