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PCC AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE PEDAGOGIA
PRISCILA DA CONCEIÇÃO BITTENCOURT
 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR – PCC AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL (CEL0379) 
OBSERVAR, PESQUISAR E CONSTRUIR O CONHECIMENTO
 A avaliação institucional é um instrumento indispensável, que oferece subsídios que permitem a identificação dos pontos críticos que estão impactando a realidade do sistema educacional brasileiro para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais, visando garantir a qualidade da educação. O objetivo da pesquisa é entender e conhecer como funcionam os métodos de avaliação no Brasil, aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), analisando sua importância no contexto atual da educação brasileira. IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador que reúne os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Foi criado pelo governo federal em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), e nasceu como condutor de política pública pela melhoria da qualidade da educação, tanto no âmbito nacional, quanto em esferas mais específicas (estaduais, municipais e escolares), de forma que a composição do índice possibilita a projeção de metas individuais intermediárias rumo ao incremento da qualidade do ensino. O IDEBE é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no SAEB, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema. As metas são diferenciadas para todos, cada unidade, rede e escola, e são apresentadas bienalmente de 2007 a 2021, de modo que os estados, municípios e escolas deverão melhorar seus índices e contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e por isso se tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos.. Mesmo quem já tem um bom índice deve continuar a evoluir. No caso das redes e escolas com maior dificuldade, as metas prevêem um esforço mais concentrado, para que elas melhorem mais rapidamente, diminuindo assim a desigualdade entre esferas, com apoio específico previsto pelo Ministério da Educação para reduzir essa desigualdade. Para que toda a população possa acompanhar a evolução do trabalho feito pelas escolas, o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza um sistema online de consultas, onde é possível verificar as notas obtidas pelos estados, municípios e escolas, desde a criação do índice até o dado mais recente. No município do Rio de Janeiro, o índice nos anos iniciais (4ª série/5° ano) da rede municipal cresceu, atingindo a meta de 2007 até 2015, não alcançando nos anos seguintes e também não alcançando o 6,0. Na 8ª série/9° ano a meta só foi alcançada em 2007 e 2011. Não existem resultados para o Ensino Médio.
SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é um conjunto de avaliações externas em larga escala, que permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação permite ao INEP realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante, é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências. Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o SAEB reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais. A partir de 2019, a avaliação passou a contemplar também a educação infantil, ao lado do ensino fundamental e do ensino médio, mas os questionários são respondidos pelos professores. Os testes do SAEB são elaborados a partir de matrizes de referência. Os conteúdos associados a competências e habilidades desejáveis para cada série e para cada disciplina são subdivididos em partes menores, os descritores, cada uma especificando o que os itens das provas devem medir. Os descritores, por sua vez, traduzem uma associação entre os conteúdos curriculares e as operações mentais desenvolvidas pelos alunos. Os descritores, portanto, especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a construção dos itens de diferentes disciplinas. O SAEB utiliza dois tipos de instrumentos: a) Testes cognitivos, a serem aplicados aos alunos dos respectivos anos avaliados. Contemplam as áreas do conhecimento Língua Portuguesa (LP) e Matemática (MT). Em 2019, uma amostra de estudantes do 9º ano do ensino fundamental também fizeram provas de Ciências da Natureza (CN) e Ciências Humanas (CH). b) Questionários (Impressos e Eletrônicos), a serem aplicados aos Alunos, Professores, Diretores, Secretários Estaduais e Municipais de Educação. Coletam informações sobre fatores socioeconômicos e de contexto que podem auxiliar a compreender o desempenho nos testes.
A cada edição do SAEB, o INEP divulga resultados agregados para os estratos Brasil, regiões e unidades da Federação, desagregados por dependência administrativa e localização. Desde 2005, municípios e escolas também têm seus resultados divulgados. A disponibilização dos resultados varia ao longo das edições, com relatórios consolidados, sistemas de acesso a resultados ou boletins de desempenho. No dia 6 de maio de 2020, o Ministério da Educação divulgou no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo ministro da Educação, uma nova versão do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Seria um ENEM seriado, que é a aplicação do SAEB na 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. As provas dos estudantes do Ensino Médio vão formar uma nota de acordo com os resultados em cada uma das três etapas e, a partir disso, poderão ser utilizadas para ingressar ao Ensino Superior. Além disso, o SAEB será anual e aplicado a todos os anos e séries a partir do 2º ano do Ensino Fundamental. A implementação será realizada de maneira gradual a partir do segundo semestre de 2021, com os estudantes da 1ª série do Ensino Médio. No novo SAEB, vai existir o Programa de Residência em Avaliação Educacional. A avaliação terá a colaboração dos estados e municípios, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Na prática, por meio de acordos, os docentes trabalharão no INEP temporariamente com a finalidade de construir em conjunto o SAEB. Além disso, serão capacitados para a elaboração de itens de provas e, em seguida, compartilharão os conhecimentos adquiridos. Censo Escolar O Censo Escolar da Educação Básica é uma pesquisa declaratória realizada anualmente pelo MEC/INEP/DEEB em parceria com as Secretarias de Educação estaduais e municipais, que levanta informações estatístico-educacionais sobre a educação básica brasileira. É o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira, sendo uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional do país, das unidades federativas, dos municípios e do Distrito Federal, bem como das escolas e, com isso,acompanhar a efetividade das políticas públicas. Ele abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica e profissional: - Ensino regular (educação infantil, ensino fundamental e médio); - Educação especial – modalidade substitutiva; - Educação de Jovens e Adultos (EJA); - Educação profissional (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada ou qualificação profissional). A compreensão da situação educacional ocorre por intermédio de um conjunto amplo de indicadores que possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (lDEB), as taxas de rendimento e de fluxo escolar, a distorção idade-série, entre outros, que servem de referência para as metas do Plano Nacional da Educação (PNE), que podem ser acompanhadas no Observatório do PNE. Todos esses indicadores são calculados com base nos dados do Censo Escolar. Além disso, as matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e divulgação de dados das avaliações realizadas pelo Inep. Os resultados do Censo Escolar são divulgados para o Brasil, Regiões, Unidades da Federação e Municípios. No caso da escola, do aluno e professor a informação descaracteriza os dados que identifiquem o informante. Tais informações são disponibilizadas mediante assinatura de termo de responsabilidade e autorização da Direção do Inep. ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, pelo MEC, com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à educação superior, em 2009, através do Sistema de Seleção Unificada (SISU), do Programa Universidade para Todos (ProUni) e de convênios com instituições portuguesas. Os participantes do Enem também podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados do Enem também permitem o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais. Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo o mesmo pode fazer o Enem para acesso à educação superior, e também é possível que pessoas que ainda não concluíram o ensino médio possam participar do Enem como treinamento, assim seus resultados no exame auxiliam somente para autoavaliação de conhecimentos. A aplicação do Enem ocorre em dois domingos. Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: a) linguagens, códigos e suas tecnologias; b) ciências humanas e suas tecnologias; c) ciências da natureza e suas tecnologias; d) matemática e suas tecnologias, que somam 180 questões, ao todo. Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema. A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep garante atendimento especializado e tratamento pelo nome social, além de diversos recursos de acessibilidade. Em janeiro e fevereiro de 2021, pela pandemia de Covid-19, pela primeira vez o Inep realizará o Enem Digital, e está prevista para mais de 96 mil participantes. Conclusão Através da análise e estudo dos Sistema de Avaliação Institucional no Brasil, é possível perceber que o principal pressuposto é a avaliação formativa que proporciona informações acerca do desenvolvimento de um processo de ensino, com a finalidade de orientar e reorientar a prática pedagógica dos educadores. É um processo permanente, tendo como principal função inventariar, harmonizar, tranquilizar, apoiar, orientar, reforçar e corrigir os aspectos avaliados durante as provas. Caracteriza-se como um importante instrumento para a melhoria da qualidade do ensino na medida em que são identificados os problemas. O educador é informado sobre o desenvolvimento da aprendizagem e o educando sobre os seus sucessos e suas dificuldades. Sendo assim, a avaliação institucional possibilita uma maior reestruturação do processo educacional e a introdução de mudanças na Instituição de Ensino. Este procedimento colabora com a reestruturação das atividades, pesquisas, extensão e gestão, visando melhorias em cada um desses pilares fundamentais para a educação. 
Referências Bibliográficas Portal IDEB. Disponível em: . Acesso em: 02 setembro 2020 Portal INEP. Disponível em: . Acesso em: 02 setembro 2020. Portal MEC. Disponível em: . Acesso em: 02 setembro 2020

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