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comcurso de crimes


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DIREITO 
PENAL II
Cinthia Louzada 
Ferreira 
Giacomelli
 
Concurso de crimes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir concurso de crimes e a sua aceitação nas cortes superiores.
  Distinguir concurso formal de concurso material.
  Descrever a continuidade delitiva.
Introdução
O concurso de crimes pode ser conceituado como a prática de várias 
condutas tipificadas penalmente que são cometidas por um único agente 
ou por um grupo de agentes que agem em conjunto. Diferencia-se do 
concurso de pessoas pelo fato de que, nesse conceito, uma única conduta 
típica é verificada, ainda que seja praticada por várias pessoas. O objetivo 
central do concurso de crimes é estabelecer qual será a pena do agente 
ou do grupo de agentes que pratica mais de um tipo penal.
Neste capítulo, estudaremos os principais aspectos do crime conti-
nuado, as teorias que o fundamentam e o entendimento dos tribunais 
superiores brasileiros acerca do tema.
Conceito e reconhecimento 
nos tribunais superiores
O concurso de crimes consiste na prática de várias condutas tipifi cadas pe-
nalmente que são cometidas por um único agente ou por um grupo de agentes 
que agem em conjunto. Diferencia-se do concurso de pessoas pelo fato de que, 
neste, uma única conduta típica é verifi cada, ainda que seja praticada por várias 
pessoas. O objetivo central do concurso de crimes é estabelecer qual será a 
pena do agente do grupo de agentes que pratica mais de um tipo penal. Nesse 
sentido, surgem dois critérios fundamentais para a análise:
1. Naturalístico — considera o número de resultados típicos concretizados 
com o intuito de, assim, estabelecer o número de crimes cometidos, 
de forma que o agente deverá cumprir todas as penas estabelecidas;
2. Normativo — o número de resultados é irrelevante para a determinação 
de infrações penais e a subsequente atribuição de pena, motivo pelo 
qual deve haver consulta ao texto legal.
O critério normativo segue sistemas específicos, que analisaremos a seguir, 
considerando que dois deles são aplicados no Brasil: o sistema de acumulação 
penal e o sistema de exasperação da pena.
Sistema de acumulação penal
Por meio desse sistema, a verifi cação de mais de um resultado típico resulta 
na punição por causa de todos eles, de modo que as penas se somam. É o 
que ocorre no concurso material, como veremos mais adiante. Frente a isso, 
é importante destacarmos que o sistema que impõe a acumulação das penas 
pode ser verifi cado em outras situações, quando a lei expressamente indica 
a sua utilização. Contudo, de acordo com Mirabete e Fabbrini (2014, p. 307), 
“[...] critica-se esse princípio por levar à imposição de uma pena total despro-
porcionada com a gravidade dos delitos, afi rmando-se ainda que o criminoso 
poderia emendar-se após o cumprimento de uma pena menor”.
Sistema de exasperação da pena
Com base nesse critério, quando o agente pratica mais de um crime, estabelece-
-se somente uma das penas, contudo com o acréscimo de uma cota-parte que 
representa a punição por todos os delitos cometidos. Trata-se de um sistema 
mais benéfi co para o acusado e, no Brasil, é aplicado nos casos que se en-
quadram nos arts. 70 e 71 do Código Penal (BRASIL, 1940). Esses artigos 
respectivamente disciplinam o concurso formal e o crime continuado, como 
também analisaremos ao longo deste capítulo.
Sistema de absorção
O sistema da absorção prevê a fi xação da pena com base no crime mais grave, 
que absorve os demais delitos praticados e as suas respectivas penas. No 
Brasil, esse sistema não é adotado expressamente, ao contrário do que ocorre 
em Portugal, por exemplo. 
Concurso de crimes2
Para Nucci (2009, p. 494), todavia:
[...] há casos em que jurisprudência, levando em conta o critério da consunção, 
no conflito aparente de normas, termina por determinar que o crime mais 
grave, normalmente o crime-fim, absorve o menos grave, o denominado 
crime-meio. Evita-se, com isso, a soma de penas. 
As críticas a esse sistema resumem-se à consideração de que diversos 
crimes ficariam impunes no momento da aplicação do método.
Sistema de acumulação jurídica
Neste caso, há uma média ponderada entre as várias penas previstas para os 
diversos crimes cometidos, o que impede que haja um excesso de punição 
por meio da fi xação de um teto. Assim, o montante da pena que ultrapassar 
o teto estabelecido é automaticamente extinto. Tal sistema não é aplicado no 
Brasil, mas é adotado na Espanha, por exemplo.
Ao considerarmos o entendimento jurisprudencial das cortes superiores 
brasileiras quanto ao concurso de crimes, podemos afirmar que, quando 
verificado o concurso material, o sistema aplicado é o de acumulação penal, 
também chamado de cúmulo material. Quando verificado o concurso formal, 
o sistema incidente é o de exasperação da pena, porém com algumas peculia-
ridades, como o concurso formal imperfeito e a sujeita ao cúmulo material. Já 
no que se refere ao crime continuado, o sistema adotado é o de exasperação 
da pena. Contudo, as quantidades a serem aumentadas divergem em hipótese 
de crime continuado comum e específico.
Nesse sentido, vejamos a seguinte decisão do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) no julgamento do habeas corpus nº. 388.983/SP (2017/0035489-2), julgado 
em setembro de 2017:
A atuação jurisdicional, em segundo grau, por decorrência do efeito devolutivo 
da apelação, permite apreciação e julgamento de todas "as questões suscitadas 
e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que 
relativas ao capítulo impugnado" (art. 1.013, § 1º, do Código de Processo Civil). 
Hipótese em que o Tribunal de origem acolheu a insurgência ministerial contra 
a sentença condenatória, reconhecendo a prática pelo paciente do delito de 
lesão corporal gravíssima, impondo-se pena acrescida ao do crime do art. 344 
do CP, em concurso material. A determinação contida no preceito secundário 
do art. 344 do CP ("reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência") refere-se tão-somente à incidência da regra do 
3Concurso de crimes
cúmulo material entre os crimes, é dizer, se reconhecida a prática do crime 
de coação no curso do processo, existindo violência, o juiz, por expressão da 
vontade do legislador, deverá somar sua pena ao do delito resultante daquela 
violência (BRASIL, 2017, documento on-line).
No que tange ao sistema de exasperação da pena aplicada ao crime conti-
nuado, o STJ manifestou o seguinte entendimento:
[...] no tocante à continuidade delitiva, a exasperação da pena será determi-
nada, basicamente, pelo número de infrações penais cometidas, parâmetro 
este que especificará no caso concreto a fração de aumento, dentro do inter-
valo legal de 1/6 a 2/3. Nesse diapasão esta Corte Superior de Justiça possui 
o entendimento consolidado de que, em se tratando de aumento de pena 
referente à continuidade delitiva, aplica-se a fração de 1/6 pela prática de 2 
infrações; 1/5, para 3 infrações; 1/4 para 4 infrações; 1/3 para 5 infrações; 1/2 
para 6 infrações e 2/3 para 7 ou mais infrações (habeas corpus nº. 441.763/
SP (2018/0064452-2), julgamento em junho de 2018).
Uma vez analisados os sistemas de aplicação de penas para os crimes 
cometidos por um único agente ou por um grupo de agentes que agem em con-
junto, cumpre verificarmos as definições e os principais aspectos do concurso 
formal e do concurso material, que são as espécies do concurso de crimes.
Concurso formal e concurso material
O concurso de crimes pode ser classifi cado como concurso formal, concurso 
material e crime continuado, sendo que normas específi cas se aplicam a cada tipo.
Concurso material
O concurso material refere-se à prática do agente que, mediante mais de uma 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, de modo que deve ser punido 
pela soma das penas atribuídas em virtude do sistema de acumulação material, 
conforme já analisamos. O concurso material homogêneo ocorre quandoos crimes forem idênticos, ao passo que o concurso material heterogêneo 
ocorre quando os delitos não forem idênticos.
Nos termos do art. 69 do Código Penal (BRASIL, 1940, documento on-line):
Art. 69 Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas 
Concurso de crimes4
privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa 
de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
 § 1º Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena 
privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será 
incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
 § 2º Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado 
cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessiva-
mente as demais.
Para Mirabete e Fabbrini (2014, p. 308), no concurso material:
[...] a pena a ser imposta é a soma das que devem ser aplicadas a cada delito 
isoladamente, adotado que foi, nesse tipo de concurso, o sistema de cúmulo 
material. Quando da ocorrência do concurso material, porém, deve o juiz 
individualizar a pena fixada para cada um dos crimes componentes para, 
depois, somar as reprimendas.
Um exemplo de concurso material é a situação na qual o agente armado 
rouba um veículo, atropela um pedestre e, por fim, atira em um policial. Trata-se 
de vários crimes e, portanto, de várias condutas delituosas que, no momento 
da aplicação da pena, devem ser consideradas isoladamente.
Concurso formal
O concurso formal de crimes diz respeito à pratica delituosa do agente que, 
por meio de uma única ação ou omissão, provoca dois ou mais resultados. 
Assim como na hipótese de concurso material, o concurso formal pode ser 
homogêneo ou heterogêneo.
Assim prevê o art. 70 do Código Penal (BRASIL, 1940, documento on-line):
Art. 70 Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis 
ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um 
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a 
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios 
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único. Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra 
do art. 69 deste Código.
Para fins de interpretação, o referido artigo divide-se em duas partes. Na 
primeira, verificamos o concurso formal perfeito, quando o agente pratica 
5Concurso de crimes
duas ou mais infrações delituosas por meio de uma única conduta. Por exemplo, 
na situação em que um indivíduo chamado João pretende matar uma pessoa 
chamada Maria e, ao atirar contra ela, acerta também Pedro, causando-lhe 
lesões corporais. Já na segunda parte do art. 70 do Código Penal, está contido 
o concurso formal imperfeito, no qual para Nucci (2009, p. 496):
[...] as penas devem ser aplicadas cumulativamente se a conduta única é dolosa 
e os delitos concorrentes resultam de desígnios autônomos. A intenção do 
legislador, nessa hipótese, é retirar o benefício daquele que, tendo por fim 
deliberado e direto atingir dois ou mais bens jurídicos, cometer os crimes 
com uma só ação ou omissão.
O concurso formal imperfeito é verificado quando o agente pratica o delito 
por meio de uma só conduta, mas com desígnios autônomos. É o exemplo 
de um indivíduo que pretende matar duas pessoas e instala uma bomba no 
veículo que as transporta. 
No que se refere à aplicação das penas, é importante destacarmos o conceito 
de concurso material favorável, aplicável aos casos de concurso formal. 
Refere-se à situação em que, praticado um crime em concurso formal, torna-
-se imperiosa a aplicação das regras de concurso material caso essa ação seja 
mais favorável. Se, por exemplo, o agente responder por homicídio doloso 
e lesões culposas, em concurso formal, a pena mínima é de seis anos por 
homicídio simples, acrescida de um sexto, dada a exasperação da pena, o que 
resultaria em sete anos de reclusão. Todavia, ao aderir à regra do concurso 
material, a pena seria de seis anos e dois meses de detenção e, considerando 
que o concurso formal é um benefício para o agente, a pena deve ser aplicada 
como se fosse concurso material.
Não podemos descartar a possibilidade de concorrência de concursos. É o que sucede 
quando o agente pratica dois crimes em concurso formal e, em seguida, outros dois 
crimes também em concurso formal. Assim, entre esses dois concursos há um concurso 
material. Outra situação que também pode ser verificada encontra-se na hipótese de 
dois concursos formais em continuidade delitiva, como, por exemplo, um homicídio 
doloso e um culposo seguidos por outro homicídio doloso e outro culposo. Nessa 
situação, a maior parte do entendimento doutrinário defende a aplicação somente do 
aumento do delito continuado, pois é o aspecto que predomina no contexto criminoso.
Concurso de crimes6
Continuidade delitiva
A continuidade delitiva ou crime continuado ocorre quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie 
em condições de tempo, lugar e maneira de execução semelhantes, de forma 
que se presumem encadeados. A continuidade está prevista no art. 71 do 
Código Penal, entendendo a doutrina majoritária que a descrição do caput 
corresponde ao crime continuado simples, enquanto a descrição do parágrafo 
único diz respeito ao crime continuado qualifi cado:
Art. 71 Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, 
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos 
como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, 
se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 
um sexto a dois terços.
Parágrafo único. Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos 
com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a cul-
pabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos 
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas 
as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código (BRASIL, 
1940, documento on-line).
Várias teorias fundamentam a natureza do crime continuado, quais sejam:
1. Teoria da unidade real — considera várias violações como compo-
nentes de único crime.
2. Teoria da ficção jurídica — a unidade de crimes existe em virtude 
de uma criação legal para que se possa impor a pena, sendo que, na 
realidade, existem vários delitos.
3. Teoria mista — não se cogita a unidade ou a pluralidade dos delitos, 
mas sim de um terceiro tipo penal, que é o próprio concurso. 
A lei penal brasileira adotou a teoria da ficção jurídica, de modo a aplicar o 
sistema de exasperação da pena ao crime continuado. Dessa forma, podemos 
assumir como exemplo de crime continuado a situação em que o funcionário de 
uma lanchonete furta diariamente pequenas quantidades de dinheiro do caixa. 
Nesse caso, a pena a ser aplicada deve considerar um crime, estabelecendo-se 
somente uma pena, porém com o acréscimo de uma cota-parte que representa 
a punição por todos os delitos praticados.
7Concurso de crimes
Ademais, é importante considerarmos os requisitos para a configuração 
do crime continuado. Em primeiro lugar, é necessário que o mesmo agente 
pratique duas ou mais condutas. Em segundo lugar, deve ser verificada uma 
pluralidade de resultados, ou seja, de crimes da mesma espécie. Por fim, é 
necessário que se verifique o nexo da continuidade delitiva, apurado por 
circunstâncias de tempo, lugar, maneira de execução, etc. semelhantes. 
Nesse sentido, Mirabete e Fabbrini (2014, p. 311) afirmam:
[...] o limite tolerado para o reconhecimento da continuidade, em consonância 
com a jurisprudência,é de o lapso temporal não ser superior a trinta dias. 
Quanto ao lugar, tem-se admitido inclusive a prática de crimes em cidades 
diversas, desde que integrados na mesma região sociogeográfica e com fa-
cilidade de acesso. Quanto à maneira de execução, exige-se a presença do 
mesmo modus operandi.
A concepção de que o crime continuado se apresenta com elementos exter-
nos remete à teoria objetiva pura, adotada pelo Código Penal e que consiste 
na dispensa de prova da unidade de desígnio do agente, exigindo-se apenas a 
demonstração dos requisitos objetivos comentados. 
No entanto, no julgamento do agravo regimental no agravo do instrumento 
do habeas corpus nº. 438.232/SP (2018/0042070-0), em maio de 2018, o STJ 
proferiu o seguinte entendimento:
[...] impende registrar, por oportuno, que esta Corte, ao interpretar o art. 71 do 
CP, adota a teoria mista, ou objetivo-subjetiva, segundo a qual caracteriza-se a 
ficção jurídica do crime continuado quando preenchidos tanto os requisitos de 
ordem objetiva — mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução do 
delito ––, quanto o de ordem subjetiva — a denominada unidade de desígnios 
ou vínculo subjetivo entre os eventos criminosos, a exigir a demonstração do 
entrelaçamento entre as condutas delituosas, ou seja, evidências no sentido 
de que a ação posterior é um desdobramento da anterior (BRASIL, 2018, 
documento on-line).
Dessa forma, podemos considerar também a teoria subjetiva, que exige 
apenas a unidade de desígnio para que se configure o crime continuado. Além 
dela, verificamos a presença da teoria objetivo-subjetiva, ou mista, que 
consiste na união das duas teorias anteriores e é adotada pela jurisprudência 
das cortes superiores.
Concurso de crimes8
BRASIL. Decreto-Lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 31 dez. 1940. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/
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em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/442989060/habeas-corpus-hc-388983-
-sp-2017-0035489-2>. Acesso em: 9 ago. 2018.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus nº. 438.232 SP 2018/0042070-0, 
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 3 de maio de 2018. Disponível 
em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/574149318/habeas-corpus-hc-438232-
-sp-2018-0042070-0/decisao-monocratica-574149344?ref=juris-tabs>. Acesso em: 9 
ago. 2018.
MIRABETE J. F.; FABBRINI, R. N. Manual de Direito Penal. São Paulo: Atlas, 2014.
NUCCI, G. S. Manual de Direito Penal: parte geral e parte especial. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 2009.
9Concurso de crimes
http://www2.camara.leg.br/legin/
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/442989060/habeas-corpus-hc-388983-
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/574149318/habeas-corpus-hc-438232-
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