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Os impactos da transição demográfica e epidemiológica sobre o 
envelhecimento no Brasil 
 
É inevitável pensar na pessoa idosa e não associar a doenças crônicas. 
No Brasil, a transição epidemiológica alterou o padrão das doenças que a 
afetam a população, ou seja, doenças como a varíola, que assolou a população 
brasileira por volta do século XX, não são mais vistas devido as campanhas de 
vacinação. Atualmente, as doenças cardiovasculares são aquelas que se 
destacam na população brasileira, principalmente a idosa. Entretanto, com o 
ritmo do aumento do consumo de produtos industrializados, como fast foods, a 
tendência é que cada vez mais cedo essas doenças acometam a sociedade. 
Segundo Frenk et al (1991), os processos passaram de agudos, cura ou 
morte, para crônicos. Dessa forma, se o país não tem um sistema adequado 
para acompanhamento da população idosa, estes ficarão debilitados e terão 
qualidade de vida prejudicada. Sendo assim, a demanda por auxílios saúde ou 
cirurgias aumentarão os gastos do governo. Por isso, faz-se necessário que 
haja nas unidades básicas de saúde (UBS) áreas multiprofissionais para 
prevenção de doenças crônicas. 
Infelizmente, países em desenvolvimento não tem estrutura suficiente 
para atender as demandas da população, seja devido a corrupção ou outras 
prioridades para gastos das verbas. A distribuição de renda em países 
subdesenvolvidos apresenta muitas desigualdades, segundo pesquisa 
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 
2018, a população mais rica (1%) ganhou 33,8 vezes mais que a população 
mais pobre (50%). Posto isso, o envelhecimento da população pobre é cada 
vez mais preocupante, pois esses não têm acesso a uma boa qualidade de 
vida. Posto isso, fatores como má alimentação, falta de exercício físico e 
dependências químicas aumentam o risco de desenvolver doenças crônicas. 
Seguindo a linha de raciocínio do parágrafo anterior, de acordo com 
WHO (2001) “Os países desenvolvidos primeiro ficaram ricos e depois 
envelheceram; nós estamos ficando velhos antes de ficarmos ricos”. Logo, 
aqueles que são mais ricos terão um envelhecimento mais saudável e poderão 
exercer suas atividades normalmente de forma segura. Porém, aqueles que 
não envelheceram com saúde, devido a condições financeiras, ao manter a 
mesma rotina de longas horas de trabalho, muitas vezes informal, alimentação 
com baixo valor nutricional estarão tão debilitados que demandarão um 
cuidado maior e sairão do mercado de trabalho mais cedo.

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