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Aquicultura_Producao_Fazenda_Camarao


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Universidade Federal de Sergipe 
 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas 
 
Departamento de Administração 
 
Matéria: Estágio I 
 
Orientador: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE NEGÓCIO: 
FAZENDA DE CAMARÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Cristóvão, 02 de outubro de 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal de Sergipe 
 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas 
 
Departamento de Administração 
 
Matéria: Estágio I 
 
Orientador: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: 
 
Stella Maria de Sousa Rocha 
 
(técnica em Química, estudante do 8
o
. período de administração - UFS, 
funcionária pública estadual) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. 
Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade.” 
 
Victor Hugo 
 
 
 
 
CORPO DO TRABALHO: 
 
 
 
 
 
 
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 
 
 
2. ASPECTOS MERCADOLÓGICOS: 
 
 
2.1. Conceito do Negócio 
 
2.2. Oportunidade do Negócio 
 
2.3. O produto e suas características 
 
2.4. Missão 
 
2.5. visão 
 
2.6. Objetivo Geral 
 
2.7. Objetivos Específicos 
 
2.8. Metas 
 
2.9. Mercado potencial e projeção de vendas 
 
2.10. Clientela 
 
2.11. Análise da Concorrência 
 
2.12. Análise dos Fornecedores 
 
2.13. Estratégias competitivas 
 
2.14. Localização do Negócio 
 
 
3. ASPECTOS OPERACIONAIS 
 
 
3.1. Instalação 
 
3.2. Tecnologias e Equipamentos 
 
3.3. Custos da implantação 
 
 
 
 
 
 
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 
 
 
A aqüicultura (cultura de espécies em água) é um dos sistemas de produção de 
alimentos que mais rapidamente se desenvolve no mundo, com uma taxa de 
crescimento de 9,6% ao ano. A importância do aumento da produção global da 
aqüicultura está diretamente relacionada à contribuição que o sistema oferece para 
diminuir a diferença entre a oferta e a demanda em pescado e derivados. 
 
Neste ramo, se destaca com evidência a carcinicultura, ou seja, o cultivo de 
camarões em tanques, denominados viveiros ou fazendas. 
 
A espécie de melhor comercialização é a marinha, devido ao sabor e à qualidade do 
produto. 
 
O presente plano de negócios visa mostrar a viabilidade do projeto de carcinicultura, 
seus custos, construção, manutenção e os retornos esperados e alcançados, bem 
como os caminhos percorridos desde a escolha do projeto até sua execução final. 
 
 
 
 
2. ASPECTOS MERCADOLÓGICOS 
 
 
2.1. Conceito do Negócio 
 
 
O conceito deve descrever claramente a necessidade do grupo de clientes a que ele 
pretende atender, com algo – produto ou serviço – que sabe fazer, a um custo que 
esses clientes estão dispostos a pagar. 
 
A empresa EL CAMARÓN constitui-se de uma fazenda de camarão com capacidade 
para fornecer, a princípio, uma média de 3 a 4 toneladas de camarão marinho por 
trimestre a pequenas e médias empresas do Estado de Sergipe e dos Estados 
vizinhos. 
 
2.2. Oportunidade do negócio 
 
 
Dispondo de capital suficiente para abrir um negócio, o primeiro questionamento feito 
foi: o quê implantar? Qual o ramo? Qual a dimensão do negócio? Qual o objetivo do 
negócio? O primeiro passo para a resposta a essas indagações foi uma visita ao 
SEBRAE – Serviço de Apoio às micro e pequenas empresas, que tem como objetivo 
servir de suporte e proteção ao pequeno e médio empreendedor, para que ele 
conquiste o direito de competir e de participar do processo de desenvolvimento do 
país. De lá se conseguiu informações técnicas e material de pesquisa de diversos 
ramos possíveis de se implementar. 
 
Em seguida, buscou-se outras fontes de informações a respeito de negócios, 
principalmente através das revistas e programas da rede Globo de comunicação. Um 
dos programas que mais influenciou na escolha do negócio foi o “Globo Rural”, 
exibido pela rede Globo, que trás informações atualizadas e novidades em novos 
negócios. Após analisar todo o material, ficou decidida a implantação de um viveiro 
de camarão, por ser compatível com o capital apurado, como também por ser um 
negócio em franca expansão no Brasil e, principalmente, no Nordeste. 
 
 
 
 
 
 
2.3. O Produto e suas características 
 
 
O camarão tem sangue azul, só que ninguém vê a olho nu. Seu corpo, dividido em 
cefalotórax (cabeça), abdome (cauda) e telso (leque), apresenta antenas na 
cabeça, para tatear e cheirar. o cefalotórax aloja o coração, o cérebro, o estômago e 
as brânquias. A casca, constituída de quitina e sais de cálcio, é trocada 
periodicamente, mas o dono não a desperdiça: come-a simplesmente. A indústria 
aeronáltica também a aproveita, transformada em cola de alta resistência. 
 
Não vive em média mais de dois anos; Com um ano de vida já está pronto para a 
aventura sexual: cada macho se cerca de uma ou duas fêmeas, cuja prole é 
interminável: de 200.000 a 1 milhão de ovos de cada vez. Parecem todos iguais, mas 
se agrupam em 10.000 espécies e recebem uma infinidade de nomes: camarão 
pistola; camarão legítimo; camarão lixo; e camarão de barba- ruça são os mais 
originais. 
 
O maior deles é o pitu (Macrobrachium carcinus) que pode pesar 800 gramas; os 
menores que nem nome têm, pesam 1 grama. Os camarões são bentônicos e 
reptantes: vivem, caminham e comem no fundo de marés e rios. Satisfazem o 
estômago com qualquer forma de detrito vegetal ou animal que encontram. Mas 
também podem praticar o cabalismo. Todos surgiram no mar; depois, alguns se 
adaptaram á água doce. Existem em grande quantidade no Brasil, livres ou em 
cativeiro. As 28 espécies encontradas no mar são criadas em vinte fazendas, em 
todo o país. principalmente no norte: a costa do território do Amapá é o maior banco 
camaroeiro contínuo do mundo e o maior pólo pesqueiro do país. Nos rios brasileiros 
proliferam 130 espécies e há cerca de cem fazendas para criá-los. A espécie de mais 
alto valor comercial cultivada no Brasil é a do camarão do Pacífico (Litopenaeus 
vannamei). O cultivo desta espécie, a partir de 1997, vem mostrando um acelerado 
ritmo de crescimento chegando no ano 2000 a 6.250 hectares de viveiros produtivos 
e 25.000 toneladas de produto despescado, o que 
 
 
 
 
representa uma produtividade nacional de 4.000 kgs/ha/ano. No biênio 1999/2000, 
registra-se pela primeira vez na carcinicultura brasileira uma acentuada reorientação 
de mercado do camarão cultivado - antes quase que exclusivamente destinado ao 
consumo nacional - para os mercados do exterior, notadamente para o mercado 
europeu. Estima-se que pelo menos 40% da produção nacional em 2000, ou umas 
10.000 toneladas, foram exportadas. O crescente ritmo de exportação do camarão 
cultivado fica evidenciado ao analisar-se a contribuição do produto para a balança 
comercial do país. Na verdade, o camarão marinho cultivado é a atividade 
agropecuária que melhor vem respondendo aos apelos do Governo Federal de 
aumentar as exportações. De US$ 2,8 milhões exportados em 1998, passou para 
US$ 14,2 milhões em 1999 (+ 405%), e para um pouco mais de US$ 70,0 milhões 
em 2000. Para 2001, as projeções indicam uns US$ 150,0 milhões. A meta de 
exportação estabelecida no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Camarão 
Marinho Cultivado elaborado pelo DPA/MA é US$ FOB 433,0 milhões, com a 
incorporação de 30.000 ha até o ano 2003. Cabe ressaltar que somente no nordeste 
existem mais de 300.000 ha em condições de se implantar projetos de carcinicultura 
(MINAGRI, 1999). 
 
O produto pode ser comercializado in natura (o camarão é retirado quando atinge um 
tamanho propício e logo após, é resfriado e comercializado) ou em forma processada 
(filé de camarão, camarão defumado, etc). 
 
2.4. Declaração da Visão 
 
 
A longo prazo, a empresa visa triplicar a produção de camarão, introduzir a 
comercialização de outros mariscos, tais como: peixes, ostras, sururu, mexilhões, etc, 
bem como instalar centros distribuidores de mariscos em algumas capitais do país e 
implantar o Disk-camarão, comentrega a domicílio na grande Aracaju. 
 
 
 
 
 
 
2.5. Declaração de Missão 
 
 
A missão da empresa é a de fornecer mariscos diferenciados para vários segmentos 
do mercado Nacional. 
 
2.6. Objetivo Geral 
 
 
O nosso objetivo é produzir e fornecer camarão marinho para pequenas e médias 
empresas do Estado de Sergipe com menor preço, maior qualidade e garantia de 
rapidez na entrega. 
 
2.7. Objetivos Específicos 
 
 
Produzir uma média de 4 toneladas de camarão marinho por trimestre, em 
viveiro apropriado e com controle de qualidade, minimizando o máximo 
possível os desperdícios e perdas na produção; 
 
Fornecer o produto com garantia de entrega, de qualidade e a preço 
competitivo; 
Diversificar o produto, introduzindo outros mariscos e outras formas do 
produto devidamente manipulado. 
 
2.8. Metas 
 
 
Investir em tecnologia, aumentando gradativamente a produção; 
Introduzir matéria-prima de qualidade na produção; 
Planejar o povoamento do viveiro de forma a deduzir com precisão a data de 
entrega do produto, trazendo eficiência na logística do mesmo; 
Expandir a empresa, inclusive em caráter inter-estadual; 
 
Possuir frota própria de transporte, evitando o descompromisso de terceiros. 
Implantar o disk-camarão, estratégia inédita na região. 
 
 
 
 
 
 
2.9. Mercado potencial e projeção de vendas 
 
 
Por ser um negócio ainda em expansão, o mercado potencial de uma fazenda de 
camarão é bastante amplo, não tendo maiores dificuldades para a comercialização 
do produto. Além de pequenas empresas dentro do Estado que garantem toda a 
demanda do produto, o mesmo pode ser comercializado fora do Estado e até mesmo 
internacionalmente. 
 
2.10. Clientela 
 
 
O Estado de Sergipe produz atualmente 188 toneladas de camarão por ano, ficando 
em 11º lugar no ranking dos produtores nacionais, o que equivale a cerca de 80% da 
demanda estadual. Estados vizinhos como a Bahia e Alagoas produzem em maior 
quantidade, entretanto, suas demandas são infinitamente maiores, o que aponta 
como oportunidade de boas vendas. 
 
2.11. Análise da Concorrência 
 
 
A empresa CAMARÓN possui concorrentes diretos e substitutos. Dentre os diretos 
estão as demais fazendas de camarão dentro e fora do Estado. Já os concorrentes 
substitutos constituem-se de empresas produtoras de alimentos que podem substituir 
os camarões, tais como: peixes, outros mariscos, frango e carne vermelha. 
 
Esse tipo de negócio não possui ainda uma concorrência acirrada devido a demanda 
ser maior do que a sua oferta. 
 
Os concorrentes substitutos são os que mais influenciam na demanda do produto, 
pois possuem preços mais acessíveis à população. 
 
 
 
 
 
 
2.12. Análise dos Fornecedores 
 
 
Para o desenvolvimento da carcinicultura, faz-se uso de Pós-larvas (PL) e ração 
específica para as diversas fases de desenvolvimento do camarão. 
 
Tanto a PL quanto a ração podem ser facilmente adquiridas em empresas produtoras 
ou representantes delas no Estado e fora dele. Os mais viáveis são: 
 
. Para fornecimento de Pós-larvas: 
 
- Aquatec – Rio Grande do Norte. End.: www.aquatec.com.br; 
 
- Netuno – Propriá – SE; 
 
- Lusomar – Costa Azul - BA 
 
. Para fornecimento de Ração: 
 
- Purina – Representante Sergipe 
 
- Socil – Representante Sergipe 
 
- Sibra – fábrica de ração – Propriá - SE 
 
Todas possuem preço médio semelhante e boa qualidade do produto. 
 
 
2.13. Estratégias competitivas 
 
 
- Máxima redução de custos de produção e distribuição para oferecer preços mais 
baixos e conquistar mercados cada vez maiores; 
- Diferenciação do produto: a empresa pretende distribuir o produto não só in natura, 
como também defumado e processo (filé de camarão), para atrair um nicho maior de 
compradores; 
- Implantação de tecnologias (aeração, adubagem, controle químico da água) para 
aumentar a produtividade por metro quadrado de viveiro; 
- Compromisso com o cliente: manter um sistema de entrega de forma a trazer 
confiança e segurança ao cliente; 
- Promoção do produto, através de demonstrações gratuitas e participação em feiras 
e encontros gastronômicos, dentro e fora do Estado. 
 
 
 
 
2.14. Localização do Negócio 
 
 
A escolha do local é um dos principais fatores para o sucesso de um cultivo. Deve-se 
levar em consideração os aspectos climáticos, água do mar, mercado consumidor, 
topografia e solo. 
 
No Brasil, a região Nordeste, onde praticamente não há problemas de baixas 
temperaturas, possui os melhores locais para a implantação das fazendas de 
camarão. 
 
Após consulta junto ao SEBRAE, concluiu-se que a melhor opção seria implantar a 
fazenda de camarão na região do Baixo São Francisco, interior do Estado, devido 
principalmente aos seguintes fatores: 
 
Salinidade da água favorável; 
Temperatura ideal; 
Pureza da água fundamental à qualidade do produto; 
 
Baixo preço da tarefa de terra, em relação a outras regiões; 
 
Menor custo e facilidade de mão-de-obra, inclusive especializada. 
 
 
Em visita à região, constatou-se a existência de diversas áreas favoráveis e 
disponíveis para a implantação do negócio. 
 
3. ASPECTOS OPERACIONAIS 
 
 
3.1. Instalação 
 
 
Escolhido e adquirido o local de implantação do negócio, segue-se a etapa de 
instalação do mesmo. Primeiramente se faz necessária uma vistoria no local, para 
medição e definição dos limites do viveiro. Demarcada a área, inicia-se o processo de 
limpeza da mesma, onde um corpo de empregados temporários se empenham 
 
 
 
 
em retirar a vegetação existente, troncos e galhos de árvores, deixando a área 
totalmente livre de dejetos e impurezas. Há que se observar a viabilidade da área no 
tocante à preservação do meio-ambiente, principalmente se esta área for de 
manguezais. 
 
Limpo o local, inicia-se a construção do muro que irá delimitar a fazenda de camarão. 
O muro é construindo pela lama do próprio viveiro, e deve possuir uma altura de 1,5 
m e uma largura de 2m. Essa etapa, para um viveiro de 3 hectares, dura 
aproximadamente 1 mês e 20 dias, com cerca de 20 trabalhadores por dia. 
 
Construído o muro, inicia-se a construção das levadas, canais mais profundos (1,40m 
de profundidade) distribuídos em todo o viveiro, onde os camarões irão se 
desenvolver. Esta etapa leva aproximadamente mais 1 mês, com 10 trabalhadores 
em sua execução. A parte mais rasa do viveiro deve ter 0,7 m de profundidade. 
 
As duas primeiras etapas citadas acima podem ser encurtadas e facilitadas com o 
uso de máquinas e tratores apropriados. Neste projeto, não se fez o uso de tais 
equipamentos, tendo em vista a existência de um projeto social, onde se deve 
priorizar o uso da mão de obra local, gerando renda para a população. 
 
Após esse trabalho, dá-se início à construção da porta d’água, que é um tipo de 
comporta por onde a água vai entrar e sair de acordo com a maré. A água deve ser 
filtrada antes de suprir os viveiros, com o uso de telas colocadas nesta porta d’água, 
evitando a invasão de organismos indesejáveis. 
 
O viveiro assim já está em sua fase de construção concluída. São feitas, então, 
diversas lavagens do viveiro, enchendo-o e vazando-o para que toda a área esteja 
totalmente limpa. Neste ínterim, faz-se a análise do solo e da água, procurando 
parâmetros como temperatura, pH, salinidade, oxigênio dissolvido e amônia, para 
que se possam fazer as correções do solo e da água necessárias. A temperatura 
deve variar de 24 a 28° C. Abaixo disso, crescimento dos camarões pode ser 
 
 
 
 
retardado. O pH da água de cultivo deve ser levemente alcalino, entre 8,0 a 8,5. 
Caso o pH não esteja dentro desta faixa, deve-se trocar a água periodicamente, para 
que não haja aumento de excreções de matérias orgânicas, que prejudicam o 
desenvolvimento dos camarões. A salinidade da água deve ser em torno de 0,35%, e 
deve ser medida todos os dias, o que se faz com a utilização de um refratômetro.Um 
dos fatores mais importantes no criatório de camarão é a oxigenação da água. Deve-
se evitar que as concentrações de oxigênio dissolvido sejam mais baixas que 3 ppm, 
sendo que 6 ppm são concentrações aceitáveis para o cultivo. Caso haja deficiência 
de oxigênio, deve-se utilizar o método de aeradores de pás, colocados na superfície 
da água. A amônia é produto da excreção dos próprios camarões, e pode ser tóxica 
para os mesmos, se em concentrações acima do normal. Aconselha-se neste caso 
uma maior freqüência na troca da água do viveiro. 
 
Analisados o solo e a água do viveiro e feitas as devidas correções, parte-se para a 
fase de fertilização do solo. O viveiro deve ser fertilizado com estrume seco de 
galinha (350 kg/hectare) ou outro tipo de adubo como, por exemplo, a uréia (10 
kg/hectare). Espera-se então o prazo de 20 dias, para que o solo absorva o adubo e 
haja o crescimento de algas que servirão de alimento para os camarões. 
 
Após a fertilização, o viveiro está pronto para receber as pós-larvas de camarão. 
 
 
O povoamento do viveiro é feito de preferência ao entardecer ou ao anoitecer, 
quando os camarões estão mais predispostos a se alimentar. Geralmente as pós-
larvas chegam do fornecedor em pacotes plásticos cheios de água e ar, com cerca 
de 10.000 pós-larvas em cada pacote. Deve-se, então, mergulha-los na água do 
viveiro, para que a temperatura comece a se igualar. Depois de aproximadamente 1 
hora de contato com a água, os sacos são abertos e seu conteúdo é despejado em 
caixas d’água de 500 ou 1000 litros. Nessa caixa d’água deve estar instalado um 
compressor com mangueiras de aeração, para aumentar a oxigenação da água. 
Após abertas todas as embalagens, lança-se à caixa d’água a mesma porção de 
água do viveiro, paulatinamente, até que se tenha 50% da água oriunda do 
 
 
 
 
fornecedor e 50% da água do viveiro. Desta forma, as pós-larvas estão aptas ao seu 
novo ambiente, sem traumas nem perdas. Todo o conteúdo da caixa d’água é então 
encaminhado por gravidade ao viveiro, através de mangueiras de 4 polegadas. 
 
 
 
Segue-se então, a etapa de alimentação, engorda e crescimento dos camarões, fase 
esta que perdura por cerca de 3 meses, onde os camarões estarão prontos para a 
comercialização. 
 
3.2. Tecnologias e equipamentos 
 
 
Para um viveiro ideal, necessário se faz um quite para medição dos fatores acima 
citados, como pH, salinidade, oxigênio, etc. Esse quite pode ser adquirido em casas 
de material químico ou com representantes. Os aeradores de pás são equipamentos 
de fácil construção e manuseio, podendo ser adquiridos com facilidade. A troca de 
água é feita com o auxílio de moto-bombas. 
 
 
 
 
 
 
3.3. Custos da implantação 
 
 
Os custos totais para a implantação de um viveiro de 3 hectares somam a quantia de 
R$ 50.000,00 assim distribuídos: 
 
Discriminação do custo Valor (em R$, julho de 2003) 
 
Terreno com 20 tarefas 5.000,00 
 
Poço artesiano 200,00 
 
Casa de apoio 520,00 
 
Construção do viveiro 20.500,00 
 
Gastos com transportes na fase de construção 1.000,00 
 
Transporte dos materiais e ração 2.000,00 
 
Material para construção 3.000,00 
 
Casa do morador 1.000,00 
 
Análises diversas 530,00 
 
Mão-de-obra permanente 1.500,00 
 
Caiaque para arraçoramento 440,00 
 
Moto-bomba para captação de água 4.500,00 
 
Fertilização e esterilização do viveiro 400,00 
 
Larvas de camarão (500.000) 3.750,00 
 
Alimentação (ração) 4.000,00 
 
Rede de despesca e balança 450,00 
 
Outras despesas 1.210,00 
 
TOTAL 50.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADES SOBRE O CAMARÃO: 
 
 
 
• Dentro dele corre sangue azul, só que ninguém vê; 
 
• Os fabricantes de aviões são loucos por sua casca; 
 
• O cardápio varia. Até um semelhante ele traça. 
 
• Tem coração e cérebro como qualquer um de nós; 
 
• O macho pode até bater na fêmea. Por comida ou ciúme.

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