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FAEL S/A - SOCIEDADE TÉCNICA EDUCACIONAL DA LAPA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EAD E NOVAS TECNOLOGIAS A IMPORTÂNCIA DE ALFABETIZAR UTILIZANDO FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS RIBEIRO, Raquel Viana¹ raquelribeiroviana86@gmail.com WARSZAWIAK, Ana Cristina Zadra Valadares² RESUMO O presente artigo aborda A importância de alfabetizar utilizando ferramentas tecnológicas, por meio da utilização dos recursos tecnológicos o professor poderá estar trabalhando de forma mais significativa, pois sabe-se que a utilização desses ferramentas são eficazes no que diz respeito ao atual cenário em que a educação se encontra, também por serem condizentes com a realidade dos discentes, São recursos que os alunos gostam de manusear. Portanto, por meio de novas metodologias e novos recursos o professor irá estimular e motivar cada vez mais a motivação dos educandos, fazendo com que eles possam participar da aula e aprender com mais facilidade, pois é por meio desta prática que irão saber da importância de estarem em busca de informações que dizem respeito a sua própria realidade. É nesse sentido, que aborda-se a necessidade de estar utilizando ferramentas tecnológicas no cotidiano dos alunos, pois esses recursos fazem parte do sua vida e eles sentem muita curiosidade de estar tendo esse contato. O objetivo deste artigo é de verificar a importância da utilização das ferramentas tecnológicas para a alfabetização. As crianças precisam crescer autônomas e conhecedoras de seus direitos e deveres, pois somente assim serão cidadãos capazes de enfrentar os problemas contidos no seu dia a dia e é por meio do ato de ler que poderão ter essa formação. Para a realização deste artigo foram feitas pesquisas bibliográficas com teóricos que abordam o tema enfatizando a importância do uso das ferramentas tecnológicas na alfabetização. Muitos professores sentem dificuldade em alfabetizar os alunos, portanto, a busca por recursos se faz necessário, e com certeza utilizar algo que eles gostam facilitará mais ainda no processo de ensino e aprendizagem. Palavras – Chave: Alfabetização. Ferramentas tecnológicas. Metodologia. Autonomia. ___________________________ ¹ Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário UNISEB e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional pela FANAN. ² 2 1. INTRODUÇÃO A tecnologia hoje em dia faz parte da vida do ser humano, pois as pessoas procuram estar sempre em sintonia com algum tipo de recursos tecnológico para poder manter-se atualizado de acontecimentos que ocorrem em nossa volta. Portanto, usar a informática dentro da escola se faz necessário e importante para a alfabetização dos alunos, pois será trabalhado algo que eles já gostam despertando a sua curiosidade para ir à busca sempre de novos conhecimentos. No contexto educacional, a tecnologia se faz presente devido fazer parte de uma sociedade globalizada e a cada dia se busca mudanças em torno da era digital, com instrumentos tecnológicos mais sofisticados e atualizados que possam ajudar a melhorar as pesquisas e os alunos tenham respostas para os seus questionamentos, é nesse sentido que se faz necessário à realização deste projeto utilizando o referido tema, pois a atual realidade em que estamos inseridos em que os jovens não conseguem viver sem estar utilizando um celular, portanto as práticas pedagógicas devem ser bem empregadas são trabalhadas de acordo com o que os alunos já sabem com o que acontece no seu meio social. É nesse sentido que a questão norteadora busca compreender de que forma a utilização das ferramentas tecnológicas contribuem para a alfabetização dos alunos? Tendo como objetivos: Verificar a importância da utilização das ferramentas tecnológicas para a alfabetização; analisar como se dá a utilização da aprendizagem por meio dos recursos tecnológicos; compreender o uso dos instrumentos tecnológicos na sala de aula e refletir acerca de novas práticas pedagógicas. Entende-se que a inserção das inovações tecnológicas permite a elas mediar às relações sociais nas diferentes dimensões humanas e, o fato do Brasil apresentar uma diversidade vasta de grupos e culturas, favorece a educação mediada por consequente crescimento. É importante saber que o computador é somente uma máquina, ele sozinho não consegue melhorar a educação, é necessário que alguém possa utilizá-lo de forma ele sirva de um recurso eficaz, para isso os profissionais devem ser capacitados, preparados e treinados para utilizar os recursos oferecidos por este sistema tecnológico de forma significativa. No decorrer do desenvolvimento deste trabalho leitor irá deparar-se com informações importantes, embasadas nas falas de teóricos as quais contribuirão 3 para o enriquecimento dos seus conhecimentos, pois as informações aqui contidas dizem respeito a atual realidade em que o homem está inserido em uma sociedade globalizada, com uma diversidade racial, de cor, raça, sexo e que precisa ser valorizada, portanto, é por meio de diversas tecnologias que se tem acesso a essas entre outras informações. Para a realização deste artigo houve a necessidade de estar colhendo informações por meio de estudos bibliográficos. Nesse sentido, o desenvolvimento estará contido de um capítulo. 2. A importância de alfabetizar utilizando ferramentas tecnológicas. 2. A IMPORTÂNCIA DE ALFABETIZAR UTILIZANDO FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS A utilização das novas tecnologias contribui de diversas formas com o processo educativo, aumentando assim as conexões linguísticas, interpessoais e até geográfica, permitindo que o aluno possa se adaptar de forma flexível, obtendo e repassando sempre novas informações que contribuirão para sua formação ao longo dos tempos, (STEMMER, 1998). É nesse sentido que considera-se o uso do computador como ferramenta que propõe um novo paradigma e demanda, portanto a construção de novos conceitos e práticas pedagógicas. A sociedade tem se mostrado cada vez mais ligada ao alfabetismo, lembrando que a partir desse interesse, torna-se necessário que os profissionais possam incorporar às práticas de leitura, podendo assim adquirir cada vez mais competências para usá-las, utilizando o que contribui para os conhecimentos significativos dos alunos como: a leitura de revistas, jornais, livros, entre outros que podem ser acessados utilizando o computador. Pode-se dizer que a alfabetização é uma ação que permite o sujeito a interagir com a leitura e a escrita (MARIA CARMEM, 2006). Maria Carmem (2006, p. 34) enfatiza que “geralmente os alunos encontram mais dificuldade no ensino da Língua Portuguesa devido à leitura e a escrita, alguns sabem ler e não escrevem corretamente, outros escrevem bem, mas não sabe ler”. Nas vivencias na sala de aula percebe-se que essas dificuldades encontradas 4 repercutiram no desenvolvimento do ensino da leitura e também na escrita, contudo devem ser analisados os recursos utilizados em sala de aula, tendo em consideração que os alunos deixam a desejar os conteúdos oferecidos pelos professores, demonstrando pouco interesse em relação à língua portuguesa. Nesse sentido, em muitos casos é necessário que haja mais a interação do aluno com o professor, ou talvez uma aula diferenciada, no que possa estar chamando mais atenção dos alunos, a autora afirma também que: Quando o professor planeja suas aulas, ou pensa na situação ensino- aprendizagem que vai empreender, ensina a didática, que ele deve relacionar objetivos de ensino, conteúdos e estratégias pedagógicas que possibilitem o envolvimento dos alunos em atividades eu os levem a aprender os conteúdos do currículo. Todo planejamento de ensino giraria, assim, ao redor desses três componentes (MARIA CARMEM, 2006, p. 45). Para Maria Carmem (2006) a escola é como um espaço institucional que tem um papel fundamental para os alunos encarregando de propormomentos prazerosos e agradáveis para que eles possam sentir-se felizes e satisfeitos com a educação oferecida por ela. Pode se impor uma escola não como uma poluição visual e sim como uma visão de querer estar ali, fazer o conhecimento acontecer e interagir, ou seja, para que haja essa interação da escola com a criança, envolvendo o educador como um mediador dos conhecimentos. A postura a ser tomada pela instituição é a constituição de práticas que possibilitem ao aluno aprender a partir da diversidade de textos que circulam socialmente. Apesar das inúmeras dificuldades vivenciadas pelos professores para alfabetizar alguns alunos, muitos buscam diversificar as suas metodologias, levando para a prática recursos que chamam a atenção e que contribuem para o desenvolvimento dos discentes. Não basta instalar máquinas em seu ambiente, é de suma importância que a escola reflita sobre como o uso dos computadores pode promover situações significativas de aprendizagem. A utilização do computador como ferramenta educacional é visto como um instrumento com o qual o sujeito desenvolve e executa algo, ocorrendo assim, o aprendizado, propiciando uma educação centrada na aprendizagem, eles compreendem a escola como um espaço de transformação da sua realidade e buscam nela uma formação e um aspecto de fundamental importância para se desenvolverem como cidadãos de bem e conhecedores dos seus direitos. É necessário que o docente esteja atento para isso 5 e busque ajudar esses jovens por meio de praticas pedagógicas eficazes, (LARANJO, 2008). Logo, por meio da utilização de novos recursos é que o professor obtém êxito, sendo assim, uma ferramenta poderosa é o computador. Para Laranjo (2008, p.18): A educação é o elemento – chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado. Educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar as pessoas para uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar indivíduos para “aprender a aprender”, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica. (LARANJO, 2008, p. 18). Nessa perspectiva, que os docentes precisam ter essas competências como base principal o uso da informática no processo educacional, pois são recursos que mexem com a curiosidade e com o interesse dos alunos, facilitando a aprendizagem e a compreensão deles. Com isso, nos Cursos de Formação de professores deve ser valorizado a ludicidade como uma ferramenta metodológica indispensável para o melhor desempenho dos educadores em sua ação pedagógica. De acordo com Stemmer (1998, p. 28): Dentro do contexto de informática na educação os softwares educacionais são programas desenvolvidos para atender objetivos educacionais previamente estabelecidos e, para que ele seja efetivo e esteja à altura das necessidades pedagógicas, é necessário que seu desenvolvimento conte com especialistas das áreas de Educação e Informática para que sua aplicação tenha os efeitos esperados (STEMMER, 1998, p. 28). Neste sentido, as escolas devem contar com esses profissionais especializados, já que cada programa é desenvolvido para matérias específicas a fim de atender as especificidades dos alunos. Por meio da utilização da tecnologia educacional a alfabetização representa um meio de promoção, onde sejam apontados caminhos para que a criança possa estar percorrendo de forma a evoluir no processo de construção de conhecimentos desenvolvendo assim várias competências e habilidades para com a leitura e escrita. Stemmer (1998, p.11) destaca que: 6 Para que a informática possa ser aplicada a educação, dando ares de modernidade à escola, é necessário que os professores tenham, além da competência técnica do uso do hardware e software, a competência teórica eu lhes possibilite distinguir e escolher atividades que tragam, de fato, propostas que visem concomitantemente à complementação dos objetivos propostos e à formação de crianças leitoras e escritoras (STEMMER, 1998, p. 11). Nessa perspectiva, por meio do uso do computador o professor poderá promover aos alunos aulas interativas e atrativas, pois lá encontrará diversas atividades como os jogos, vídeos e áudios, recursos esses que os alunos gostam muito, pois são interativos e atrativos. Observa-se que as crianças gostam de estar sempre brincando, se divertindo, trocando ideias umas com as outras, elas também sempre estão em clima de competição, neste caso, é importante que o professor trabalhe a leitura e a escrita utilizando como recurso os jogos e as brincadeiras, onde as crianças irão aprender de forma divertida e prazerosa. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. (SANTOS, 2007, p.12) Com isso, compreende-se que a ludicidade é uma ferramenta metodológica capaz de contribuir e facilitar no processo de ensino e aprendizagem, além de permitir aos docentes vivenciar novas experiências, contribuindo para mudar sua concepção de mundo. É relevante que o professor precise vivenciar o prazer do brincar durante sua formação, para que ele possa interagir de forma dinâmica com os alunos, pois quem gosta de brincar, de fato, irá expor com mais facilidade essa experiência para o contexto educacional. Nesse sentido podemos falar sobre os softwares educativos, que o professor poderá estar apresentando para os alunos, eles irão brincar e aprender. Segundo Teberosky: Aprendem a conhecer o teclado da máquina – no teclado estão as letras do alfabeto, além de outros signos. A materialização no teclado trabalha e, além disso, ajuda-as a estabelecer com as quais se trabalha e, além disso, ajuda-as a estabelecer relações tipográficas. De fato, enquanto no teclado as letras estão representadas em caixa alta, na tela aparece uma minúscula, e isso deve colaborar na construção de um sistema de correspondência entre maiúscula e minúscula. (TEBEROSKY, 2003, p. 31) 7 Dessa forma, utilizando a máquina o aluno não terá somente diversão, mas aprenderá de forma com que saiba desenvolver suas habilidades. Todavia, para que isso aconteça é necessário que o professor faça seus planejamentos para que essa atividade possa proporcionar novas experiências e que não seja trabalhado de forma aleatória, portanto, devem ser realizados projetos educativos que atendam os anseios e desperte o interesse dos alunos de ler e escrever fazendo uso da informática. De acordo com Kenski: A reflexão sobre a utilização da internet como recurso tecnológico na educação é fundamental para que as novas tecnologias possam ser utilizadas como instrumentos de formação de sujeitos que estejam em contato com o mundo, fortalecendo sua própria identidade cultural; que façam uma leitura crítica da grande quantidade de informações recebidas; que utilizem a internet como instrumento que supera as barreiras de tempo e espaço, lembrando, no momento que receber informações não significa construir conhecimentos, pois para isso é preciso uma relação teórico- prática que se processa no cotidiano (KENSKI, 2008, p. 32). A esse respeito, vale à pena ressaltar que a importância da leitura e escritaé reconhecida no nosso imaginário cultural, apesar das discussões que indicam realidades escolares em que docentes e crianças não se sentem motivados a ler porque é chato, ou dá preguiça, sono ou outras coisas negativas que se ouve no dia a dia. Por isso, “para reduzir as diferenças sociais, a escola precisa assegurar a todos os estudantes – diariamente – a vivência de práticas reais de leitura e produção textos diversificados [...] com autonomia” (BRASIL, 2007, p.70), nesse caso usar os mecanismos digitais como recursos motivadores é necessário e indispensável na vida do educando. Libâneo discorre que: Fazer uma leitura pedagógica dos meios de comunicação é verificar a intencionalidade dos processos comunicativos (de natureza política, ética, psicológica, didática) presentes nas novas tecnologias da comunicação e da informação e nas formas de intervenção metodológica e organizativa (LIBÂNEO, 2010, p. 59). Diante do exposto considera-se que, é na escola que o educando adquire conhecimento inicial e habilidades para a prática da leitura, e deve ser de lá que se desperte o interesse para ler com desenvoltura. Aos professores, cabe proporcionar a este aluno acesso a diferenciados tipos de leitura para que aconteça essa interação entre o aluno e a literatura. Para que o aluno tenha um atrativo pela leitura 8 é fundamental que tenha contato com o livro o qual o chame mais a sua atenção, ou seja, o momento da escolha. Nas escolas há um espaço que os alunos podem se sentir mais à vontade para ler, a biblioteca, certamente, é um lugar apropriado para que a criança tenha uma entrada livre, onde ela pode escolher livros com textos que a agradem para poder se iniciar uma leitura prazerosa. A biblioteca deve ser um lugar aconchegante e de fácil acesso, ou seja, um ambiente acolhedor facilita a aprendizagem. As crianças gostam de estar sempre brincando, se divertindo, trocando ideias umas com as outras, elas também sempre estão em clima de competição, nesse caso, é importante que o professor trabalhe a leitura e a escrita utilizando como recurso os jogos e as brincadeiras, onde as crianças irão aprender de forma divertida e prazerosa. Portanto, é essencial que os professores busquem uma formação que lhes permitam manusear de forma adequada os recursos tecnológicos, pois precisa estar preparado para ensinar os seus alunos, Para Araújo: O valor da tecnologia da educação é derivado inteiramente da sua aplicação. Saber direcionar o uso da internet na sala de aula deve ser uma atividade de responsabilidade, pois exige que o professor preze, dentro da perspectiva progressista, a construção do conhecimento, de modo a contemplar o desenvolvimento de habilidades cognitivas que instigam o aluno a refletir e compreender, conforme acessam, armazenam, manipulam e analisam as informações que sondam na internet. (ARAÚJO, 2005, p. 23- 24). Nessa perspectiva, é que cabe o professor incentivar a autonomia do aluno, levando em conta o tempo de cada um, pois cada aluno aprende de forma diferente, e é dever do professor identificar este espaço de tempo, por meio de diferenciadas técnicas e instrumentos avaliativos. É um grande desafio o qual a escola enfrenta, ao criar meios para que os alunos possam acompanhar essa evolução tecnológica e sua diferença na aprendizagem da leitura e da escrita, caso o professor não domine a técnica, não terá como motivar e diversificar a dimensão educacional das máquinas. Kenski enfatiza que: Para que as TIC’s possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser comprometidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que seu uso, realmente, faça diferença. Não basta saber usar a televisão ou o 9 computador, é preciso saber usar de forma pedagogicamente a tecnologia escolhida. (KENSKI, 2008, p. 46) Nessa perspectiva que cabe aos educadores estar comprometidos com uma prática pedagógica que promovam a aprendizagem contextualizada, levando em conta a formação continuada como uma oportunidade de troca, aquisição de saberes e elaboração de estratégias, trazendo a internet para sala de aula como suporte e conhecimento significativo no processo cognitivo tanto do aluno quanto do professo. Magdalena e Costa discorrem: Consideramos a ação como elemento essencial para a construção do conhecimento [...] compreender a sala de aula como um ambiente aberto a explorações e interações, onde os alunos possam alimentar seus interesses e curiosidades, efetuar escolhas e ter o tempo necessário para realizar experimentações [...] provocar aprendizagem. (MAGDALENA & COSTA, 2003, p. 23) Portanto, o processo de aprendizagem apontará para um saber contextualizado, pois estará inserido em um ambiente que promove o interesse com atitudes curiosas, colhendo sempre novas informações, com tais escolhas e disponibilidade, proporciona ao educando uma aprendizagem de excelência. É nesse sentido que, as novas tecnologias precisam ser trabalhadas de forma consciente, não apenas ter as ferramentas, mas é preciso saber usar esses recursos, de forma com que os alunos reconheçam a sua importância, não usar por usar, mas saber sua real função dentro do processo de ensino e aprendizagem. A isenção da informática em todos os níveis da sociedade, abre espaço para que um novo modo de viver e de pensar em relação a uma educação de mais qualidade, onde promove o relacionamento dos alunos com um recurso que lhes agrada, demonstrando um grande interesse mais do que as gerações passadas, ou seja, essa geração nasceu e está crescendo cercada pela tecnologia, onde eles veem como eficaz na atual sociedade, dessa forma, Teberoski (2003, p. 31) enfatiza que: “com a difusão do uso da informática, entramos em uma nova etapa cultural: a era digital. Essa realidade não passa despercebidas às crianças”. De acordo com a atualidade, pensando na prática escolar é notável observar a falta do uso de novas tecnologias em relação às atividades didáticas realizadas na sala de aula, é necessário que a escola perceba que os alunos estão imersos nesses recursos, sua interação se faz necessária para que os mesmos 10 acompanhem o processo de aprendizagem significativo para eles, onde se sentem mais estimulados. Conforme Veen e Vrakking: Buscamos observar o mundo das crianças que estão crescendo digitalmente e deixar claro o que esse fato significa para a aprendizagem, para as pessoas e para os professores. Entender o comportamento das crianças, a relacionar esse comportamento à aprendizagem e a mostrar a oportunidade que os professores e as escolas têm de evoluir de acordo com as habilidades, atitudes e convicções das crianças , no esforço de dar a elas o apoio necessário para a preparação para a vida, a cidadania e o trabalho do futuro. (VEEN E VRAKKING, 2009, p. 15) Nessa perspectiva, pode-se observar que os alunos ao vim para a escola já possuem um vasto conhecimento em relação ao computador, este conhecimento em muitos casos chega a ser até mais do que do professor, pois os conhecimentos não é estático e sim volátil, podendo estar em todo lugar, podendo ser adquirido e acesso por todos, isso difere do ensino tradicional onde o professor utiliza somente o quadro e o giz. Com a utilização do computador a escola precisa se aliar a ele, pois competir seria difícil, pois esse mundo colorido, sonoro e divertido que é oferecido às crianças e aos jovens tem mais vantagem, por se tratar da realidade dos mesmos. Portanto, com a educação voltada para a tecnologia requer um pensamento voltado para o interesse dos alunos, pois elas estão incorporadas na vida das pessoas e a escola não pode ficar fora, cabendo a ela mudar o seu currículo e capacitar os docentes para atender aos interesses dos alunos.Sendo assim, é um desafio muito grande para a escola, pois primeiramente deverá disponibilizar meios para inserir os alunos nessa evolução tecnológica, preparando os mesmos para acompanhar essa evolução e as mudanças que irá fazer na aprendizagem. Mas, isso também dependerá muito da qualificação do professor, ele precisará dominar a as novas tecnologias para incentivar e diversificar a dimensão educacional das máquinas (KENSKI, 2008). Kenski (2008), enfatiza também que de acordo com o uso do computador os alunos passam a ter novas maneiras de aprender e suas possibilidades de se expressar, onde sua interação com o mundo se torna mais eficaz. Para usar o computador de forma pedagógica não é tão fácil, requer uma qualificação, um treinamento, conhecer os programas necessários para aquela aula. É preciso fazer valer o uso das tecnologias de forma pedagógica, pois são meios essenciais e um ótimo caminho que facilitarão o processo de aprendizagem. Por meio da utilização 11 das tecnologias os alunos podem ter acesso às informações mais rápido, e há ainda a flexibilidade de espaço, deixando claro que as tecnologias não limitam-se somente a recursos ou suporte, está por sua vez faz parte do currículo. A educação tradicional que ainda existe nos dias atuais, está fortemente relacionada ao conteúdo disciplinar e centrada no professor que se torna o transmissor dos conteúdos, onde somente ele é que possui o conhecimento que será repassado aos alunos. Segundo Veen e Vrakking: Hoje, consideramos o conhecimento algo que se negocia e sempre em um contexto de mudanças dentro de um domínio específico. De um ponto de vista psicológico, atualmente acreditam os que a aprendizagem é um processo mental pelo qual os indivíduos tentam construir o conhecimento a partir das informações, outorgando significado a elas. (VEEN E VRAKKING, 2009, p. 13) De acordo com as inovações tecnológicas, o computador na escola não é utilizado de maneira similar por todos os funcionários da escola, alguns concordam com a sua utilização, pois acreditam somente nos lados positivos, outros não concordam e não acreditam nas mudanças na aprendizagem. Mas, muitos procuram aprender, pois reconhecem que as novas tecnologias podem formar indivíduos capazes de pensar por si mesmos, de enfrentar as contradições da sociedade e de utilizar as tecnologias como ferramenta capaz de compreender e transformá-la. Logo se entende que a informática não realiza um trabalho sozinha de maneira efetiva, é necessário que se utilize na escola interligada a outras estratégias, desenvolve competências, habilidades e conceitos de forma significativa para os alunos. Entende-se que ao utilizar as ferramentas é necessário que se tenha conhecimentos da sua real importância, onde e como ela irá contribuir. De acordo com Mello: A contribuição do trabalho de informática educativa no processo de alfabetização, buscando explicitar as possibilidades e limitações do uso do computador como instrumento auxiliar na prática educativa como objeto de apropriação da realidade pelo sujeito. (MELLO, 2004, p. 170) Conforme o objetivo de apoiar o processo de alfabetização, é necessário que o professor conheça os mais variados softwares educativos, jogos e sites que abrangem um espaço na aprendizagem, voltados para o processo de alfabetização, ou seja, não se trata de utilizar qualquer software, qualquer jogo, mas sim, obedecer 12 o nível em que os alunos se encontram. É importante frisar também que para todo esse processo é necessário que haja planejamento, adequando o tipo de jogo ao seu aluno e conforme o conteúdo trabalhado. Com a utilização de softwares e sites educativos na alfabetização, é notável que os alunos sentem-se mais motivados por conta da interação que o computador oferece, por meio das imagens coloridas, da sonoridade que atraem as crianças o qual contribui para o processo da alfabetização. De acordo com Mello: Percebe-se que a tecnologia é um grande avanço no mundo, um dos campos que mais tem crescido. Seu enorme poder de comunicação tem rompido barreiras de espaço e tempo como nenhum recurso foi capaz até os dias de hoje. A cada dia que passa ela ocupa um espaço cada vez maior na linguagem, na cultura, na vida do ser humano e principalmente nas práticas educativas. O computador se infiltra nos assuntos do dia-a-dia do cidadão e pode ser considerado como um invento capaz de alavancar a educação. (MELLO, 2004, p. 170) É nesse sentido, que entende-se que o uso da informática e dos recursos tecnológicos são eficazes dentro o ambiente escolar, onde o professor ao interagir com essas ferramentas poderá proporcionar aos alunos um ensino vantajoso e de qualidade. A informática a cada dia tem ocupado o seu espaço, e no ambiente escolar ela poderá ir muito além de meras pesquisas, mas levar aos alunos informações necessárias as quais contribuirão para sua formação, instigando a curiosidade e indo a busca de novas pesquisas. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme o estudo realizado para a elaboração deste trabalho pode-se dizer que as novas tecnologias ainda têm muito que surpreender, pois a cada dia o homem faz novas descobertas. A educação contribui de forma significativa para as mudanças ocorridas no atual cenário, pois quanto mais o homem estuda ele realiza novas descobertas, nesse sentido é que houve a necessidade de estar abordando o referido tema, pois alfabetizar fazendo uso das ferramentas que mais chamam a atenção da sociedade é algo indispensável, e que contribuirá com mais facilidade para a participação e interesse dos educandos. 13 Por meio do uso da internet os alunos podem estar realizando diversos tipos de pesquisas, portanto ela contribui na educação, quando usada de forma correta, portanto cabe ao professor mediar esses conhecimentos. A leitura é algo indispensável na vida do educando, muitos professores têm dificuldades em alfabetizar, buscam novas alternativas de ensino, novas práticas, sendo assim, não somente o computador, mas também as lousas digitais, as mesas pedagógicas são ótimos recursos que despertam a curiosidade dos educandos. Considera-se que o grande avanço tecnológico ocorrido nos últimos anos proporcionou muitos recursos a educação, promovendo aos professores novas práticas de aprendizagem. A escola em si apresenta necessidades de saberes que promovam a capacitação dos alunos a internalizar o seu processo de aprendizagem, sabendo utilizar os meios atuais de comunicação. É notável que a internet e o avanço das tecnologias têm contribuído para que a sociedade sofra transformações significativas, contudo, no campo da educação, o mundo está em constante mudança, com isso, a educação deixa de ser tradicional e passa a oferecer aos alunos o que eles realmente almejam, a figura do professor deixa de centrar-se somente nos livros didáticos, como o único meio de aprendizagem, por que já não condiz com as expectativas dos educandos. Diante do exposto considera-se que este trabalho não tem a pretensão de apresentar conclusões prontas e acabadas, mas é necessário que a partir dessa leitura, possa estar abrindo um leque de curiosidades para novos estudos e investigações científicas nessa área. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Rosana Sarita de. Contribuições da Metodologia WebQuest no Processo de letramento dos alunos nas séries iniciais no Ensino Fundamental. In: MERCADO, Luís Paulo Leopoldo (org.). Vivências com Aprendizagem na Internet. Maceió: Edufal, 2005. BRASIL. Indicadores da qualidade na educação: dimensão ensino e aprendizagem da leitura e da escrita / Ação Educativa. São Paulo, 2007. CARMEM, Maria. A leitura no Ensino Fundamental: Alfabetização e Letramento. In: AGUIAR, Vera et al. Catálogo da exposição comemorativa de 15 anos da Editora Projeto. Porto Alegre: Projeto 2006. 14 FONSECA,J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. KENSKI, Vani Moreira Kenski. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 3 ed. São Paulo, Campinas: Papirus, 2008. LARANJO, JACQUELINE DE CASTRO. Informatização da rede municipal de ensino de Belo Horizonte: uma análise do seu impacto sobre o trabalho docente. Dissertação (Mestrado em Educação). Belo Horizonte: UFMG, 2008. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2010. MAGDALENA, Beatriz Corso & COSTA, Iris Elisabeth Tempel. Internet em Sala de Aula. Porto Alegre: Artmed, 2003. MELLO, Maria Cristina de; RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral (org). Letramento: significados e tendências. Rio de Janeiro: Wak, 2004. MEMÓRIA Animal – Atividades Educativas. Disponível em: <http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=361> Acesso em: 18 out. 2010. STEMMER, MÁRCIA R. G. S. O computador e a alfabetização: Estudo das concepções subjacentes nos softwares para a Educação Infantil. UFSC, 1998. SANTOS, Herica. A prática de Ensino de Literatura – Concepções e Vivencias – Campo Grande, MS, Life Editora, 2007. TEBEROSKY, A.; COLOMER, T. Aprender A Ler e a Escrever: Uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003. VEEN, Win; VRAKKING, Bem. Homo Zappiens. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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