Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sarampo e Rubéola: Referência Bibliográfica: Livro: VIROLOGIA, 1º edição Livro: MICROBIOLOGIA MEDICA, 8º edição Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acom- Sarampo: O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissí- vel, extremamente contagiosa e muito comum na infância panhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do na- riz Epidemiologia: Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da cir- culação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Américas livre do sarampo – perdeu o posto em 2018 Motivos: Pais deixam de vacinar seus filhos e a crescente as- Consequências: mortes por sarampo aumentaram 50% em censão do movimento antivacina quatro anos, segundo a OMS RNA negativo –não consegue ser lido pelo ribossomo ra- Características virais: Família: Paramyxoviridae Hospedeiro: Homem Gênero: Morbilivirus pidamente igual os de fita positiva, precisa fazer uma molécula molde RNA + para ser lido pelo ribossomo e fazer a síntese pro- teica – possui sua própria RNA polimerase dependente Diâmetro de 120 a 250 nm Envelope lipoproteico Também podem fazer um tropismo secundário com lin- Proteína G (formada por hemaglutinina + neuroaminidase - HN): se liga ao receptor da célula que faz tropismo – adsorção Proteína F: proteína de fusão Tropismo principalmente por células epiteliais e pode atingir as endoteliais fócitos T e B – imunodeficiência momentânea Também são capazes de fazer fusão entre as membra- Interação com receptores: SLAM ou CD150 — Linfócitos T e B CD46 — Células Epiteliais Replicação pode lisar as células: porém não apresenta ciclo lítico. – Alguns saem por brotamento, mas se a carga viral for alta sai fazendo lise celular Se evadem do sistema imune por meio das proteínas do Envelope Inibem a ação dos IFN Inibem a produção deIL-12 — Resp. TH1 nas celulares formando sincícios durante seu pe- ríodo de incubação, e quando eles começam a ser lesio- nados que a reposta imune começa Obs: se inibiu a reposta TH1, teremos a reposta humoral TH2 sendo eficiente contra o vírus do sarampo – por isso adquirimos uma reposta de memória pro resto da vida, só pegamos sarampo uma vez Transmissão: * * - - - - - - - - - - - - - - - - - • • • • Via aerossóis: tossir, espirrar, falar, bocejar e respirar Contato direto Acomete principalmente crianças Transmissibilidade: em torno de 4 a 6 dias antes do início do exantema que duram em torno de 4 a 5 dias Fases do Sarampo: 1. Incubação: 7 a 18 dias 2. Período prodrômico: 2 – 4 dias 3. Período exantemático: 5 a 6 dias 4. Período convalescença Duração de 2 a 4 dias Incubação: Primeiro contato com o vírus Penetração das células epiteliais INCUBAÇÃO: Multiplicação local do vírus e disseminação para tecido linfoide regional Ocorre pela ação de leucócitos Período prodrômico: Aparecimento dos sintomas Febre alta Tosse irritativa Coriza bem hialina (liquida) – lembra a quadro alérgico Conjuntivite, ou apenas uma irritação com fotofobia Caraterística patognomônica para o sarampo: manchas de Koplik na mucosa da região oral Multiplicação ativa e ampla disseminação - período de mai- or contagiosidade Viremia Primária Também tem uma alta contagiosidade Período exantemático: Aparecimento das manchas vermelhas na pele – exantema máculo papular Febre mais baixa de 3 dias Duração: 5 a 6 dias Multiplicação viral no endotélio vascular - Combate do ví- rus por linfócitos Imunodeficientes podem não apresentar exantemas Alguns grupos específicos, podem apresentar complica- Período convalescença: Redução da carga viral As manchas tornam-se escurecidas com descamação fina Febre diminui Tosse pode persistir por mais 6 - 10 dias Produção de memória Imunológica – IgG e IgM ções: pneumonia, encefalite, otite média ou diarreia - - - - • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • _ Ocorre em 1 entre 1.000 casos Complicações: 30% infectados desenvolvem complicações: otites, pneumo- nias e encefalites Pneumonias: é a complicação com risco de vida mais comum do sarampo Ocorre em menos de 10-20% dos casos As complicações pulmonares respondem por mais de 90% dos casos de sarampo relacionados com morte Encefalomielite aguda disseminada: É grave, incapacitante e fatal. O curso é imprevisível que pode levar a sequelas neurológi- cas Desenvolve-se entre o 6-20 dias do exantema –convulsões coma Taxa de letalidade de 10% a 20% Reposta imune: Diagnóstico: Clínico: sintomas e características clínicas Isolamento do vírus de células mononucleares de sangue pe- riférico, secreções respiratórias, conjuntiva, LCR, urina ou teci- dos nos primeiros cinco dias da doença No Brasil a primeira dose é dada aos 12 meses a segun- Tratamento: Vitamina A: Recuperação mais rápida dos linfócitos e melhora na resposta de anticorpos IgG na fase aguda (OMS) – alguns artigos citaram e como não faz mal, acaba- ram aderindo Prevenção: Vacinação Evita a doença se administrada dentro de 72h após con- tato com o doente da aos 15meses (sarampo, rubéola, caxumba, varicela) - “trípliceviral” ou “tetraviral” Parecida com o sarampo, porém de forma mais branda Rubéola: A rubéola (sarampo alemão) é uma doença febril aguda, caracterizada por exantema e linfadenopatia, que acomete crianças e adultos jovens Icosaedro Epidemiologia: O Brasil no dia 23 de abril de 2015 recebeu do Comitê Internacional de Experts o documento da verificação da eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéo- la Congênita Vírus da Rubéola: Família: Togavírus Gênero: rubivírus RNA fita simples positivo – RNAm já transcreve rapidamente Envelope lipoproteico (lavar mão, uso de álcool em gel são normas de proteção) * * - - - - - - - - - - - - - - • • • • • Obs: a principal diferença entre a rubéola e sarampo é a presença Transmissão: Transmissão por aerossóis (secreção nasofaringe): espirrar, falar, bocejar e respirar O vírus infecta a nasofaringe e os pulmões e, então, se disse- mina para os linfonodos e o sistema monócito-macrófago de linfadenopatia na rubéola Alta contagiosidade Fases da rubéola: 1. Incubação: 14 a 21 dias 2. Período prodrômico: 5 a 10 dias 3. Período exantemático: 5 a 10 dias 4. Período convalescença Período Incubação e Prodrômico: Multiplicação viral (nasofaringe e pulmões) Tecidos linfoides – Linfonodomegalia de 5 a 10 dias antes do exantema Febre Alta contagiosidade Período exantemático: Exantema róseo- maculopapular e punctiforme Distribuição crânio caudal Febre Retardo mental Rubéola Congênita: Pode atravessar a barreira Placentária e causar: Abortos, natimortos o Malformações Surdez Cegueira Diagnóstico: Predominantemente Clínico Diagnóstico laboratorial: Isolamento do vírus (amostra de região nasal, farin- Detecção de anticorpos (IgM ou IgG) Imunofluo- rescência indiretae - E ge) Biologia Molecular – PCR (Busca do genoma viral) Obs: Caso a gravida tenha tido contato com alguém infectado Prevenção: Imunização (Tríplice e Tetravalente): Sarampo, Caxum- ba e Rubéola e/ou Varicela zoster Vacina com vírus atenuado Todas as crianças até 12 meses – (2º dose dos 4-6 anos) Homens e mulheres até 39anos = 1º dose do tríplice, ou dupla (sarampo e rubéola) Contraindicada em grávidas-vírus atenuado com a rubéola ou esteja infectada, ela pode fazer um tratamen- to com uma imunoglobulina com soro para potencializar a res- - - - - - - - - - - - • • • • • • • • • • • • • • posta imune e antar neutralizar o vírus para não atravessar a pla- centa Tratamento: Não há tratamento antiviral específico– doença autolimitada-
Compartilhar