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Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO Aditivos São matérias primas como os microrganismos, por exemplo, inseridas nos produtos de forma intencional. Não são utilizados, normalmente, como ingredientes. Além disso podem ou não ter valor nutricional tendo como objetivo aprimorar as características do produto acabado ou melhorar o desempenho dos animais. Um exemplo de aditivo é o Hexametafosfato de sódio que tem como finalidade reduzir a ocorrência de tártaro. O Tártaro é um biofilme formado por bactérias em que há aderência de cálcio proveniente da alimentação aumentando a textura do biofilme. O hexametafosfato de sódio se une ao cálcio impedindo que o cálcio se adira na camada de biofilme presente no dente. O cálcio então será liberado no intestino e absorvido como nutriente. Há 4 classes de aditivos: tecnológicos, sensoriais, nutricionais e zootécnicos. Visam a melhora do processo produtivo do produto além de sua apresentação final. Aumenta também seu Shelf life que seria a vida de prateleira daquele produto (validade). Não têm valor nutricional, mas aumenta a validade desse produto limitando o crescimento de microrganismos como fungos, impedindo a deterioração deste alimento. Como exemplo temos o propionato de cálcio e o ácido sórbico. Tem como objetivo reduzir a oxidação dos produtos (principalmente lipídeos). Essa oxidação pode ser causada por oxigênio, pH, luminosidade, umidade. Os principais antioxidantes utilizados são BHA, BHT, extrato de alecrim, aloe vera, vitamina E. Reduzem a capacidade higroscópica do alimento evitando que estrague com facilidade. Como exemplo temos a zeólita, sílica podendo estar presente até mesmo na embalagem do alimento. , São utilizados para conservar água do produto. Temos como exemplo a glicerina. , São as gomas, normalmente uma fibra solúvel que tem função de espessar a mistura. , Conseguem fazer com que substâncias que não se misturam (água e óleo) passem a se misturar. Com o passar do tempo a mistura volta a se separar. Por conta disso são utilizados os Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO estabilizantes para manter os compostos realmente misturados. Como exemplo temos a lecitina de soja, amido e carboximetilcelulose. “Qualquer substância adicionada ao produto para melhorar ou modificar as propriedades organolépticas destes ou as características visuais dos produtos.” Quando falamos em “organolépticas” nos referimos a aparência, odor, sabor, cor, tornando o produto mais atrativo tanto para o animal quanto para o tutor que estará adquirindo. Como o nome já diz, o corante tem a função de colorir o produto que o animal vai receber. Temos por exemplo os alimentos que possuem carne e vegetais e as cores vêm conforme o ingrediente simbolizando sua coloração natural. Alimentos Super Premium não trabalham com corantes já que a forma desse alimento visa a melhora da saúde e longevidade dos animais, se importando pouco com aparências que agradem o tutor. Porém alguns alimentos Super Premium possuem um corante denominado Caramelo que é um corante natural e busca homogeneizar as cores. Nas linhas Econômicas e Standard, normalmente, os corantes são sintéticos e visam atrair o tutor. Para as aves como araras, calopsitas também há a adição de corantes em sua alimentação já que são muito responsivas a cores como o vermelho e o amarelo que aumentam a sensação de fome. Diferente dos corantes, os pigmentantes tem a função de intensificar a cor dos tecidos animais como gema de ovo mais alaranjada. Podemos incluir pigmentantes na dieta das aves buscando uma coloração mais intensa nas gemas dos ovos e conseguiremos a coloração desejada mesmo a ave não sendo criada em sítio, onde normalmente os animais têm a gema dos ovos mais pigmentada em razão dos pigmentantes naturais que consomem ao ciscar na terra. Esses pigmentantes não precisam, necessariamente, serem sintéticos. Como exemplo, temos o urucum que pode ser adicionado na dieta das aves buscando uma tonalidade mais intensa da gema de seus ovos. O salmão também é um exemplo, já que atualmente é mantido em cativeiro, não se alimentando da mesma forma que se alimentaria em vida natural, em que consumiria pigmentantes naturais que agiriam intensificando sua coloração. Podemos também incluir na dieta desses animais pigmentantes buscando uma carne semelhante à de um salmão de vida livre. Os aromatizantes têm como função dar cheiro ao produto. A ideia principal desse Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO produto é se comunicar com o tutor assim como os corantes. É na verdade um conjunto de características conferindo odor e sabor atraindo o animal a consumir o alimento. Hidrolisados de fígado de aves/suínos são ingredientes que passam por um processo térmico como o cozimento potencializando seu sabor e aroma. Os alimentos podem ser recobertos com esses palatabilizantes fazendo com que os animais se interessem mais. Essas formulações são mais específicas para as empresas conferindo também identidade. Cães e principalmente gatos têm números de células gustativas menor que os seres humanos, portanto, o odor acaba sendo mais importante. Devemos levar em consideração sempre o gosto dos animais não nos baseando nos próprios gostos já que cada animal tem sua particularidade como vemos nos gatos que não sentem o sabor doce, portanto não será responsivo caso fornecêssemos a eles guloseimas, que ainda podem causar danos a sua saúde. Tem como objetivo manter ou melhorar as propriedades nutricionais do alimento/ ração. Os gatos, por exemplo, necessitam de Taurina que é um aminoácido essencial nessa espécie. Para isso, podemos adquirir taurina sintética e incluir na dieta desses animais para nos certificarmos de que ele está consumindo os valores adequados desse aminoácido. Quando queremos melhorar características de pelo ou pele, além de fornecer uma dieta específica para determinado tipo de paciente, podemos incluir vitaminas específicas. Podemos incluir minerais, principalmente quelatados quando queremos potencializar alguma dieta específica para determinado tipo de paciente. É uma fonte de nitrogênio não proteico (NNP) que tem como função nutrir a microbiota ruminal favorecendo sua multiplicação e, consequentemente, produção de proteína microbiana ao ser direcionada ao abomaso. ***NUNCA DEVE SER FORNECIDA A MONOGÁSTRICOS PODENDO CAUSAR INTOXICAÇÃO POR AMÔNIA*** Tem como finalidade aumentar o desempenho do animal. São muito utilizados para animais de produção, mas também podem ser empregados na dieta de animais de companhia. Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO São enzimas que, ao serem incluídas na dieta, tem como objetivo melhorar o aproveitamento dos nutrientes. É muito comum em animais de produção, principalmente aves e suínos em que há grande inclusão de produtos de origem vegetal que contém algumas fibras não digestíveis pelo organismo desses animais podendo impactar negativamente no aproveitamento nutricional. Logo, é incluído um aditivo zootécnico digestivo que irá reduzir a viscosidade do bolo alimentar. Uma enzima muito empregada é a Fitase, que auxilia o maior aproveitamento de fósforo que estará em forma de fitato nos produtos de origem vegetal, forma essa que não é absorvida pelos animais, sendo então excretada. Ao excretar, não haveráabsorção podendo causar deficiência nutricional e, além disso poderá haver contaminação do meio ambiente pelo fósforo. Em ruminantes há microrganismos específicos que conseguem quebrar o fitato liberando o fósforo livre para uso do animal. Não é muito empregada na dieta de animais de companhia, exceto em casos específicos como em casos de Insuficiência Pancreática Exócrina (IPE) em que há menor secreção de enzimas digestivas devendo ser incluídas por meio de dieta. Trabalhamos muito com o pâncreas suíno (pancreatina) que é rico em enzimas pancreáticas auxiliando na digestão adequada dos alimentos. Nessa classificação, nós encontramos os Prebióticos e Probióticos. Os PREBIÓTICOS são fibras fermentáveis, empregadas com a função de modular a microbiota que irá fermentar a fibra, aproveitando os nutrientes e produzindo ácidos graxos de cadeia curta (acetato, butirato e propionato) que serão absorvidos na mucosa intestinal dos animais. além disso, o aproveitamento dessas fibras pelos microrganismos causará redução do pH eliminando as bactérias patogênicas e mantendo as que auxiliam nos processos orgânicos. Os PROBIÓTICOS são microrganismos vivos benéficos ao organismo e são empregados na dieta dos animais equilibrando a microbiota. Os SIMBIÓTICOS são a mistura de pré e probiótico, ou seja, fibras + microrganismos vivos. Há também os ÁCIDOS ORGÂNICOS que modulam a microbiota e reduzem o pH do trato gastrointestinal, principalmente de animais de produção. Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO A mais conhecida é a Ractopamina (beta agonista), tem como objetivo aumentar a síntese massa magra dos animais. Algumas substâncias são inseridas na dieta animal facilitando na formulação da dieta dos animais, são eles: PREMIX, NÚCLEO e CONCENTRADO. O PREMIX é uma mistura de vitaminas e microminerais que são incluídos na dieta como ingredientes facilitando o fechamento da dieta para o animal já que irá faltar somente de fonte proteica, lipídeos, carboidratos/fibras e macrominerais já que os microminerais e vitaminas já estarão incluídos. O NÚCLEO é parecido com o Premix por ser uma mistura de vitaminas e microminerais, porém, também há a adição de macrominerais havendo a necessidade de proteínas, lipídeos e carboidratos/fibras. Já o CONCENTRADO é uma mistura de vitaminas, microminerais, macrominerais e proteínas. Em grandes indústrias o Premix é mais utilizado já que possui um maior poder de negociação e o preço dos produtos será mais barato além de poder dar sua própria identidade nos produtos, diferente de pequenas indústrias/ granjas, compensando mais a compra de Núcleo ou Concentrado já que os produtos estarão praticamente prontos.
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