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Estudo Dirigido FHTMSS IV

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Universidade Estadual do Ceará – UECE
Curso de Serviço Social
Disciplina: Fundamentos Histórico-teóricos metodológicos do Serviço Social IV - noite
Professora: Sâmbara Paula Francelino
Alunas: Maria Grinalria Santos da Silva
Thamires Vieira do Nascimento
Estudo Dirigido
Considerando o texto “transformações societárias e Serviço Social – notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil” de José Paulo Netto	, aborde os seguintes itens: 
1. Caracterize A crise do sistema capitalista desencadeada a partir de meados da década de 70.
R= A crise do sistema capitalista foi estrutural e, é caracterizada por um conjunto de fenômenos sociais. Essa nova dinâmica do capital veio destruindo ainda mais o universo do trabalho, comprovando o caráter fundamental da alienação.
A fetichização das relações sociais atingiu seu auge no poder do capital financeiro, modificando a leitura das desigualdades sociais, transformando o mundo do trabalho e alterando as relações entre sociedade e Estado, atribuindo um novo papel dos Estados nacionais, alterando regras e leis de seu sistema de proteção social, que reflete muito na órbita das políticas públicas, com suas conhecidas diretrizes de focalização, descentralização, dês-financiamento e também da regressão dos direitos sociais.
Nessas novas condições sócio-históricas de crise padrão e, de acumulação do capital, podemos citar também; a intensificação da diminuição da taxa de lucro que exige do capital a aceleração, o aumento e soberania do capital constante, sobre o capital variável, que transforma a composição do capital revelando uma enorme totalidade das contradições da ordem burguesa. O capitalismo monopolista enfrenta suas contradições que são inerentes e predominam o trabalho morto sobre o trabalho vivo, recorrendo a um padrão de acumulação flexível, que segundo Netto (1996), “implica necessariamente um correspondente modo de regulação”.
2. Discorra sobre o processo de reestruturação produtiva que promove alteração no padrão de acumulação em decorrência da crise do capital.
R= A luta de classes e as derrotas das forças políticas do trabalho em 1970 acarretaram a reestruturação produtiva do capital, formando o Estado neoliberal e também as políticas de liberalização comercial e a desregulamentação financeira; o pós-modernismo e o neo-positivismo atravessaram a reestruturação cultural, nos “trinta anos perversos” o capital financeiro, Toyotista, neoliberal e pós-moderno conduziram uma das maiores revoluções culturais da história.
Portanto, o capitalismo global tornou-se numa nova etapa de desenvolvimento de um capitalismo histórico que atravessou mais de trinta anos, nos projetando em outra dimensão, hoje sendo mais clara do que nunca. Ele surgiu com a enorme crise de 1970, originou outra natureza da dinâmica social capitalista, onde se diferencia de outras épocas históricas. A década de 1970 foi um marco histórico-mundial, no processo civilizatório do capital. Por isso com o surgimento de novos fenômenos sociais merecem uma investigação rigorosamente dialética. Em fim alterou-se a cronologia da luta de classes e da dinâmica sócio-reprodutiva do sistema capitalista mundial.
3. Analise as consequências política e econômica da crise do estado de bem-estar social e expansão do neoliberalismo.
R= A crise do estado de bem-estar social, conhecida também por Welfare State surgiu, na perspectiva de reverter o processo estabelecido pelo o liberalismo e como um desenvolvimento natural dos direitos civis. Onde seu avanço foi intensificado após o declive do assistencialismo cristão, resultando naturalmente e necessariamente a tendência do capital de acumulação e como um movimento para corrigir e compensar os efeitos da política econômica, que causou déficit de legitimidade social.
Adotado no Brasil, o estado de bem-estar social, teve diversas funções: a redistribuição de renda, a regulamentação das relações sociais e a responsabilidade por determinados serviços coletivos, todos abastecidos pela rede social criada por esse tipo de Estado. Esse foi o único ordenamento sócio-político que o capitalismo visou, apenas como um único propósito, conciliar a dinâmica da acumulação e a valorização capitalista. Com a garantia de direitos políticos elevados e os direitos sociais mínimos. Com a expansão do neoliberalismo apresentada como modernização, o capital mundial ludibriou a sociedade, por meio de seu discurso de valorização da sociedade civil onde liberavam de um Estado protetor, para uma suposta liberdade de cidadania. Mas sua intenção era outra: era o de desmonte do Estado, como uma forma de reduzir os gatos estatais , o Estado desqualificado e suas empresas privatizadas a preço baixo, incentivando as empresas estrangeiras a estabelecerem filiais no país. A economia estava estabilizada, porém a desigualdade social se intensificou mais ainda, deixando bem distante o mundo do pobre e do rico se comparássemos aos anos anteriores. 
4. Apresente os elementos, estruturais e ideológicos, que constituem estratégias do capital no processo de desorganização da classe trabalhadora.
R= Essas novas dimensões e expressões do mundo do trabalho na sociedade capitalista contemporânea vêm sendo favorecida pelo o direcionamento da flexibilização que submetesse a grande revolução tecnológica que afeta as forças produtivas, reestruturando radicalmente o mundo do trabalho modificando a relação dos excluídos e incluídos, com a introdução de novas modalidades de contratações flexíveis, assim como o trabalho precário, parcial, temporário, subcontratado, terceirizado, doméstico e informal. Verifica-se na atualidade uma significativa heterogeneização do trabalho, expresso, sobretudo, pela crescente incorporação do contingente feminino no mundo operário, mas também pela incorporação do trabalho infantil e pela presença significativa de força da mão de obra migrante, acompanhado de formas contemporâneas de degradação do trabalho, além da falta de especialização ou desqualificação do operário industrial e da criação dos trabalhadores multifuncionais. Isso tudo se caracteriza por um composto e divergente processo de desqualificação da classe trabalhadora, inclusive dos trabalhadores industriais. Isso ocorre devido á diminuição da classe trabalhadora industrial tradicional, que é notória a partir das décadas de 1980 e 1990, acompanhadas de uma grande mudança no perfil desses trabalhadores, do crescente declínio de proletariados e também do alto índice do desemprego estrutural.
A reestruturação do capital faz-se complexa a relação entre capital-trabalho, intensificando a divisão do proletariado aperfeiçoando-se o controle da própria subjetividade pela burguesia, abalando esses trabalhadores na perspectiva de classe social.
Esse processo foi decisivo, difuso e prejudicial por parte da burguesia e do Estado contra a classe trabalhadora e suas conquistas do período após 1945.
O resultado mais brutal dessas transformações é a expansão, sem antecedentes na era moderna, do desemprego estrutural, pauperismo que atinge o mundo em escala global. A repercussão dessas transformações no movimento dos trabalhadores provoca uma nítida tendência de diminuição dos sindicatos, bem como da crescente burocracia e institucionalização das entidades representativas de classe.
5. Elucide as manifestações do processo de globalização no contexto das transformações societárias.
R= As manifestações do processo de globalização se deu por meio das transformações no mundo do trabalho a substituição de ferramentas pelo os maquinários, a formação de uma nova classe social e seus impactos nos diversos campos profissionais têm constituído em uma pauta central do debate contemporâneo.
A reestruturação do capital mundializado, que no Brasil potencializou-se nas últimas décadas do século XX, promoveu mudanças qualitativas na organização e na gestão da força de trabalho e na relação de classes, interferindo fortemente nos trabalhos profissionais das diversas categorias, suas áreas de intervenção e seus suportes de conhecimento e, de implementaçãoconforme José Paulo Netto (1996).
Ainda, conforme Netto (1996), o problema teórico-analítico reside em explicitar e compreender como, na particularidade prático-social de cada profissão, traduz-se o impacto das transformações societárias, determinando as mediações que conectam as profissões particulares àquelas transformações. A grande meta da fase monopólica é a criação do mercado universal. Para atingi-lo, o sistema do capital busca a conquista de toda a produção de bens e de uma gama crescente de serviços em forma de mercadorias e inventa um novo ciclo de produtos e serviços. Muitos deles tornam-se indispensáveis conforme a vida moderna vai mudando e extinguindo as alternativas atuais.
O capitalismo monopolista faz surgir, ainda, uma força inteiramente nova, o crédito. Ele coloca à disposição dos capitalistas, solitários ou associados, os meios financeiros espalhados pela sociedade e se transforma em um enorme mecanismo de centralização de capitais. Isso “significa, em suma, que enfrentamos no curto e médio prazos, um cenário econômico e sociopolítico nada favorável – mas tendencialmente o único que nos reserva a inserção, sob a hegemonia burguesa, no mundo “globalizado” pelo o capital”. Netto (1996).
6. Aponte as alterações culturais como expressão das transformações societárias.	
7. Indique os elementos que concorrem para os avanços do Serviço Social na década de 90.
8. Analise as implicações das transformações societárias no universo de maturação profissional do Serviço Social.
9. Relacione as possíveis tendências apontadas por Netto no âmbito do mercado de trabalho profissional do Serviço Social, a partir dos meados da década de 90.
10. Enumere as possíveis vertentes teórico-profissionais, projetadas na referida obra, que poderiam caracterizar as concepções no Serviço Social, no curso das transformações societárias.

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