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1 
 
Índice 
1.Introdução ...................................................................................................................... 2 
2.Objectivos ...................................................................................................................... 3 
2.1.Geral ........................................................................................................................... 3 
2.2.Especifico ................................................................................................................... 3 
2.3.Metodologia ................................................................................................................ 3 
3.Intoxicação: tipos, sintomas e tratamento...................................................................... 4 
3.1.Tipos de intoxicação ................................................................................................... 4 
3.1.1.Intoxicação exógena ................................................................................................ 4 
3.1.2.Intoxicação endógena .............................................................................................. 5 
3.2.Principais sintomas ..................................................................................................... 5 
3.3.Primeiros socorros para intoxicação ........................................................................... 6 
3.4.Tratamento .................................................................................................................. 6 
3.5.Prevenção.................................................................................................................... 8 
4.Abordagem ao doente intoxicado por organofosforados ............................................... 8 
4.1.Avaliação inicial ......................................................................................................... 9 
4.2.Diagnóstico da intoxicação ......................................................................................... 9 
4.3.História da exposição.................................................................................................. 9 
4.4.Exame físico ............................................................................................................. 10 
5.Medidas gerais ............................................................................................................. 11 
5.1.Segurança dos profissionais de saúde ....................................................................... 11 
5.2.Colheita de dados ..................................................................................................... 11 
5.3.Fatores importantes do processo de intoxicação: ..................................................... 11 
6.Conclusão .................................................................................................................... 12 
7.Bibliografia .................................................................................................................. 13 
 
2 
 
1. Introdução 
O presente trabalho de pesquisa tem como foco falar sobre Intoxicação, sinais e 
sintomas. Cuidados de enfermagem ou medidas gerais. A intoxicação é o contato com 
uma substância que produz toxicidade. Os sintomas variam, mas certas síndromes 
comuns podem sugerir tipos particulares de intoxicações. O diagnóstico inicialmente é 
clínico, mas para algumas intoxicações, exames de urina e sangue podem auxiliar. Na 
maioria das intoxicações, o tratamento é de suporte; antídotos específicos são 
necessários para alguns. A prevenção engloba rotular nitidamente os frascos que 
contêm as fármacos e não deixar os tóxicos ao alcance das crianças. 
A maioria das intoxicações é dependente da dose. A dose é determinada pela 
concentração ao longo do tempo. A toxicidade pode ser o resultado da exposição a 
excessivas quantidades de substâncias normalmente não tóxicas. Alguns 
envenenamentos ocorrem por exposição a substâncias que são tóxicas em todas as 
doses. A intoxicação diferencia-se das reações de hipersensibilidade e idiossincráticas, 
as quais não são previsíveis e não estão relacionadas com a dose, e da intolerância, 
que é uma reação tóxica à dose não usual de uma substância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2. Objectivos 
2.1.Geral 
 Conhecer a Intoxicação, sinais e sintomas. Cuidados de enfermagem ou medidas 
gerais. 
2.2.Especifico 
 Saber aplicar os primeiros socorros no caso de intoxicação. 
 Caracterizar e descrever os principais sinais de intoxicação 
2.3.Metodologia 
Para elaboração deste relatório foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o 
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos 
de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi 
(2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados 
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, 
não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é 
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas que 
optei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
3. Intoxicação: tipos, sintomas e tratamento 
A intoxicação é o conjunto de sinais e sintomas que surgem pela exposição 
a substâncias químicas tóxicas para o organismo, como remédios em doses excessivas, 
picadas de animais venenosos, metais pesados, como chumbo e mercúrio, ou exposição 
a inseticidas e agrotóxicos. (Chowdhary, Bhattacharyya, & Banerjee, 2014). 
Uma intoxicação é uma forma de envenenamento, e, por isso, pode provocar reações 
locais, como vermelhidão e dor na pele, ou mais generalizadas, como vômitos, febre, 
suor intenso, convulsões, coma e, até, risco de morte. Assim, na presença de sinais e 
sintomas que possam levar a suspeitar deste problema, é muito importante ir ao pronto-
socorro rapidamente, para que o tratamento seja feito, com lavagem gástrica, uso de 
remédios ou antídotos, prescritos pelo médico. 
 
3.1.Tipos de intoxicação 
Segundo Schvartsman e Schvartsman (1999),referem que existem dois tipos principais de 
intoxicação, como: 
3.1.1. Intoxicação exógena 
Santos; Legay e Lovisi (2013) refere que as intoxicações exógenas agudas podem ser definidas 
como as consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas 
encontradas no ambiente – como é o caso do ar, água, alimentos, plantas, animais 
peçonhentos ou venenosos; ou isoladas como: pesticidas, medicamentos, produtos de uso 
industrial, produtos de uso domiciliar. 
Esta intoxicação acontece quando a substância intoxicante está no ambiente, capaz de 
contaminar através da ingestão, contato com a pele ou inalação pelo ar. As mais 
comuns são o uso de medicamentos em doses elevadas, como antidepressivos, 
analgésicos, anticonvulsivantes ou ansiolíticos, uso de drogas ilícitas, picada de 
5 
 
animais venenosos, como cobra ou escorpião, consumo de álcool em excesso ou 
inalação de produtos químicos, por exemplo. 
3.1.2. Intoxicação endógena 
 é causada pelo acúmulo de substâncias maléficas que o próprio organismo produz, 
como a ureia, mas que costumam ser eliminadas através da ação do fígado e filtragem 
pelos rins, e podem ser acumuladas quando estes órgãos apresentam uma insuficiência. 
Além disso, a intoxicação pode ser aguda, quando causa sinais e sintomas após um 
único contato com a substância, ou crônica, quando seus sinais são sentidos após 
acúmulo da substância no organismo, consumidos por muito tempo, como acontece nas 
intoxicações por medicamentos como Digoxina e Amplictil, por exemplo, ou por 
metais, como chumbo e mercúrio. 
Já a gastroenterite, também conhecida como intoxicação alimentar, acontece devido à 
presença de micro-organismos, como vírus e bactérias, ou suas toxinas, em alimentos,principalmente quando mal conservados, causando náuseas, vômitos e diarreia. Para 
saber mais sobre esta situação, veja como identificar e tratar a intoxicação alimentar. 
3.2.Principais sintomas 
Como existem diversos tipo de substâncias tóxicas, há uma grande variedade de 
sinais e sintomas que podem indicar uma intoxicação, e algumas da principais são: 
 Batimentos cardíacos acelerados ou lentificados; 
 Aumento ou queda da pressão arterial; 
 Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas; 
 Suor intenso; 
 Vermelhidão ou ferimentos na pele; 
 Alterações visuais, como borramento, turvação ou escurecimento; 
 Falta de ar; 
 Vômitos; 
 Diarreia; 
 Dor abdominal; 
 Sonolência; 
 Alucinação e delírio; 
 Retenção ou incontinência urinária e fecal; 
 Lentificação e dificuldade para realizar movimentos. 
https://www.tuasaude.com/sintomas-da-intoxicacao-alimentar/
6 
 
Assim, o tipo, a intensidade e a quantidade de sintomas de intoxicação variam de acordo 
com o tipo de substância tóxica que é ingerida, quantidade e estado físico da pessoa que 
a ingeriu. Além disso, as crianças e os idosos são mais sensíveis a intoxicações. 
3.3.Primeiros socorros para intoxicação 
Os primeiros socorros que devem ser feitos em um caso de intoxicação, incluem: 
1. Ligar imediatamente para a unidade sanitária, para pedir socorro e, em seguida 
para o Centro de Informações Antiveneno (CIAVE), através do número 0800 284 
4343, para receber uma orientação dos profissionais enquanto o socorro médico 
chega; 
2. Afastar o agente tóxico, lavando com água caso esteja em contato com a pele, ou 
mudando de ambiente caso seja inalatório; 
3. Manter a vítima deitada em posição lateral, caso perca a consciência; 
4. Procurar informações sobre a substância que provocou à intoxicação, caso 
possível, como checando caixa de remédios, recipientes de produtos ou a presença 
de animais peçonhentos próximo, para ajudar na informação à equipe médica. 
Deve-se evitar dar líquidos para beber ou provocar vômitos, principalmente se a 
substância ingerida for desconhecida, ácida ou corrosiva, pois isso pode piorar os 
efeitos da substância no trato digestivo. Para saber mais sobre o que fazer em caso de 
uma intoxicação ou envenenamento, confira os primeiros socorros para 
envenenamento. 
3.4.Tratamento 
O tratamento para intoxicação varia de acordo com a sua causa e com o estado clínico 
da pessoa, podendo ser iniciado já na ambulância ou ao chegar no pronto-socorro, pela 
equipe médica, e envolve: 
 Avaliação dos sinais vitais, como pressão, batimentos cardíacos e oxigenação do 
sangue, e estabilização, com hidratação ou uso de oxigênio, por exemplo, se 
necessário; 
 Identificar as causas da intoxicação, através da análise da história clínica, 
sintomas e exame físico da vítima; 
 Fazer a descontaminação, que tem como objetivo diminuir a exposição do 
organismo à substância tóxica, através de medidas como lavagem gástrica, com 
irrigação de soro fisiológico através de uma sonda nasogástrica, administração de 
carvão ativado no trato digestivo para facilitar a absorção do agente tóxico, ou 
lavagem intestinal, com laxativos, como manitol; 
https://www.tuasaude.com/primeiros-socorros-para-envenenamento/
https://www.tuasaude.com/primeiros-socorros-para-envenenamento/
7 
 
 Usar um antídoto, se houver, que pode ser específico para cada tipo de substância. 
Alguns dos antídotos mais utilizados são: 
Antídoto Agente intoxicante 
Acetilcisteína Paracetamol 
Atropina Inseticidas organofosforados e carbamatos, como o 
Chumbinho; 
Azul de metileno Substâncias chamadas metemoglobinizantes, que impedem 
a oxigenação do sangue, como nitratos, gases de 
escapamentos, naftaleno e alguns medicamentos, como 
Cloroquina e Lidocaína, por exemplo; 
BAL ou dimercaprol Alguns metais pesados, como arsênico e ouro; 
EDTA-cálcico Alguns metais pesados, como o chumbo; 
Flumazenil Remédios benzodiazepínico, como Diazepam ou 
Clonazepam, por exemplo; 
Naloxona Analgésicos opiáceos, como Morfina ou Codeína, por 
exemplo 
Soro Antiescorpiônico, 
Antiofídico ou 
Antiaracnídico 
Picadas de escorpião, cobra ou aranha venenosos; 
Vitamina K Pesticidas ou medicamentos anticoagulantes, como a 
Varfarina. 
Além disso, para evitar qualquer tipo de intoxicação, é importante ter atenção aos 
produtos que se entra em contato no dia-a-dia, principalmente pessoas que trabalham 
com produtos químicos, como em fábricas ou plantações, sendo imprescindível o uso 
dos equipamentos de proteção individual. 
8 
 
Também deve-se dar especial atenção às crianças, que têm maior chance de contato ou 
ingestão acidental de produtos intoxicantes e de sofrerem acidentes domésticos. Confira, 
também, quais são os primeiros socorros para outros acidentes domésticos mais 
comuns. 
3.5. Prevenção 
medidas preventivas incluem 
 Rotulagem clara nos produtos de uso doméstico e nos fármacos prescritos 
 Armazenagem de fármacos e substâncias tóxicas em armários fechados e 
inacessíveis às crianças 
 Descarte imediato de fármacos vencidos misturando-as na caixa de areia de gato 
ou em outra substância não tentadora e colocando-as em um recipiente de lixo 
que é inacessível a crianças 
 Uso de detectores de monóxido de carbono 
 Não prescrever opioides e usar tratamentos não opioides sempre que possível 
É importante divulgar medidas de educação pública para incentivar o armazenamento de 
substâncias em seus frascos originais (p. ex., não colocar inseticidas em frascos de 
bebidas). O uso de identificação impressa em fármacos sólidos auxilia a prevenir erros e 
confusões por pacientes, farmacêuticos e profissionais da saúde. 
4. Abordagem ao doente intoxicado por organofosforados 
O doente intoxicado por organofosforados é uma emergência (Eddleston et al., 2008) 
pelo que o enfermeiro tem estar preparado para prestar cuidados de enfermagem 
atempados, seguros e de qualidade a este doente, dos quais fazem parte intervenções 
autónomas e interdependentes. A reanimação e a estabilização cardiorrespiratória do 
doente devem ser a primeira prioridade (Bajracharya et al., 2016; Banday et al., 2016), 
pelo que devem ser cumpridos os princípios básicos da abordagem ABCDE comum a 
todas as situações em emergência (INEM, 2013). 
Após estabilização do doente, é necessária monitorização e vigilância rigorosas deste no 
que diz respeito ao controlo das alterações da necessidade de atropina, no despiste do 
agravamento da função respiratória por causa da síndrome intermediária (ver apêndice 
5) e no aparecimento de características colinérgicas recorrentes (Bajracharya et al., 
2016; Eddleston et al., 2008). 
 
https://www.tuasaude.com/primeiros-socorros-para-os-8-acidentes-domesticos-mais-comuns/
https://www.tuasaude.com/primeiros-socorros-para-os-8-acidentes-domesticos-mais-comuns/
9 
 
4.1.Avaliação inicial 
O primeiro passo no atendimento de um paciente intoxicado é a realização de um breve 
exame físico para identificar as medidas imediatas necessárias para estabilizar o 
indivíduo e evitar a piora clínica. Portanto, neste momento, é de fundamental 
importância checar: 
 Sinais vitais; 
 Nível e estado de consciência; 
 Pupilas (diâmetro e reatividade à luz); 
 Temperatura e umidade da pele; 
 Oximetria de pulso; 
 Medida de glicose capilar (dextro); 
 Obter ECG e realizar monitorização eletrocardiográfica se necessário; 
 Manter vias aéreas abertas e realizar intubação orotraqueal (IOT), se necessário; 
 Obter acesso venoso calibroso (neste momento, podem ser coletadas amostras 
para exames toxicológicos); 
 Administrar tiamina e glicose via intravenosa (IV) se o paciente se apresentar 
com alteração do nível de consciência, a menos que os diagnósticos de 
intoxicação alcoólica e hipoglicemia possam ser rapidamente excluídos; 
 Administrar naloxona em pacientes com hipótese de intoxicação por opioide. A 
hipótese de intoxicaçãopor opioide é feita com base na exposição à substância e 
sinais clínicos como rebaixamento do nível de consciência, depressão respiratória 
e pupilas mióticas puntiformes; 
 Procurar sinais de trauma, infecção, marcas de agulha ou edema de extremidades. 
4.2.Diagnóstico da intoxicação 
A abordagem diagnóstica de uma suspeita de intoxicação envolve a história da 
exposição, o exame físico e exames complementares de rotina e toxicológicos. 
4.3.História da exposição 
 Utiliza-se a estratégia dos “5 Ws”, isto é, deve-se obter os dados relacionados ao 
paciente (Who? - Quem?), à substância utilizada (What? - O quê?), horário da 
exposição (When? - Quando?), local da ocorrência (Where? - Onde?) e motivo da 
exposição (Why? - Por quê?). Atentar para o fato de que muitas informações podem ser 
distorcidas ou omitidas, principalmente quando há tentativas de suicídio ou homicídio 
envolvidas, uso de drogas ilícitas, abortamento ou maustratos. 
10 
 
 Paciente: obter o histórico de doenças, medicações em uso, tentativas de suicídio 
anteriores, ocupação, acesso a substâncias, uso de drogas e gravidez. 
 Agente tóxico: procurar saber qual foi a substância utilizada e a quantidade. Sempre 
que possível, solicitar para os acompanhantes trazerem os frascos ou embalagens e 
questionar se pode ser um produto clandestino. 
 Tempo: verificar qual foi o horário da exposição e por quanto tempo a substância 
foi utilizada, nos casos de exposições repetidas. Questionar se houve algum sintoma 
prévio à exposição. 
 Local: saber onde ocorreu a exposição e se foram encontrados frascos, embalagens, 
seringas ou cartelas de comprimidos próximos ao paciente. Verificar quais 
medicamentos são utilizados pe- los familiares ou pelas pessoas onde o indivíduo 
foi encontrado. Também é útil saber se foi encontrada alguma carta ou nota de 
despedida em casos de tentativa de suicídio. 
 Motivo: identificar a circunstância da exposição, já que é de extrema importância 
saber se foi tentativa de suicídio, homicídio, acidente, abuso de drogas e outras. 
4.4.Exame físico 
Realizar exame físico do paciente verificando os principais sinais e sintomas descritos 
abaixo: 
 Odores característicos: ex.: hálito etílico (uso de álcool), odor de alho 
(organofosforados); 
 Achados cutâneos: sudorese, secura de mucosas, vermelhidão, palidez, 
cianose, desidratação, edema; 
 Temperatura: hipo ou hipertermia; 
 Alterações de pupilas: miose, midríase, anisocoria, alterações de reflexo 
pupilar; 
 Alterações da consciência: agitação, sedação, confusão mental, alucinação, 
delírio, desorientação; 
 Anormalidades neurológicas: convulsão, síncope, alteração de reflexos, 
alteração de tônus muscular, fasciculações, movimentos anormais; 
 Alterações cardiovasculares: bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão, 
arritmias; 
 Anormalidades respiratórias: bradipneia ou taquipneia, presença de ruídos 
adventícios pulmonares; 
11 
 
 Achados do aparelho digestório: sialorreia, vômitos, hematêmese, diarreia, 
rigidez abdominal, aumento ou diminuição de ruídos hidroaéreos; Estes sinais e 
sintomas descritos, quando agrupados, podem caracterizar uma determinada 
síndrome tóxica. 
As principais síndromes tóxicas utilizadas para o diagnóstico da intoxicação aguda são: 
síndrome sedativo-hipnótica, opioide, colinérgica, anticolinérgica, adrenérgica, 
serotoninérgica e extrapiramidal. 
5. Medidas gerais 
5.1.Segurança dos profissionais de saúde 
A primeira medida a realizar é assegurar as condições de segurança (INEM, 2013). 
Considera-se que os profissionais de saúde correm o risco de serem intoxicados durante 
a estabilização inicial dos doentes intoxicados por OF. Podem surgir sintomas como 
cefaleia, náuseas e ansiedade. É recomendado o uso de equipamento proteção individual 
(óculos, máscara, luvas, avental) (INEM, 2013) pelos profissionais de saúde na 
prestação dos cuidados ao doente, ventilação máxima da SR e rotação frequente dos 
profissionais, de modo que a minimizar ao máximo o risco de intoxicação por OF 
(Eddleston et al., 2008). 
5.2.Colheita de dados 
Inicialmente, quando o doente chega ao hospital, deve também ser feita a recolha de 
informação relevante para a caracterização da situação ocorrida com o doente, 
nomeadamente o tipo de OF envolvido, quantidade e via da exposição (INEM, 2013). 
5.3. Fatores importantes do processo de intoxicação: 
 tempo de exposição - quanto maior for o tempo em que a pessoa ficou exposta aos produtos químicos, 
maiores serão as possibilidades deste produto causar danos à sua saúde. 
 concentração do agente - quanto maior for a concentração do agente químico, maior será a chance de 
poder causar um efeito danoso à saúde. 
 toxicidade - algumas substâncias são mais tóxicas que outras, se comparadas a uma mesma 
concentração. 
 natureza da substância química – se é um gás, um líquido, vapor, etc. Isto tem relação com a forma de 
entrada deste tóxico no organismo, que veremos mais abaixo. 
 susceptibilidade individual - algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a determinados 
agentes químicos. 
 
 
 
 
12 
 
6. Conclusão 
Pois termos feito o presente trabalho de pesquisa, concluimos que a intoxicação é 
comumente decorrente da ingestão, mas pode ser resultante de injeções, inalação ou 
exposição da superfície corporal (p. ex., pele, olhos, mucosas). Em geral, muitas 
substâncias que não são alimentos e são comumente ingeridas não são tóxicas 
Substâncias geralmente não perigosas quando ingeridas; entretanto, quase todas as 
substâncias podem ser tóxicas se ingeridas em quantidades excessivas. 
Envenenamento acidental é comum em crianças pequenas que são curiosas e ingerem 
qualquer coisa indiscriminadamente apesar de gosto e odor ruins; em geral, uma só 
substância está implicada. Intoxicação também é comum em crianças de mais idade, 
adolescentes e adultos que tentam o suicídio; várias drogas podem estar envolvidas, 
tais como álcool, paracetamol e outros fármacos de venda livre. A intoxicação 
acidental pode ocorrer em idosos por causa de estado de confusão, má visão, 
deficiência mental ou múltiplas prescrições do mesmo fármaco por diferentes médicos 
(ver também Problemas relacionados a fármacos em idosos). 
 
Os sintomas tipicamente começam logo após o contato, mas com certos venenos 
ocorrem tardiamente. O atraso pode ocorrer porque apenas um metabólito é tóxico, em 
vez da substância-mãe (p. ex., metanol, etilenoglicol, hepatotoxinas). A ingestão de 
hepatotoxinas (p. ex., paracetamol, ferro e cogumelo Amanita phalloides) pode causar 
insuficiência hepática aguda que pode acontecer poucos dias após a ingestão. Com 
metais ou solventes hidrocarbonetos, os sintomas ocorrem tipicamente somente após 
exposição crônica à toxina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o/princ%C3%ADpios-gerais-da-intoxica%C3%A7%C3%A3o#v1117965_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/drogas-recreativas-e-intoxicantes/toxicidade-e-abstin%C3%AAncia-de-%C3%A1lcool
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-paracetamol
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/geriatria/terapia-medicamentosa-em-idosos/problemas-relacionados-a-f%C3%A1rmacos-em-idosos
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-paracetamol
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-ferro
13 
 
 
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