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Noções gerais do direito penal

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Direito penal
1. Princípios: 
· Princípio da Legalidade ou da reserva legal: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
· Só existe crime se ele estiver expresso em lei, o mesmo vale para a pena.
· Antecedentes históricos: carta libertatum
· Princípio da anterioridade da lei: Só há crime e pena se o ato foi praticado depois de lei que os define e esteja em vigor.
· A lei só retroage se for para beneficiar o réu
·  Insignificância ou Bagatela: o crime tem que afetar o bem jurídico (cabe interpretação), porém existem requisitos.
· Requisitos objetivos:
· Mínima ofensividade na conduta
· Ausência de periculosidade social na ação (sem violência)
· Reduzido graus de reprovabilidade do comportamento (pequenos crimes)
· Inexpressividade ao bem jurídico
· Requisitos subjetivos: não se caracteriza bagatela
· Reincidente
· Criminoso habitual
· Paramilitares 
· Principio da individualização da pena: a pena e proporcional ao crime, respeitando os atenuantes e agravantes, cada pessoa e cada caso tem sua pena.
· Desenvolve-se em três partes:
· O legislativo estabelece o valor da pena;
· O judicial adota os critérios da lei;
· O administrativo a execução da pena.
· PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE: Para ter atipicidade é necessário ter forma e matéria.
· O que dá FORMA ao direito é a lei.
· É necessário a MATÉRIA, ou seja, ter feito lesão ao bem jurídico. 
· Princípios da alteridade: que veda a incriminação de conduta que não ofende bem jurídico de outro. (por isso não se condena a tentativa de suicídio)
· Principio da confiança: espera que as normas sejam seguidas por todos, por isso você sabe o que pode esperar de outro individuo.
· Princípio da adequação social: não pode ser considerado crime mesmo que tipificado em lei o comportamento humano que embora tipificado em lei não afronte o sentido social de justiça 
2. Fontes do direito penal:
· Material: a que produz a lei penal
· União, e excepcionalmente os estados se autorizado por lei complementar. (art. 22 da constituição federal)
· Formal: 
· Imediata:
· Lei (ordinárias e complementares) 
Obs.: não abrange a lei provisória e a delegada
· Mediata: 
· Costumes: não revoga lei
· Praeter legem: costumes não abrangidos pela lei, supri as lacunas da lei. (não serve para normas incriminadoras) 
· Secundum legem: costumes contemplados na lei. Auxilia a esclarecer o conteúdo de elementos do tipo penal
· Contra legem: costumes opostos à lei. Ex: jogo do bicho
· Princípios (base pilar do direito)
· Atos administrativos (complementos da norma em branco)
Obs.: não são fontes do direito: jurisprudência, doutrina e tratados internacionais que não sejam de direitos humanos.
3. Interpretação e integração: 
· Interpretação: existe lei
· INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: Art. 176 CP Quando não está escrito na norma, mas está subtendido.
· Interpretação Analógica: quando a lei te da um enunciado casuístico (exemplos) e depois se da uma um enunciado genérico (amplo) 
· Associa-se o caso concreto com os exemplos dados pela lei (interpretação analógica) 
Obs.: podendo ser para beneficiar ou prejudicar o réu. 
· Integração: não existe lei
· Analogia: supri as lacunas do direito penal
· Pegar a lei de um caso semelhante e usar no caso concreto
Só pode ser usado para beneficiar o réu. É inadmissível o uso da analogia para criar ilícitos penais ou estabelecer sansões criminais. (principio da reserva legal)
4. Lei penal no espaço: 
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (territorialidade)
· O crime que acontece no território nacional cabe à lei do Brasil (regra geral)
· Salve se algum tratado, convecções, e regras de direito internacional regule uma situação especifica.
Ex: o tratado que da imunidade ao diplomata (ele responde conforme a lei do seu país) 
· O que é considerado território nacional: 
· Espaço físico: sentido material
· Superfície terrestre 
· Subsolo 
· Mar territorial (12 milhas náuticas) 
· Aguas interiores
· Espaço aéreo
· Espaço jurídico: criado pelos homens (por extensão) (art5, §1)
· Embarcação ou aeronave publica ou a serviço do governo brasileiro (em qualquer lugar do mundo) 
· Aeronaves ou embarcações mercante ou privada só e considerada extensão do território quando:
· Estiver em alto mar (fora de qualquer território de outros países).
· Ou no espaço aéreo correspondente ao alto-mar
 Obs.: embaixadas não sao território do país que representa, apesar de ser inviolável.
Obs.: os destroços de embarcações e aeronaves em alto-mar também são considerados território do país
Lugar do crime: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
· E considerado as leis brasileiras se:
· A ação ou omissão ocorrer dentro do território
· Se o resultado foi produzido ou deveria ser no Brasil
· Classificação de crime:
· A distancia: percorre 2 países
· Crime em transito: mais de 2 países 
· Plurelocal: percorre 2 ou mais territórios do mesmo pais
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
Extraterritorialidade: a possibilidade de aplicar a lei brasileira de crimes cometidos fora do território nacional: 
· Extraterritorialidade incondicionada: e aplicada a lei Brasileira independente de qualquer condição nos seguintes casos: 
· Crime contra a vida ou liberdade do presidente
· Crimes contra o patrimônio público ou fé publica de todos os âmbitos direta ou indireta.
· Contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
· Genocídio, de agente brasileiro ou mora aqui.
· Extraterritoaridade condicionada: serão aplicadas as leis brasileiras observadas algumas condições: 
· Entrar o agente no território nacional
· Ser o fato punível também no país em que foi praticado
· Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
· Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena
· Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
5. Lei penal no tempo
O código penal se contradiz com seus princípios, No princípio geral a lei nunca se movimenta (lei do tempo do crime), porém existe outro que diz: leis revogadas não podem ser aplicadas então para resolve o problema a regra ficou: 
· Considerasse crime o dia da ação ou omissão mesmo que outro seja o momento do resultado salve para beneficiar o réu. 
· Podem desaparecer (o individuo ainda pode responder civil e administrativamente) 
Obs.: Extra-atividade é a possibilidade de a lei penal, depois de revogada, continuar a regular fatos ocorridos durante a vigência
· Ultratividade de lei mais benéfica: o juiz usa a lei revogada no julgamento (a lei do tempo do crime) 
· Retroatividade de lei mais benéfica: o juiz retroage a lei atual usa a lei atoa para jugar o crime do passado
· Abolitio crime: quando uma lei penal nova retira uma conduta ilícita do ordenamento jurídico, a conduta para de ser crime. (deixa de ser fato típico)
· Pode ser revogação expressa quando a lei, expressamente determina a cessão da vigência da norma anterior.
· Revogação tácita (implícita ou indireta) quando o novo texto é incompatível com o anterior ou regula inteiramente a matéria precedente.
· Obs.: nesse caso a lei retroage e todos os efeitos penais decorrente daquela conduta.
· Somente efeitos penais, efeitos civis e administrativos continuam. 
· Crime continuado:
· Sumula 711 do STF: nos crimes permanentes ou continuados aplicasse a lei em vigor no momento da cessação da condutado do agente. 
· Crime permanente: o crime esta acontecendo a todo o momento ex: sequestro 
· Crime continuado: vários crimes da mesma natureza ex: pequenos roubos ao caixa
· Lei temporária: se o crime for feito dentro da vigência da lei que o proíbe o individuo e jugado independente da lei ainda esta em vigor. 
· Lex tertia (asleis não se combinam) Não é permitido ao réu utilizar de forma separada partes de diversas leis com o objetivo de se beneficiar, deve se analisar que e mais benéfica e aplica-la.
6. Conflito aparente de norma: 
· Prevalece o principio da especialidade, aplica-se a lei mais especifica.
· Princípios da subsidiariedade: quando não e possível aplicar uma lei penal com maior lesão ao bem jurídico, se aplica a reserva a menor de lesão ao bem jurídico.
· Tácita: depois da analise o caso concreto, verifica a subsidiariedade. 
· Expressa: a própria lei diz ser subsidiaria 
· Obs.: a lei subsidiaria protege um grau menor de lesão ao bem jurídico
· Consunção: a substituição de um crime menor por um maior ex: uma facada que e lesão corporal, e substituído por homicídio.
Obs.: a lei subsidiaria protege um grau menor de lesão ao bem jurídico
7. Disposições sobre aplicação da lei penal: 
Explicação: Art. 9º. Mesmo se o crime cometido no Brasil teve repercussão, consequência no estrangeiro, se julgado no Brasil e no exterior, vai cumprir a pena apenas 1 vez. Uma sentença compensa o que já foi cumprido da outra. 
Art. 9: eficácia da sentença estrangeira: a sentença proferida fora do país pode valer aqui observando os critérios: 
· Condições: A lei deve ser homologada no Brasil para isso depende:
· Lei brasileira deve ter as mesmas consequências da lei estrangeira
· Deve ter sido em transito em julgado no estrangeiro
· Pode ser nos seguites casos: 
· Para obriga-lo a repara um dano 
· Medida de segurança
8. Classificação do crime:
· Sujeito do crime:
· Ativo: quem comete o crime
· Pessoa física
· Pessoa jurídica: somente crimes ambientais 
· Passivo: titular do bem jurídico lesado
· Constante 
· Eventual
· Objeto do crime:
· Jurídico
· Material

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