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UNIP Projeto Integrado Multidisciplinar IV Cursos Superiores de Tecnologia IMPLEMENTAÇÃO DE UMA INFRAESTRUTURA DE REDE FUNCIONAL PARA UMA BIBLIOTECA COMUNITÁRIA Polo Delmiro Gouveia – AL 2018 UNIP Projeto Integrado Multidisciplinar IV Cursos Superiores de Tecnologia IMPLEMENTAÇÃO DE UMA INFRAESTRUTURA DE REDE FUNCIONAL PARA UMA BIBLIOTECA COMUNITÁRIA Nome dos alunos, RA e Polo UNIP: Vitor Hugo Antonio, RA 1807345, Polo Santo André ll – SP; Charles da Silva Brito, RA 1841378, Polo Jundiaí – SP; Darlan Braga Alves Soares, RA 1870184, Polo Delmiro Gouveia – AL; Thiago Lopes Berbigier, RA 1802641, Polo Alvorada – RS; Willian José Pedott, RA 1836626, Polo Panorama – SP; Augusto César dos Santos de Paula , RA 1817370, Polo Suzano – SP; Curso: Redes de Computadores Semestre: 2º Polo Delmiro Gouveia – AL 2018 RESUMO Neste trabalho, serão abordadas as principais metodologias utilizadas a fim de implementar uma infraestrutura de rede funcional para uma biblioteca comunitária. Através dos conhecimentos obtidos nas disciplinas de Redes de Dados e Comunicação, Arquitetura de Redes e Cabeamento Estruturado, além de pesquisas realizadas em sites especializados e consultas em livros temáticos de autores qualificados, foi possível elaborar um projeto de implantação de uma infraestrutura de rede para uma biblioteca comunitária que será inaugurada em breve. Serão apresentados, portanto, as metodologias, as topologias, a arquitetura e os componentes de rede que foram empregados para compor a infraestrutura, utilizando-se, para isto, conceitos temáticos e softwares específicos capazes de proporcionar, de forma prática, uma visão física e mais realista do projeto. Paralelamente, também é objetivo do presente trabalho apresentar as normas técnicas e autores que foram utilizados como referência para a elaboração do projeto, uma vez que é de extrema importância que a implementação da infraestrutura de rede atenda aos padrões mínimos exigidos pelos órgãos técnicos, e adote métodos reconhecidamente aplicáveis e eficazes. Ante o exposto, conclui-se que o presente trabalho apresentou um projeto simples, no entanto eficiente. Apesar das dificuldades encontradas em todas as fases da elaboração, foi possível mostrar que a biblioteca comunitária terá uma ótima estrutura de rede para que possam ser iniciados os trabalhos naquela instituição. Palavras-chave: Redes de dados e comunicação, Arquitetura de redes, Cabeamento estruturado; Infraestrutura de rede, Biblioteca comunitária. ABSTRACT In this work, the main methodologies used in order to implement a functional network infrastructure for a community library will be addressed. Through the knowledge obtained in the disciplines of Data Networks and Communication, Network Architecture and Structured Cabling, in addition to researches carried out in specialized websites and queries in thematic books of qualified authors, it was possible to elaborate a project of implantation of a network infrastructure for a library to be inaugurated soon. Therefore, the methodologies, topologies, architecture and network components that were used to compose the infrastructure will be presented, using, for this purpose, thematic concepts and specific software capable of providing, in a practical way, a physical and more realistic design. At the same time, it is also the objective of the present paper to present the technical norms and authors that were used as reference for the elaboration of the project, since it is of the utmost importance that the implementation of the network infrastructure meets the minimum standards required by the technical bodies, and adopt recognized and effective methods. Given the above, it is concluded that the present work presented a simple, yet efficient project. Despite the difficulties encountered in all phases of the elaboration, it was possible to show that the community library will have a good network structure so that work can be started in that organization. Keywords: Data and communication networks, Network architecture, Structured cabling; Network infrastructure, Community library. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 2. REDES DE DADOS E COMUNICAÇÃO .............................................................. 7 2.1 TOPOLOGIA ...................................................................................................... 7 2.2 LINK DE INTERNET .......................................................................................... 7 2.3 FIREWALL ......................................................................................................... 8 2.4 SWITCH CORE .................................................................................................. 8 2.5 SERVIDORES.................................................................................................... 8 2.6 SERVIDOR DNS (DOMAIN NAME SERVER) ................................................... 9 2.7 SERVIDOR DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) ............................... 9 2.8 SERVIDOR AD (Active Directory) ...................................................................... 9 2.9 ESTAÇÔES...................................................................................................... 10 2.10 SWITCH SW2 (BORDA) ................................................................................ 10 2.11 ACCESS POINT ............................................................................................ 10 3. CABEAMENTO ESTRUTURADO ...................................................................... 10 3.1 PLANTA BAIXA ................................................................................................ 12 3.2 NORMAS NBR-14565/TIA-952/TIA/EIA-606A/ TIA/EIA-568B/ TIA/EIA-569B . 12 4. ARQUITETURA DE REDES ............................................................................... 13 4.1 SWITCH ........................................................................................................... 13 4.2 IP (PROTOCOLO DE INTERNET) ................................................................... 14 4.3 ESCOPO DHCP ............................................................................................... 14 4.4 SWITCH X HUB ............................................................................................... 15 4.4.1 HUB ........................................................................................................... 15 4.4.2 SWITCH ..................................................................................................... 15 4.5 ENDEREÇMENTO IP ...................................................................................... 16 4.6 MODELO OSI .................................................................................................. 17 4.6.1 CAMADA 3 DO MODELO OSI................................................................... 17 4.6.2 CAMADA 4 DO MODELO OSI................................................................... 18 4.6.3 CAMADA 5 DO MODELO OSI................................................................... 18 4.6.4 CAMADA 6 DO MODELO OSI................................................................... 18 4.6.5 CAMADA7 DO MODELO OSI................................................................... 18 4.7 MODELO TCP/IP ............................................................................................. 19 4.7.1 CAMADA DE INTERFACE DE REDE ....................................................... 19 4.7.2 CAMADA DE REDE (IP) ............................................................................ 19 4.7.3 CAMADA DE APLICAÇÃO ........................................................................ 20 4.7.4 CAMADA DE TRANSPORTE .................................................................... 20 5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 22 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 23 6 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por finalidade apresentar um projeto de implantação de uma infraestrutura de rede funcional para uma biblioteca comunitária que será inaugurada em breve. Para melhor interpretação dos dados que serão apresentados e dos conceitos que serão discorridos, o projeto será dividido tematicamente por partes conforme as disciplinas que foram estudadas ao longo deste bimestre. Neste sentido, as disciplinas de Redes de Dados e Comunicação, Arquitetura de Redes e Cabeamento Estruturado configurar-se-ão como os ícones de referência para a elaboração e desenvolvimento do referido projeto. Uma vez apresentadas as partes que comporão o presente projeto, vale salientar que a metodologia adotada para a formulação deste trabalho não se limita exaustivamente às disciplinas mencionadas, no entanto, abarca temáticas diversas acerca do ramo de Redes de Computadores. Contudo, esta metodologia foi uma maneira singela de desenvolver o projeto, de modo que este se apresente simples para o leitor leigo, mas ao mesmo tempo suficientemente aprofundado para o leitor técnico. De uma forma mais detalhada, o projeto prevê a implantação de uma infraestrutura de rede para uma biblioteca que será montada em uma sala de 6 x 6 metros, ou seja, 36m², onde serão dispostos 30 computadores doados pela iniciativa privada. Portanto, ao longo do desenvolvimento, serão abordadas as metodologias que foram utilizadas para a elaboração do projeto da planta baixa da área e do cabeamento que passará pela sala, assim como o planejamento de endereçamento IP, a forma de conectividade com a internet e o modelo de topologia LAN em questão. 7 2. REDES DE DADOS E COMUNICAÇÃO Nesta seção serão apresentadas, de forma prática e objetiva, a topologia de rede utilizada, as conectividades, o endereçamento IP e os componentes de rede em geral, bem como suas configurações específicas. Sendo assim, utilizando-se como parâmetro a representação gráfica da figura 1, a seguir constarão as configurações adotadas em cada componente da rede. 2.1 TOPOLOGIA Estrela. 2.2 LINK DE INTERNET EMPRESA: VIVO LINK: 100MB (IP FIXO) DESCRIÇÂO: Link dedicado FIGURA 1 8 ROTEADOR: Roteador Cisco Dual Gigabit Wan VPN RV320-K9-NA IP: 189.40.10.2 MASC. DE SUB-REDE: 255.255.0.0 GATEWAY: 189.40.10.1 2.3 FIREWALL MODELO: Firewall Cisco ASA (ASA5506-K8) 5506-X with FirePOWER S.O: FEDORA SERVER 28 (modo core) Eth0 (WAN): 189.40.10.3 MASC. DE SUB-REDE: 255.255.0.0 GATEWAY: 189.40.10.1 Eth1 (LAN): 192.168.1.3 MASC. DE SUB-REDE: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 DESCRIÇÃO: Todo trafego de download e upload da rede passa por regras de roteamento no servidor, esse servidor está configurado para fornecer internet para rede. 2.4 SWITCH CORE MODELO: Switch Core CISCO 4506-e (24 Portas ) IP: 192.168.1.10 MASC. DE SUB-REDE: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 (Eth1) Eth2: 192.168.1.11 (SW2-CASCATA) Eth3 ao Eth6: SERVIDORES Eth7: AP-Wifi 2.5 SERVIDORES SRV. DADOS 9 MODELO: Servidor Rack DL380 G10 Xeon-Gold 5118 – 875773-S05 S.O: Windows Server 2016 R2 Standard IP: 192.168.1.4 MASC. de sub-rede: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 2.6 SERVIDOR DNS (DOMAIN NAME SERVER) MODELO: Servidor Rack DL380 G10 Xeon-Gold 5118 – 875773-S05 S.O: Windows Server 2016 R2 Standard IP: 192.168.1.5 MASC. de sub-rede: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 2.7 SERVIDOR DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) MODELO: Servidor Rack DL380 G10 Xeon-Gold 5118 – 875773-S05 S.O: Windows Server 2016 R2 Standard IP: 192.168.1.6 MASC. de sub-rede: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 DESCRIÇÂO: Fornece IP para os equipamentos da rede, trabalhando com as faixas 192.168.1.15 até 192.168.1.254, atrelando IP conforme ordem de requisição dos equipamentos. 2.8 SERVIDOR AD (Active Directory) MODELO: Servidor Rack DL380 G10 Xeon-Gold 5118 – 875773-S05 S.O: Windows Server 2016 R2 Standard IP: 192.168.1.7 MASC. de sub-rede: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 10 2.9 ESTAÇÕES Modelo: Dell OptiPlex 7760 All-In-One S.O: Windows 10 Pro (x64 Bits) IP: DHCP (FORNECIDOS PELO SERVIDOR 192.168.1.6) MASC. DE SUB-REDE: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 2.10 SWITCH SW2 (BORDA) MODELO: Switch Cisco 48 portas 10/100/1000 - SG220-50-K9-NA IP: 192.168.1.11 MASC. DE SUB-REDE: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 2.11 ACCESS POINT MODELO: Access Point Cisco Aircap1702i-zk9br 802.11ac IP: 192.168.1.8 MASC. DE SUB-REDE: 255.255.255.0 GATEWAY: 192.168.1.3 SSID: LAB01 SENHA: ACESSO@LAB01 (Maiúsculo) 3. CABEAMENTO ESTRUTURADO Para a execução do projeto, serão usados cabos UTP categoria 5e-classe D, com quatro pares e 100ohms, com largura de banda de 100mhz, suportando transmissões de até 1gbps (Gigabit Ethernet), mas a sua utilização principal é a de 10mbps (10 megabits ethernet) e 100mbps (Fast ethernet). 11 Será utilizado Patch Cord (Categoria 5e) com 1,5 metros para a interligação das estações aos pontos de rede. Serão usados patch panels para fazer a conexão com os switchs, os cabos que vem das tomadas da área de trabalho serão ligados aos patch panels e estes, serão ligados aos switchs por meio de Patch cords, evitando assim que o cabeamento horizontal seja manipulado após a instalação, prevenindo o desgaste excessivo destes cabos, o que poderia levar a necessidade de substituição. Facilitando a realização de alguma modificação na configuração da rede, bastando que modifique a ligação dos Patch cords. O método empregado será de conexões cruzadas (cross connect): será feito um espelhamento de todas as saídas do equipamento ativo em um patch panel ou grupo de patch panels, possibilitando que o equipamento ativo fique isolado dos demais componentes por questões de segurança. As tomadas serão do tipo Keystone, tendo como fabricante a empresa Furukawa e serão instaladas nas bancadas, possibilitando o uso dos patch cords para ligar das tomadas até os computadores. Confeccionaremos os cabos e patch cords no padrão 568B com a configuração conforme imagem abaixo: FIGURA 2 12 Todos os cabos terão etiquetas identificadoras conforme norma 606A. 3.1 PLANTA BAIXA FIGURA 3 3.2 NORMAS NBR-14565/TIA-952/TIA/EIA-606A/ TIA/EIA-568B/ TIA/EIA-569BA norma NBR 14565 surgiu em 1994 por um grupo de estudos da ABNT, com o objetivo de criar uma norma de padronização brasileira. Em agosto de 2000 foi publicada pela ABNT um procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. 13 Esta norma tem como objetivo estabelecer os critérios mínimos para elaboração de projetos de rede internos estruturado de comunicações, em edificações comercial, independente do porte. A rede interna estruturada é projetada de modo a prover uma infraestrutura que permita a evolução e a flexibilidade para os serviços de telecomunicações. A norma NBR 14565 se aplica a prédios comerciais, situados em um mesmo terreno, envolvendo os pontos de telecomunicações nas áreas de trabalho, os armários de telecomunicações, salas de equipamento, entre outros. No desenvolvimento de um projeto de cabeamento estruturado, a NBR 14565 pretende estabelecer a correta forma de aplicação dos conceitos de rede primaria e rede secundaria envolvendo todos os seus elementos constitutivos. 4. ARQUITETURA DE REDES O padrão Ethernet é um dos mais populares e difundidos meios de transmissão de dados utilizados nas redes instaladas e, certamente, é o mais empregado em projetos corporativos. Sua grande popularidade deve-se exclusivamente à aceitação do padrão por diversos fabricantes de dispositivos de rede e a seu baixo custo. É característica das redes Ethernet a disputa pela utilização do meio de comunicação entre os diversos computadores. Essa disputa representa um problema quando a rede está conectada por hubs, os quais não possuem inteligência no momento da transmissão. Todo controle de ocorrência é feito pelo protocolo CSMA/CD. Assim, o padrão Ethernet permite que somente um equipamento transmita seus bits por vez. 4.1 SWITCH O switch opera na camada de enlace do modelo OSI, o Switch, ao receber um quadro, analisa os endereços MAC de origem e destino e, baseando-se em uma tabela construída de forma dinâmica, decide para qual porta enviar o quadro Ethernet. Com isso, em vez de replicar os quadros recebidos para todas as suas portas, ele 14 envia o quadro somente para a porta na qual o micro ligado possua o endereço MAC igual ao endereço solicitado. O switch por não enviar seus dados a todos os computadores ligados a ele, permite um melhor desempenho da rede, evitando colisões e inundações. 4.2 IP (PROTOCOLO DE INTERNET) Para que os computadores possam ser distinguidos na rede, é necessário que cada um, independente do sistema operacional ou hardware utilizado, possua um número único (IP), o qual é aplicado em qualquer equipamento que use o modelo de referência TCP/IP. No nosso caso, como utilizaremos um servidor DCHP, o mesmo fica responsável por gerenciar e fornecer o endereço para todos os computadores da rede. 4.3 ESCOPO DHCP Um escopo é o intervalo de endereços IP válidos que serão disponibilizados para concessão e atribuição das configurações da rede nos computadores cliente de uma sub-rede específica. Em um servidor DHCP, podem ser criados quantos escopos forem necessários. Como nosso espaço está limitado a apenas 30 estações, criaremos um único escopo, o qual atenderá nossa demanda. Após uma breve introdução nos equipamentos e serviços que serão utilizados, vamos definir na prática nosso planejamento para configuração da conexão dos equipamentos. Para interconexão dos computadores utilizaremos dois switches gerenciáveis de 24 portas cada, onde serão conectados os computadores, o servidor e o roteador que fornecerá acesso à internet. A rede será configurada para operar na classe C, onde, os três primeiros octetos de um endereço IP identificam a rede e o restante dos octetos irão identificar os hosts. Em redes classe C é possível configurarmos até 254 hosts. Na prática seriam 255, mas por padrão, o último endereço é utilizado para 15 broadcast, ou seja, todas mensagens enviadas para o endereço de broadcast são replicadas para todos os hosts da rede. 4.4 SWITCH X HUB 4.4.1 HUB A opção por utilização de switch ao invés de hub deve-se ao fato de os hubs operarem de maneira “burra” em comparação com os switches. Redes interligadas através de um hub costumam apresentar bastante lentidão, especialmente quando há muitas máquinas interligadas. Em uma rede com 10 máquinas, por exemplo, enquanto duas se comunicam, oito têm de esperar pela sua vez. Outra desvantagem que podemos destacar é o fato de o hub apenas retransmitir os dados que recebe para todos os computadores da rede, como se fosse um espelho, ou seja, ele não distingue para quem é o dado transferido, ele apenas repassa para todos e o computador que fica responsável por ver se aquele pacote transferido lhe pertence. No caso de uma rede estar utilizando um hub e conectarmos uma placa de rede que opera a apenas 10 megabits e o restante dos computadores opera a 100 megabits, todos computadores funcionarão na velocidade mais baixa pois com hubs a velocidade é sempre nivelada pela mais baixa. Hubs opera na camada 1 do modelo OSI. 4.4.2 SWITCH Os switches por sua vez são aparelhos muito mais inteligentes. Eles fecham canais exclusivos de comunicação entre o micro que está enviando dados e o que está recebendo, permitindo que vários pares de micros troquem dados entre si ao mesmo tempo. Isso melhora bastante a velocidade em redes congestionadas, com muitos micros. 16 Outra vantagem dos switches é que em redes onde são misturadas placas 10/10 e 10/100, as comunicações podem ser feitas na velocidade das placas envolvidas. Ou seja, quando duas placas 10/100 trocarem dados, a comunicação será feita a 100 megabits e, quando uma das placas de 10 megabits estiver envolvida, será feita a 10 megabits. Os switches trabalham na camada 2 (enlace) no modelo OSI, com capacidade de identificar a origem e destino do frame (MAC Address). Cada porta do switch é considerada um domínio de colisão. Quando um host transmite, apenas o host destino recebe o frame. Esta característica dos switches permite que vários hosts transmitam simultaneamente, aproveitando melhor a banda da rede. Nas redes locais Ethernet é utilizado o protocolo CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access - Colision Detection). Neste protocolo, quando uma estação deseja transmitir ela escuta o canal. Caso o canal estiver livre transmite o quadro imediatamente. Caso o canal estiver ocupado, volta a escutá-lo depois de decorrido um tempo aleatório para nova tentativa de transmissão. Se dois nós começarem a transmitir no mesmo tempo o sistema detecta a colisão a partir da sobreposição dos pacotes. Neste caso a transmissão é interrompida e retomada depois de decorrido um tempo aleatório. Em switches, cada porta é um domínio de colisão, ou seja, no nosso caso teremos 32 domínios de colisão, onde 30 serão dos hosts, 1 do servidor e 1 da interligação dos switches. 4.5 ENDEREÇAMENTO IP Como mencionado anteriormente, cada equipamento deverá possuir um endereço único na rede, com esse endereço é possível a comunicação dos equipamentos entre si. Caso um endereço IP esteja configurado em mais de um equipamento, haverá conflito na comunicação de ambas máquinas na rede. Para evitarmos este tipo de problema, optamos por deixar um servidor DHCP responsável pelo fornecimento de endereços aos equipamentos. O servidor DHCP fica responsável por localizar um endereço livre e fornecer o mesmo ao equipamento solicitante. 17De maneira bem simples, quando o computador é conectado na rede, o mesmo envia uma mensagem broadcast solicitando um endereço IP, o servidor ao receber essa mensagem identifica que é um equipamento novo e localiza em sua tabela um endereço vago e entrega para o computador solicitante, a partir daí o computador novo consegue se comunicar com o restante da rede, pois agora está com um endereço visível para os demais equipamentos. No nosso caso como são poucos computadores, vamos configurar nossa rede para operar na classe C, onde é possível configurarmos até 254 hosts, desses 254, sabemos que 30 serão utilizados pelos computadores, o restante poderá ser utilizado por impressoras, servidores, ativos de rede, etc. Configuraremos o servidor DHCP para fornecer endereços na faixa de 192.168.1.10 até 192.168.1.254, com a máscara de rede definida em 255.255.255.0, onde os três primeiros octetos referem-se a rede, o último octeto refere-se aos hosts. Todas essas funcionalidades mencionadas anteriormente não seriam possíveis sem a criação do modelo OSI. O Modelo OSI é um modelo de rede de computador referência da ISO dividido em camadas de funções, criado em 1971 e formalizado em 1983, com objetivo de ser um padrão, para protocolos de comunicação entre os mais diversos sistemas em uma rede local, garantindo a comunicação entre dois sistemas computacionais. Este modelo divide as redes de computadores em 7 camadas, de forma a se obter camadas de abstração. Cada protocolo implementa uma funcionalidade assinalada a uma determinada camada. Vamos focar nas camadas de 3 a 7 no nosso caso para explicarmos melhor como cada camada funciona. 4.6 MODELO OSI 4.6.1 CAMADA 3 DO MODELO OSI É a camada de rede, que é responsável por estabelecer uma conexão entre os computadores de uma transmissão de rede. A função da camada 3 é rotear as informações através dos nodos das redes desde a máquina de origem até a máquina 18 de destino. No final da transmissão, o protocolo da camada 3 desfaz a conexão entre os computadores, liberando assim a rede para novas conexões. 4.6.2 CAMADA 4 DO MODELO OSI A camada número 4 é a camada de transporte e que oferece recursos lógicos adicionais para a transmissão de dados através da rede. O protocolo de transporte é necessário em serviços onde o protocolo de rede (camada 3) não garante a completa entrega dos dados e informações. Para se ter uma qualidade de serviço adequada é necessário um protocolo de camada 4 como por exemplo o TCP. 4.6.3 CAMADA 5 DO MODELO OSI A camada 5 do modelo OSI é a camada de sessão, que é pouco utilizada nas aplicações de rede. Assim, a função da camada 5 é permitir que diversos usuários possam estabelecer conexões entre eles. A camada de sessão também provém serviços de controle de diálogo entre as máquinas, gerenciamento do token nas redes que o utilizam para organizar a comunicação e de sincronização entre os computadores na rede. 4.6.4 CAMADA 6 DO MODELO OSI Em resumo, sua função é formatar e converter sintaxes, códigos e linguagens com diferentes representações utilizadas pelas máquinas. Além disso a camada 6 gerencia as estruturas dos dados e permite converte-las em estruturas até mesmo mais complexas. 4.6.5 CAMADA 7 DO MODELO OSI Finalmente temos a camada de aplicação, onde todos os aplicativos de interesses dos usuários (clientes da rede) são implementados. Temos como exemplos: correio eletrônico, transferência de arquivos de dados, downloads e uploads (FTP), telnet, internet, acesso remoto entre outros. Também determina a 19 qualidade do serviço mínimo requisitado na conexão e além disso os aspectos de segurança. 4.7 MODELO TCP/IP O modelo TCP/IP (muito parecido ao modelo OSI) é uma coleção de protocolos utilizados para realizar a comunicação de computadores em uma rede, seu desenvolvimento inicial, em 1969, foi financiado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O modelo TCP/IP é constituído basicamente por 4 camadas: a camada de interface de rede, a camada de rede, a camada de transporte e a camada de aplicação. Tanto a camada de aplicação quanto a camada de interface de rede não possuem uma norma definida, devendo a camada de aplicação utilizar serviços da camada de transporte, e a camada de interface de rede prover a interface dos diversos tipos de rede com o protocolo promovendo em consequência operação entre as diversas arquiteturas de rede. 4.7.1 CAMADA DE INTERFACE DE REDE Também chamada camada de abstração de hardware, tem como função principal a interface do modelo TCP/IP com os diversos tipos de redes. Como há uma grande variedade de tecnologias de rede, que utilizam diferentes velocidades, protocolos, meios transmissão, etc., esta camada não é normatizada pelo modelo, o que provê uma das grandes virtudes do modelo TCP/IP: a possibilidade de interconexão e interoperação de redes heterogêneas. 4.7.2 CAMADA DE REDE (IP) A camada de rede é a primeira (normatizada) do modelo. Também conhecida como camada Internet, é responsável pelo endereçamento, roteamento dos pacotes, controle de envio e recepção. Dentre os protocolos da Camada de Rede, destaca-se inicialmente o IP, além do ARP, ICMP, RARP e dos protocolos de roteamento (RIP ,IGP, OSPF, EGP e GGP). 20 A camada de rede é uma camada não orientada à conexão, portanto se comunica através de datagramas. 4.7.3 CAMADA DE APLICAÇÃO É formada pelos protocolos utilizados pelas diversas aplicações do modelo TCP/IP. Esta camada não possui um padrão comum. O padrão estabelece-se para cada aplicação. Isto é, o FTP possui seu próprio protocolo, o TELNET possui o seu próprio, bem como o SNMP, DNS, etc. É na camada de aplicação que se estabelece o tratamento das diferenças entre representação de formato de dados. O endereçamento da aplicação na rede é provido através da utilização de portas para comunicação com a camada de transporte. Para cada aplicação existe uma porta predeterminada. 4.7.4 CAMADA DE TRANSPORTE A camada de transporte é uma camada fim-a-fim, isto é, uma entidade desta camada só se comunica com a sua entidade-par do host destinatário. É nesta camada que se faz o controle da conversação entre as aplicações intercomunicadas da rede. A camada de transporte utiliza dois protocolos: o TCP e o UDP. O primeiro é orientado à conexão e o segundo é não orientado à conexão. Ambos os protocolos podem servir a mais de uma aplicação simultaneamente. O acesso das aplicações à camada de transporte é feito através de portas que recebem um número inteiro para cada tipo de aplicação, podendo também tais portas serem criadas ao passo em que novas necessidades vão surgindo com o desenvolvimento de novas aplicações. A maneira como a camada de transporte transmite dados das várias aplicações simultâneas é por intermédio da multiplexação, onde várias mensagens são repassadas para a camada de rede (especificamente ao protocolo IP) que se 21 encarregará de empacotá-las e mandar para uma ou mais interface de rede. Chegando ao destinatário o protocolo IP repassa para a camada de transporte que desmultiplexa para as portas (aplicações) específicas. 22 5. CONCLUSÃO Levando em consideração todos os aspectos elencados neste projeto, desde a introdução até a parte final do desenvolvimento, notou-se que para fazercom que uma biblioteca comunitária funcionasse de forma satisfatória, seria necessário a implantação de um bom sistema de infraestrutura de rede. O sistema de rede demonstrado pelo projeto, assim como os componentes que foram apresentados e o modo como eles foram distribuídos na sala, denotam que a biblioteca comunitária possuirá uma instalação de rede altamente eficiente, e atenderá tranquilamente à demanda da instituição. Alguns pontos foram cruciais para que fossem iniciados os trabalhos. A princípio, percebeu-se que a melhor topologia de rede seria a estrela, tendo em vista o tipo de atividades que seriam realizadas na biblioteca. Os modelos de PCs utilizados, foram os mais adequados para a finalidade pretendida. As configurações dos componentes, seguiram os padrões de endereçamento IP do tipo versão 4. A disposição dos computadores e dos demais componentes de rede foi amplamente estudada, e o resultado final foi a obtenção de um ambiente agradável e com um bom espaço para a condução das atividades. Por fim, pode-se concluir que, com a implantação da infraestrutura de rede apresentada, a biblioteca comunitária que será inaugurada em breve contará com componentes adequados para o fim que se pretende, possuirá uma rede muito bem montada e, desta maneira, estará pronta para receber os usuários da comunidade. 23 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Endereço de Broadcast Disponível em: http://www.guj.com.br/t/endereco-de-broadcast/222536 Acesso em 12/11/2018 Qual a diferença entre Unicast, Broadcast e Multicast? Disponível em: https://pplware.sapo.pt/tutoriais/ipv4-qual-a-diferenca-entre-unicast- broadcast-e-multicast/ Acesso em 12/11/2018 Como calcular endereços de rede e broadcast Disponível em: https://www.portalgsti.com.br/2016/10/como-calcular-enderecos-de- rede-e-broadcast.html Acesso em 13/11/2018 Modelo OSI x TCP/IP Disponível em: http://waltercunha.com/blog/2009/04/22/modelo-osi-x-tcpip/ Acesso em 13/11/2018 Entenda o que é cabeamento estruturado e sua importância Disponível em: https://www.alctel.com.br/blog/entenda-o-que-e-cabeamento- estruturado-e-sua-importancia/ Acesso em 14/11/2018 Padrões e Normas de Cabeamento Estruturado: Instalação Disponível em: http://www.redesecia.com.br/cabeamento-estruturado/padroes-e- normas-de-cabeamento-estruturado-instalacao/ Acesso em 14/11/2018 O que você precisa saber sobre Cabeamento Estruturado Disponível em: http://bugbusters.com.br/cabeamento-estruturado-o-que-saber/ Acesso em 15/11/2018 24 Topologias de Rede de Computadores Disponível em: https://www.diegomacedo.com.br/topologias-de-rede-de- computadores/ Acesso em 15/11/2018 Topologia de redes Disponível em: https://br.ccm.net/contents/258-topologia-de-redes Acesso em 15/11/2018 Produtos e Serviços CISCO Disponível em: https://www.cisco.com/c/pt_br/products/index.html Acesso em 16/11/2018 Casa dos Roteadores Disponível em: http://www.casadosroteadores.com.br/categoria_produto/cisco/ Acesso em 16/11/2018
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