Buscar

Roteiro 9 - Medula Espinhal e Meninges

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
ROTEIRO DE NEUROANATOMIA 
 
MEDULA ESPINHAL 
 
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro 
dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa 
cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo 
completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco 
menor na mulher. Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível 
do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clínica e no 
adulto situa-se geralmente em L2. A medula termina afinando-se para formar um cone, o 
cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. 
Forma e Estrutura da Medula 
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-
posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de 
intumescência cervical e intumescência lombar. 
Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as 
grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à 
inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente. A formação destas 
intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras 
nervosas que entram ou saem destas áreas. A intumescência cervical estende-se dos 
segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência lombar (lombossacral) 
estendese dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal. 
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em 
toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral 
anterior e o sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio 
posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se 
continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos 
lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e 
dorsais dos nervos espinhais. 
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de 
uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem 
nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral 
só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância 
cinzenta localiza-se o canal central da medula. 
A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem 
na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: 
Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior. 
Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este 
ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da 
medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e 
fascículo cuneiforme. 
Conexões com os nervos espinhais: 
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos 
nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, 
respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se 
unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado 
distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares 
assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro 
par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1. 
Topografia da medula: 
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as menínges e as 
raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e 
filamento terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina. Como as raízes 
nervosas mantém suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há um 
alongamento das raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes 
fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando a formação da 
cauda equina. 
Ainda como consequência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a 
medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. 
Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para 
sabermos qual o nível da medula cada vértebra corresponde, temos a seguinte regra: entre 
os níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se 
tem o segmento medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 
correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 
corresponde aos cinco segmentos sacrais. 
Envoltório da medula: 
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são: dura-
máter, piamáter e aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, 
como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter 
craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-desaco ao nível da vértebra S2. 
Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, 
constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos. 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um 
folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem 
este folheto à pia-máter. 
A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido 
superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no 
cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado 
denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até 
o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários 
prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-
máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento 
coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada 
ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão 
da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral 
da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e 
ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem 
firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência 
dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da 
medula e importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão. 
Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica 
devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: 
hematoma extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a 
dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número 
de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre 
a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de 
líquido. O espaço subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido 
cérebro-espinhal ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado 
subpial, localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso. 
 
MENINGESE LÍQUOR 
 
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de 
proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido cerebrospinhal 
(líquor) e barreira hematoencefálica. Nesta página, abordarei as menínges e o líquido 
cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de extrema importância para a 
defesa do nosso corpo. 
 
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas 
meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide 
e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes consideradas como 
uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter que é mais espessa é 
conhecida como paquimeninge. 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
 
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido 
conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois 
folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do 
crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica 
(nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência da 
dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na 
medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea 
média, ramo da artéria maxilar. A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é 
ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou 
qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é responsável pela 
maioria das dores de cabeça. 
Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do 
externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se 
comunicam amplamente. As principais pregas são: 
Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura 
longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios. 
Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos 
occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do 
crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e 
outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada 
incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. 
Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo 
entre os dois hemisférios cerebelares. 
Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, 
deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisiára. 
Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do 
encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o 
gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, 
constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção 
das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema 
cardiovascular junto com o sistema venoso. 
 
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa 
por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido 
necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-
se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande 
comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. Considera-se 
também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas 
lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnóide. 
 
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo 
e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. 
Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido 
nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos 
nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A piamáter acompanha os 
vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a 
parede externa dos espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do 
espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos 
vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido 
circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais 
calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do 
vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos 
astrócitos do tecido nervoso. Espaço entre as menínges: 
 
O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um 
espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. 
Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural. 
Líquor: 
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades 
ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central. 
Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido 
nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a 
partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem 
plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais 
contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos 
forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral. 
Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço 
subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se 
projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o 
espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o 
líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica 
ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da 
duramáter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. 
A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a 
determinam. Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em 
outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das 
artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão líquorica, possivelmente 
contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas. 
 
Esquema - Circulação do Líquor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
MEDULA ESPINHAL 
Limite superior (bulbo) 
Limite Inferior (L2) 
Dura-mater 
Aracnóide (Aracnomater) 
Pia-mater 
Foice do cérebro 
Foice do cerebelo 
Diafragma da Sela 
Tenda do cerebelo 
Gânglio Espinhal 
Filamentos Nervosos 
Intumescência cervical 
Intumescência lombar ou lombossacral 
Cone Medular 
Filamento Terminal 
Cauda Equina 
Ligamento Denticulado 
Substância cinzenta da medula 
Substância branca da medula 
Epêndima da Medula (Canal Central da 
Medula) 
 
 
 
 
Fissura mediana anterior 
Sulco lateral anterior 
Sulco mediano posterior 
Sulco lateral posterior 
Sulco intermédio posterior (medula 
cervical) 
Coluna Posterior (corno posterior) damedula 
Coluna Anterior (corno anterior) da 
medula 
Coluna Lateral (Corno lateral) da medula 
Funículo Anterior da medula 
Funículo Lateral da medula 
Funículo Posterior da medula 
Filamentos da raiz ventral da medula 
Filamentos da raiz dorsal da medula 
Raiz dorsal do nervo espinhal 
Raiz ventral do nervo espinhal 
Gânglio espinhal 
Nervo espinhal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
QUESTÕES 
O que você precisa saber: 
 
1. QUAIS AS REGIÕES DA MEDULA ESPINHAL? 
- Assim como a coluna vertebral, a medula espinal é dividida em segmentos: 
 Segmento cervical 
 Segmento torácico 
 Segmento lombar 
 Segmento sacral 
 Segmento coccígeo 
2. O QUE SÃO AS INTUMESCÊNCIAS MEDULARES? QUAIS SÃO? 
- A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu 
calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical 
e intumescência lombar 
- As intumescências medulares correspondem às áreas que fazem conexão com as grossas raízes 
nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros 
superiores e inferiores, respectivamente 
- A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de 
fibras nervosas que entram ou saem destas áreas 
- A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a 
intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula 
espinhal. 
3. QUANTOS PARES NERVOSOS HÁ EM CADA REGIÃO MEDULAR? COMO ELES 
SE DISTRIBUEM? 
- Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos 
denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes 
ventrais e dorsais dos nervos espinhais 
- As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto 
situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal 
- Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim 
distribuídos: 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
 8 cervicais 
 12 torácicos 
 5 lombares 
 5 sacrais 
 1 coccígeo 
- Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de 
nervos espinhais sai entre o occipital e C1 
 
4. O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS MENINGES? QUAIS AS PRINCIPAIS 
CARACTERÍSTICAS DE CADA UMA DAS MENINGES? 
- É uma membrana fibrosa que envolve a medula 
- As meninges são: 
 Dura-máter (paquimeninge)  é a mais espessa 
 Pia-máter 
 Aracnoide 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 
 
DURA-MÁTER: 
- É a meninge mais externa 
- Formada por abundantes fibras colágenas que a tornam espessa e resistente 
- A dura-máter espinhal envolve toda a medula, como se fosse um dedo de luva, o saco dural 
- Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a dura-máter craniana, caudalmente termina 
em um fundo-de-saco no nível da vértebra S2 
- Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, continuando 
com o tecido conjuntivo (epineuro) que envolve estes nervos 
- Os orifícios necessários à passagem de raízes ficam então obliterados, não permitindo a saída de 
liquor 
ARACNÓIDE: 
- Se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter 
- Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas, as tabéculas 
aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter 
PIA-MÁTER: 
- É a meninge mais delicada e mais interna 
- Ela adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula e penetra na fissura mediana 
anterior 
- Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um 
filamento esbranquiçado denominado filamento terminal, que perfura o fundo-do-saco dural e 
continua caudalmente até o hiato sacral 
- Ao atravessa o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o 
conjunto passa a ser denominado filamento da dura-máter espinhal, que ao se inserir no periósteo 
da superfície dorsal do cóccix constitui o ligamento coccígeo 
- A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento 
denticulado, que se dispõe em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula 
- A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo 
de uma linha contínua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 
 
- A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares, que se inserem firmemente na 
aracnoide e na dura-máter em pontos que se alternam com a emergência dos nervos espinhais 
- Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de 
referência em certas cirurgias deste órgão 
5. QUAIS AS DEPRESSÕES LONGITUDINAIS MEDULARES OBSERVADAS 
ANTERIORMENTE E POSTERIORMENTE? O QUE ELAS DELIMITAM? 
- A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua 
extensão: 
 O sulco mediano posterior 
 Fissura mediana anterior 
 Sulco lateral anterior 
 Sulco lateral posterior 
- Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano 
posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior 
do funículo posterior 
- Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e 
dorsais dos nervos espinhais 
6. QUAIS SÃO OS ESPAÇOS MENÍNGICOS ENCEFÁLICOS? QUAL A 
LOCALIZAÇÃO E O CONTEÚDO DE CADA UM DELES? 
- Espaço epidural ou extradural  situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral, 
contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral 
interno 
- Espaço subdural  situado entre a dura-máter e a aracnoide, é uma fenda estreita contendo 
pequena quantidade de líquido, suficiente apenas para evitar a aderência das paredes 
- Espaço subaracnóideo  é o mais importante e contém uma quantidade razoavelmente grande 
de líquido cerebroespinhal ou liquor 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 
 
 
7. QUAIS ESTRUTURAS SÃO SEPARADAS PELA FOICE DO CÉREBRO, TENDA 
DO CEREBELO E FOICE DO CEREBELO? 
- Foice do cérebro  é um septo vertical mediano em forma de foice, que ocupa a fissura 
longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios cerebrais 
- Tenda do cerebelo  projeta-sse para diante como um septo transversal entre os lobos 
occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, 
dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou 
infratentorial 
- Foice do cerebelo  pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo, ente 
os dois hemisférios cerebelares 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 
 
8. CITE FUNÇÃO ATRIBUÍDAS AS MENINGES ENCEFÁLICAS. 
DURA-MÁTER: 
- A meninge mais superficial é a dura-máter, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo 
muito rico em fibras colágenas, contendo vasos e nervos 
- O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo destes 
ossos 
- Ao contrário do periósteo de outras áreas, o folheto externo da dura-máter não tem capacidade 
osteogênica, o que dificulta a consolidação de fraturas no crânio e toma impossível a regeneração 
de perdas ósseas na abóbada craniana 
- Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe no encéfalo um espaço 
epidural, como na medula 
- Em certos traumas ocorre o descolamento do folheto externo da dura-máter da face interna do 
crânio e a formação de hematomas epidurais 
- A dura-máter, em particular seu folheto externo, é muito vascularizada 
- No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngeamédia, ramo da 
artéria maxilar interna 
- A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada 
- Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda a sensibilidade intracraniana 
se localiza na dura-máter e nos vasos sanguíneos, responsáveis, assim, pela maioria das dores de 
cabeça 
ARACNÓIDE: 
- Membrana muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o 
espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das 
superfícies de contato das duas membranas 
- A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o líquido 
cerebroespinhal, ou liquor, havendo ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo 
e da medula 
- Consideram-se também como pertencendo à aracnoide as delicadas trabéculas que atravessam 
o espaço para se ligar à pia-máter, e que são denominadas trabéculas aracnóideas 
- Estas trabéculas lembram, em aspecto, uma teia de aranha, donde o nome de aracnoide, 
semelhante à aranha 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 14 
 
PIA-MÁTER: 
- É a mais interna nas meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos 
relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais 
- Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, 
constituindo assim a membrana pio-glial 
- A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, uma vez que o tecido nervoso é de consistência 
muito mole 
- A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço 
subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Nestes espaços existem 
prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo liquor, que forma um manguito protetor em 
tomo dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias ou picos de 
pressão sobre o tecido circunvizinho 
- O fato de as artérias estarem imersas em liquor no espaço subaracnóideo também reduz o efeito 
da pulsação 
- Os espaços perivasculares envolvem os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e 
terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso 
- As arteríolas que penetram no parênquima são envolvidas até alguns milímetros 
- As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pés-vasculares dos astrócitos do 
tecido nervoso 
9. COMO SÃO FORMADAS AS CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS E O QUE ELAS 
CONTÊM? 
- A aracnoide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas grosseiramente a superfície 
do encéfalo 
- A pia-máter, entretanto, adere intimamente a esta superfície, que acompanha em todos os giros, 
sulcos e depressões. Desse modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade 
do espaço subaracnóideo é variável, sendo muito pequena no cume dos giros e grande nas áreas 
onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana 
- Formam-se assim, nessas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas 
subaracnóideas, que contêm grande quantidade de liquor 
- As cisternas mais importantes são as seguintes: 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 15 
 
 Cisterna cerebelo-medular ou cisterna magna  ocupa o espaço entre a face inferior do 
cerebelo, o teto do IV ventrículo e a face dorsal do bulbo. Continua caudalmente com o 
espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através de sua abertura mediana 
A cisterna cerebelo-medular é, de todas, a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada 
para obtenção de liquor através das punções suboccipitais, em que a agulha é introduzida 
entre o occipital e a primeira vértebra cervical; 
 Cisterna pontinha  situada ventralmente à ponte 
 Cisterna interpeduncular  localizada na fossa interpeduncular 
 Cisterna quiasmática  situada adiante do quiasma óptico 
 Cisterna superior (cisterna da veia cerebral magna)  situada dorsalmente ao teto do 
mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso, a cisterna superior 
corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado sobretudo pelos 
clínicos 
 Cisterna da fossa lateral do cérebro  corresponde à depressão formada pelo sulco 
lateral de cada hemisfério 
10. QUAIS SÃO AS CAVIDADES VENTRICULARES DO ENCÉFALO E COM 
QUAL REGIÃO ENCEFÁLICA CADA VENTRÍCULO RELACIONA? 
- Existem 4 cavidades no encéfalo revestidas de tecido ependimário, que contém líquor e são 
chamadas de ventrículos 
- Os 2 ventrículos laterais se encontram nos hemisférios cerebrais e tem forma de ferradura 
- Os ventrículos laterais esquerdo e direito, considerados o primeiro e o segundo ventrículos, 
respectivamente, comunicam-se com o terceiro ventrículo pelos forames interventriculares 
- O terceiro ventrículo, uma cavidade do diencéfalo, é uma estreita fenda ímpar e mediana, com 
dimensões nos eixos anteroposterior e vertical maiores que no eixo lateral. Comunica-se com os 
ventrículos laterais pelos forames interventriculares e com o quarto ventrículo pelo aqueduto 
cerebral 
- O quarto ventrículo é uma cavidade situada posteriormente à ponte e porção alta do bulbo e 
anteriormente ao cerebelo 
11. EXPLIQUE A CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR. 
- Sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido nos plexos corióides dos ventrículos e também que 
uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da 
leptomeninge 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 16 
 
- Existem plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais 
contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos forames 
interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral 
- Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o 
espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se 
projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital 
superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a 
incisura da tenda e o mesencéfalo 
- No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte 
volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos 
prolongamentos da dura máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais 
- A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam 
- Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o 
suficiente para causar sua movimentação 
- Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão 
líquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas 
 
 
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
CARNEIRO, M. A. Neuroanatomia: Atlas e Texto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2004. 
KIERNAN, J. A. Neuroanatomia Humana de Barr. 7 ed. São Paulo: /Manole, 2002. 
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2 ed São Paulo: Atheneu, 2006. 
MENESES, M. S. Neuroanatomia Aplicada. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

Outros materiais