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TEORIA GERAL & RECURSO ORDINÁRIO

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RECURSOS TRABALHISTAS 
Recurso: é o meio de impugnação voluntário 
idôneo a ensejar dentro do mesmo processo a reforma, 
invalidação, o esclarecimento ou integração de decisão 
judicial. 
Princípios: 
 
- Duplo grau de jurisdição 
 
- Taxatividade 
 
- Non Reformatio in Pejus 
 
- Dialeticidade 
 
- Voluntariedade 
 
- Duplo grau de jurisdição obrigatório ou reexame necessário 
 
- Unicorribilidade ou singularidade 
 
- Fungibilidade ou conversibilidade 
 
 
Recurso: Trata-se de extensão do direito de ação e 
permite à parte vencida impugnar, ou seja, requerer ao Poder 
Judiciário que reveja sua decisão, chamada de sentenças ou 
acórdãos. 
Interposição de recurso: a expressão correta a ser 
utilizada por quem entra com recurso na Justiça é interpor, que 
significa colocar uma coisa entre outras, ou seja, formalizar um 
recurso judicial. 
Razões e Contrarrazões: O recorrente ao interpor o 
recurso leva até o Poder Judiciário as suas razões recursais. Já 
o recorrido poderá apresentar as suas contrarrazões ao recurso 
do recorrente, demonstrando os motivos pelos quais os julgadores 
não devem dar provimento ao recurso. 
Denominação das partes: aquele que recorre é 
chamado de recorrente e aquele contra quem se recorre é 
chamado de recorrido. 
Decisão interlocutória: no processo do trabalho não 
cabe recurso imediato para as decisões interlocutórias. 
1. Peculiaridades dos recursos trabalhistas: 
 
Irrecorribilidade imediata das decisões 
interlocutórias 
 
Exceções: 
 
 - decisão interlocutória que reconhece a 
incompetência absoluta da Justiça do Trabalho; 
 
 - decisão do TRT contrária à súmula ou OJ do 
TST; 
 
 - decisão passível de recurso para o próprio 
tribunal; 
 
 - decisão que reconhece a incompetência e 
determinada a remessa dos autos para Vara do 
Trabalho vinculada a outro TRT; 
 
 
• Inexigibilidade de fundamentação 
(fundamentação simples) 
 
• Efeito meramente devolutivo (não possui 
efeito suspensivo automático) 
 
2. Efeitos 
 
Os denominados “efeitos” dos recursos são as 
consequências de sua utilização. 
 
O que ocorre com o processo ao ser interposto um 
recurso? 
 
Produzirá a decisão os seus efeitos normalmente? 
 
O julgamento do recurso substituirá a decisão 
recorrida? 
 
Vamos à análise dos principais efeitos: 
 
1- devolutivo (devolvo a apreciação da matéria ao 
Poder Judiciário) 
 
2- suspensivo (não suspende os efeitos da decisão) 
 
3- translativo (atrelado à possibilidade de 
reconhecimento de normas de ordem pública) 
 
4- regressivo (juízo de retratação) 
 
5- substitutivo (substituição da decisão – acórdão 
substitui a sentença) 
 
 
 
3. Juízo de admissibilidade e pressupostos 
recursais: 
 
Quem realiza o juízo de admissibilidade? 
(juízo “a quo” ou juízo “ad quem”) 
 
Quais os pressupostos recursais? 
 
- Cabimento (recorribilidade e adequação do recurso) 
 
- Legitimidade (parte vencida; terceiro prejudicado; 
MPT) 
 
- Interesse recursal (atrelado à sucumbência) 
 
- Tempestividade (regra da uniformidade) 
 
- Regularidade formal (preenchimento requisitos do 
recurso) 
 
- Preparo (custas + depósito recursal) – possibilidade 
de isenção ou depósito recursal pela metade. 
 
- Regularidade de representação (advogado com 
procuração nos autos/”jus postulandi” válido) 
 
 
 
 
 
4. Juízo de mérito 
 
O juízo de mérito será alcançado após o juízo 
positivo de admissibilidade. 
 
 
 
 
 
 
Espécies de vícios
Duas são as espécies de vícios que uma 
decisão judicial pode conter e que ensejam 
a interposição de recurso:
vício
ERROR IN 
PROCEDENDO
vício
ERROR IN 
JUDICANDO
pedido
anulação dos atos 
posteriores ao vício
pedido
reforma da decisão 
impugnada
 
 
 
 
 
 
 
Capacidade: para recorrer é 
preciso ter 18 anos ou ser 
representado no processo
Interesse: tem interesse em 
recorrer aquele que perdeu, 
ainda que parcialmente, a ação
Legitimidade: somente poderão 
recorrer aquele que perdeu, o 
terceiro prejudicado e o MP 
quando atua como fiscal da lei
Cabimento: não são todas as 
decisões que ser objeto de 
recurso.
Adequação: a escolha do tipo 
de recurso pelo recorrente 
deve se adequar à decisão a ser 
impugnada.
Tempestividade: a lei prevê 
prazo determinado para 
interposição de recursos. Em 
regra todos tem o prazo de 8 
dias, salvo os embargos de 
declaração (5 dias) e recurso 
extraordinário (15 dias)
Preparo: a lei exige, para 
alguns recursos, o pagamento 
das custas processuais, que são 
de 2% sobre o valor da causa, e 
do depósito recursal, aplicável 
ao devedor que recorre, para 
que seja garantida a execução 
mínima da dívida.
 
 
 
Recurso Ordinário (RO) 
 
1. Cabimento: 
 
Segundo o art. 895 da CLT, o recurso ordinário é 
cabível nas decisões definitivas (com resolução 
do mérito) ou terminativas (sem resolução do 
mérito): 
 
a) proferidas pelo Juiz do Trabalho, com 
julgamento pelo TRT; 
 
 
 
b) proferidas pelo TRT em ações de competência 
originária nos dissídios individuais e coletivos (ex.: 
ação rescisória, dissídio coletivo, mandado de 
segurança), com julgamento pelo TST. 
 
 
 
 
o Prazo para interposição é de 8 dias. 
 
o Pode-se revisar as provas e fatos de uma 
decisão em 1ª instância. 
 
o Devolve ao tribunal toda a matéria discutida. 
 
 
 
 
O art. 899 da CLT estabelece duas regras referentes 
ao Recurso Ordinário: 
 
a) é interposto por simples petição: basta que 
a parte recorrente aponte quais são os pontos que 
pretendem ser revistos; 
 
b) tem apenas efeito devolutivo. Para obter 
efeito suspensivo, deve o recorrente ajuizar ação 
cautelar com tal objetivo (Súmula 414, I, do TST). 
Processos submetidos ao rito sumaríssimo têm 
seus recursos ordinários submetidos às 
seguintes regras: 
 
a) sem revisor; 
 
b) a distribuição do recurso ao relator é imediata; 
 
c) o relator deve liberar o recurso no prazo máximo de 
10 dias e a Secretaria do Tribunal ou da Turma deverá fazer 
a inclusão em pauta de imediato; 
 
d) o parecer do MPT é oral, na sessão de julgamento, 
com registro na certidão de julgamento; 
 
e) a certidão de julgamento vale como acórdão, com a 
indicação suficiente do processo e da parte dispositiva, bem 
como das razões de decidir do voto prevalente; 
 
f) se a sentença for mantida pelos seus próprios 
fundamentos, basta que a certidão de julgamento registre 
tal circunstância. 
 
Os TRTs divididos em Turmas poderão designar uma Turma 
especificamente para o julgamento dos recursos ordinários 
interpostos em processos submetidos ao rito sumaríssimo (§ 2º). 
2. Preparo 
 
2.1. Custas (art. 789 da CLT) 
 
a) Valor 
Na fase de conhecimento, as custas são sempre no 
percentual de 2%, com a variação apenas da base de 
cálculo: 
 
• sobre o valor do acordo ou da condenação: ao acolher 
pedidos na inicial, o juiz deve arbitrar um valor 
aproximado da condenação na sentença, sobre o qual 
incidirá o percentual de 2% para o cálculo das custas; 
 
• sobre o valor da causa, se houver extinção do processo 
sem resolução de mérito ou se a ação foi improcedente, 
bem como nas ações declaratórias ou constitutivas; 
 
• sobre o que o juiz fixar, se o valor for indeterminado. 
O valor mínimo das custas é de R$ 10,64 e o valor máximo 
é o equivalente a 4 vezes o teto do benefício da 
Previdência Social. 
 
 
b) Responsabilidade 
 
A responsabilidade pelo pagamento é da parte vencida 
no processo (art. 789, § 1º, da CLT). 
 
Importante: Se reclamante ganhar pelo menos um 
pedido: RECLAMADA É VENCIDA. 
 
c) Momento 
 
As custas devem ser recolhidas: 
 
• depois do trânsito em julgado, quando não houver 
recurso da sentença; ou 
 
 • dentro do prazo recursal, se houver recurso da 
sentença. O recolhimento das custas faz parte do 
preparo, que é um dos pressupostos recursais. As custas 
devem ser recolhidas eter o seu recolhimento 
comprovado nos autos dentro do prazo recursal; 
 
• na execução, sempre ao final. 
 
d) Isenção 
 
São isentos de pagamento de custas: 
 
• a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios 
e as suas respectivas autarquias e fundações públicas 
federais, estaduais ou municipais que não explorem 
atividade econômica (art. 790-A da CLT); 
 
• o MPT (art. 790-A da CLT); 
 
• a CEF, nos processos referentes ao FGTS, por ser o seu 
órgão gestor (art. 24-A da Lei n. 9.082/95). 
 
3. Depósito recursal (art. 899 da CLT) 
 
a) Conceito e limites 
 
O depósito recursal tem natureza jurídica de garantia 
de execução (item I da Instrução Normativa n. 3/93 do 
TST). 
 
Pode ser feito em dinheiro, em conta judicial à disposição 
do juízo (§ 4º), bem como ser substituído por fiança 
bancária ou seguro-garantia judicial (§ 11). 
 
O depósito é corrigido pelos mesmos índices da poupança 
(§ 4º). 
 
Em princípio, o valor total do(s) depósito(s) recursal(is) 
dos autos deve corresponder ao valor da execução. 
 
Contudo, para os casos de condenações maiores, o TST 
emite anualmente um ato normativo com os limites de 
valores para recolhimento a título de depósito recursal. 
 
Atualmente, de acordo com o ATO SEGJUD.GP Nº 287, 
DE 13 DE JULHO DE 2020, o valor do depósito recursal 
é de R$ 10.059,15 para o recurso ordinário e de R$ 
20.118,30 para o recurso de revista, embargos, 
recurso extraordinário e recurso em ação rescisória. 
 
 
Na prática [...] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante: 
 
o A cada novo recurso deve ser feito um novo depósito 
(Súmula 128, I, do TST). 
 
o Atingido o valor da condenação, nenhum depósito é 
mais exigível, pois toda a execução estará garantida 
(Súmula 128, II, do TST). 
 
Exemplo 1: se a condenação em sentença for de R$ 
8.000,00, o depósito recursal será de apenas R$ 
8.000,00, pois ele é suficiente para garantir a execução. 
E não os R$ 10.059,15. Este limite será aplicado apenas 
quando o valor da condenação for maior. 
 
Exemplo 2: se a condenação em sentença for de R$ 
25.000,00, o depósito recursal será de R$ 10.059,15, 
que é o limite para tal modalidade de recurso. Se o 
recorrente interpuser depois recurso de revista (embora 
o valor do RE seja R$ 20.118,30), terá que fazer depósito 
de R$ 14.940,85, pois, assim, será atingido o valor da 
condenação, não sendo mais exigido qualquer depósito. 
 
Exemplo 3: se a condenação em sentença for de R$ 
80.000,00, o depósito recursal para a interposição de 
recurso ordinário será de R$ 10.059,15. No caso de 
recurso de revista, haverá novo depósito de R$ 
20.118,30. Depois, para interpor embargos de 
divergência, a parte terá que fazer novo depósito de R$ 
20.118,30. Por fim, para interpor recurso extraordinário 
ao STF, terá que fazer mais um depósito de R$ 
20.118,30. 
 
Observe-se que ainda assim, nesse último 
exemplo, o valor dos depósitos somou R$ 
70.414,05, inferior ao valor da condenação. 
 
Nos recursos internos dentro do STF, o 
depósito recursal não é mais exigido. 
 
Segundo o art. 899, § 7º, da CLT, no agravo de 
instrumento, o limite do depósito recursal equivale a 
50% do valor do depósito recursal do recurso que se 
pretende destrancar. 
 
b) Redução e isenção 
 
O valor do depósito deve ser reduzido pela metade se 
o condenado for entidade sem fins lucrativos, empregador 
doméstico, microempreendedor individual, microempresa 
e empresa de pequeno porte (§ 9º). 
 
Por outro lado, são isentos do depósito recursal os 
beneficiários da justiça gratuita, as entidades 
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial (§ 
10). 
 
A Súmula 86 do TST também isenta a massa falida. 
 
 
 
c) Litisconsórcio de empresas 
 
Quando houver condenação solidária, o depósito de uma 
empresa aproveita às demais, salvo se ela pretender a sua 
exclusão da lide (Súmula 128, III, do TST). 
 
Isso porque sempre deve haver um depósito para garantir 
a execução. 
 
A súmula se justifica porque, no caso de uma das empresas 
condenadas conseguir a sua exclusão do processo, o 
depósito por ela feito será liberado, em prejuízo do 
trabalhador. 
 
d) Momento do recolhimento 
 
Regra: o depósito recursal deve ser recolhido e ter o 
recolhimento comprovado no prazo recursal, ainda que o 
recurso tenha sido interposto antes do 8º dia (Súmula 245 
do TST). 
 
Exceção: no agravo de instrumento, a comprovação é 
no ato de interposição (art. 899, § 7º, da CLT).

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