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Colelitíase: Cálculos na Vesícula Biliar

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KATARINA DIAS 
 
COLELITÍASE 
INTRODUÇÃO 
Pode ser também chamado de “calculose” ou 
“litíase biliar”, e pode ser 
definido no seu conceito mais 
amplo como a presença de 
concreções, sejam elas 
cálculos ou barro biliares na 
vesícula, nos ductos biliares ou em ambos 
A colelitíase consiste na presença de cálculos 
sólidos na vesícula biliar. Os cálculos são 
formados na vesícula biliar, mas podem sair 
para os ductos biliares (coledocolitíase). Os 
sintomas ocorrem se uma pedra obstruir o 
ducto cístico, biliar ou pancreático. 
Em países desenvolvidos, a maior parte dos 
cálculos consiste (>90%) em colesterol. A 
formação de cálculos biliares de colesterol 
começa com a secreção de bile hipersaturada 
com colesterol proveniente do fígado. Em um 
processo iniciado por fatores de nucleação 
como a mucina, ocorre a precipitação de cristais 
microscópicos na vesícula biliar, onde a 
hipomotilidade proporciona tempo necessário a 
que os cálculos cresçam. 
CL ASSIFICA ÇÃO 
A classificação mais simples (e utilizada 
atualmente) é a que divide os cálculos biliares 
em dois grandes grupos, de acordo com seu 
aspecto macroscópico e composição química: 
cálculos de colesterol x cálculos pigmentares. 
• Cálculos de Colesterol (Amarelos) Os 
cálculos de colesterol representam 
cerca de 75% dos casos. São 
amarelados, podem ser únicos ou 
múltiplos e geralmente medem de 1 
mm a 4 cm. Embora existam cálculos de 
colesterol virtualmente puros (menos 
de 10% dos casos), a maioria é do tipo 
misto, apresentando mais de 70% de 
sua composição de colesterol e 
quantidades variáveis de sais de cálcio, 
sais biliares, proteínas e fosfolipídeos. 
• Cálculos de Cálcio e Bilirrubina 
(Pigmentados) Os cálculos pigmentares 
são constituídos principalmente por 
sais de cálcio e bilirrubina, tendo 
menos de 25% de colesterol em sua 
composição. 
➔ São subdivididos em duas 
categorias: castanhos e pretos 
- Os pretos são formados na vesícula e 
consistem basicamente de bilirrubinato 
de cálcio. Não costumam ter mais de 1 
cm. São os cálculos classicamente 
relacionados à hemólise crônica. A 
cirrose também pode causar estes 
cálculos 
- Castanhos, o bilirrubinato de cálcio é 
alternado por camadas de colesterol e 
outros sais de cálcio. Na maioria das 
vezes, os cálculos castanhos são 
formados no colédoco, anos após uma 
colecistectomia (realizada para cálculos 
de colesterol ou pigmentares pretos). 
QUADRO CL INICO 
O principal sintoma relacionado à colelitíase é a 
dor aguda contínua (erroneamente referida 
como “cólica biliar”) caracteristicamente 
localizada em hipocôndrio direito e/ou 
epigastro, apresentando, às vezes, irradiação 
para a escápula. A intensidade é maior no 
período de 30 minutos a 5 horas de seu início, 
com melhora gradual ao longo de 24h. 
➔ No início do quadro clínico, 
náuseas e vômitos podem 
aparecer. Os episódios se repetem 
em intervalos de dias a meses. A 
dor muitas vezes ocorre após 
refeição com alimentos 
gordurosos, após uma farta 
refeição que se segue a jejum 
prolongado ou mesmo após uma 
refeição habitual. O motivo da dor 
é sempre a obstrução (na maioria 
KATARINA DIAS 
 
das vezes intermitente) do colo da 
vesícula por um cálculo. 
➔ Alguns pacientes se apresentam 
apenas com sintomas tipo 
dispepsia (eructações, plenitude, 
náuseas) após a ingesta gordurosa, 
ou mesmo com um “mal-estar” 
vago e impreciso. 
➔ Não ocorre febre ou outros sinais 
de reação inflamatória. O exame 
abdominal é pobre, com dor à 
palpação em hipocôndrio direito 
e/ou epigástrio. Não há massa 
palpável nesta topografia, uma vez 
que não existe processo 
inflamatório vesicular exuberante. 
Fosfatase alcalina e bilirrubinas 
elevadas falam a favor da presença 
de cálculo no colédoco 
DIAGNÓSTICO 
A ultrassonografia abdominal é o teste 
de imagem de escolha para a detecção 
de cálculos de vesícula, com 
sensibilidade e especificidade de 95%. 
O barro biliar também pode ser 
detectado 
TRATAMENTO 
A proposta mais aceita atualmente 
para analgesia na “cólica biliar” é o uso 
de AINEs. Em caso de dor excruciante 
ou refratária aos AINEs, podemos 
utilizar opioides. Anticolinérgicos e 
antiespasmódicos também são 
empregados com sucesso para alívio 
imediato, mas a grande verdade é que 
analgesia pura e simples não altera a 
evolução da doença... 
O único tratamento definitivo é o 
cirúrgico – colecistectomia.

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