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Processo Decisório Tomada de decisão é o processo de escolher um curso de ação entre várias alternativas para se defrontar com um problema ou oportunidades. É identificar e selecionar o curso de ação mais adequado para lidar com um problema específico ou extrair vantagens de uma oportunidade. Todas as pessoas na organização, em todas as áreas de atividades e níveis hierárquicos e em todas as situações estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não com o seu trabalho. As organizações funcionam como um “sistema de decisões”. Nesse sistema, cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento. A decisão envolve uma opção. Quando só existe uma única maneira de fazer algo, não há necessidade de tomada de decisão. Para a pessoa seguir um curso de ação, ela deve abandonar outros cursos que surjam como alternativas. O tomador de decisão escolhe uma alternativa entre outras: se ele escolhe os meios apropriados para alcançar um determinado objetivo, sua decisão é racional. Entretanto, pessoas comportam-se racionalmente apenas em função daqueles aspectos que conseguem perceber e tomar conhecimento (cognição). Os demais aspectos da situação não são percebidos ou não são conhecidos pelas pessoas. A esse fenômeno dá-se o nome de racionalidade limitada: as pessoas tomam decisões racionais (adequação de meios-fins) apenas em relação aos aspectos que conseguem perceber e interpretar. Ao tomar decisões, a pessoa precisaria de um grande número de informações a respeito da situação para que pudesse analisá-las e avaliá-las. Como isso está além da capacidade individual de coleta e análise, a pessoa toma decisões por meio de pressuposições, isto é, de premissas que ela assume subjetivamente e nas quais baseia a sua escolha. As decisões relacionam-se com uma parte da situação ou com apenas alguns aspectos dela. A melhor alternativa pode não ser a “alternativa ótima”, tendo em vista as limitações de recursos e de informações do processo decisório. Portanto, a melhor alternativa é a que está de acordo com o padrão determinado de satisfação (decisão satisfatória) que pode não ser, necessariamente, a decisão considerada ótima. Processo decisório e seus elementos O processo decisório envolve, basicamente, seis etapas: Os principais elementos de um processo decisório são: • Estado da Natureza: condições que existem no ambiente (certeza, risco, incerteza). • Tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha entre várias alternativas futuras de ação. Ele é influenciado pela situação, pela cultura organizacional, pelos valores pessoais, pelas forças políticas e econômicas, etc. • Objetivos: fins ou resultados que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações. • Preferências: critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha (rapidez, custo, eficácia, etc.). • Situação: aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle, conhecimento ou compreensão. • Estratégia: curso de ação que o tomador de decisão escolhe para melhor atingir seus objetivos. • Resultado: consequência ou resultante de uma dada estratégia. • A tomada de decisão é um processo contínuo e ininterrupto. Cada decisão geralmente conduz a um curso de ação que exige outra decisão. O resultado é a chamada Árvore de Decisões, um gráfico que mostra a sequência do processo decisório e o desdobramento das alternativas de cursos de ação e as decisões seguintes. Ambiente de decisão Chiavenato aponta a existência de três diferentes condições (estados da natureza), ou tipos de ambientes: certeza, risco e incerteza. • Certeza: todas as informações do que o tomador de decisões necessita estão disponíveis. Completo conhecimento das várias alternativas de curso de ações, pois dispõe de informações precisas, mensuráveis e confiáveis sobre os resultados das alternativas que estão sendo consideradas. É a decisão mais fácil a ser tomada. As variáveis são conhecidas e a relação entre as ações e suas consequências é determinística. • Risco: uma decisão tem objetivo bem-definido e dispõe de informações, porém os resultados futuros associados a cada alternativa dependem do acaso (probabilidade de acontecer ou não). As variáveis são conhecidas e a relação entre a consequência e a ação é conhecida em termos probabilísticos. • Incerteza: o tomador de decisões conhece as metas que deseja alcançar, mas tem pouco ou nenhum conhecimento ou informação para utilizar. Fica difícil até mesmo estabelecer probabilidades. As variáveis são conhecidas, mas as probabilidades para avaliar a consequência de uma ação são desconhecidas ou não são determinadas com algum grau de certeza. Há um quarto tipo de ambiente encontrado na literatura, chamado de Turbulência ou Ambiguidade: sob condições de certeza, risco e incerteza, o objetivo final é claro. Porém, sob condições de turbulência, até mesmo o objetivo pode não ser claro. A turbulência também ocorre quando o ambiente está mudando rapidamente. Representa a situação mais difícil de decisão.