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PPM – 2º BIMESTRE EXAME FÍSICO DA CABEÇA Caso Madalena: • Luzia e Valter, alunos da Unoeste, do 2º ano de medicina vão fazer uma visita domiciliar para a família Costa; • Madalena, 32 anos, mãe da família, descobriu hipertireoidismo há 6 anos, quatro meses após a perda do seu segundo filho; • Quatro meses após perda do filho, percebeu queda dos cabelos, emagreceu, a menstruação ficou irregular, a pele ficava bem úmida e quente, as unhas quebravam. • Uma amiga percebeu que quando ela engolia, aparecia uma “bola saliente” no pescoço; • Médico da UBS pediu exames: TSH: inferior a 0,05 mUI/L (Valor de referência: 0,50 a 4,40 uUI/mL); T4: 4,6 ng/dL (Valor de referência: 0,85 a 1,95 ng/dL), e a encaminhou ao endocrinologista no ambulatório, onde iniciou o tratamento para hipertireoidismo; • Paciente suspendeu tratamento por conta própria e voltou a ter sintomas; • Após quatro anos: novo aborto; • Após um ano: nova gestação – necessidade de ajuste de medicação; teve sangramento durante pré-natal; criança nasceu de parto cesárea, a termo, sem qualquer anormalidade; • Foi orientada a não amamentar a criança; • Atualmente, marido aguarda vasectomia; • Paciente suspendeu tratamento por conta própria e voltou a ter sintomas; • Após quatro anos: novo aborto; • Após um ano: nova gestação – necessidade de ajuste de medicação; teve sangramento durante pré-natal; criança nasceu de parto cesárea, a termo, sem qualquer anormalidade; • Foi orientada a não amamentar a criança; • Atualmente, marido aguarda vasectomia. EXAME DO CRÂNIO EXAME DA CABEÇA – SISTEMATIZAÇÃO o Tamanho e forma do crânio; o Posição e movimentos; o Superfície e couro cabeludo; o Exame geral da face; o Exame dos olhos e supercílios; o Exame do nariz e seios da face; o Exame dos lábios; o Exame da cavidade bucal; o Aparelho auditivo. Técnicas Utilizadas: → Inspeção → Palpação - O ideal é que tenhamos um paciente colaborador (o que nem sempre acontece); - Um observador atento; - Uma iluminação adequada; - Uma boa relação médico-paciente. Regras: → Posição do paciente - em pé e sentado; → Posição do examinador - em pé em frente do paciente; → Inspeção e palpação simultaneamente; → Regiões - anterior / posterior / laterais / superior. TAMANHO E FORMA DO CRÂNIO - maioria das alterações observadas na idade adulta origina-se de problemas intrauterinos ou nos primeiros anos de vida (Por que? Por causa das suturas cranianas); - a partir do 4º ou 5º ano de vida, as suturas estão fechadas e as doenças adquiridas após esta idade não alteram a forma ou volume da caixa craniana; - ex: hidrocefalia (aumento da quantidade de líquor cefalorraquidiano de uma criança, isso, cronicamente, leva a um aumento da caixa craniana; já em um adulto, não vai levar ao aumento da caixa craniana porque as suturas já estão fechadas); - dentro da normalidade, o tamanho do crânio varia com o biótipo; - na criança, é rotina avaliar o perímetro craniano como um parâmetro do desenvolvimento do segmento cefálico (Por que? Nosso objetivo é identificar se a criança está na curva normal esperada para aquela idade); → Alterações patológicas: • Macrocefalia: hidrocefalia, raquitismo; aumento do crânio. • Microcefalia (15 meses <42 cm): congênita, doenças do SNC – Notar o tamanho normal da face; • o que faz o crânio crescer em uma criança que as suturas ainda estão abertas? - o que faz crescer é a massa cefálica, se tem uma redução do volume encefálico o crânio não vai acompanhar o crescimento, vamos ter um caso de microcefalia. → Quanto à forma, há várias alterações, derivadas de fechamento precoce (cranioestenose) de uma ou várias suturas - Dolicocefalia: a largura é < comprimento; - Braquicefalia: a largura é > comprimento; - Acrocefalia: cabeça alongada para cima; - Dolicocefalia: a largura é < comprimento; - Braquicefalia: a largura é > comprimento; - Acrocefalia: cabeça alongada para cima * A forma/posição como o bebe dorme pós o nascimento também vai influenciar no formato do crânio. Tem-se crianças que tem uma postura preferencial, isso leva a afundamentos em regiões específicas do crânio → isso também pode alterar o formato do crânio. * E crianças que nasceram a fórceps (parto fórceps). Isso também pode alterar a forma do crânio. POSIÇÃO E MOVIMENTOS Posição → Normal: Centrada e em equilíbrio com o tronco; → Anormais: * Podem ser congênitas; - Torcicolo (inclinação lateral da cabeça) – A criança nasce com uma alteração em que ela tem uma inclinação lateral da cabeça por alteração de musculatura; - Rigidez de nuca (meningite) – Com o paciente em decúbito dorsal horizontal, o médico apoia a nuca desse paciente e flete a cabeça dele em direção ao tórax anterior e avalia se existe uma rigidez/restrição nessa movimentação; - Artropatias cervicais – artropatias é qualquer afecção ou doença de uma articulação; - Tumores. Movimentos → Em geral, nós não temos movimentos involuntários da região da cabeça, mas aqui temos duas descrições: * Coréicos (relacionado com doença reumatológica que acontece movimentos indesejados e incontroláveis, nos membros e na cabeça); * Movimentos da cabeça sincrônicos com as pulsações na insuficiência aórtica (sinal de Musset) – também involuntários. SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO - Como as anormalidades nas regiões recobertas de cabelo passam facilmente despercebidas, pergunte ao paciente se ele observou algo de errado no couro cabeludo ou no cabelo; - Se o paciente estiver usando peruca, peça-lhe para tirá-la; - É importante palpar e verificar a presença de pontos dolorosos e/ou tumorações. Exame da Superfície → Importante em crianças e recém-nascidos (RNs) - análise de fontanelas (realizamos a inspeção e a palpação dessas fontanelas); * Fontanelas Tensas – Hipertensão Intracraniana; (quando eu palpo, sinto ela mais endurecida, que não está adequada para a idade da criança; pode estar abaulada/elevada → o que pode ser uma hipertensão intracraniana). Ex: chega-se no PS uma criança com histórico de há 5 dias, febre alta e evoluiu nas últimas 24h para mal estado geral (MEG), com inapetência (ausência de apetite) e nas últimas 12h começou com vômito em jato, isso tudo nos alerta do risco de uma meningite, e ai iremos examinar pensando nessa hipótese, avaliar as fontanelas dessa criança, avaliar o risco de hipertensão intracraniana. * Fontanelas Hipotensas – Desidratação; (fontanela deprimida/abaixada; exemplo: criança com muita diarreia, que não está conseguindo se alimentar, examino a fontanela e ela está deprimida, sinal de alerta: será que a criança está desidratada devido a essa diarreia? Exame do Couro Cabeludo - Cicatrizes de traumas e cirurgias; - Lesões dermatológicas (posso ter áreas em que o cabelo caiu – áreas chamadas popularmente de clareiras, áreas circulares, inflamações, parasitoses); - Saliências – tumores, hematomas, cistos sebáceos; - Depressões – sequelas de cirurgias ou fraturas; - Análise das características e implantação dos cabelos. Pesquisa da sensibilidade periostal - Infecções / inflamações / tumores EXAME DA FACE - Fácies (fácies típicas que podem acontecer em determinadas doenças. As pessoas que não possuem doença, que altera o padrão da fácie, vamos descrever como fácie atípica); - Exame Geral da Face; - Exame dos Olhos; - Exame do Nariz e Seios da Face; - Exame dos Lábios e Cavidade Oral; - Exame do Aparelho Auditivo. FÁCIES - Constitui o conjunto de características anatômicas exibidas na face do paciente. - Algumas doenças determinam alterações características na face, permitindo o diagnóstico com relativa facilidade (hipocrática, basedowiana, parkinsoniana, adenoideana, acromegálica,cushingoide, leonina, renal, etc); Fácies Hipocrática - Olhos fundos, parados e inexpressivos, nariz afilado e lábios adelgaçados. - Isso acontece em doenças crônicas (observe a foto da criança com uma desidratação grave); descrito como a fácie típica em quadros avançados que levem a morte; - por exemplo em pacientes com Alzheimer avançado; Fácies Basedowiana ou do Hipertireoidismo - rosto emagrecido, olhos salientes e brilhantes (exoftalmia → proptose, parece que o globo ocular tem um avanço), presença de bócio (aumento no volume da região que seria ocupada pela tireoide). - Geralmente acontece em casos graves, tardios, mal controlados; Fácies Acromegálica - Extremidade cefálica hiperdesenvolvida, mandíbula volumosa com prognatismo. Os lábios, as orelhas e a língua são volumosas e as extremidades aumentadas. - Ocorre em paciente que teve um pico de GH quando ele já não estava mais em crescimento ósseo (quando as fises ósseas já tinham se fechado), entretanto, esse estímulo de GH aconteceu em tecidos que nunca param de se desenvolver, que são as regiões cartilaginosas - paciente acromegálico vai ter um aumento da ponta nasal, das orelhas, da língua, do mento (queixo) alargado; extremidades bastante aumentadas Fácies Leonina - Face infiltrada, bem como lobo das orelhas. Na região Norte do país ainda é comum. Típica da hanseníase na sua forma mais grave (bacilos da hanseníase vão infiltrar a pele do rosto e na região da orelha, e vai causar uma pele mais brilhante, pode ter perda da cauda da sobrancelha – madarose); cabelo pode estar em grande quantidade/excesso. - Descrição típica do acometimento por hanseníase forma grave. Fácies Cushingoide (ou em Lua Cheia) - Face bastante arredondada; bochecha proeminentes e avermelhadas. - Na segunda foto, observe que a mulher apresenta estrias alargadas (outros achados no exame físico geral). - Relacionada ao aumento de cortisol que pode ser endógeno (você ter um aumento de cortisol por um tumor produtor) ou paciente está tomando corticoide cronicamente (ou para tratar uma doença de base ou por uso espontâneo). - Outra alteração descrita é o aumento de pelos na face. FACE Inspeção estática e dinâmica - Simetria; - Mímica facial; - Pele; Inspeção estática e dinâmica → Perda da simetria: - Depressões (exemplo: trauma que fez um afundamento no rosto; tirado um tumor e ficou com uma cicatriz deprimida na face); - Tumerações {aumento de volume}; (exemplos: abscesso dentário; cistos; tumores; aumento das parótidas por processo inflamatório/caxumba). - Paralisia Facial • Existe uma paralisia, uma alteração na motilidade/na movimentação da musculatura facial; • Essa paralisia facial pode alterar tanto a inspeção estática, quanto a inspeção dinâmica; • Face – Paralisia Facial - Muito importante que eu tente diferenciar se eu estou frente a um quadro de paralisia facial central ou periférica. ⁎ Paralisia Facial Central: - lesão no neurônio motor superior, geralmente relacionado com AVC, por exemplo, ou um tumor no SNC. - lesão no neurônio motor superior – alterações nos músculos da porção inferior da face do lado oposto da lesão central, ou seja, se um paciente teve um AVC do lado direito, a manifestação clínica desse acometimento na face vai estar no lado esquerdo; - Músculos frontais e orbiculares palpebrais são poucos envolvidos por serem inervados por vias provenientes de ambos os córtex. ⁎ Paralisia Facial Periférica: - causa mais comum é por infecções virais, geralmente por herpes, tratamento com antiviral; - Lesão no nervo facial – paralisia de todos os músculos que se relacionam com a expressão facial situados no mesmo lado da lesão; - Músculos frontais e orbiculares palpebrais estão envolvidos; - Apagamento das rugas; - Ptose pálpebra; - Não consegue enrugar a fronte e fechar as pálpebras no lado acometido; - Desvio da rima bucal em direção ao lado normal. Observe que mesmo estaticamente, conseguimos observar que o paciente perdeu as rugas do lado esquerdo da face dele; e ele tem uma queda da pálpebra. E quando ele tenta fazer dinamismo (mexer o rosto) ele não consegue ocluir o olho (estou frente a uma paralisia facial periférica e a minha hipótese é que essa lesão seja mesmo do lado esquerdo (porque tenho que lembrar que a paralisia facial periférica é ipsilateral (ou seja, lesão e manifestação clínica do mesmo lado). Inspeção Estática e Dinâmica o Mímica Facial - Diminuída na Doença de Parkinson (nessa doença, acontece uma diminuição da mobilidade/da movimentação da musculatura, então também tem uma perda de expressão); - Uso de “Botox” (paralisia na musculatura e então não consegue enrrugar o rosto). - Exacerbada nas Coréias; - Tiques Nervosos (tem movimentos involuntários que vão alterar a mímica facial). ❖ Lembrar que nessa parte da avaliação da face, eu vou inspecionar a pele do meu paciente: o Lesões Dermatológicas - Acne / Melasma / Fotosensibilidade; - Carcinoma Basocelular e Espinocelular; - Foliculites / Lesões Herpéticas; Palpação - Deslizamento das polpas digitais na pele (tumores); - Pinçamento das pálpebras; - Palpação dos seios paranasais. OLHO - Sobrancelhas; - Pálpebras; - Conjuntiva; - Esclera, córnea e cristalino; - Globo ocular; - Pupilas; - Movimentação ocular; - Estudo da acuidade visual; - Estudo do campo visual; - Exame do fundo de olho; ❖ Começamos a inspeção através da avaliação das sobrancelhas Sobrancelhas - Quantidade e distribuição dos pelos; - Madarose: perda da cauda sobrancelha; isso acontece muito no hipotireoidismo, hanseníase, desnutrição; Pálpebras – inspeção → Cor - avaliar hiperemia – blefarites → Posição - Aposição ao globo ocular e não invertida ou evertida; - Tamanho da fissura palpebral – simetria; → Movimentos das pálpebras - Três músculos – oclusão e elevação palpebral - Ex: paralisia facial periférica – paralisia do músculo responsável pela oclusão da pálpebra → lagoftalmo. → Avaliar presença de edema e lesões - Lesões/ alterações pigmentares: xantelasma (são acúmulos de gordura na região das pálpebras, que ficam com cor amarelada/placas amareladas de depósito de gordura que acometem a região da pálpebra superior e inferior; geralmente está relacionada a uma dislipidemia/um aumento de colesterol), hordéolo (infecção bacteriana na glândula), calázio (inflamação por entupimento do ducto); → Condição e direção dos cílios: Entrópio - pálpebra – geralmente inferior – se dobra e faz com que cílios toquem a córnea, podendo lesioná-la); Ectrópio - (eversão da pálpebra – principalmente na inferior – fazendo que o globo ocular não seja totalmente ocluído, devido a isso pudesse ter lesão por manter a fenda ocular aberta); Triquíase - alinhamento incorreto dos cílios, causando traumas corneanos; Largura das fissuras palpebrais: - Lagoftalmo – fechamento incompleto da fenda palpebral; - Causas: Paralisia facial, exoftalmia; Ptose palpebral - disfunção do paciente em realizar a abertura da fenda palpebral de maneira normal. - geralmente é decorrente do acometimento do músculo levantador da pálpebra, possuindo diferentes etiologias, quais sejam, congênitas ou adquiridas; Edema palpebral Blefarite - Inflamação das pálpebras, geralmente relacionada com oleosidade palpebral excessiva. Manifestação na pálpebra da dermatite seborreica, popularmente chamada de “caspa”. Se correlaciona com a ocorrência de calázio. Conjuntiva - Membrana mucosa, transparente e fina que reveste a esclera do limbo até a superfície posterior dapálpebra. - Dividida em duas porções: o Conjuntiva palpebral: reveste a pálpebra o Conjuntiva bulbar: recobre o globo ocular → Normal: rósea, rede vascular levemente desenhada - Torna-se pálida na anemia, amarelada na icterícia e hiperemiada nas conjuntivites; - Avaliar presença de secreção. Conjuntivas e Esclera - exame das conjuntivas palpebrais Técnica: - Tração das pálpebras inferiores para baixo; - Tração das pálpebras superiores para frente e para cima – eversão - pressão com um cotonete 1 cm acima da borda palpebral. ❖ Verificar: coloração, presença de hemorragia, edema. Olho Vermelho - A vermelhidão ocular é uma condição muito comum, tendo diferentes causas: trauma, infecção, alergia, crises de tosse intensa ou de vômitos; → Diagnóstico diferencial - Conjuntivite; - Corpo estranho; - Hemorragia conjuntival; Glaucoma agudo - é quando existe uma alteração na pressão intraocular de forma aguda; Esclerite - em geral associada a doenças reumatológicas em que existe um processo inflamatório local que leva a clínica de olho vermelho; Córnea e Cristalino - A superfície da córnea é tão regular de modo que pequenas alterações são facilmente observadas com boa iluminação. - Avaliar existência de opacificação. - Avaliar sensibilidade com ponta de algodão. Halo senil: - círculo branco-acinzentado, que acompanha o envelhecimento normal, embora ocorra também em jovens, especialmente negros. Pupilas - forma: arredondada - localização: central - tamanho: variável de acordo com a claridade * o 3 a 5 mm em um ambiente iluminado Miose - pupila contraída (< 3 mm) Midríase - pupila dilatada (> 7 mm) Anisocoria - pupilas de tamanho desigual (exemplo: aconteceu um acidente automobilístico, paciente chegou ao PS, passo fundamental e obrigatório avaliar as pupilas – pego um ponto de luz e vou ver se existe reatividade e vou ver se as pupilas são simétricas (se não tiverem as mesmas características chamo de anisocoria); ❖ Preciso saber avaliar a reatividade pupilar; Reflexos Pupilares → Reflexo pupilar à luz ou Reflexo fotomotor: - Quando estimulamos a retina de um olho com luz e ocorre MIOSE NAQUELE OLHO (homolateral); → Reflexo pupilar à luz ou Reflexo fotomotor: - Quando estimulamos um olho com luz e o OUTRO OLHO também apresenta MIOSE é porque se tem integridade das vias. Por que isso acontece? Porque as vias apresentam um cruzamento, o nervo óptico apresenta uma região que chama quiasma óptico (que é quando as fibras de um lado cruzam com as fibras de outro lado); → Reflexo fotomotor direto e consensual: - É um arco reflexo, é uma resposta que o nosso corpo tem vias que já arquiteturam isso. - Então, o nervo óptico leva a informação aferente para o SNC que organiza essa informação nesse núcleo cerebral (chamado Núcleo de EdingerWestphal), gerando uma resposta eferente através do nervo oculomotor (Que resposta eferente é essa? De contração pupilar); - Braço aferente da via: nervo óptico; - Núcleo de Edinger-Westphal; - Braço eferente: nervo oculomotor; TÉCNICA: -Sala com luz apagada; - Lanterna/foco de luz; - Incidir a luz em direção a um globo ocular: observar a miose homolateral (REFLEXO DIRETO); - Retirar o foco de luz e aguardar a pupila reacomodar; - Incidir a luz novamente no olho, colocando a mão na região nasal (entre as hemifaces) para impedir a passagem dos raios para o outro lado; - Observar a miose no olho não estimulado (REFLEXO CONSENSUAL) ❖ Repetir todo o exame no outro olho!!!! → Reflexo de acomodação – convergência - Contração das pupilas e convergência dos globos oculares com a aproximação de um foco; - Paciente observa algo distante. - Examinador pede-lhe para olhar para a ponta de seu dedo ou objeto, colocado a curta distância dos seus olhos, o que provoca convergência dos olhos, constrição pupilar (miose) e aumenta a convexidade do cristalino. - o nervo oculomotor (III) Se perguntar quais são os reflexos pupilares, eles são três: fotomotor direto, fotomotor indireto e reflexo de acomodação convergência.” - ATENÇÃO: REFLEXO PUPILAR ENVOLVE A REALIZAÇÃO DOS 3 REFLEXOS – FOTOMOTOR DIRETO, INDIRETO E DE ACOMODAÇÃO GLOBO OCULAR Inspeção Estática → Exoftalmia: projeção do globo ocular; - Unilateral – tumores, processos inflamatórios; - Bilateral – hipertireoidismo. → Enoftalmia: afundamento do globo ocular - Unilateral – relacionada a cegueira. - O que faz o globo ocular de um paciente se desenvolver é a luz solar e enxergar; se uma criança nasceu cega, não teve acompanhamento adequado, ele pode evoluir para uma enoftalmia do lado que não enxerga; - Bilateral – desnutrição. → Estrabismo {o ideal/o fisiológico é que os nossos globos oculares tenham um posicionamento central e que sejam simétricos, mas um dos lados pode ter um deslocamento}; - Por que acontece o estrabismo? Por paralisia de nervo (alteração nervosa); - Convergente (paralisia do VI par), acontece quando ocorre um deslocamento medial de um dos olhos (ou seja: olho fica voltado para a região nasal); - Divergente (paralisia do III par), fica voltado para a região lateral, temporal Movimentos Involuntários → Nistagmo: - abalos rítmicos do globo ocular com oscilações rápidas e curtas de ambos os olhos no sentido horizontal, rotatório ou vertical (pode ser indicação de doença neurológica). - Nistagmo pode ser transitório ou fisiológico; - Exemplos: você está brincando de girar, quando você para o seu olho continua fazendo esse movimento ou doenças neurológicas que vão levar a alterações patológicas, nistagmos patológicos. NARIZ PRINCIPAIS QUEIXAS: - Obstrução nasal; - Coriza/rinorreia; - Dor; - Espirros; - Prurido; - Alterações do olfato; - Epistaxe (sangramento nasal); Inspeção externa ❖ Muito importante observar a forma do nariz (para ver se há alguma alteração no formato do nariz que me sugira uma condição/uma doença ou um diagnóstico). Alteração da forma: * Nariz em sela – depressão profunda do dorso nasal (Sífilis Congênita – transmissão gestacional); * Lesões tumorais. ❖ O osso nasal é bem importante para o diagnóstico intrauterino de trissomias (algumas trissomias podem levas à ausência do osso nasal); - Lesões da pele: * Telangiectasias; * Acne. Inspeção interna – Exame endonasal → Utilização de espéculo nasal; cabeça inclinada para trás; → Avaliar mucosa (cor, se tem edema, se tem sangramento, se ela está bem hidratada) e septo (avaliar se existe desvio, se existe inflamação, se existe perfuração – o que pode causar perfuração são: tumores, leshimaniose tegumentar americana e uso de drogas, deve-se avaliar, também, se tem pólipo); → Mucosa nasal: - Coloração, presença de edema, sangramento, exsudato; - A mucosa normal é rosada, úmida, com superfície lisa e limpa. → Septo nasal: - Desvio, inflamação, perfuração, ulceração, pólipos. → Exame endonasal: - Sangue – epistaxe; - Secreções mucopurulentas – rinite catarral, sinusites; - Perfuração do septo nasal – trauma, cirurgia e uso de cocaína; - Mucosa nasal pálida – rinite alérgica; - Mucosa nasal vermelha e edemaciada – rinite aguda. SEIOS PARANASAIS Inspeção, palpação → Inspeção - Intumescimento - processo inflamatório ou neoplásico; → Palpação - Palpo com os polegares a região do seio frontal e do seio maxilar, palpo com os dois polegares ao mesmo tempo e observo se existe a presença de dor; - Pesquisa de dor – sinusite. ORELHAS PRINCIPAIS QUEIXAS - Otalgia; - Prurido; - Otorréia (presença de secreção); - Otorragia (presença de sangue); - Hipoacusia (diminuição da capacidade auditiva); - Zumbidos; - Vertigem (Por quevertigem entra como uma queixa relacionada a orelha? Porque o sistema vestibulococlear é um sistema que vai fazer parte tanto das vias relacionadas ao equilíbrio quanto as vias relacionadas a audição, são vias conectadas, estão relacionadas ao VIII par de nervo craniano e são estruturas que estão justapostas – por isso que tem a ver vertigem com orelha; ❖ Muito comum paciente que está com otite média bacteriana ter sintoma de tontura. Inspeção → Forma - Deformidades – inflamação ou neoplasia; lembrar do queloide (tumores benignos relacionados a traumas (furos/piercings); pós furar brinco por exemplo, pode ocorrer uma inflamação com secreção purulenta); → Coloração - Cianose. → Lesões cutâneas Palpação → Região pré-auricular (nela encontra-se a parótida) e mastoidea – dor na otite externa e mastoidite; → Presença de linfonodos Otoscopia - exame do conduto auditivo e membrana timpânica - Observar estado da pele, presença de cerúmen ou descamação no conduto. - Membrana timpânica - Deve ser avaliada com relação à sua integridade, aspecto, cor, forma e contorno. - Cor aperolada, brilhante - Diagnóstico de infecções (otites), perfurações, más formações e outras alterações. Técnica → Tracionar o pavilhão auricular para cima e para trás, para RETIFICAR O CANAL AUDITIVO (porque ele é irregular); → Atenção para as mãos que usa para examinar! → Pegar no otoscópio como pega no lápis; Conduto Auditivo Externo → Corpo estranho - Sintomas locais: surdez, prurido e dor; - Sintomas gerais: náuseas e tontura. → Processos inflamatórios - Eczema, furunculose. → Presença de sangue e pus - Otite média supurada com ruptura da membrana do tímpano. * Parte superior da membrana timpânica: parte flácida; * Parte mais inferior (restante da membrana): parte tensa; * Cabo do martelo; * Triângulo luminoso (ponto de máxima irradiação da luz); * A depender da transparência do tímpano, poderá ser vista a bigorna. Otite bacteriana: - nela vai ocorrer um avermelhamento dessa membrana, perda dessa luminosidade fisiológica; Otite externa: - é uma dermatite seborreica no conduto auditivo; BOCA - Lábios; - Bochechas (mucosa oral); - Gengivas - dentes - língua - assoalho da boca; - Palato duro - palato mole; - Orofaringe; - Glândulas salivares. Semiotécnica – Inspeção e Palpação - Abertura da boca; - Iluminação com lanterna; - Auxílio do abaixador de língua - depressão da língua nos seus dois terços anteriores para evitar o reflexo nauseoso; - Palpação com luva. ❖ “Mucosas normalmente rosadas, brilhantes e úmidas” Lábios - Deve-se fazer a inspeção e palpação; Avaliar: - Textura ímpar; - Coloração rosada (palidez é um sinal direto de anemia; e lábios roxos – cianose); - Forma; - Presença de lesões. Inspeção - Lesões de pele: * Herpes labial, queilite (eritema e maceração nas comissuras labiais; geralmente acontece em indivíduos mais velhas devido ao acúmulo de saliva nessa região e, além disso vai ocorrer a proliferação de fungos); O herpes labial é a localização mais comum de herpes e que em geral, sempre reincidia no mesmo ponto do lábio; - Alterações do volume: * Tumores, edema. - Alterações de forma : * Lábio leporino (não ocorre o fechamento adequado do lábio), cicatrizes. - Alterações da coloração: * Cianose, palidez, hiperpigmentação. - Alteração da rima: * Paralisia facial. Palpação - Pesquisa de edema (urticária pode levar ao aumento de volume dos lábios, em geral é transitório o edema); - Delimitação e consistência de tumores e ulcerações Bochechas Bochechas – mucosa oral: → Inspeção externa: - Edema / retração / lesões. → Inspeção interna: (mucosa oral ou jugal) - Coloração (palidez, icterícia, hiperpigmentação); - Lesões (enantemas / estomatites / leucoplasias). Palpação: - Edema, tumor (consistência amolecida ou dura); ❖ Pode-se ter alterações nas saídas das glândulas salivares. Gengivas - É muito importante examinar, porque o paciente pode não ter uma higiene bucal tão adequada, e pode acontecer o processo de periodontite (processo inflamatório infeccioso ao redor do dente) → é um fator de risco para trabalho de parto prematuro, para aborto (faz parte do pré-natal examinar e saber orientar as condutas adequadas, a busca pelo dentista durante o pré-natal); - Pode-se ter uma endocardite bacteriana (formam vegetações decorrentes de bactéria na valva cardíaca e a origem dessas bactérias pode ser periodontal) Inspeção: - Eversão dos lábios e afastamento das bochechas com abaixador; - Coloração, papilas interdentárias; - Presença de edema (gengivites, hipertrofias, tumores). → Palpação: - Tumores Dentes → Inspeção: - Tamanho (macrodontia, microdontia); - Forma e estrutura (dentes de Huntchinson → manifestação de sífilis congênita); - Coloração; - Estado dos dentes. → Palpação: - Mobilidade dental. Língua → Avaliar em 3 posições: - Posição de repouso; - Para fora da boca; - Tocando o céu da boca com a ponta da língua (porque pode-se ter alteração em qualquer região específica da língua). - Tamanho - Cor: róseo-avermelhada - Umidade: levemente úmida - Superfície: discretamente rugosa - Aspecto global → Língua geográfica: é uma variação muito comum; língua em que as papilas têm uma conformação especial, tem uma piora ardência/sensibilidade após o consumo de alimentos ácidos. - Língua geográfica, seca, careca, saburrosa, em framboesa. → Língua saburrosa: - língua pegajosa, às vezes com secreção. → Presença de lesões - Ulcerações, tumores, leucoplasias. → Motricidade da língua – protrusão; → Palpação de tumores (usar luvas); Assoalho da Boca Elevação da língua → Observar e avaliarmos: - Frênulo lingual - Papilas sublinguais - Lesões da mucosa oral e da língua Palato duro e mole → Coloração: - Icterícia, palidez, hiperemia, hiperpigmentação. → Forma: - Ogival (respirador “oral”), palato que fica fundo, típico de crianças que usam chupeta; - Tumores; - Perfurações; - Fissuras; - Motricidade - pronunciar “ahhhh”. OROFARINGE Semiotécnica → Observar: - Pilar anterior e posterior - Fossas amigdalianas - Tonsilas palatinas - Parede posterior da faringe ❖ Quando estamos avaliando um paciente com paralisia facial e pedirmos para ele abrir a boca ele pode ter paralisia da úvula e vamos observar se tem um deslocamento dessa úvula; Alterações - Vesiculosa (primo infecção herpética; deixa as crianças bem prostradas, perda de apetite, muita dor. Ao examinar conseguimos ver as bolhas da água ou exucerações); - Purulenta; - Membranosa; - Abscesso amigdaliano; - Faringite; - Abscesso retrofaríngeo. Glândulas Salivares → Parótida: - Localizada na região pré-auricular; recoberta por uma fáscia de tecido conjuntivo, parotidea; - Seu ducto sai na altura do 2º molar inferior; → Submandibulares → Sublinguais Inspeção – palpação; - Abertura dos ductos das glândulas; - Parótida – 2º molar superior; - Ductos submandibulares – dois pequenos orifícios de cada lado do freio lingual; → Glândulas sublinguais – orifícios localizados nas papilas sublinguais (elevações ao lado dos orifícios das glândulas submandibulares). ❖ Avaliar consistência, sensibilidade, limites, temperatura - Em condições normais, as glândulas salivares não são visíveis. - Nos processos inflamatórios e na obstrução dos canais salivares ficam intumescidas e dolorosas. → Alteração do volume - Inflamação (parotidite) - Tumor - Obstrução do canal AULA PRÁTICA – OTOSCOPIA Passos iniciais: - Apresentar-se ao paciente;- Chamá-lo pelo nome; - Higienizar as mãos; - Explicar o exame para o paciente; Sequência do Exame: - Pedir para o paciente sentar-se; - Inspecionar a orelha externa bilateralmente e descrever a aparência e a cor da pele, a presença de nódulos ou malformações. - Um sinus pré-auricular (também conhecido como uma fístula auricular congênita, um seio pré-auricular, uma depressão auricular ou coloboma auris) é uma malformação congênita comum (assintomático), caracterizada por um nódulo, depressão ou pequeno orifício localizado em qualquer lugar adjacente ao ouvido externo – pode infeccionar e formar um abscesso (pode ser drenado ou removido); Orelha de abano: projeção do pavilhão auricular muito para frente - distância exagerada do crânio (pode causar problemas psicológicos na criança, decorrente ao bullying, comumente praticado). Não desenvolvimento e expansão do pavilhão auditivo externo – a orelha não está “completa”, é um “broto”. Exame do conduto auditivo e membrana timpânica - Observar estado da pele, presença de cerúmen ou descamação no conduto. - A cera inicialmente é clara, quase transparente, a medida em que se acumula vai amarelando, ficando cada vez mais escura, chegando a formar um âmbar, até ficar preto. Quanto mais antigo o cerúmen mais duro, consequentemente mais difícil a remoção. - Quando a energia proveniente da fonte sonora atinge o tímpano, a energia associada à perturbação do ar é transmitida a membrana timpânica, fazendo-a vibrar de acordo com a frequência e amplitude do som que a atingiu. A onda formada por "regiões de compressão e rarefação das partículas do ar” provoca as perturbações no tímpano, as quais são transmitidas por meio dos ossículos à janela oval (orelha interna, que contém o órgão da audição, a cóclea – enviar o sinal ao nervo auditivo). - Membrana timpânica - Deve ser avaliada com relação à sua integridade, aspecto, cor, forma e contorno. - Tímpano: Cor perolada, brilhante - Diagnóstico de infecções (otites), perfurações e outras alterações. -Escolher um espéculo limpo que seja do tamanho adequado para o exame do paciente; - Ligar o otoscópio; - Tracionar o pavilhão auricular para cima e para trás, para RETIFICAR O CANAL AUDITIVO; - Atenção para as mãos que usa para examinar! - Pegar no otoscópio como pega no lápis; Ao examinar a orelha direita: - segurar o otoscópio da forma que se segura um lápis utilizando a mão direita (otoscópio deve ser segurado próximo ao engate entre o cabo e a porção emissora de luz. Deve-se repousar o equipamento entre o polegar, indicador e dedo médio e com o dorso da mão voltado para a face do paciente). - A mão esquerda deve tracionar o pavilhão auditivo para cima e para trás (para corrigir a curvatura do canal auditivo, no caso de um adulto). - O aparelho deve ser introduzido vagarosamente, sempre mantendo a mão direita levemente apoiada na face do paciente (para evitar movimentos bruscos); Ao examinar a orelha esquerda: - segurar o otoscópio da forma que se segura um lápis utilizando a mão esquerda (otoscópio deve ser segurado próximo ao engate entre o cabo e a porção emissora de luz. Deve-se repousar o equipamento entre o polegar, indicador e dedo médio e com o dorso da mão voltado para a face do paciente). - A mão direita deve tracionar o pavilhão auditivo para cima e para trás. - O aparelho deve ser introduzido vagarosamente, sempre mantendo a mão esquerda levemente apoiada na face do paciente (para evitar movimentos bruscos); * Examinar o conduto auditivo e determinar se há eritema, cerúmen, corpos estranhos, otorragia ou secreção purulenta. * Observar a membrana timpânica e suas estruturas: * Parte flácida - parte superior da membrana timpânica; * Parte tensa; * Cabo do martelo; * Triângulo luminoso; * Retirar vagarosamente o otoscópio, desligar a luz e higienizar adequadamente o espéculo. * Sempre, deve-se examinar os dois ouvidos, independente da queixa! - O tímpano perfurado, quando não é corretamente tratado, pode causar complicações, como Perda de Audição, Otites, Colesteatoma e até mesmo o aparecimento de Cistos no ouvido médio (não necessariamente, a ruptura do tímpano gerará a perda auditiva, mas devido as condições em que se pode encontrar a cicatriz, inevitavelmente, ocorre uma diminuição da acuidade auditiva); - A otite média aguda (OMA) resulta de uma infecção provocada por vírus ou bactérias, geralmente decorrente de uma complicação do resfriado comum ou de alergias. Embora a otite média aguda possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum entre os três meses e três anos de idade - Se a infecção se espalhar, a pessoa pode apresentar uma dor de cabeça intensa, confusão ou perda de função cerebral. IMAGENS DE FUNDO DE OLHO Fundo de olho normal: -O fundo representa a retina – meio avermelhada; - Disco óptico; A camada mais interna é a retina: a porção do olho que percebe a luz. - Ela contém células bastonetes, que são responsáveis pela visão em condições de pouca luz, e as células cone, responsáveis pela visão de cores e detalhes; - Essa região central se encontra menos vascularizada; - A mácula é uma pequena região no centro da retina (“mancha” avermelhada), que permite que uma pessoa possa ver detalhes. As células sensíveis à luz da mácula, conhecidas como fotorreceptores, convertem a luz do campo visual em impulsos elétricos e, em seguida, transferem os impulsos para o cérebro através do nervo óptico; Há duas regiões especiais na retina: a fóvea centralis (ou fóvea ou mancha amarela – é o centro da mácula) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez; - A imagem ilustra o olho direito do paciente; - Um pouco mais medial se encontra o nervo óptico: Sua função é, basicamente, conectar o cérebro aos nossos olhos, como uma espécie de fio condutor. Foi descoberto que o nervo óptico está de fato nivelado com a retina, portanto o termo papila (circunscrita e bem brilhosa) é uma velha palavra errônea que ainda é usada ocasionalmente como referência à cabeça do nervo óptico; - Da papila saem as artérias principais: nasal superior, nasal inferior, temporal inferior e temporal superior; - As mais finas são as artérias; - As mais calibrosas são as veias. Se uma pessoa teve um AVC na região occipital ele corre o risco de ficar cego? Sim, pode!! Os pequenos fotorreceptores da retina (a superfície interna, na parte posterior do olho) percebem a luz e transmitem os impulsos até o nervo óptico. A junção dos dois nervos é denominada quiasma óptico, o qual se divide em dois novamente, formando os corpos geniculados, passando pelos cornos e chegando ao córtex visual, no lobo occipital MANCHAS DE ROTH (êmbolos sépticos) - Paciente apresenta endocardite bacteriana; - Infecção do revestimento interno do coração, geralmente envolvendo as válvulas cardíacas - Tanto na endocardite bacteriana aguda como na subaguda, as artérias podem ficar bloqueadas se aglomerados de bactérias e coágulos de sangue nas válvulas (chamadas vegetações) se desprenderem (tornando-se êmbolos), viajarem através da corrente sanguínea para outras partes do corpo e se alojarem em uma artéria, obstruindo-a. Às vezes, a obstrução pode ter consequências graves. - A obstrução de uma artéria no cérebro pode causar um acidente vascular cerebral e a obstrução de uma artéria do coração pode causar um ataque cardíaco. - O êmbolo também pode causar uma infecção na área em que se aloja e/ou obstruir pequenos vasos sanguíneos e lesionar órgãos. Os órgãos afetados frequentemente incluem os pulmões, rins, baço e cérebro. Frequentemente, o êmbolo também viaja para a pele e para a parte posterior do olho (retina – discretas hemorragias); - Coleções de pus (abscessos) podem sedesenvolver na base de válvulas cardíacas infectadas ou onde quer que os êmbolos infectados se alojem; PAPILEDEMA (hipertensão intracraniana) - A papila, o disco óptico está borrado, sem tanta nitidez/ edemaciada, “o branco dele espalhou um pouco”, não está um ”solzinho” concentrado e bonito; - O edema de papila é comum em uma situação de hipertensão intracraniana; - A imagem ilustra o olho esquerdo. - Comum em situações de trauma, presença de tumor, hidrocefalia e entre outros fatores. RETINOPATIA HIPERTENSIVA (HAS crônica) - Apresenta inúmeros vasos sanguíneos que são tortuosos e se entrecortam (não são contínuos) – toda a vasculatura é praticamente visível; - Há tantos vasos sanguíneos que até “permeiam” o nervo óptico; - Vasos sanguíneos chegando na mácula e fóvea; - Já está com uma coloração alaranjado avermelhado de tantas hemorragias presentes; - O II nervo (óptico) é avaliado observando-se a fixação visual a objetos e fundoscopia. Além disso, o nervo óptico também é responsável pela aferência do reflexo fotomotor (presente desde o nascimento). - Ao contrário do que muitos imaginam, o exame de fundo de olho pode ser feito em muitas crianças (desde que haja um mínimo de colaboração). Em poucos segundos podemos avaliar as bordas e cor da papila óptica. - Reflexo fotomotor direto = miose após estímulo luminoso. - Reflexo consensual: permite uma resposta eferente ao estímulo luminoso (miose) também no outro não estimulado pela luz. - Reflexo de acomodação = constrição pupilar (miose) ao convergir o olhar. - Dissociação luz-perto = pouca (ou nenhuma) miose no reflexo fotomotor direto, mas miose normal à convergência. - A midríase (pupila dilatada) consiste no aumento do diâmetro da pupila (maior que 4 mm). Dizemos que estamos perante uma midríase fixa ou paralítica se mesmo após estimulação luminosa, a pupila continuar dilatada, ou seja, após estímulos de luz a pupila deveria contrair (função reagente), contudo continua aumentada (grande). A midríase pode ocorrer em apenas um dos olhos (midríase unilateral) ou nos dois olhos (midríase bilateral). - Em oposição à midríase pupilar onde ocorre o aumento da pupila, pode ocorrer uma contração da pupila que se designa de miose (diâmetro da pupila menor que 2 mm). Neste caso, verifica-se uma diminuição do diâmetro das pupilas. - É importante, ainda, diferenciarmos a midríase de anisocoria, nesta anomalia existe uma desigualdade no tamanho do diâmetro pupilar, que é mais notório em ambientes com pouca luz (relembrar aula teórica). OBS.: O reflexo pupilar à luz ou reflexo fotomotor é parte de um exame neurológico padrão. Ele avalia o reflexo de constrição da pupila, chamada miose, diante da incidência de luz direta no olho a ser testado. Portanto, podemos avaliar anormalidades na via aferente do nervo óptico ou na via eferente visceral do nervo oculomotor EXAME FÍSICO DO PESCOÇO Métodos propedêuticos: - Inspeção; - Palpação; - Ausculta dos ruídos vasculares. Pescoço - Simetria Simetria normal do pescoço: - Depressão submentoniana; - Saliência da cartilagem tireóide (principalmente em pacientes magros); - Depressão da fossa supraesternal; - Depressão entre mm. Esternocleidomastóideos. Simetria normal do pescoço - Saliências dos mm paravertebrais, trapézios e apófise espinhosa da sétima vértebra cervical; Simetria normal do pescoço - Lordose fisiológica cervical; Trígonos do Pescoço Regiões triangulares que utilizamos para descrever a localização de lesões e a localização vai nos fazer pensar qual a origem dessa lesão. Assimetrias PELAS ALTERAÇÕES DAS ESTRUTURAS DO PESCOÇO PELE - Lesões; sinais flogísticos; - Cicatrizes – traumas / cirurgias (inclusive tireoidectomia – confunde-se com cicatriz de traqueostomia); → ADENOMEGALIA (termo que usamos para descrever o aumento das cadeias linfonodais, popularmente chamadas de ínguas); pode ser tão expressiva que só na inspeção já consigo visualizar a cadeia linfonodal comprometida. → SUBCUTÂNEO - Edema/Tumores → AUMENTO DAS GLÂNDULAS PARÓTIDAS OU SUBMANDIBULARES → MUSCULATURA / POSIÇÃO - NORMAL – posição mediana; - Rigidez de nuca – meningite, AVC hemorrágico – hipertonia local, persistente, de músculos do pescoço, o que impede a anteflexão passiva da cabeça em direção ao peito. A rigidez de nuca é antálgico e ocorre no sentido de evitar o estiramento das raízes nervosas. Existe um processo inflamatório na meninge que vai impedir que eu fleta a cabeça em direção ao tronco desse paciente, vai acontecer um processo de rigidez. Por que vai acontecer essa rigidez? Por dor, existe um bloqueio que o corpo está tentando evitar que o paciente sinta dor; quando tentamos fazer esse movimento, não consegue, bloqueia. - Torcicolo (espasmos involuntários e arrítmicos de causa não estabelecida que ocorrem em músculos esqueléticos, podendo gerar dor); - Doença articular crônica da coluna cervical; → MOBILIDADE – flexão; extensão; rotação; lateralidade - Observar contratura, resistência e dor; ATITUDES VICIOSAS (estão alterando a posição do nosso pescoço, da nossa cabeça, da nossa coluna, de toda a nossa geração); PULSAÇÕES ARTERIAIS DO PESCOÇO Carótidas → INSPEÇÃO - Pulsações – podem ser visíveis. → PALPAÇÃO - intensidade; - Simetria - estenose ou oclusão do vaso; - Frêmito (sensação de turbilhonamento desse fluxo). → AUSCULTA - Sopros da própria carótida ou irradiação do coração. PALPAÇÃO → Carotídeo: - Palpar com cuidado: → Para evitar síndrome do seio carotídeo - Seio carotídeo: estrutura que tem como função o controle dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. - Síndrome do seio carotídeo, também denominada hipersensibilidade do seio carotídeo, leva à diminuição dos batimentos cardíacos e da pressão arterial devido a movimentos bruscos do pescoço ou compressão da região; → Placa de ateroma; Carotídeo: - Não palpar simultaneamente: quando palpamos pode-se ter a síndrome do seio carotídeo – que é a obstrução do fluxo nessa carótida que vai levar a um hipofluxo cerebral e o paciente pode até ter uma síncope. Sempre que formos palpar, vamos palpar primeiro um lado e depois o outro. Se o paciente já tiver um fluxo diminuído, por exemplo, uma aterosclerose importante (placa de aterosclerose nessas carótidas), se eu comprimir as duas carótidas, eu posso ter realmente uma compressão efetiva e faltar sangue no SNC desse paciente. - Isquemia cerebral - Principalmente em idosos. Técnica – Palpação Carotídeo: → Paciente sentado: - Borda anterior do músculo esternocleidomastoideo; - Polegar: * Direito - Carótida Esquerda * Esquerdo - Carótida Direita → Paciente decúbito dorsal: - Borda anterior do músculo esternocleidomastóideo; - Indicador, médio e se necessário anular; - Cabeça levemente fletida. ❖ Depois de palpar, vou auscultar. ❖ O que é uma ausculta alterada? Presença de sopro nessa região. ❖ Por que eu poderia ter sopro? Pelo turbilhonamento do sangue. Se tiver uma aterosclerose, vai ter um turbilhonamento nessa região e vou ter a manifestação clínica na forma de sopro. AORTA → PALPAÇÃO DA PAREDE DA AORTA NA FÚRCULA ESTERNAL - Exercício físico intenso – aumento da força contrátil do coração; - Idosos – alongamento e dilatação decorrente de alterações degenerativas; - Hipertensos – dilatação dinâmica da aorta; - Insuficiência Aórtica. ❖ Primeiro inspeciono, depois palpo e ausculto VEIAS JUGULARES → VEIAS JUGULARES EXTERNAS – atravessa a parótida; passa sobre o esternocleidomastoide (isso quer dizer que ela é visível ou pode ser visível) e termina na subclávia. → TURGÊNCIA JUGULAR NORMAL FISIOLÓGICA: - normal em decúbito dorsal; - aumenta na expiração;- desaparecimento com elevação da cabeça acima de 30º ESTASE JUGULAR - TURGÊNCIA DA JUGULAR COM ELEVAÇÃO DA CABEÇA ACIMA DE 30° (ou seja, eu elevo a cabeceira desse paciente e eu vejo a jugular externa (torna-se visível); - UNILATERAL – TUMOR; - AUMENTO DA PRESSÃO INTRATORÁCICA (pneumotórax/derrame pleural volumoso); - INSUFICIÊNCIA CARDÍACA – causa mais frequente; TRAQUEIA Posição normal: Traqueia sob as cartilagens: tireoide e cricoide TIREOIDE Inspeção - Tireoide situa-se na parte anterior do pescoço, 1 a 2 cm acima do esterno, em frente dos primeiros anéis da traqueia e das partes laterais da laringe. - Tem dois lobos laterais e uma porção média (chamada istmo); - Localização da cartilagem tireoide e cricóide - Abaixo da cricóide → glândula tireóide; - Em repouso e à deglutição. - Normalmente, a tireoide NÃO é visível! - O aumento da glândula pode ser de até 4-5x o seu tamanho, sem que seja visível – por esta razão, inspeção deve ser realizada com pescoço em extensão. *** Na inspeção: avaliar se o aumento é difuso, se há nodulações visíveis, se a pele apresenta eritema. Aumento do volume da tireoide recebe o nome de BÓCIO. *** *** Realizar a inspeção também durante a deglutição. A cartilagem tireoide, a cartilagem cricoide e a glândula tireoide elevam-se durante a deglutição. *** Palpação Abordagem bimanual posterior: - Identificar istmo / lobos - Flexão do pescoço ou rotação discreta relaxam esternocleidomastoideo ATENÇÃO: IDENTIFICAR A CARTILAGEM TIREOIDEA, A CRICOIDE E O ISTMO DA TIREOIDE Abordagem posterior - Técnica bimanual - Paciente sentado e examinador de pé atrás dele; - Mãos e dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca; ATENÇÃO: Palpar com pontas dos indicadores e médios, de lateral para medial, que se tocam na linha mediana; Por que tenho que palpar a linha média? Porque tenho o istmo e posso ter um paciente que tem um nódulo exatamente no istmo; EM SEGUIDA, PEDIR PARA O PACIENTE DEGLUTIR E PALPAR DURANTE A DEGLUTIÇÃO. - Fisiológico: sentir a passagem da tireoide para cima e para baixo, acompanhando o movimento da laringe. - Durante a palpação, pode ocorrer frêmito (nódulo hiperfuncionante → pode ter um aumento do suprimento vascular → vou ter o frêmito – sensação de turbilhonamento). OUTROS MÉTODOS PARA PALPAR A TIREOIDE: - Independentemente do método utilizado para palpar a tireoide, o primeiro passo sempre é localizar a glândula. - Independentemente do método utilizado para palpar a tireoide, sempre palpar em repouso e deglutindo (Por que tenho que pedir para deglutir? Por que a tireoide tem que ser móvel, se eu tiver algum tumor infiltrando a tireoide ou se tiver um tumor próprio da tireoide ele pode alterar essa mobilidade tireoidiana, ou mesmo um nódulo volumoso); Ausculta - Auscultar a região da tireoide – quando eu auscultar, eu vou, em geral, escutar a passagem do ar (por estar à frente da traqueia), mas se tiver um nódulo hiperfuncionante além do frêmito, posso ter a ausculta de sopro tireoidiano. - Quanto em tireotoxicose, o aumento do fluxo sanguíneo poderá determinar a ocorrência de sopros sobre a glândula, algumas vezes acompanhados de frêmitos. Caracteres propedêuticos: - Tamanho: normal ou aumentado; difuso ou segmentar; - Consistência: normal (elástica); firme; endurecida; - Sensibilidade: dolorosa (sinal de alerta) ou indolor; - Superfície: lisa, nodular, irregular; - Mobilidade: normal ou imóvel; - Presença de frêmito ou sopro; → Tireóide normal: - Lisa; - Elástica (consistência de tec. muscular); - Móvel; - Indolor; - Sem sopros ou frêmito; Linfonodos Íngua: nome popular para descrever que o linfonodo sofreu uma alteração (mudança na forma, no tamanho) INSPEÇÃO - Volume e comparação a objetos conhecidos; - Avaliar cor da pele sobre as cadeias de linfonodos. PALPAÇÃO Técnica – pontas dos dedos indicador e médio; desloque a pele sob os tecidos subjacentes em cada região - Dedilhar + deslizar - Avaliador em frente ao paciente – SEMPRE! Paciente sentado! GRUPOS LINFONODOS: - Pré-auricular – à frente da orelha; - Retroauriculares – sobre o processo mastóide; - Occipitais – na base do crânio, posteriores; - Amigdalianos ou tonsilares – no ângulo da mandíbula; - Submandibulares – a meio caminho entre o ângulo e a ponta da mandíbula; - Submentonianos – na linha média, alguns cm atrás da ponta da mandíbula; - Cervicais superficiais/ anteriores – superficiais aos esternocleidomastoideos; - Cervicais posteriores – ao longo da borda anterior do trapézio; - Cadeia cervical profunda – profundamente no esternocleidomastoideo; - Supraclaviculares – no ângulo entre a clavícula e o esternocleidomastoideo; → Cadeia cervical profunda fica atrás do esternocleidomastoideo, para palpar tem-se que pinçar o esternocleidomastoideo e vai palpar embaixo da musculatura; → Quem já teve uma amigdalite pode ter o tonsilar palpável sem isso significar uma patologia; CARACTERES PROPEDÊUTICOS: - Localização; - Número; - Tamanho; - Forma; - Delimitação (isolados ou agrupados); - Mobilidade; - Consistência; - Sensibilidade; - Estado da pele; - Flutuação; Fistulização (quando forma um trajeto comunicando esse acúmulo interno de secreção coma superfície da pele). → “Gânglios pequenos, móveis, isolados e indolores são frequentemente encontrados em pessoas normais”. → O que não se espera é que se tenha muitos linfonodos alterados, muitos linfonodos palpáveis, que tenham sensação de flutuação, que sejam endurecidos, aderidos a planos profundos, que sejam coalescentes (reunidos/juntos); → Não é normal sentir dor na palpação do linfonodo, sentir um desconforto é normal, dor não; → Consistência pode ser amolecida por ter pus no linfonodo; → Não apenas doenças bacterianas podem alterar os linfonodos, algumas doenças virais podem alterar os linfonodos, lesões tumorais (metástase de tumor, acometimento linfonodal muito frequente quando se tem metástase), linfonodos podem ficar endurecidos, palpáveis, eritema na pele; CASO MADALENA - hipertireoidismo há 6 anos – abortamento - Queda dos cabelos, emagrecimento, a menstruação ficou irregular, a pele ficava bem úmida e quente, as unhas quebravam. - Sensação de “bola saliente” no pescoço. - TSH: inferior a 0,05 mUI/L (Valor de referência: 0,50 a 4,40 uUI/mL); T4: 4,6 ng/dL (Valor de referência: 0,85 a 1,95 ng/dL) – hipertireoidismo peso = 46Kg e altura= 1,53m com IMC= 19,6, hiperativa. - Fácies hipertiroidea e exoftalmia. - Ansiosa, fala rápido, é agitada, fala alto - Pescoço: Aumento difuso da face anterior do pescoço. Ausência de frêmitos e sopros, móvel à deglutição; à palpação da tireoide há um aumento difuso dos lobos direito e esquerdo. No lobo direito, o diâmetro maior tinha 15 cm e, o menor, 7 cm. No lobo esquerdo, o diâmetro maior tinha 10 cm e o menor, 6 cm. Istmo aumentado, consistência firme e indolor. - Coração: Bulhas rítmicas normofonéticas sem sopro. EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO CEFALEIAS - é um dos sintomas mais comuns na prática clínica (30% da população geral) - existem muitas causas, desde causas benignas até causas potencialmente fatais - cefaleia de origem neurológica é mais preocupante, principalmente cefaleia oriunda de acidente vascular cerebral, meningite, lesões expansivas (tumores) - avaliar com anamnese e bom exame neurológico ANAMNESE DA CEFALEIA - É necessário que pergunte a INTENSIDADE da cefaleia e peça para que o paciente de uma nota de 1 a 10 para a dor. - Perguntar a CRONOLOGIA: Qual o início? Qual a frequência do sintoma? - LOCALIZAÇÃO. Onde dói? Irradiação? - Características: Pedir parao paciente descrever o sintoma. - Perguntar em que CIRCUNSTÂNCIA o sintoma ocorreu. Qual os fatores ambientais que podem estar associados, se ele realizou alguma atividade pessoal em específico, se houve reações emocionais. - Perguntar os FATORES DE PIORA OU MELHORA, por exemplo quando tosse, espirra ou realiza algum movimento brusco com a cabeça. Manifestações Clínicas Associadas: - diplopia, alterações visuais como a dicotomas, - hemialopsia (uma parte do campo visual fica escura), - fotofobia (reação a ambientes com bastante luz), - se há irritabilidade, - hiperacusia, - fraqueza muscular, - déficit sensorial, - rigidez de nuca, - se houve febre, - se há algum foco parameníngeo (otite, sinusite, faringite) CEFALEIAS PRIMÁRIAS Podem ser cefaleias vasculares e cefalalgias. - Cefaleias Vasculares: Enxaqueca, cefaleia tensional - Cefalalgia: Cefaleias em salvas ENXAQUECA - Acomete uma CEFALEIA PRIMARIAVASCULAR, é responsável por 80% das causas primarias. - De 30 a 50% tem herança genética; 60 a 70% Podem ser precedidas por AURA ou PRÓDROMO; - É uma cefaleia pulsátil, com intensidade crescente. - Duração de cada crise é por volta de 4 – 72h (nesse tempo pode haver crise e acalmia) - É hemicraniana (apenas um lado da cabeça), normalmente é na região frontotemporal. - Precedida de Auras. Que podem ser visuaisque são os escotomas (pontos luminosos), ou ainda, hemianopsia (alteração do campo visual). - Ou ainda, pode ser aura sensitiva que se caracterizam pela parestesia (adormecimentos ou perca de sensibilidade em dedos, mãos...) ou ainda, formigamentos. - Pode estar associado às náuseas e vômitos, fotofobia, hiperacusia (alteração auditiva), irritabilidade. - Geralmente as enxaquecas evoluem em crises e são incapacitantes comprometendo as atividades diárias. As AURAS são como sinais de que a crise de enxaqueca irá apontar. Elas podem ser sensitivas ou visuais. • AURA SENSITIVA: - POSITIVA: Formigamentos - NEGATIVA: parestesia • AURA VISUAL: - POSITIVA: Escotomas cintilantes - NEGATIVA: Hemianopsia, escurecimento visual • DISFASIA: Alterações na fala • ALTERAÇÕES MUSCULARES CEFALEIAS TENSIONAIS - São CEFALEIAS PRIMARIAS VASCULAR. - As áreas mais comuns de aparecimento são na região frontal, região de mandíbula e articulação temporomandibular. - Caracterizada por ser uma dor em “aperto”, ou a sensação do peso na cabeça. - É uma dor constante e com pioras ocasionais. - A intensidade pode ser leve a moderada e pode irradiar para os músculos da nuca. - músculo trapézio CEFALEIAS EM SALVAS - É um tipo de CEFALEIA PRIMARIA. - Geralmente a dor aparece atrás do olho e pode estar associada a ptose palpebral (queda da pálpebra) e vermelhidão dos olhos, lacrimejamento - Pode estar acompanhado de coriza na cavidade nasal do lado acometido. - Pode estar associado ainda, com sudorese do lado da face. - não é muito comum. - há mais recorrência em homens (entre 30 a 50 anos) CEFALEIAS SECUNDÁRIAS São cefaleias que possuem condições estruturais, sistêmicas ou infecciosas potencialmente fatais. Esses casos são os que podem estar associados à acidade vascular cerebral, meningite e lesões expansivas SINAIS DE ALERTA DE CEFALEIA São sinais de que essa cefaleia possui algum componente de gravidade que pode ser fatal. - Quando a dor é cada vez mais frequente e cada vez mais intensa durante um período de três meses de evolução. - Observar se há uma instalação abrupta (veio como um “trovão”, “pior dor de cabeça da minha vida”) - Aparecimento recente em pacientes acima dos 50 anos de idade - Exacerbação da dor com aumento das pressões intracranianas, como por exemplo: doer quando tosse, quando espirra ou com movimentos abruptos da cabeça. - Quando há manifestações clínicas associadas, como por exemplo o vômito, as alterações visuais, fraqueza muscular, déficit sensorial, febre, rigidez da nuca. - Traumatismo Crânio Encefálico recente. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - Envolve um sangramento que ocorre no sistema nervoso central, em decorrência de uma ruptura de aneurisma intracraniano. - A dor que o paciente sente, é descrita em frases como “é a pior dor de cabeça que já senti”. - Tem um início súbito. - É generalizada e persistente. - É acompanhada de outros sintomas como a náusea, vômito, possível perda de consciência, sinais neurológicos focais (dormências), e pode estar acompanhada de cervicalgia. MENINGITE -É a inflamação das membranas que envolvem o sistema nervoso central (encéfaloe medula espinal) - Dor intensa acompanhada de febre e rigidez de nuca. - Pode ser pesquisada observando os focos infecciosos parameningeos. LESÕES EXPANSIVAS Tem algumas características próprias como: - Cefaleia pulsátil - Dor na cabeça toda - Possui piora progressiva (cada vez mais intensa e é bem resistente a analgésicos) - Piora pela manhã. - Pode estar associada a vômitos em jato. - Diplopia, diminuição da acuidade visual - Pode ou não estar associada às convulsões. - Pode acometer alterações psíquicas. EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO Ele é realizado a partir da análise de 5 segmentos: - Avaliação da função cerebral - Sistema motor - Sistema sensorial - Reflexos - Nervos cranianos AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL É analisado o NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (Escala de Glasgow) e o ESTADO MENTAL (Meem) *** Nível de 8 para baixo é paciente que precisa de intubação orotraqueal e assistência ventilatória AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL (mini exame do estado mental – MEEM) Serve para avaliar o rastreamento de disfunções cognitivas ou de demências AVALIAÇÃO DO SISTEMA MOTOR - Avalia-se a POSTURA do paciente, durante os movimentos ou em repouso. - Avalia-se se há MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS (tremores, fasciculações, tiques) - CARACTERISTICAS DA MUSCULATURA - Avalia-se a FORÇA MUSCULAR, que se faz uma avaliação ATIVA CONTRA A RESISTÊNCIA, faz-se uma força e o paciente faz a resistência contra esse movimento feito pelo examinador. Outra avaliação é a ATIVA CONTRA A GRAVIDADE para pacientes que já possuem algum tipo de comprometimento da sua força em algum quesito, há ainda, ELIMINAÇÃO DA GRAVIDADE, ou ainda, a avaliação da CONTRAÇÃO MUSCULAR. - COORDENAÇÃO. Ativa contra a resistência: - contra a resistência exercida pelo examinador Ativa contra a gravidade: - contra a força da gravidade Gravidade Eliminada Contração Muscular Fraca AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO A coordenação do movimento muscular demanda a integração de 4 áreas funcionais do sistema nervoso. ▪ Sistema Motor Necessário para a força muscular ▪ Sistema Cerebelar Movimentos rítmicos Postura ▪ Sistema Vestibular Equilíbrio Coordenação dos movimentos dos olhos, da cabeça e do corpo ▪ Sistema Sensorial Propriocepção Movimentos alternados rápidos: - Pede para realizar por exemplo a diadococinesia que é a alternações musculares rápidas como flexão e distenção de membros. - diadococinesia: faculdade normal do homem de alternar ações musculares diametralmente opostas, tais como flexão e extensão de um membro. Variação de diadococinese Movimentos ponto a ponto: - Pede para paciente fazer a colocação da ponta do dedo dele, na ponta do dedo do examinador. - Chamada de prova índex-índex ou ainda, há a índex-nariz, que é colocar a ponta do dedo dele, na ponta do seu próprio nariz. Marcha e movimentos corporais correlacionados: - Pede para que o paciente andar, com características especiais como: andar com umpé atrás do outro, caminhas de ponta de pés, saltitar, andar de frente e voltar de costas. - olhos abertos, caminhar com um pé atrás do outro, na ponta dos pés, apoiando nos calcanhares, flexionar os joelhor, saltitar no mesmo lugar, ir de frente e voltar de costas, olhos fechados o MARCHA TALONANTE (ou tabética) - aumento da base de sustentação - olhar dirigido para o solo - elevação súbita e violenta dos MMII - recolocação no solo inicialmente dos calcanhares - encontrada na Neurosífilias - pernas afastadas e os pés batem fortemente no chão, ocorre nas lesões de vias sensitivas o MARCHA CEIFANTE (ou hemiplégica) - ao andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 90º no cotovelo e a mão fechada; o membro inferior do mesmo lado não apresenta flexão de joelho; devido a isso, a perna tem se se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca de passo; esse modo de caminhar lembra o movimento de uma foice em ação; - aparece em pacientes com AVC o MARCHA ANSERINA (ou do pato) - o paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, anternadamente, lembrando o andar de um pato - é encontrado em doenças musculares - traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas o MARCHA PARKINSONIANA (ou em bloco) - o doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. - a cabeça permanece inclinada para a frente e os passos são curtos e rápidos - ocorre nos portadores da doença de Parkinson o MARCHA ATÁXICA (ou cerebelar) - ao caminhar, o doente zigue-zagueia, como um bêbado. - esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo Ficar em pé em posições especificadas: Manobra de Romberg - O paciente fica com as duas pernas juntas primeiro com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. - O médico fica próximo, mas sem toca-lo, apenas para protege-lo em caso de uma eventual queda. - Pede-se que o paciente feche os olhos durante 30 a 60 segundos. - Pacientes que estão normais e sem risco neurológico, ela consegue ficar parada na mesma posição. - Se ele tiver comprometimento na parte neurológica, ele tem tendências a ter oscilações. Romberg Clássico ou Funicular - o paciente cai imediatamente após o fechamento dos olhos, cai sem sentido preferencial. - topografia da lesão: alterações das raízes dorsais e funículo posterior da medula (vias proprioceptivas) Romberg Vestibular - depois que o paciente fecha os olhos, passa-se algum tempo, há um período de latência de alguns segundos e só então o paciente cai, a queda ocorre para o mesmo lado (lado do labirinto lesado) - topografia da lesão: alterações das vias vestibulares MANOBRA DE MINGAZZINI - posição ereta, braços esticados para frente, palmas das mãos para cima, olhos fechados, 20 a 30 segundos, empurrar os brações para baixo - prova positiva: pronação do antebraço; deslocamento do braço para baixo; flexão dos dedos e do cotovelo AVALIAÇÃO DO SISTEMA SENSORIAL Para qualquer pesquisa de SENSIBILIDADE o paciente deve estar SEMPRE de olhos fechados. A avaliação deverá ser sempre BILATERAL e COMPARATIVA. o Sensibilidade a estímulos álgicos (dolorosos) - Usa-se uma agulhinha, cotonete sem algodão, para pesquisar a sensibilidade dolorosa. - analgesia: ausência de sensibilidade a estímulos álgicos - hipoalgesia: diminuição da sensibilidade a estímulos álgicos - hiperalgesia: maior sensibilidade a estímulos álgicos o Sensibilidade Térmica - tubos com água quente e água fria o Tato leve: - Usando algodão molhado, chumaço de algodão sexo, mão, pincel do martelo... por exemplo Anestesia - ausência de sensibilidade ao tato Hipoestesia - diminuição da sensibilidade aos estímulos táteis Hiperestesia - aumento da sensibilidade aos estímulos tateis o Percepção Vibratória: - é feita com uso de diapasão. Pergunta-se se o diapasão está ligado ou não. A condição de percepção vibratória é com frequência a primeira modalidade de sensibilidade a ser perdida em uma NEUROPATIA PERIFÉRICA, comum em casos de diabetes melittus ou alcoolismo. o Procicepção - São informações que o cérebro recebe dos ossos, das articulações, que permitem que o cérebro reconheça a sua posição e sua orientação, sem utilizar a visão. - É avaliada fazendo deslocamentos de algum segmentado nosso corpo em várias posições e após a parada, você questiona o paciente em que posição esse membro está. - explorada deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão, extensão) - em dado momento, fixa-se o segmento em uma determinada posição, que deverá ser reconhecida pelo paciente. - para facilitar o exame, preferencialmente usa-se: um dos dedos da mão ou do pé o Sensibilidade discriminatória: - Avalia a capacidade do córtex cerebral em correlacionar, analisar e interpretar as sensações. - Depende do tato e da propriocepção. - DISCRIMINAÇÃO ENTRE DOIS PONTOS: que é feito com a extremidade de um clip aperto tocando a polpa digital em dois pontos ao mesmo tempo. - ESTEREOGNOSIA: reconhecimento de objetos pelo tato (moeda, clipe de papel, chave, lápis) - GRAFOESTESIA: que consiste na identificação de números traçados na palma da mão. o Dermátomos - ajudam a localizar lesões neurológicas em um nível especifico da medula espinhal, sobretudo nas lesões raquimedulares - um dermátomo é a faixa de pele inervada pela raiz sensorial de um único nervo espinal AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS É realizada a avaliação dos reflexos tendinosos profundos e a avaliação dos reflexos à estimulação cutânea. Reflexos Tendinosos Profundos o Reflexo Bicipital Centro: C5 – C6 Nervo Musculocutâneo Músculo Bíceps - antebraço apoiado e em semiflexão, mão em supinação - percute-se o tendão do bíceps na dobra do cotovelo com interposição do polegar do examinador - resposta: contração do bíceps e consequente flexão e supinação do antebraço o Reflexo Tricipital Centro: C6 – C8 Nervo Radial Músculo Trícips - braço em abdução e sustentado pela mão do examinador, deixa-se cair o antebraço em ângulo reto com o braço. - percussão do tendão distal do tríceps - resposta: contração do tríceps, com extensão do antebraço o Estilorradial (Braquirradial) Centro: C5 – C6 Nervo Radial Músculos flexores da mão e dedo - antebraço em flexão sobre o braço e o punho sobre a mão do examinador - percussão sobre apófise estiloide do radio - resposta: contração do músculo braquiorradial com flexão e supinação do antebraço o Reflexo Patelar Centro Reflexógeno: L2 – L4 Nervo Femoral Músculo Quadríceps Femoral - paciente sentado com as pernas pendentes ou com uma das pernas cruzadas sobre o joelho oposto - paciente deitado em decúbito dorsal com joelho semifletido e apoiado na mão do examinador - percussão do tendão da patela junto à articulação do joelho - resposta: contração do músculo quadríceps femoral com extensão da perna o Reflexo Aquileu Centro Reflexógeno: L5 – S2 Nervo Tibial Músculo Tríceps Sural - paciente de joelhos sobre uma cadeira e com os pés para fora do assento - paciente sentado e as pernas pendentes, o tendão do tríceps sural é ligeiramente distendido pela dorsiflexão discreta do pé - paciente em decúbito dorsal acima das pernas cruzadas sobre o joelho oposto, pé em ligeira flexão dorsal e apoiando- se a mão do examinador na parte anterior da planta do pé - percussão: tendão do calcâneo - resposta: contração do tríceps sural com extensão do pé sobre a perna Reflexo à estimulação cutânea o Reflexo Abdominal - acima de T8, T9, T10 - abaixo de T10, T11, T12- são realizados estímulos e a resposta é o desvio do umbigo em direção ao estimulo o Reflexo Cremastérico - L1, L2 - estimulo na pele da face interna da raiz da coxa - testículo se retrai por alguns segundos Reflexos Superficiais o Reflexo Cutâneo – Plantar - L5, S1 - é realizado um estimulo da margem lateral da superfície plantar, no sentido póstero-anterior - resposta normal: flexão dos dedos - resposta anormal: distensão dos dedos, denominado de sinal de Babinski SINAL DE BABINSKI - a criança nasce com alguns reflexos e automatismos - à medida que vai ocorrendo a mielinização da inervação, a motricidade voluntária vai se desenvolvendo e os reflexos vão sendo inibidos - sinal de babinski é normal no bebê até 1 ano de idade, quando se inicia a marcha (começa a andar) - a partir dessa idade é que a resposta normal passa de extensão para flexão - a motricidade voluntária inibe a motricidade reflexa - quando ocorre lesão espinhal e perda da motricidade voluntária, não há mais a inibição da motricidade reflexa - os reflexos ficam desinibidos e voltam a aparecer Avaliação dos Nervos Cranianos O exame dos pares de nervos cranianos é um momento particular do exame físico neurológico, desta forma, cada par deverá ser avaliados criteriosamente. SINAIS MENÍNGEOS - Envolvem a motricidade da coluna e alterações nas membranas que estão recobrindo o SNC - Produzem os seguintes sinais: Rigidez na Nuca - resistência à flexão da cabeça sobre o tórax - lesão muscular - irritação meníngea Sinal de Brudzinsky - flexão na cabeça - flexão involuntária de coxa e perna Sinal de Kernig - extensão da perna - dor no trajeto do nervo ciático - é quando, eleva-se o membro inferior do paciente, realizando uma flexão da perna sobre a coxa e depois realiza-se a extensão. - com a extensão, existe um estiramento do nervo ciático e isso produz dor. Sinal de Laségue - é realizado elevando-se o membro inferior do paciente de forma esticada e distendida, acima de 30º. Com a posição supina, a dor deve aparecer se tiver um comprometimento neurológico. AULA PRÁTICA – SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA O exame físico neurológico é realizado a partir da análise de cinco segmentos: função cerebral, função motora, reflexos, percepção sensorial, nervos cranianos. 1 Função Cerebral Ver Nível de consciência (Escala da Glasgow) 2 Motricidade Voluntária Avaliação da força muscular pedindo para o paciente realizar manobras que permitam graduar a força Grau V: força contra ação da gravidade e resistência do examinador Grau IV: o músculo vence a força da gravidade, mas não completamente a resistência do examinador Grau III: o músculo só vence a força da gravidade Grau II: o músculo não vence a gravidade, mas faz alguma contração visível, como mover o membro na lateral sem ação da gravidade Grau I: exibe contração visível, porém sem movimentá-los Grau 0: movimento e contrações ausentes FAZER FLEXÃO E EXTENSÃO MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES: - Usar o examinador fazendo resistência. a) cotovelo: flexão e extensão b) punho: extensão (solicite ao paciente que cerre o punho e resista ao movimento que você impõe) e teste de preensão do punho (solicite ao paciente para apertar dois dedos da sua mão o mais vigorosamente possível e segurá- los com força) c) mão: abdução dos dedos da mão oposição do polegar (peça ao paciente para encostar a ponta do dedo mínimo com o polegar, contra a resistência que você impõe); d) quadril: flexão (coloque a mão no meio da coxa do paciente e peça que levante o membro inferior contra a resistência imposta); adução do quadril (apoie as mãos com firmeza no leito entre os joelhos do paciente. Solicita-se, então, ao paciente para aproximar os joelhos); abdução do quadril (apoie as mãos com firmeza nas laterais dos joelhos do paciente. Solicite, então, ao paciente que afaste os membros inferiores contra a resistência imposta); extensão do quadril (solicite ao paciente que empurre o meio da coxa para baixo contra a resistência imposta). e) joelhos: extensão (segure o joelho do paciente em flexão e solicite que ele estique a perna contra a resistência) flexão do joelho (o membro inferior do paciente é posicionado de tal modo que o joelho fica flexionado e o pé fica apoiado no leito. Peça ao paciente que mantenha o pé encostado no leito enquanto tenta esticar a perna dele) f) tornozelo e pé: dorsiflexão do pé e flexão plantar (peça ao paciente que tracione o pé para cima e empurre o pé para baixo contra a resistência imposta) 3 Reflexos 3.1 Reflexos de estiramento Reflexo patelar (L3-L4): flexão passiva da perna e golpear tendão patelar. Resposta = extensão da perna. Reflexo aquileu (S1-S2): membro inferior flexionado; com a mão homolateral, o examinador promove ligeira flexão dorsal do pé e golpeia tendão de aquiles com mão contralateral. Resposta = flexão plantar do pé. Reflexo estilorradial (C5-C6-C7): apoiar a mão do paciente sobre a região palmar contralateral; percutir apófise estilóide do rádio. Resposta = flexão do antebraço. Reflexo bicipital (C5-C6): com antebraço do paciente “descansando” sobre o antebraço do examinador, pressionar o tendão do bíceps com polegar contralateral e, então, percutir sobre o mesmo. Resposta = contração do bíceps. Reflexo tricipital (C7-C8): braço em abdução e sustentado pela mão do examinador, deixando-se cair o antebraço em ângulo reto com o braço. Percute-se o tendão distal do tríceps. Resposta = contração do tríceps, com extensão do antebraço Gradação dos reflexos 0 – ausente; 1 – diminuído; 2 – normal; 3– hiperativo; 4 - hiperativo com clônus; 3.2 Reflexos exteroceptivos (cutâneos) Cutaneoplantar: Estando o paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos, o examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo à borda lateral e no sentido posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior. A resposta normal é representada pela flexão dos dedos. A abolição desse reflexo ocorre quando há interrupção do arco reflexo e, algumas vezes, na fase inicial da lesão da via piramidal. A inversão da resposta normal, ou seja, a extensão do hálux (os demais podem ou não apresentar abertura em forma de leque), constitui o sinal de Babinski, um dos mais importantes elementos semiológicos do sistema nervoso que indica lesão da via piramidal ou corticoespinal. Cutâneo-abdominais: epigástrico (T6-8), umbilical (T8-10) e hipogástrico (T10-12); Com o paciente em decúbito dorsal, com a parede abdominal em completo relaxamento, o examinador estimula o abdome do paciente no sentido da linha mediana em três níveis: superior, médio e inferior. A resposta normal é a contração dos músculos abdominais que determina um leve deslocamento da cicatriz umbilical para o lado estimulado. Podem estar abolidos quando houver interrupção do arco reflexo, na lesão da via piramidal e, às vezes, mesmo na ausência de alterações do sistema nervoso (obesidade, pessoas idosas, multíparas). 4 Sensibilidade • Superficial - tátil-térmico-dolorosa: testado com um chumaço de algodão ou pincel com cerdas finas (tátil), alfinete, agulha ou estilete (dolorosa) e tubos de água quente ou fria, com o qual deve-se tocar levemente a pele, quando o paciente deve dizer "sim" ao sentir o estímulo, dor ou temperatura. • Profunda (propriocepção): - Sensibilidade Vibratória: Posiciona-se o diapasão sobre o esterno do paciente como demonstração do estímulo. Testam-se as proeminências ósseas, simetricamente. Inicia-se o exame nos membros inferiores pelas falanges distais dos dedos dos pés, em seguida nos maléolos, nas tuberosidades
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