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A doença e a estabilidade emocional

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A DOENÇA E A ESTABILIDADE EMCIONAL
· O surgimento de uma doença orgânica vem sempre acompanhado de impacto emocional. Há uma interrupção na rotina de vida, desestabilizando as relações psicossociais. 
· As emoções que acompanham as doenças orgânicas podem estar ligadas a alterações na imagem corporal, diminuição da autoestima e perda da iniciativa, com sentimentos de incapacidade, prejudicando a qualidade de vida. 
Instabilidade emocional
· Uma situação crônica de estresse pode desencadear outras doenças, tais como: desequilíbrios psicológicos (ansiedade, depressão, fobias), desordens do sistema nervoso autônomo (respiratórios, circulatórios, digestivas) ou do sistema imunológico (infecções agudas).
· As características de personalidade e a representação da doença fazem com que cada pessoa reaja a situação de crise de modo diferente, necessitando de orientação e suporte para que tal situação. 
Obs: intercorrência psíquica = é uma barreira que se instala durante a uma situação limite. 
Estresse e doença
-Alopecia
Para Myers (1999)
· O estresse desvia a energia do sistema imunológico, tornando uma pessoa mais vulnerável a infecções e malignidade. Embora o estresse não cause doenças como o câncer, ele pode influenciar na progressão da doença.
· O estresse não causa doença, ele POTENCIALIZA o estado geral de uma pessoa. 
· Vários aspectos estão envolvidos na dinâmica do estar doente, cada paciente tem sua historia, no entanto duvidas em relação a patologia, tratamento proposto, tempo de duração, vao de encontro com a estrutura psíquica tanto do paciente quanto seus familiares, na progressão da doença. (Moura, Mohallem e Faria – 1994)
Despersonalização
-O paciente está acostumado a ser tratado no coletivo, se insere no meio e faz se pensar que estar certo pensar ser tratado de forma genérica. 
-Acontece pelo sistema que está errado (é falho) e pelos próprios pacientes que já estão acostumados a isso. 
-Despersonalizar significa não atender a individualidade e isso é ruim
Fatores emocionais predominantes
· Despersonalização: processo psíquico no qual surge a impressão de que se é estranho a si mesmo, de se o sentir e o agir carecem de participação ativa, efetuando-se de modo quase automático; ocorre também, a sensação de que o corpo ou algumas de suas partes não formam uma unidade.
· Doente adquire significação de infelicidade e é isso que parece mais sério, porque a busca incessante da felicidade via corpo-saúde produz um opacificamento da gravidade das patologias psíquicas e orgânicas que dizem respeito ao corpo (bulimia, anorexia, tentativas de autoextermínio, depressões graves e outros subprodutos clinico-psicopatológicos) e um distanciamento do sujeito de si mesmo. 
· Muitos pacientes durante a internação permanecem sozinhos, não são chamados pelo próprio nome, sendo tratados e caracterizados por números ou pelo nome do diagnóstico que possuem, sendo submetidos a realização de exames e procedimentos constrangedores, fatores esses que podem leva-los a perda de sua identidade pessoal. 
Desamparo aprendido
-é o paciente que se “entrega”, não está mais interessado em garantir a própria sobrevivência. 
-significa que todo mundo errou com ele, inclusive ele mesmo. 
-foi introduzido como modelo animal de depressão descoberto por Seligman em 1975 e que, a principio, investigava as interações entre contingências respondentes e operantes.
-a associação do desamparo com a depressão possibilitou investiga-lo no homem, analisando também em que medida aquele se assemelha a depressão humana.
 -o desamparo constitui um déficit especifico de uma resposta especifica produzido pela exposição a estímulos aversivos incontroláveis específicos.
-resulta de uma experiência de incontrolabilidade do ambiente pelo organismo
-ex: violência doméstica; paciente para de falar; paciente “para” diante de uma situação incontrolável; é “um quadro depressivo maior”; 
· Quando não há controle do meio, o sujeito se vê como incapaz de realizar ações que resultem no término dos estímulos aversivos e acaba ficando desmotivado em tentar emitir comportamentos que gerem as consequências esperadas.
· Dessa forma ele pode fugir ou se esquivar da situação que ofereça tais estímulos, sendo fuga e esquiva uma forma de controle. Não havendo, entretanto como emitir esses comportamentos, o sujeito se paralisa diante do estimulo aversivo. 
· Através de experiências particularmente frustrantes ou traumáticas, uma pessoa poderia aprender que seus comportamentos são insuficientes ou inúteis para mudar ou controlar os fenômenos a que se vê exposto.
· De acordo com Seligman, Baldwin (1986) tal estado de desamparo levaria a pessoa à desmotivação, passividade, falta de agressividade, deficiências sociais e sexuais e apatia geral.
· Muitas vezes, a hospitalização ao tratar de uma doença, não representa para o paciente algo positivo e pode ser sentida pelo mesmo como uma experiência não desejada.
· A equipe que atende ao paciente deve perceber que tratar uma doença pode implicar em ameaças a integridade física do mesmo e um procedimento que poderia ser benéfico, se torne algo conflituoso, fazendo com que não haja aderência ao tratamento. 
· O desamparo (ou a crença na independência entre comportamento e eventos do meio) é o sintoma central da depressão em humanos.
Hospitalismo:
-padrão de comportamento adoecido em relação ao hospital;
-despersonalização começa aqui;
-Hospitalismo pode ser definido como a “somatória de prejuízos que o ser humano adquire pelo fato de permanecer internado num hospital que tem em conta sua condição de enfermo, mas marginaliza os determinantes de sua unidade estrutural biopsicossocial”. 
-privação afetiva decorrente de longas internações.
-inicialmente identificado em crianças
-ausência de estimulação precoce, de afetos, de carinho, ausência da voz dos familiares, restrições psicoafetivas
Consequências:
· Orgânicas: úlceras, asma, diabete, problemas dermatológicos, obesidade.
· Psicológicos: gagueira, tiques nervosos, agressividade, irritabilidade, medos exagerados.
· Sociais: fragilidade frente a dificuldades da vida. 
-O paciente depene do hospital como cenário/referencia de manutenção psíquica e emocional. 
-Pacientes são submetidos a tratamentos e internações, evidenciam separações e cortes em ligações afetivas com o mundo. 
Lembre-se:
-As possíveis reações emocionais do paciente envolvem passividade ou agressividade, argumentação sobre aspectos sem importância, manifestações de raiva ou depressão, pela dificuldade em aceitar não só sua doença, mas todo o processo de hospitalização e tratamento.
-Há também o medo da invalidez permanente, de depender do outro, da dor física, da anestesia em casos de cirurgia e de retornar para casa após a hospitalização, além das alterações na auto-imagem. O paciente enquanto hospitalizado é incitado a ficar mais introspectivo e reavaliar a vida e valores. 
A DOENÇA E A ESTABILIDADE EMCIONAL
 
 
·
 
O surgimento de uma doença orgânica vem sempre acompanhado de impacto emocional. Há uma 
interrupção na rotina de vida, desestabilizando as relações psicossociais. 
 
·
 
As emoções que acompanham as doenças orgânicas podem estar ligadas a alterações na imagem corporal, 
diminuição da autoestima e perda da iniciativa, com sentimentos de incapacidade, prejudicando a qualidade 
de vida. 
 
 
Instabilidade emocional
 
·
 
Uma situação cr
ônica de estresse pode desencadear outras doenças, tais como: desequilíbrios psicológicos 
(ansiedade, depressão, fobias), desordens do sistema nervoso autônomo (respiratórios, circulatórios, 
digestivas) ou do sistema imunológico (infecções agudas).
 
·
 
As cara
cterísticas de personalidade e a representação da doença fazem com que cada pessoa reaja a 
situação de crise de modo diferente, necessitando de orientação e suporte para que tal situação. 
 
Obs: intercorrência psíquica = é uma barreira que se instala durant
e a uma situação limite. 
 
 
Estresse e doença
 
-
Alopecia
 
 
Para Myers (1999)
 
·O estresse desvia a energia do sistema imunológico, tornando uma pessoa mais vulnerável a infecções e 
malignidade. Embora o estresse não cause doenças como o câncer, ele pode influen
ciar na progressão da 
doença.
 
·
 
O estresse não causa doença, ele POTENCIALIZA o estado geral de uma pessoa. 
 
·
 
Vários aspectos estão envolvidos na dinâmica do estar doente, cada paciente tem sua historia, no entanto 
duvidas em relação a patologia, tratamento p
roposto, tempo de duração, vao de encontro com a estrutura 
psíquica tanto do paciente quanto seus familiares, na progressão da doença. (Moura, Mohallem e Faria 
–
 
1994)
 
 
Despersonalização
 
-
O paciente está acostumado a ser tratado no coletivo, se insere no m
eio e faz se pensar que estar certo pensar ser 
tratado de forma genérica. 
 
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Acontece pelo sistema que está errado (é falho) e pelos próprios pacientes que já estão acostumados a isso. 
 
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Despersonalizar significa não atender a individualidade e isso é ruim
 
 
Fatores emocionais predominantes
 
·
 
Despersonalização: processo psíquico no qual surge a impressão de que se é estranho a si mesmo, de se o 
sentir e o agir carecem de participação ativa, efetuando
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se de modo quase automático; ocorre também, a 
sensação de que
 
o corpo ou algumas de suas partes não formam uma unidade.
 
·
 
Doente adquire significação de infelicidade e é isso que parece mais sério, porque a busca incessante da 
felicidade via corpo
-
saúde produz um opacificamento da gravidade das patologias psíquicas e 
orgânicas que 
dizem respeito ao corpo (bulimia, anorexia, tentativas de autoextermínio, depressões graves e outros 
subprodutos clinico
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psicopatológicos) e um distanciamento do sujeito de si mesmo. 
 
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Muitos pacientes durante a internação permanecem sozinhos,
 
não são chamados pelo próprio nome, sendo 
tratados e caracterizados por números ou pelo nome do diagnóstico que possuem, sendo submetidos a 
realização de exames e procedimentos constrangedores, fatores esses que podem leva
-
los a perda de sua 
identidade pe
ssoal. 
 
 
Desamparo aprendido
 
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é o paciente que se “entrega”, não está mais interessado em garantir a própria sobrevivência. 
 
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significa que todo mundo errou com ele, inclusive ele mesmo. 
 
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foi introduzido como modelo animal de depressão descoberto por 
Seligman em 1975 e que, a principio, investigava 
as interações entre contingências respondentes e operantes.
 
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a associação do desamparo com a depressão possibilit
ou investiga
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lo no homem, analisando também em que 
medida aquele se assemelha a depressão huma
na.
 
 
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o desamparo constitui um déficit especifico de uma resposta especifica produzido pela exposição a estímulos 
aversivos incontroláveis específicos.
 
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resulta de uma experiência de 
incontrolabilidade do ambiente
 
pelo organismo
 
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ex: violência doméstica; p
aciente para de falar; paciente “para” diante de uma situação incontrolável; é “um quadro 
depressivo maior”
; 
 
 
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Quando não há controle do meio, o sujeito se vê como incapaz de realizar ações que resultem no término 
dos estímulos aversivos e acaba ficando de
smotivado em tentar emitir comportamentos que gerem as 
consequências esperadas.
 
A DOENÇA E A ESTABILIDADE EMCIONAL 
 
 O surgimento de uma doença orgânica vem sempre acompanhado de impacto emocional. Há uma 
interrupção na rotina de vida, desestabilizando as relações psicossociais. 
 As emoções que acompanham as doenças orgânicas podem estar ligadas a alterações na imagem corporal, 
diminuição da autoestima e perda da iniciativa, com sentimentos de incapacidade, prejudicando a qualidade 
de vida. 
 
Instabilidade emocional 
 Uma situação crônica de estresse pode desencadear outras doenças, tais como: desequilíbrios psicológicos 
(ansiedade, depressão, fobias), desordens do sistema nervoso autônomo (respiratórios, circulatórios, 
digestivas) ou do sistema imunológico (infecções agudas). 
 As características de personalidade e a representação da doença fazem com que cada pessoa reaja a 
situação de crise de modo diferente, necessitando de orientação e suporte para que tal situação. 
Obs: intercorrência psíquica = é uma barreira que se instala durante a uma situação limite. 
 
Estresse e doença 
-Alopecia 
 
Para Myers (1999) 
 O estresse desvia a energia do sistema imunológico, tornando uma pessoa mais vulnerável a infecções e 
malignidade. Embora o estresse não cause doenças como o câncer, ele pode influenciar na progressão da 
doença. 
 O estresse não causa doença, ele POTENCIALIZA o estado geral de uma pessoa. 
 Vários aspectos estão envolvidos na dinâmica do estar doente, cada paciente tem sua historia, no entanto 
duvidas em relação a patologia, tratamento proposto, tempo de duração, vao de encontro com a estrutura 
psíquica tanto do paciente quanto seus familiares, na progressão da doença. (Moura, Mohallem e Faria – 
1994) 
 
Despersonalização 
-O paciente está acostumado a ser tratado no coletivo, se insere no meio e faz se pensar que estar certo pensar ser 
tratado de forma genérica. 
-Acontece pelo sistema que está errado (é falho) e pelos próprios pacientes que já estão acostumados a isso. 
-Despersonalizar significa não atender a individualidade e isso é ruim 
 
Fatores emocionais predominantes 
 Despersonalização: processo psíquico no qual surge a impressão de que se é estranho a si mesmo, de se o 
sentir e o agir carecem de participação ativa, efetuando-se de modo quase automático; ocorre também, a 
sensação de que o corpo ou algumas de suas partes não formam uma unidade. 
 Doente adquire significação de infelicidade e é isso que parece mais sério, porque a busca incessante da 
felicidade via corpo-saúde produz um opacificamento da gravidade das patologias psíquicas e orgânicas que 
dizem respeito ao corpo (bulimia, anorexia, tentativas de autoextermínio, depressões graves e outros 
subprodutos clinico-psicopatológicos) e um distanciamento do sujeito de si mesmo. 
 Muitos pacientes durante a internação permanecem sozinhos, não são chamados pelo próprio nome, sendo 
tratados e caracterizados por números ou pelo nome do diagnóstico que possuem, sendo submetidos a 
realização de exames e procedimentos constrangedores, fatores esses que podem leva-los a perda de sua 
identidade pessoal. 
 
Desamparo aprendido 
-é o paciente que se “entrega”, não está mais interessado em garantir a própria sobrevivência. 
-significa que todo mundo errou com ele, inclusive ele mesmo. 
-foi introduzido como modelo animal de depressão descoberto por Seligman em 1975 e que, a principio, investigava 
as interações entre contingências respondentes e operantes. 
-a associação do desamparo com a depressão possibilitou investiga-lo no homem, analisando também em que 
medida aquele se assemelha a depressão humana. 
 -o desamparo constitui um déficit especifico de uma resposta especifica produzido pela exposição a estímulos 
aversivos incontroláveis específicos. 
-resulta de uma experiência de incontrolabilidade do ambiente pelo organismo 
-ex: violência doméstica; paciente para de falar; paciente “para” diante de uma situação incontrolável; é “um quadro 
depressivo maior”; 
 
 Quando não há controle do meio, o sujeito se vê como incapaz de realizar ações que resultem no término 
dos estímulos aversivos e acaba ficando desmotivado em tentar emitir comportamentos que gerem as 
consequências esperadas.

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