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ANESTÉSICO LOCAL

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Anestésicos Locais
Os anestésicos locais podem ser aplicados no local, por infiltração subcutânea ou próximo à medula espinal. 
OBS.: Não se usa anestésicos locais em tecidos inflamados, pois está com hiperemia, podendo levar para sistêmico, além disso, ocorre uma queda de pH, fazendo a molécula do anestésico fique protonada, dificultando a difusão para dentro do neurônio. 
Nocioceptores são neurônios com terminações nervosas livres, que são responsáveis pela percepção do estímulo doloroso. Após a percepção ele envia a mensagem para o corno dorsal da medula, fazendo sinapse com o 2° neurônio, este faz comunicação com o 3° neurônio no tálamo, e é a partir dessa região que vai para o córtex sensorial e para o sistema límbico. Além disso, existem duas dores, a primeira corresponde a uma dor mais aguda (fibra mais rápida com bainha de mielina – fibra A delta) e a segunda é uma dor mais persistente (fibra mais lenta sem mielina- fibra C).
· Em doses pequenas de anestésicos, bloqueia apenas a fibra A delta. Já em doses maiores, ocorre o bloqueio das duas dores, contudo, para bloquear o tato, precisa de doses muito maiores.
As fibras A são mais sensíveis aos anestésicos, pois a presença de mielina, faz com que seja necessário a abertura dos canais de sódio, para despolarizar, apenas nos nódulos de Ranvier (sem mielina). Assim, por precisar de menos abertura de canais de sódio para despolarizar, com pouco anestésico, já apresenta o efeito. 
O anestésico precisa atravessar barreiras/membranas para chegar no neurônio, que corresponde ao epineuro, perineuro e endoneuro, além disso, quando chega, ainda tem que atravessar a membrana plasmática do neurônio, pois os canais de sódio voltagem-dependente estão na parte interna. Assim, os anestésicos não podem ser pouco lipossolúveis (hidrofílico), pois não vai conseguir atravessar as membranas, e não pode ser muito lipossolúvel, pois vai apresentar tanta afinidade com as membranas, que vai se dissolver nelas e não vai atravessá-las.
OBS.: Existem também fibras motoras nos nervos, mas elas são mais internas, além disso, quanto mais próximo das extremidades, mais internas ainda se encontram essas fibras. Portanto, é necessária uma dose maior para bloquear a parte motora, e se por exemplo for necessário fazer um bloqueio do plexo braquial, vai precisar de uma dose bem maior que a do ombro para anestesiar a mão.
SEQUÊNCIA DE BLOQUEIO = Primeira dor -> Segunda dor -> Temperatura -> Tato -> Propriocepção -> Tônus do músculo esquelético -> Tensão voluntária
Os anestésicos locais são bases fracas, e em meio ácido fica protonada (ionizada), sendo carregada nesse meio para que ela fique ionizada e quando chegar no meio fisiológico (neutro) ela se dissolva mais rápido e fique na forma desprotonada e possa atravessar as membranas.
MECANISMO DE AÇÃO = Provocam fechamento físico do canal catiônico pela interação da molécula do fármaco na extremidade intracelular do canal de sódio, ou seja, o anestésico local (moderadamente hidrofóbico) atravessa a membrana para bloquear o influxo de sódio pelos canais de sódio voltagem-dependentes (forma protonada), impedindo a despolarização do neurônio (aumentando o tempo do período refratário).
· Repouso = Fechado, não permitindo o influxo de cargas positivos (despolarização);
· Aberto = Ativado, permitindo o influxo de cargas (sódio) por difusão;
· Inativado = Após um tempo ativado, ele bloqueia o canal por um tempo (apêndice interno), que corresponde ao período refratário.
OBS. 1: Os anestésicos têm mais afinidade com os canais abertos ou inativados, assim, tende a bloquear os neurônios mais ativos (ex. tecido lesado).
OBS. 2: Se associa com um vasoconstrictor, pois contrai os vasos ao redor do nervo, para que o anestésico não se disperse para um efeito sistêmico.
FARMACOCINÉTICA 
· Anestésicos Locais com Ligação a Éster = Metabolizados por esterases (pseudocolinesterases) teciduais e plasmáticas (mais rápida metabolização, no próprio sangue -> rápida biotransformação) e são excretados pelos rins. Pouco provável ter toxicidade sistêmica, pode provocar reações alérgicas (forma o PABA), ela hidrolisa em ampolas (calor, sol), apresenta um início lento de ação, mas tempo de duração curto e apresenta um pKa maior que o pH fisiológico.
· Procaína -> Baixa potência, curta duração e início rápido. Menos efeitos adversos (metabolizados no plasma, rapidamente), mas pode ter a mesma toxicidade que a lidocaína.
· Anestésicos Locais com Ligação a Amida = São primeiramente metabolizados no fígado pelas enzimas do citocromo P450 (duração maior antes de ser metabolizado -> lenta biotransformação) e são excretados pelos rins. Mais provável ocorrer toxicidade sistêmica, contudo é raro reações alérgicas. É bastante estável quimicamente, tem início de ação moderada à rápida e o pKa é próximo ao pH fisiológico (por isso difunde rapidamente).
· Bupivocaína -> Alta potência, início lento e longa duração. Traz muito efeitos cardiovasculares e no SNC, por isso deve-se ter cuidado na absorção sistêmica, pois toxicidade pode causar excitação do SNC e colapso cardiovascular (grande volume).
· Lidocaína -> Baixa potência, início rápido e duração intermediária. Toxicidade com excitação do SNC (grande volume) e neurotoxicidade local.
OBS. 1: A absorção sistêmica pode ser acelerada pela vascularidade do local da aplicação, a concentração do fármaco, a adição de vasoconstrictor e propriedades da solução injetada + propriedades do local injetado.
OBS. 2: AL apresentam grupo hidrofílico (amina terciária) e lipofílico (anel benzeno/aromático).

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