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RESUMO DE DIREITO CIVIL - RESP. (1)

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RESUMO DE DIREITO CIVIL – RESPONSABILIDADE – NP1 
FRANCISCA JERLANDIA CLARENTINO DA SILVA 
As várias acepções da responsabilidade: 
Toda atividade que acarreta prejuízo traz em seu bojo, como fato social, o problema da 
responsabilidade. Destina-se ela a restaurar o equilíbrio moral e patrimonial provocado pelo 
autor do dano. Exatamente o interesse em restabelecer a harmonia e o equilíbrio violados pelo 
dano constitui a fonte geradora da responsabilidade civil. 
 Consequências não desejadas decorrentes de sua conduta danosa, podendo ser 
compelido a restaurar o statu quo ante. 
Responsabilidade jurídica e responsabilidade moral: 
 A responsabilidade pode resultar da violação tanto de normas morais como jurídicas, 
separada ou concomitantemente. 
 O campo da moral é mais amplo do que o do direito, pois só se cogita da 
responsabilidade jurídica quando há prejuízo. Esta só se revela quando ocorre infração 
da norma jurídica que acarrete dano ao indivíduo ou à coletividade. Neste caso, o 
autor da lesão será obrigado a recompor o direito atingido, reparando em espécie ou 
em pecúnia o mal causado. 
 A responsabilidade moral e a religiosa, contudo, atuam no campo da consciência 
individual. O homem sente-se moralmente responsável perante sua consciência ou 
perante Deus, conforme seja ou não religioso, mas não há nenhuma preocupação com 
a existência de prejuízo a terceiro. 
Distinção entre obrigação e responsabilidade: 
➢ Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir 
do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. Corresponde a 
uma relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter transitório (extingue-
se pelo cumprimento), cujo objeto consiste numa prestação economicamente aferível. 
➢ A obrigação nasce de diversas fontes e deve ser cumprida livre e espontaneamente. 
Quando tal não ocorre e sobrevém o inadimplemento, surge a responsabilidade. Não 
se confundem, pois, obrigação e responsabilidade. Esta só surge se o devedor não 
cumpre espontaneamente a primeira. A responsabilidade é, pois, a consequência 
jurídica patrimonial do descumprimento da relação obrigacional. 
➢ As dívidas prescritas e as de jogo constituem exemplos de obrigação sem 
responsabilidade. 
➢ Como exemplo de responsabilidade sem obrigação pode ser mencionado o caso do 
fiador, que é responsável pelo pagamento do débito do afiançado, este sim 
originariamente obrigado ao pagamento dos aluguéis. 
➢ Obrigação “é sempre um dever jurídico originário; responsabilidade é um dever 
jurídico sucessivo, consequente à violação do primeiro. 
As obrigações derivadas dos “atos ilícitos” são as que se constituem por meio de ações ou 
omissões culposas ou dolosas do agente, praticadas com infração a um dever de conduta e das 
quais resulta dano para outrem. A obrigação que, em consequência, surge é a de indenizar ou 
ressarcir o prejuízo causado. 
• Quem pratica um ato, ou incorre numa omissão de que resulte dano, deve suportar as 
consequências do seu procedimento. 
• A responsabilidade é um fenômeno social. 
Dever jurídico originário e sucessivo: 
Todo aquele que violar direito e causar dano a outrem comete ato ilícito, “Aquele que, por ato 
ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. A responsabilidade 
civil tem, pois, como um de seus pressupostos, a violação do dever jurídico e o dano. 
▪ Responsabilidade civil é, assim, um dever jurídico sucessivo que surge para recompor o 
dano decorrente da violação de um dever jurídico originário. 
A responsabilidade civil nos primeiros tempos e seu desenvolvimento: 
Direito romano: 
▪ A responsabilidade civil se assenta, segundo a teoria clássica, em três pressupostos: 
um dano, a culpa do autor e a relação de causalidade entre o fato culposo e o mesmo 
dano. Nos primórdios da humanidade, entretanto, não se cogitava do fator culpa. 
▪ Dominava, então, a vingança privada. 
▪ Sucede este período o da composição. 
▪ Num estágio mais avançado, quando já existe uma soberana autoridade, o legislador 
veda à vítima fazer justiça pelas próprias mãos. A composição econômica, de 
voluntária que era, passa a ser obrigatória, e, ao demais disso, tarifada. 
▪ A diferenciação entre a “pena” e a “reparação”, entretanto, somente começou a ser 
esboçada ao tempo dos romanos. 
▪ Nos delitos públicos, a pena econômica imposta ao réu deveria ser recolhida aos 
cofres públicos, e, nos delitos privados, a pena em dinheiro cabia à vítima. 
▪ O Estado assumiu assim, ele só, a função de punir. Quando a ação repressiva passou 
para o Estado, surgiu a ação de indenização. 
▪ A responsabilidade civil tomou lugar ao lado da responsabilidade penal9. É na Lei 
Aquília que se esboça, afinal, um princípio geral regulador da reparação do dano. 
Direito francês: 
O direito francês, aperfeiçoando pouco a pouco as ideias românicas, estabeleceu nitidamente 
um princípio geral da responsabilidade civil, abandonando o critério de enumerar os casos de 
composição obrigatória. 
➢ Existência de uma culpa contratual (a das pessoas que descumprem as obrigações) e 
que não se liga nem a crime nem a delito, mas se origina da negligência ou da 
imprudência. 
➢ Era a generalização do princípio aquiliano: in lege Aquilia et levissima culpa venit12, 
ou seja, o de que a culpa, ainda que levíssima, obriga a indenizar. 
➢ A responsabilidade civil se funda na culpa. 
Direito português: 
 Após a invasão árabe, a reparação pecuniária passou a ser aplicada paralelamente às 
penas corporais. 
Direito brasileiro: 
➢ Numa primeira fase, a reparação era condicionada à condenação criminal. 
Posteriormente, foi adotado o princípio da independência da jurisdição civil e da 
criminal. 
➢ O Código Civil de 1916 filiou-se à teoria subjetiva, que exige prova de culpa ou dolo do 
causador do dano para que seja obrigado a repará-lo. 
➢ Na teoria do risco se subsume a ideia do exercício de atividade perigosa como 
fundamento da responsabilidade civil. 
➢ O agente, no caso, só se exonerará da responsabilidade se provar que adotou todas as 
medidas idôneas para evitar o dano. 
➢ A responsabilidade objetiva funda-se num princípio de equidade, existente desde o 
direito romano: aquele que lucra com uma situação deve responder pelo risco ou 
pelas desvantagens dela resultantes. 
➢ No direito moderno, a teoria da responsabilidade objetiva apresenta-se sob duas 
faces: a teoria do risco e a teoria do dano objetivo. 
➢ Pela última, desde que exista um dano, deve ser ressarcido, independentemente da 
ideia de culpa. Uma e outra consagram, em última análise, a responsabilidade sem 
culpa, a responsabilidade objetiva. 
➢ É o que acontece no direito brasileiro, que se manteve fiel à teoria subjetiva nos arts. 
186 e 927 do Código Civil. Para que haja responsabilidade, é preciso que haja culpa. A 
reparação do dano tem como pressuposto a prática de um ato ilícito. Sem prova de 
culpa, inexiste a obrigação de reparar o dano. 
➢ O Código Civil de 2002 mantém o princípio da responsabilidade com base na culpa (art. 
927), definindo o ato ilícito no art. 186, verbis: 
➢ “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. 
“Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados 
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem”. 
Fundamentos: 
 Não podia haver responsabilidade sem um ato voluntário e culpável. O fundamento da 
responsabilidade era buscado no agente provocador do dano. 
 O fundamento da responsabilidade civil deixou de ser buscado somente na culpa, 
podendo ser encontrado também no próprio fato da coisa e no exercício de atividades 
perigosas, que multiplicam o risco de danos. 
 Da preocupação em julgar a conduta do agente passou-se à preocupação em julgar o 
danoem si mesmo, em sua ilicitude ou injustiça. 
 “O século XXI - um sistema de cobertura social de todos os danos, com base em fundos 
públicos e sem prejuízo das ações de regresso, em sua modalidade mais enérgica”. 
Posicionamento na teoria geral do direito: 
A responsabilidade civil decorre de uma conduta voluntária violadora de um dever jurídico, 
isto é, da prática de um ato jurídico, que pode ser lícito ou ilícito. Ato jurídico é espécie de fato 
jurídica. 
Fato jurídico, em sentido amplo, é todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico 
considera relevante no campo do direito. Os que não têm repercussão no mundo jurídico são 
apenas “fatos”, dos quais não se ocupa o direito, por não serem “fatos jurídicos”. 
❖ Os atos lícitos dividem-se em: ato jurídico em sentido estrito (ou meramente lícito), 
negócio jurídico e ato-fato jurídico. Nos dois primeiros, exige-se uma manifestação de 
vontade. 
❖ Ato ilícito é o praticado com infração ao dever legal de não violar direito e não lesar a 
outrem. 
❖ Ato ilícito é, portanto, fonte de obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo 
causado. 
❖ Mesmo que haja violação de um dever jurídico e que tenha havido culpa, e até mesmo 
dolo, por parte do infrator, nenhuma indenização será devida, uma vez que não se 
tenha verificado prejuízo. 
Culpa e responsabilidade: 
• “inexecução de um dever que o agente podia conhecer e observar”. 
• Se, da comparação entre a conduta do agente causador do dano e o comportamento 
de um homem médio, fixado como padrão (que seria normal), resultar que o dano 
derivou de uma imprudência, imperícia ou negligência do primeiro – nos quais não 
incorreria o homem-padrão, criado in abstracto pelo julgador – caracteriza-se a culpa. 
• É consenso geral de que não se pode prescindir, para a correta conceituação de culpa, 
dos elementos “previsibilidade” e comportamento do homo medius. 
• Se, ao contrário, é imprevisível, não há cogitar de culpa. O art. 186 do Código Civil 
pressupõe sempre a existência de culpa lato sensu, que abrange o dolo (pleno 
conhecimento do mal e perfeita intenção de praticá-lo), e a culpa stricto sensu ou 
aquiliana (violação de um dever que o agente podia conhecer e observar, segundo os 
padrões de comportamento médio). 
• A imprevidência do agente, que dá origem ao resultado lesivo, pode apresentar-se 
sob as seguintes formas: imprudência, negligência ou imperícia. 
• O termo “negligência”, usado no art. 186, é amplo e abrange a ideia de imperícia, pois 
possui um sentido lato de omissão ao cumprimento de um dever. 
• A conduta imprudente consiste em agir o sujeito sem as cautelas necessárias, com 
açodamento e arrojo, e implica sempre pequena consideração pelos interesses 
alheios. 
• A negligência é a falta de atenção, a ausência de reflexão necessária, uma espécie de 
preguiça psíquica, em virtude da qual deixa o agente de prever o resultado que podia e 
devia ser previsto. 
• A imperícia consiste sobre tudo na inaptidão técnica, na ausência de conhecimentos 
para a prática de um ato, ou omissão de providência que se fazia necessária; é, em 
suma, a culpa profissional. 
Imputabilidade e responsabilidade: 
❖ Para que alguém pratique um ato ilícito e seja obrigado a reparar o dano causado, é 
necessário que tenha capacidade de discernimento. Em outras palavras, aquele que 
não pode querer e entender não incorre em culpa. 
A responsabilidade dos amentais: 
Situação anterior ao Estatuto da Pessoa com Deficiência: 
 O ato ilícito praticado pelo inimputável acarreta ou a responsabilidade substitutiva ou 
a responsabilidade coexistente de outra pessoa, aquela a quem incumbia a sua guarda. 
 A concepção clássica considera, pois, que, sendo o amental (o louco ou demente) um 
inimputável, não é ele responsável civilmente. Se vier a causar dano a alguém, o ato se 
equipara à força maior ou ao caso fortuito. Se a responsabilidade não puder ser 
atribuída ao encarregado de sua guarda, a vítima ficará irressarcida. 
 Se um dano é ‘objetivamente ilícito’, é ressarcível, pouco importando que o seu agente 
seja inimputável. 
 “O lesado não deve ficar nem mais pobre, nem mais rico do que estaria sem o ato 
danoso”. 
 “A solução em nosso Direito ainda permanece no estádio da responsabilidade da 
pessoa encarregada da guarda”. 
 “E se a pessoa privada de discernimento não está sob o poder de ninguém, 
responderão seus próprios bens pela reparação, como já fizemos sentir”. 
 O Código Civil de 2002 substituiu o princípio da irresponsabilidade absoluta da pessoa 
privada de discernimento pelo princípio da responsabilidade mitigada e subsidiária, 
dispondo no art. 928: 
 “O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis 
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes”. Parágrafo 
único. 
 “A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se 
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem”. 
 
Modificações introduzidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência: 
Observe-se que, pelo sistema do Código Civil de 2002, a vítima somente não será indenizada 
pelo curador se este não tiver patrimônio suficiente para responder pela obrigação. Não se 
admite, mais, que dela se exonere, provando que não houve negligência de sua parte. 
• A inserção, na última hora, da responsabilidade objetiva, independentemente de 
culpa, no art. 933 do Código Civil de 2002, não mais permite tal exoneração. 
• Afastando “os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo” da condição de 
incapazes. 
• As pessoas mencionadas nos dispositivos revogados, sendo agora “pessoas capazes” 
(salvo se não puderem exprimir a sua vontade, como prevê o art. 4º , III, do CC, como 
causa permanente), responderão pela indenização com os seus próprios bens, 
afastada a responsabilidade subsidiária. 
• Se chegar à conclusão de que o estado de insanidade mental, transitório ou 
permanente, do autor de um dano a ele próprio se possa atribuir, sua 
responsabilidade por tal dano estaria, desde logo, juridicamente firmada, acontecendo 
o mesmo com aqueles que voluntariamente se embriagam. 
A responsabilidade dos menores: 
 “O menor, entre 16 (dezesseis) e 21 (vinte e um) anos, equipara-se ao maior quanto às 
obrigações resultantes de atos ilícitos, em que for culpado”. 
 Se o filho tivesse idade entre 16 e 21 anos, e possuísse bens, poderia ser também 
responsabilizado, solidariamente com o pai ou sozinho. Se fosse menor de 16 anos, 
somente o pai seria responsabilizado, pois era civilmente inimputável. 
 Reduz o limite da menoridade, de 21 para 18 anos completos, permitindo que os pais 
emancipem os filhos menores que completarem 16 anos de idade. 
Este só será responsabilizado se aquelas não dispuserem de meios suficientes para o 
pagamento. Mas a indenização, nesse caso, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar 
do necessário o incapaz, ou as pessoas que dele dependem. Não mais se admite que os 
responsáveis pelo menor, pais e tutores, se exonerem da obrigação de indenizar provando que 
não foram negligentes na guarda, porque, como já mencionado, o art. 933 do novo diploma 
dispõe que a responsabilidade dessas pessoas independe de culpa. 
Espécies de responsabilidade: 
Responsabilidade civil e responsabilidade penal: 
• Embora a responsabilidade continuasse sendo penal, a indenização pecuniária passou 
a ser a única forma de sanção nos casos de atos lesivos não criminosos. 
• Uma ação, ou uma omissão, pode acarretar à responsabilidade civil do agente, ou 
apenas a responsabilidade penal, ou ambas as responsabilidades. 
• No caso da responsabilidade penal, o agente infringe uma norma de direito público. O 
interesse lesado é o da sociedade. Na responsabilidade civil, o interesse diretamente 
lesado é o privado. O prejudicado poderá pleitear ou não a reparação. 
• Responsabilidade penal. Esta é pessoal, intransferível. Responde o réu com a privação 
de sua liberdade. 
• Atipicidade é um dos requisitos genéricos do crime. É necessário que haja perfeita 
adequação do fato concreto ao tipo penal. No cível, no entanto, qualquer ação ou 
omissão pode gerar a responsabilidade civil, desde que viole direito e cause prejuízo a 
outrem. 
• (no cível, a culpa, ainda que levíssima, obriga a indenizar). Na esfera criminal nem toda 
culpa acarreta a condenação do réu. 
• Somente os maiores de 18 anos são responsáveis, civil e criminalmente, por seus atos. 
Admite-se, porém, no cível, que os menores de 18 anos sejam também 
responsabilizados, de modo equitativo, se as pessoas encarregadas de sua guarda ou 
vigilância não puderem fazê-lo, desde que não fiquem privados do necessário. 
• Enquanto a responsabilidade penal é pessoal, intransferível, respondendo o réu com a 
privação de sua liberdade, a responsabilidade civil é patrimonial: é o patrimônio do 
devedor que responde por suas obrigações. Ninguém pode ser preso por dívida civil, 
exceto o devedor de pensão oriunda do direito de família. 
Responsabilidade contratual e extracontratual: 
 Uma pessoa pode causar prejuízo a outrem por descumprir uma obrigação contratual. 
• Quando a responsabilidade não deriva de contrato, diz-se que ela é extracontratual. 
Neste caso, aplica-se o disposto no art. 186 do Código Civil. 
• Todo aquele que causa dano a outrem, por culpa em sentido estrito oudolo, fica 
obrigado a repará-lo. É a responsabilidade derivada de ilícito extracontratual, também 
chamada aquiliana. 
• Na responsabilidade extracontratual, o agente infringe um dever legal, e, na 
contratual, descumpre o avençado, tornando-se inadimplente. Nesta, existe uma 
convenção prévia entre as partes que não é cumprida. 
• Na responsabilidade extracontratual, nenhum vínculo jurídico existe entre a vítima e o 
causador do dano, quando este pratica o ato ilícito. 
• Extracontratual nos arts. 186 a 188 e 927 a 954; e a contratual nos arts. 389 e s. e 395. 
Além dessas hipóteses, a responsabilidade contratual abrange também o inadimplemento ou 
mora relativos a qualquer obrigação, ainda que proveniente de um negócio unilateral (como o 
testamento, a procuração ou a promessa de recompensa) ou da lei (como a obrigação de 
prestar alimentos). 
 O que se requer, em essência, para a configuração da responsabilidade é estas três 
condições: o dano, o ato ilícito e a causalidade. 
 A primeira, e talvez mais significativa, diz respeito ao ônus da prova. Se a 
responsabilidade é contratual, o credor só está obrigado a demonstrar que a prestação 
foi descumprida. O devedor só não será condenado a reparar o dano se provar a 
ocorrência de alguma das excludentes admitidas na lei: culpa exclusiva da vítima, caso 
fortuito ou força maior. Incumbe-lhe, pois, o onus probandi. 
 No entanto, se a responsabilidade for extracontratual, a do art. 186 (um 
atropelamento, por exemplo), o autor da ação é que fica com o ônus de provar que o 
fato se deu por culpa do agente (motorista). A vítima tem maiores probabilidades de 
obter a condenação do agente ao pagamento da indenização quando a sua 
responsabilidade deriva do descumprimento do contrato, ou seja, quando a 
responsabilidade é contratual, porque não precisa provar a culpa. Basta provar que o 
contrato não foi cumprido e, em consequência, houve o dano. 
Enquanto a contratual tem a sua origem na convenção, a extracontratual a tem na 
inobservância do dever genérico de não lesar, de não causar dano a ninguém. 
 A capacidade sofre limitações no terreno da responsabilidade simplesmente 
contratual, sendo mais ampla no campo da responsabilidade extracontratual. 
 No campo contratual, este mesmo menor somente se vinculará se celebrar a 
convenção devidamente representada ou assistida por seu representante legal, salvo 
se, já tendo 16 anos, maliciosamente declarou-se maior (art. 180). 
 A capacidade jurídica bem mais restrita na responsabilidade contratual do que na 
derivada de atos ilícitos, porque estes podem ser perpetrados por amentais e por 
menores e podem gerar o dano indenizável, ao passo que somente as pessoas 
plenamente capazes são suscetíveis de celebrar convenções válidas. 
 No setor da responsabilidade contratual, a culpa obedece a um certo escalonamento, 
de conformidade com os diferentes casos em que ela se configure, ao passo que, na 
delitual, ela iria mais longe, alcançando a falta ligeiríssima. 
Responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva: 
 Esta teoria, também chamada de teoria da culpa, ou “subjetiva”, pressupõe a culpa 
como fundamento da responsabilidade civil. Em não havendo culpa, não há 
responsabilidade. 
 Nessa concepção, a responsabilidade do causador do dano somente se configura se 
agiu com dolo ou culpa. 
 A lei impõe, entretanto, a certas pessoas, em determinadas situações, a reparação de 
um dano independentemente de culpa. Quando isto acontece, diz-se que a 
responsabilidade é legal ou “objetiva”, porque prescinde da culpa e se satisfaz apenas 
com o dano e o nexo de causalidade. Esta teoria, dita objetiva, ou do risco, tem como 
postulado que todo dano é indenizável. 
 A classificação corrente e tradicional, pois, denomina objetiva a responsabilidade que 
independe de culpa. 
 Nessa classificação, os casos de culpa presumida são considerados hipóteses de 
responsabilidade subjetiva, pois se fundam ainda na culpa, mesmo que presumida. 
 Uma das teorias que procuram justificar a responsabilidade objetiva é a teoria do 
risco. Para esta teoria, toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano 
para terceiros. E deve ser obrigada a repará-lo, ainda que sua conduta seja isenta de 
culpa. 
 O Código Civil brasileiro, malgrado regule um grande número de casos especiais de 
responsabilidade objetiva, filiou-se como regra à teoria “subjetiva”. É o que se pode 
verificar no art. 186, que erigiu o dolo e a culpa como fundamentos para a obrigação 
de reparar o dano. 
 Poderiam ser lembrados, como de responsabilidade objetiva, em nosso diploma civil, 
os arts. 936, 937 e 938, que tratam, respectivamente, da responsabilidade do dono do 
animal, do dono do prédio em ruína e do habitante da casa da qual caírem coisas. 
 Isto significa que a responsabilidade objetiva não substitui a subjetiva, mas fica 
circunscrita aos seus justos limites. 
A inovação constante do parágrafo único do art. 927 do Código Civil é significativa e 
representa, sem dúvida, um avanço, entre nós, em matéria de responsabilidade civil. Pois a 
admissão da responsabilidade sem culpa pelo exercício de atividade que, por sua natureza, 
representa risco para os direitos de outrem, da forma genérica como consta do texto, 
possibilitará ao Judiciário uma ampliação dos casos de dano indenizável. 
o Responsabilidade extracontratual por atos ilícitos e lícitos (fundada no risco e 
decorrente de fatos permitidos por lei) Via de regra a obrigação de indenizar assenta-
se na prática de um fato ilícito. 
o Outras vezes, no entanto, essa obrigação pode decorrer, como vimos do exercício de 
uma atividade perigosa. O dono da máquina que, em atividade, tenha causado dana a 
alguém. 
o Em outros casos, ainda, a obrigação de indenizar pode nascer de fatos permitidos por 
lei e não abrangidos pelo chamado risco social. 
o Alguns exemplos expressivos podem ser mencionados, dentre outros: o dos atos 
praticados em estado de necessidade, considerados lícitos pelo art. 188, II, do Código 
Civil, mas que, mesmo assim, obrigam o seu autor a indenizar o dono da coisa. 
Pressupostos da responsabilidade civil: 
Quatro são os elementos essenciais da responsabilidade civil: ação ou omissão, culpa ou dolo 
do agente, relação de causalidade e o dano experimentado pela vítima. 
a) Ação ou omissão – Inicialmente, refere-se a lei a qualquer pessoa que, por ação ou omissão, 
venha a causar dano a outrem. A responsabilidade pode derivar de ato próprio, de ato de 
terceiro que esteja sob a guarda do agente, e ainda de danos causados por coisas e animais 
que lhe pertençam. O Código prevê a responsabilidade por ato próprio, dentre outros, nos casos de 
calúnia, difamação e injúria. 
 A responsabilidade por ato de terceiro ocorre nos casos de danos causados pelos 
filhos, tutelados e curatelados, ficando responsáveis pela reparação os pais, tutores e 
curadores. Também o empregador responde pelos atos de seus empregados. 
 A responsabilidade por danos causados por animais e coisas que estejam sob a guarda 
do agente é, em regra, objetiva: independe de prova de culpa. 
(b ) Culpa ou dolo do agente - O dolo consiste na vontade de cometer uma violação de direito, 
e a culpa, na falta de diligência. Dolo, portanto, é a violação deliberada, consciente, 
intencional, do dever jurídico. Para obter a reparação do dano, a vítima geralmente tem de 
provar dolo ou culpa stricto sensu do agente, segundo a teoria subjetiva adotada em nosso 
diploma civil. 
• Culpa lata ou “grave” é a falta imprópria ao comum dos homens, é a modalidade que 
mais se avizinha do dolo. Culpa “leve” é a falta evitável com atenção ordinária. Culpa 
“levíssima” é a falta só evitável com atenção extraordinária, com especial habilidade 
ou conhecimento singular. 
• Na responsabilidade aquiliana, a mais ligeira culpa produz obrigação de indenizar (in 
lege Aquilia et levissima culpa venit). 
• A culpa pode ser, ainda, in eligendo: decorre da má escolha do representante, do 
preposto; in vigilando: decorre da ausência de fiscalização; in comittendo: decorre de 
uma ação, de um ato positivo; in omittendo: decorre de uma omissão, quando havia o 
dever de não se abster; in custodiendo: decorre da falta de cuidados na guarda de 
algum animal ou de algum objeto. 
 
c) Relação de causalidade – É a relação de causa e efeito entre a ação ou omissão do agente e 
o dano verificado. 
(d ) Dano – Sem a prova do dano, ninguém pode ser responsabilizado civilmente. O dano pode 
ser material ou simplesmente moral. 
 A inexistência de dano é óbice à pretensão de uma reparação, aliás, sem 
objeto. 
 Com efeito, o elemento objetivo da culpa é o dever violado. 
 No entanto, ainda mesmo que haja violação de um dever jurídico e que tenha 
havido culpa, e até mesmo dolo, por parte do infrator, nenhuma indenização 
será devida, uma vez que não se tenha verificado prejuízo. 
 As ofensas aos direitos da personalidade autorizam uma reparação pecuniária 
mesmo que nenhum prejuízo material advenha das ofensas. 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DA RESPONSABILIDADE CIVIL: 
Ação ou omissão: 
Infração a um dever - O elemento objetivo da culpa é o dever violado. 
➢ A imputabilidade do agente representa o elemento subjetivo da culpa. CLÓVIS 
BEVILÁQUA, ao conceituar a culpa, põe em relevo o seu elemento objetivo: “Culpa, em 
sentido lato, é toda violação de um dever jurídico”. 
➢ Em matéria de culpa contratual, o dever jurídico consiste na obediência ao avençado. 
E, na culpa extracontratual, consiste no cumprimento da lei ou do regulamento. 
➢ A exigência de um fato “voluntário” na base do dano exclui do âmbito da 
responsabilidade civil os danos causados por forças da natureza, bem como os 
praticados em estado de inconsciência, mas não os praticados por uma criança ou um 
demente. 
➢ A ação ou omissão do agente, que dá origem à indenização, geralmente decorre da 
infração de um dever, que pode ser legal (disparo de arma em local proibido), 
contratual (venda de mercadoria defeituosa, no prazo da garantia) e social (com abuso 
de direito: denunciação caluniosa). 
➢ A responsabilidade civil por omissão, entretanto, ocorre com maior frequência no 
campo contratual. 
➢ O dever jurídico de agir (de não se omitir) pode ser imposto por lei ou resultar de 
convenção (dever de guarda, de vigilância, de custódia). 
Ato praticado contra a honra da mulher: 
A ofensa à honra da mulher reparava-se, no sistema do Código Civil de 1916, em regra, pelo 
casamento. Se o ofensor, porém, não pudesse ou não quisesse casar-se, era obrigado a pagar-
lhe uma soma, a título de dote, arbitrada pelo juiz, segundo a condição social e o estado civil 
da ofendida. 
“Art. 1.548. A mulher agravada em sua honra tem direito a exigir do ofensor, se este não 
puder ou não quiser reparar o mal pelo casamento, um dote correspondente à sua própria 
condição e estado: I – se, virgem e menor, for deflorada; II – se, mulher honesta, for 
violentada, ou aterrada por ameaças; III – se for seduzida com promessas de casamento; IV – 
se for raptada”. 
❖ O dote nada mais era do que uma indenização capaz de compensar prejuízo moral ou 
material experimentado pela mulher. 
❖ O importante era que a vítima não precisava provar a existência do dano. Este já era 
presumido. E a responsabilidade do ofensor era objetiva. 
Calúnia, difamação e injúria: 
O Código Penal tipifica a calúnia, a difamação e a injúria como crimes contra a honra. Dá-se a 
calúnia, segundo o art. 138 do estatuto penal, quando se imputa falsamente a alguém fato 
definido como crime. 
❖ Segundo o art. 139, a difamação consiste na imputação a alguém de fato ofensivo à 
sua reputação. Ocorre a injúria quando se ofende a dignidade e o decoro de alguém. 
❖ “A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que 
delas resulte ao ofendido. Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo 
material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, de 
conformidade das circunstâncias do caso”. 
❖ “a intensidade do sofrimento do ofendido, a gravidade, a natureza e repercussão da 
ofensa e a posição social e política do ofendido”. 
❖ “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação”. “o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem”. 
Demanda de pagamento de dívida não vencida ou já paga: 
❖ O devedor não pode ser obrigado a pagar a dívida antes do vencimento, exceto nas 
hipóteses em que a lei o permite (v. CC, art. 333). A cobrança antes do vencimento 
constitui ato ilícito e implica, segundo dispõe o art. 939 do Código Civil, obrigação do 
credor de esperar o tempo que faltava para o vencimento, descontar os juros 
correspondentes e pagar em dobro as custas processuais. 
❖ A cobrança de “dívida já paga”, ou de importância “maior do que a devida”, é punida 
com maior rigor. O art. 940 determina que, no primeiro caso, deverá devolver ao 
devedor “o dobro do que houver cobrado”, isto é, perde o montante do crédito e mais 
outro tanto. E, no caso de haver pedido mais do que lhe era devido, deverá devolver 
“o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição”. 
❖ A cobrança excessiva, mas de boa-fé, não dá lugar às sanções. 
❖ “O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por 
valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e 
juros legais, salvo hipótese de engano justificável”. 
❖ Mas é cabível a condenação do litigante de má-fé por perdas e danos. 
Responsabilidade decorrente do abuso do direito: 
 A doutrina do abuso do direito não exige, para que o agente seja obrigado a indenizar 
o dano causado, que venha a infringir culposamente um dever preexistente. Mesmo 
agindo dentro do seu direito, pode, não obstante, em alguns casos, ser 
responsabilizado. 
 As hipóteses de legítima defesa, de exercício do direito de concorrência, do direito de 
promiscuidade e de vizinhança e do direito de informação. 
 Em todos esses casos em que a vantagem de um pode representar dano ou prejuízo 
para o outro, não haverá a obrigação de reparação por partedaquele que age dentro 
dos limites objetivos da lei. Constituem eles, entretanto, exceções do dever de não 
prejudicar a outrem, e, mesmo assim, desde que não ultrapassem os limites da 
equidade. 
 Abuso de direito prescinde da ideia de culpa. 
 “A responsabilidade surge, justamente, porque a proteção do exercício deste direito é 
menos útil socialmentedo que a reparação do dano causado pelo titular deste mesmo 
direito”. 
 “o abuso de direito ocorre quando o agente, atuando dentro das prerrogativas que o 
ordenamento jurídico lhe concede, deixa de considerar a finalidade social do direito 
subjetivo e, ao utilizá-lo desconsideradamente, causa dano a outrem”. 
 O critério usualmente adotado é o de que a ilicitude do ato abusivo se caracteriza 
sempre que o titular do direito se desvia da finalidade social para a qual o direito 
subjetivo foi concedido. 
“Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos 
bons costumes”. 
• “Matar o gado alheio que pasta em meu campo, por exemplo, é um abuso de direito, 
porque o direito requer... que eu respeite o direito alheio de propriedade sobre o 
gado, pois o direito existe como regra de coexistência social – é o conjunto orgânico de 
condições de vida e desenvolvimento do indivíduo e da sociedade”. 
• Requerer o credor arresto de bens que sabia não pertencerem ao devedor; requerer 
busca e apreensão sem necessidade; requerer falência de alguém quando as 
circunstâncias e as relações entre ele e o requerente não o autorizem; provocar 
prejuízos que excedam os incômodos ordinários da vizinhança etc. 
• Abuso de direito o ato que constitui o exercício egoístico, anormal do direito, sem 
motivos legítimos, com excessos intencionais ou involuntários, dolosos ou culposos, 
nocivos a outrem, contrários ao destino econômico e social do direito em geral, e, por 
isso, reprovado pela consciência pública. 
• O Código de Processo Civil, por sua vez, procura reprimir os abusos dos contendores, 
considerando-os litigantes de má-fé quando não procederem com lealdade e boa-fé e 
responsabilizando-os pelos prejuízos causados a outra parte. 
 
OBS.: ESTUDAR SOBRE A TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE.

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