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Transtorno alimentares na adolescência

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Transtornos alimentares mais comuns na adolescência
➔ INTRODUÇÃO OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA:
● O aumento mundial na prevalência da obesidade nos últimos 30 anos tem
chamado a atenção das autoridades de saúde principalmente na faixa etária
pediátrica e adolescente;
● A grande maioria dos casos de obesidade está relacionada com fatores
poligênicos complexos em um ambiente que favorece a obesidade.Algumas
evidências demonstram essa associação:
1. A obesidade da mãe, mesmo antes da gestação relaciona-se com o
índice de massa corporal (IMC) da criança, na idade de 5 a 20 anos;
2. há 75% de chance de crianças de 3 a 10 anos serem obesas se
ambos os pais o forem e 25% a 50% se apenas um dos pais;
3. 10% a 20% das crianças obesas assim permanecerão obesas na
idade adulta;
4. 40% das crianças com sobrepeso continuarão a ganhar peso na
adolescência;
5. a inatividade física está significativamente relacionada com a
obesidade;
6. o aleitamento materno é um fator de proteção.
● A idade de início do ganho de peso é um preditor de risco de obesidade. O
aumento precoce e importante de peso antes dos 5,5 anos de idade foi
associado a rápida elevação do IMC e aumenta o risco de obesidade na vida
adulta;
● A obesidade pode desencadear síndromes metabólicas.
➔ AVALIAÇÃO CLÍNICA:
● 95% dos casos de obesidade é de causa exógena ou nutricional, e o
diagnóstico é baseado na história, no exame físico e nos dados
antropométricos;
● É importante afastar as causas secundárias e genéticas de obesidade;
● As repercussões metabólicas da obesidade também devem ser avaliadas
para se identificar os adolescentes com maior risco (história familiar,
componentes da SM).
➔ EXAME FÍSICO:
● O diagnóstico de obesidade é feito pelo cálculo do IMC (peso em kg/estatura
em m² ), que tem validade clínica porque se correlaciona com a adiposidade
e com os fatores de risco cardiovasculares;
● A avaliação da circunferência abdominal (CA) tem sido largamente utilizada e
deve ser incluída na avaliação do adolescente obeso, pois, assim como em
adultos, tem sido identificada como um preditor independente de resistência
insulínica (RI), HA e dislipidemia;
● A medida das pregas cutâneas e da circunferência do braço pode ser
utilizada para aferição do percentual de gordura e massa magra;
1. Pressão arterial, deve ser aferida utilizando-se manguitos
adequados;
2. Estadiamento puberal, segundo os critérios de Tanner;
3. Pesquisa de sinais de hipercortisolismo presentes na síndrome
de Cushing, obesidade centrípeta, estrias abdominais violáceas,
diminuição da velocidade de crescimento.
➔ AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA:
● A avaliação psicológica é fundamental no acompanhamento dos
adolescentes obesos, visto que muitos com obesidade grave apresentam
sintomas depressivos e altos níveis de ansiedade;
● A baixa autoestima pode comprometer a vida social, causando tendência a
comportamentos de risco e isolamento.
➔ AVALIAÇÃO LABORATORIAL:
1. HEMOGRAMA;
2. AVALIAÇÃO DO METABOLISMO DA GLICOSE;
3. LIPIDOGRAMA;
4. PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICAS;
5. HORMÔNIOS;
6. ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL {quando há suspeita de
esteatoepatite}.
➔ TRATAMENTO:
● O tratamento da obesidade deve ser realizado por uma equipe
multidisciplinar e baseia se primariamente em mudanças no estilo de vida;
● Deve ser incentivada a prática de atividade física, restringindo o
sedentarismo. O objetivo é alcançar 30 a 45 minutos de atividade vigorosa
três vezes por semana;
● O tratamento segue um passo importante, sendo:
1. Abordagem nutricional:
➔ deve ser realizada por um nutricionista, seguindo-se as
recomendações ideais de nutrientes e calorias para a faixa
etária. Dietas com maior restrição calórica estão indicadas
apenas quando terminada a fase de crescimento;
➔ oferecer atendimento individualizado; sempre que possível
fazer um acompanhamento com menor intervalo (15/15 dias);
➔ realizar anamnese alimentar detalhada em qualidade,
quantidade, preferências e intolerâncias;
➔ definir os objetivos do tratamento, buscando aumentar a
conscientização, o conhecimento e a motivação do
adolescente;
➔ conhecer o estadiamento puberal para melhor direcionar a
ingesta calórica;
➔ usar abordagem flexível, não autoritária;
➔ incentivar maior número de refeições (quatro a seis por dia)
com pequenos volumes;
➔ aumentar ingestão hídrica (mais de 2 litros de água por dia);
➔ valorizar a manutenção e qualquer perda ponderal;
➔ incentivar a participação em grupos de obesos e atividades
educativas, o que pode ser de grande valia.
OBS. Devemos esperar perdas de 0,5 a 1 kg por semana.
➔ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
● O tratamento farmacológico ajudaria a minimizar os efeitos biológicos do
ganho de peso;
● Em adolescentes, ainda não há um consenso quanto a indicações precisas
de quando associar medicamento às orientações para modificação do estilo
de vida;
● As drogas mais estudadas nessa população são o orlistate e a sibutramina.
O orlistate está liberado para utilização acima dos 12 anos de idade, e a
sibutramina, para adolescentes acima de 16;
● Os efeitos colaterais mais comuns com o uso de sibutramina são taquicardia,
xerostomia, constipação intestinal, vertigem, insônia e HA(4). Com o uso de
orlistate, foram observados esteatorreia, dor abdominal, urgência e escape
fecal.
➔ TRATAMENTO CIRÚRGICO:
● Na população adolescente, a indicação de cirurgia bariátrica ainda é
controversa, principalmente pela falta de estudos prospectivos de longo
prazo;
● Deve-se considerar cirurgia bariátrica para os adolescentes que não
apresentem contraindicação e tenham IMC ≥ 40 kg/m2, com comorbidade
estabelecida (DM2, apneia do sono, hipertensão refratária ou com lesão de
órgão-alvo); IMC ≥ 50 kg/m2 com comorbidades menos graves;
● São fundamentais avaliação e acompanhamento psicológico antes e após a
cirurgia por profissional de saúde mental qualificado.
➔ DEFINIÇÃO TRANSTORNOS ALIMENTARES:
● Os transtornos alimentares (TAs) se caracterizam por falta de satisfação com
o corpo relacionada com supervalorização de um corpo magro ideal,
associada a padrões disfuncionais de cognição e controle do peso que
resultam em significativas complicações biológicas, psicológicas e sociais;
● Além da obesidade existem dois transtornos alimentares que se destacam na
época da adolescência, sendo eles:
1. Anorexia nervosa:
➔ Definição: Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar
resultado da preocupação exagerada com o peso corporal e
que pode provocar problemas físicos graves frequentemente,
mas nem sempre, está associada a distúrbios da imagem
corporal, à percepção do indivíduo de que ele é
angustiantemente grande apesar da inanição médica óbvia. 
➔ Quadro clínico: O início da anorexia nervosa costuma ocorrer
entre 10 a 30 anos de idade, pode vir acompanhada de
depressão,síndrome do pânico e comportamentos
obsessivos-compulsivos. O quadro clínico é marcado pela
redução voluntária do peso, mantendo um grau doentio de
perda de peso, o paciente também vai apresentar um
funcionamento anormal dos hormônios reprodutivos, além
disso o paciente vai apresentar um medo intenso de engordar.
➔ Diagnóstico: Pelo DSM-V segue critérios, sendo: 1. Critério A,
marcado pelo peso corporal significativamente baixo e
restrição da ingesta calórica; 2. Critério B, marcado pelo
intenso medo de ganhar peso ou de engordar, mesmo que
abaixo do peso, ainda existe um comportamento que interfere
no ganho de peso; Critério C, marcado pela distorção da
imagem corporal e ausência de reconhecimento do baixo peso
corporal atual.
➔ Tipos: 1. Tipo restritivo, Durante os últimos três meses, o
indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de
compulsão alimentar ou comportamento purgativo. Perda de
peso associada a jejum, dieta e exercícios excessivo e 2. Tipo
de compulsão alimentar purgativa, Nos últimos três meses, o
indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão
alimentar purgativa.
➔ TRATAMENTO: 1. Psicoterapia, marcada pela terapia
cognitiva-comportamental {monitoramento é um componente
essencial dessa terapia}, psicoterapiadinâmica e terapia
familiar, 2.Farmacologia,Estudos farmacológicos ainda não
identificaram medicamentos que produzam uma melhora
definitiva dos sintomas centrais da anorexia nervosa, mas é
marcado pelo uso de: ciproeptadina, clomipramina, pimozida e
clorpromazina. {e a depender da referência coloca também a
fluoxetina pois ajuda no ganho de peso} e 3. Hospitalização.
2. Bulimia:
➔ Definição: A bulimia nervosa é caracterizada por episódios de
compulsão alimentar combinados com formas inapropriadas
de interromper o ganho de peso. A compulsão alimentar
geralmente vem acompanhada de sentimentos de culpa,
depressão ou auto indignação.
➔ Quadro clínico: O quadro clínico é marcado pela compulsão
alimentar frequente (uma vez por semana), é marcado
principalmente por comportamento compensatório, como:
vômito auto induzido, abuso de laxativos, diuréticos, enemas,
abuso de eméticos e, menos comumente, dieta severa com
exercícios extenuantes. Além disso, ocorre uma autoavaliação
desproporcional que depende do peso e da forma corporal. É
importante avaliar a possibilidade de que a paciente tenha
passado por um episódio anterior breve ou prolongado de
anorexia nervosa. { O vômito reduz a dor abdominal e a
sensação de inchaço e permite que continuem a comer sem
medo de ganhar peso.}
➔ Diagnóstico: Segundo o DSM-V existem critérios para a
avaliação diagnóstica da bulimia, sendo: 1.Critério A, marcado
por compulsão alimentar; 2. Critério B, marcado por
comportamento compensatórios e o impedimento do ganho de
peso; 3. Critério C, marcado pelo critério A e B ocorrendo no
mínimo 1 vez por semana durante 3 meses; 4. Critério D,
marcado pela autoavaliação influenciada pela forma e peso
corporal e 5. Critério E, a perturbação não está ligada apenas
a anorexia nervosa.
➔ Tratamento: 1. Psicoterapia, marcada pela terapia
cognitiva-comportamental {monitoramento é um componente
essencial dessa terapia} e psicoterapia dinâmica e 2.
Farmacoterapia, fluoxetina , Imipramina, desipramina,
trazodona e inibidores da monoaminoxidase, esses
medicamentos ajudam a reduzir compulsão alimentar e
purgação independentemente da presença de transtorno do
humor. Também é utilizado o Carbamazepina e lítio para
controlar os transtornos do humor comórbidos, como
transtorno bipolar I.
OBS. : A maioria das pacientes com bulimia nervosa não
complicada não requer hospitalização. { a hospitalização é
necessária quando a compulsão alimentar está fora de controle,
o tratamento ambulatorial não funciona ou a paciente exibe
sintomas adicionais. Ex: abuso de substância.}
➔ DEFINIÇÃO OBESIDADE EXÓGENA:
● A obesidade exógena é um distúrbio do metabolismo energético, que
acarreta acúmulo excessivo de gordura corporal. Seu desenvolvimento
ocorre pela associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais;
● 95% da obesidade é exógena,
➔ EPIDEMIOLOGIA:
● Estilo de vida sedentário e maior consumo de alimentos com alta densidade
energética explicam o aumento expressivo da prevalência de obesidade em
países desenvolvidos e em desenvolvimento, incluindo todas as faixas
etárias;
● No Brasil, 33,5% das crianças de 5 a 9 anos estavam com excesso de peso,
sendo que 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas eram obesos;
● O aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo, nos
últimos 34 anos. No período de 1974-1975 a 2008-2009, a prevalência do
excesso de peso no sexo masculino aumentou de 3,7 para 21,7% e no sexo
feminino, de 7,6 para 19%;
➔ Diagnóstico da Obesidade:
● O diagnóstico da obesidade é clínico;
● É necessário uma anamnese bem detalhada focando na história da
obesidade {idade de início, relação com fatores desencadeantes, tentativas
anteriores de tratamento e prevenção}, além disso é necessário avaliar os
antecedentes familiares, uso de drogas, álcool e tabaco, antecedentes
maternos, hábitos alimentares e hábitos de vida.

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