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Atendimento Odontológico a Pacientes Diabéticos

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1 
 
Aula 1: 
Atendimento odontológico a pacientes 
hipertensos ou diabéticos 
 
 
 
A diabetes é uma síndrome 
metabólica na qual a produção de 
insulina é ausente, insuficiente ou 
há resistência periférica a insulina 
(não há reconhecimento 
satisfatório da insulina pelos seus 
receptores), fazendo com que os 
pacientes portadores desse 
distúrbio tenham hiperglicemia 
periférica (aumento da glicose 
circulante no sangue). 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
GLICEMIA EM JEJUM: 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
HEMOGLOBINA GLICADA: 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
→ Cresceu em 61,8% o número de 
pessoas diagnosticadas com 
diabetes; 
→ Mulheres têm mais diagnóstico 
de diabetes; 
→ Indicador aumenta com a 
idade; 
→ É quase três vezes maior entre 
pessoas com menor escolaridade; 
 
PNE 
Diabetes: 
2 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 →Polifagia (aumento do apetite); 
 → Poliúria; 
 → Polidipsia; 
 → Visão turva; 
 → Perda de peso; 
 → Falta de energia; 
 → Infecções recorrentes. 
 
SINTOMAS ORAIS: 
 → Doença periodontal extensa; 
 → Múltiplos abscessos; 
→ Candidíase; 
→ Infecções persistentes. 
 
MEDICAÇÕES EM USO: 
• Hipoglicemiantes oral: 
- Qual droga; 
- Dose; 
- Intervalo de tomadas; 
- Controle glicêmico. 
• Insulina: 
- Qual tipo (regular ou NPH); 
- Quantas vezes; 
- Controle glicêmico. 
 
 
 
TIPOS DE DIABETES: 
Tipo 1 – destruição autoimune das 
células beta pancreáticas 
(produtoras de insulina). Mais 
comum em crianças e jovens. 
Tipo II – quando o organismo não 
consegue usar adequadamente a 
insulina que produz ou não produz 
insulina suficiente. Manifesta-se 
frequentemente em adultos, mas 
crianças podem apresentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENDIMENTO AO PACIENTE 
DIABÉTICO: 
O atendimento odontológico a 
pacientes diabéticos requer alguns 
cuidados. No caso de 
procedimentos mais invasivos, 
devemos solicitar glicemia em 
jejum e hemoglobina glicada. 
Também há necessidade de avaliar 
a o uso ou não de antibiótico em 
alguns casos. Ao atender esses 
pacientes, se faz importante 
realizar orientações sobre 
alimentação e dieta, além de se 
certificar que o paciente esteja 
alimentado e devidamente 
medicado previamente ao 
atendimento. Por fim, fazer 
orientação de dieta pós 
procedimento cirúrgico para evitar 
NPH: lenta absorção; 
Insulina basal (1- 3x ao 
dia) 
R: Regular; Bolus 
(antes das refeições). 
* Pacientes tipo I 
toma os dois tipos de 
insulina acima, 
3 
 
que o paciente tenha 
descompensação glicêmica no pós- 
operatório. 
 
PARÂMETROS PARA 
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO: 
Glicemia abaixo de 70 mg/dL 
representa risco de hipoglicemia, 
nesse caso, o atendimento deve ser 
cancelado ou o paciente deve se 
alimentar para que possa ser 
atendido. 
Já quando a glicemia estiver acima 
de 200 mg/dL e não houver 
necessidade de intervenção 
urgente, o procedimento eletivo 
também deve ser cancelado. 
 
 
DIABETES X DOENÇA 
PERIODONTAL: 
Existe uma relação direta 
bidirecional entre a diabetes tipo 
II e doença periodontal. Pacientes 
diabéticos descompensados têm 
maior risco de desenvolver doença 
periodontal quando comparados 
àqueles que estão controlados. 
Pacientes diabéticos 
descompensados possuem falhas 
na resposta imune que agravam a 
severidade da doença periodontal, 
como alterações funcionais dos 
neutrófilos, as quais determinam 
significante diminuição da 
resistência do periodonto, entre 
elas, redução de aderência e da 
fagocitose e comprometimento da 
função quimiotáxica, aumentando 
assim a severidade da doença 
periodontal. Ademais, alterações 
teciduais podem ocorrer no tecido 
conjuntivo ou vascular, prejudicando 
a cicatrização. 
Nishimura et al. (2003) levantaram 
a hipótese de que o TNF-α 
circulante em um processo 
inflamatório gengival exacerbado 
pode estar associado diretamente 
ao mecanismo de resistência à 
insulina ao influenciar órgãos, como 
fígado, músculos e tecido adiposo, 
e, indiretamente, aumentar a 
liberação de moléculas, como 
ácidos graxos leves, os quais 
também produzem resistência à 
insulina. Além disso, o TNF-α tem 
sido identificado como um potente 
bloqueador do receptor de insulina. 
 
* Deve-se prescrever 
antibiótica pois os 
pacientes 
descompensados 
tem uma 
cicatrização mais 
lenta, além do risco 
alimentado de 
infecções. 
Não prescrever só 
profilaxia, deve ser 
cobertura ou 
ataque+ cobertura. 
4 
 
DIABETES X IMPLANTES: 
Para pacientes controlados há 
sucesso na maioria dos casos. Ainda 
não há consenso na literatura, 
porém acredita-se que em 
pacientes descompensados a 
osseointegração é possível embora 
a perda do implante em longo prazo 
seja maior. 
 
DIABETES X ORTODONTIA: 
De acordo com Arita et AL (2016) 
pacientes diabéticos 
descompensados têm redução da 
movimentação ortodôntica e 
aumento do risco de reabsorção 
radicular. Já pacientes com níveis 
glicêmicos controlados o risco de 
reabsorção radicular e a 
movimentação ortodôntica são 
normais. 
Iniciar tratamento após controle 
glicêmico e sempre utilizar força 
de baixa intensidade. 
 
DIABETES X CIRURGIA: 
Em casos de pacientes diabéticos 
descompensados, há maior risco de 
infecção pós-operatória devido ao 
retardo no reparo tecidual. Nesses 
casos, se faz necessário o uso de 
cobertura antibiótica. Em pacientes 
com glicemia até 200 mg/dL pode 
ser tratado como paciente 
normossistêmico. 
DIABETES X ENDODONTIA: 
Em diabéticos com baixo controle 
glicêmico há risco maior de 
persistência de lesões apicais, 
fazendo com que haja menores 
taxas de sucesso no tratamento 
endodôntico desses pacientes. 
 
 
 
Hipertensão arterial é o aumento 
anormal e por longo período da 
pressão que o sangue faz ao 
circular pelas artérias do corpo. 
 
CIRURGIÃO-DENTISTA X 
HIPERTENSÃO 
Previamente ao atendimento é 
importante realizar os exames 
físicos, incluindo verificação da PA. 
Caso durante o exame ocorra a 
detecção de PA elevada é 
importante instruir o paciente a 
buscar consulta médica, quando 
necessário. 
É importante avaliar a adesão do 
paciente ao tratamento 
medicamentoso, o orientado. 
Durante o atendimento clínico 
devemos reduzir ao máximo o 
Hipertensão: 
5 
 
estresse e a ansiedade e, sempre 
que possível, atendê-los próximo ao 
horário do uso da medicação. 
Ademais, devemos sempre estar 
cientes dos medicamentos que 
esses pacientes fazem uso, a fim 
de evitar interações 
medicamentosas, e conhecer sobre 
os possíveis afeitos adversos que 
estas podem causar. 
 
HIPERTENSÃO X ORTODONTIA: 
Estudos indicam que a Losartana 
diminui diferenciação osteoclástica 
e diminui remodelação induzida por 
ortodontia. 
 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: 
• Aferição de sinais vitais 
previamente a todos os 
procedimentos; 
• Avaliar medicações em uso; 
• Avaliar possíveis 
complicações associadas 
(doença vascular periférica, 
diabetes, insuficiência 
cardíaca, renal e etc); 
• Riscos que inviabilizam o 
tratamento odontológico no 
âmbito ambulatorial; 
 
RISCO ODONTOLÓGICO QUE 
INVIABILIZAM O TRATAMENTO 
ODONTOLÓGICO EM AMBIENTE 
AMBULATORIAL: 
1. Risco imposto pela doença 
cardiovascular do paciente: 
- Infarto recente: Se o 
paciente tiver sofrido infarto 
do miocárdio recente 
devemos aguardar 6 meses 
para realizar procedimento 
invasivo. Caso haja 
necessidade de urgência, o 
procedimento deve ser feito 
em âmbito hospitalar. 
- Arritmias significativas: Se 
o paciente tiver arritmias 
significativas ou angina 
(grave ou instável), 
primeiramente deve-se 
estabilizar o quadro com o 
médico para posteriormente 
realizar o tratamento 
odontológico. 
- Angina instável/grave; 
- Valvulopatia grave: Em 
pacientes com valvulopatias 
graves o atendimento deve 
ser feito em âmbito 
hospitalar; 
* O risco do tratamento 
odontológico também é aumentado 
quando a pressão arterial estiver 
acima de 180x110 mmHg. (Pois há 
risco de angina, infarto e AVE). 
Nesses casos, o atendimento 
odontológico deverá ser suspenso e 
devemos encaminhar o paciente 
para atendimento médico. 
 
2. Risco imposto pela cirurgiaou procedimento a ser 
realizado: 
- Baixo risco: cirurgias orais 
menores, cirurgias 
periodontais e 
procedimentos odontológicos 
não cirúrgicos. 
6 
 
- Risco intermediário: 
cirurgia de cabeça e pescoço 
(procedimentos 
maxilofaciais maiores e 
periodontais extensos). 
 
3. Risco imposto pela reserva 
ou capacidade 
cardiopulmonar funcional do 
paciente: 
Risco cardíaco: incapazes de 
executar a maior parte das 
atividades diárias normais 
como subir um lance de 
escadas sem ficar ofegante. 
 
MEDICAÇÕES HIPERTENSÃO: 
• Diuréticos: 
- Hidroclorotiazida; 
- Furosemida 
• Beta-bloqueadores: 
- Propanolol 
• IECA (inibidores da enzima 
conversora de angiotensina) 
- Captopril; (tosse crônica- 
efeito colateral) CRISE 
HIPERTENSIVA É O MAIS 
USADO. 
- Enalapril 
• ARAII: 
- Losartana 
• Antagonistas de canais de 
cálcio: 
- Nifedipino; 
- Anlodipino 
 
 
 
CUIDADOS COM PACIENTES 
HIPERTENSOS: 
• Redução do estresse; 
• Anestesia de qualidade; 
• Evitar uso de fio retrator 
com vasoconstritor 
(epinefrina); 
• Movimentar a cadeira 
levemente (maior risco de 
hipotensão ortostática); 
• Evitar espera prolongada; 
• Consultas curtas (pela 
manhã é melhor); 
• Avaliar grau de tensão do 
paciente perante o 
atendimento odontológico 
(necessidade de 
ansiolíticos?); 
• Cuidado com injeção 
instravascular de anestésico. 
 
Obs: Não há problema em 
utilizar anestésico com 
vasoconstritor em pacientes 
hipertensos, pois não ocorrem 
efeitos cardiovasculares 
sistêmicos importantes quando 
o uso for limitado a dois 
tubetes. 
 
ANESTESIA DE QUALIDADE: 
- Anestesia local > controle da 
dor, evitando a liberação de 
catecolamina endógena. 
- Vasoconstrictor: retarda a 
absorção sistêmica, aumenta a 
7 
 
duração da anestesia e fornece 
hemostasia local. 
- Evitar norepinefrina; 
- Lidocaína 2% com epinefrina 
1:200.000 (4 túbetes com 
segurança) 
 
PARÂMETROS PARA 
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO: 
- Se a PA for 160/100 mmHg 
devemos verificar periodicamente 
durante o atendimento; 
- Se a PA atingir 179/109 mmHg 
devemos suspender a consulta; 
- Atenção para sinais de alerta de 
aumento da pressão arterial, como: 
dor de cabeça, visão turva, mal 
estar, falta de ar e tontura. 
 
MANIFESTAÇÕES BUCAIS 
CAUSADAS POR ANTI-
HIPERTENSIVOS: 
• Xerostomia (diuréticos); 
• Reações liquenóides 
(tiazídicos, metildopa, 
propanolol e labertalol); 
• Inibidores de ECA podem 
causar neutropenia 
(predispõe infecções pós-
operatórias); 
• Fármacos bloqueadores de 
cálcio podem causar 
hiperplasia gengival 
(fenitoína e nifedipina).
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