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PNEUMOCONIOSES (konios = pó) - Doenças ocasionadas pela inalação e deposição de poeiras nos pulmões que ocasiona reação inflamatória com tendência ao desenvolvimento de fibrose pulmonar (causam um tipo de pneumonia). - Ou seja, é um processo crônico, que cursa com a presença de fibroblastos e deposição de colágeno no parênquima pulmonar, gerando fibrose pulmonar que vai depender da quantidade de deposição dessas partículas. - As mais comuns são a poeira da sílica (silicose – que mais gera fibrose, pois a sílica inalada instala-se permanentemente nos pulmões), do asbesto (asbestose), do carvão (antracose). - Retenção de partículas no trato respiratório: ● > 40 μm. - retidas no nariz e muco nasofaríngeo. ● > 10 μm. - chegam aos bronquíolos respiratórios. ● < 5 -2 μm. - chegam aos alvéolos, sendo em grande parte fagocitadas por macrófagos e eliminadas no escarro. Algumas atravessam a parede alveolar, são capturadas por macrófagos do interstício. - Relacionam-se a doenças ocupacionais → trabalho (10 anos, 20 anos, 30 anos de exposição). SILICOSE - Doença pulmonar crônica caracterizada por uma fibrose pulmonar progressiva e irreversível, decorrente da inalação de partículas de dióxido de sílica cristalina. - O dióxido de silício é um material ubíquo, o qual é o maior componente da crosta terrestre. As três formas cristalinas associadas com lesão pulmonar são: quartzo, cristobalita e tridimita. - As partículas com 0,5 a 5 μm depositam-se nos alvéolos e são patogênicas. - A inalação da sílica está associada com as seguintes doenças: SILICOSE, DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA e CÂNCER DE PULMÃO. - Outras associações: doenças do tecido conjuntivo (artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e esclerose sistêmica progressiva – pacientes com doença autoimune têm tendência a ter uma reação imune mais exuberante, ou seja, se ele se expõe a sílica, não necessita de tanto tempo para progredir na silicose. EX: 5 anos). A sílica está relacionada com glomerulopatia. Também há um aumento do risco de tuberculose. (Obs: A sílica não é eliminada do nosso organismo. Se houver inalação da sílica hoje, daqui a 10 anos ainda estará lá). - Epidemiologia: ● É a principal causa de invalidez entre as doenças ocupacionais. ● EUA 14.824 óbitos entre 1968 e 1994. ● No Brasil, em um estudo a prevalência foi de 27% em cavadores de poços do Ceará. - Fontes de sílica livre ou cristalina: ● Areia; ● Granito; ● Arenito; ● Ardósia e outros; ● assim como certos concentrados de carvões e alguns minérios metálicos. - Exposição ocupacional: ● Mineração, abertura de túneis; ● Corte de pedras; ● Jateamento de areia (fabricação de vidro, cerâmica, polimento de pedras); ● Usos industriais de areia (processos de abrasão e polimento); ● Fundições, fabricação de vidros, cerâmicas; ● Cavadores de poços; ● Lapidadores de pedras. - Quadro clínico, radiológico e fisiopatologia: apresenta três formas clínicas. AGUDA: ocorre após meses a cerca de 5 anos de exposição maciça à sílica. (Não é imediata, como o nome sugere. Sim o “agudo reacional”, com uma exposição intensa há, pelo menos, 5 anos. Depois desse tempo, aumenta a carga ou deixa de usar equipamento de proteção. Surge, então, o quadro agudo). ● Intensa dispneia, hipoxemia, anorexia, astenia, mal estar, febre, insuficiência ventilatória e podendo evoluir para óbito - mimetiza uma pneumonia. ● Aos exames de imagem: infiltrado alveolar bilateral difuso, áreas de vidro fosco e espessamento de septo e áreas de condensação com broncograma aéreo, com predomínio em bases. ● O processo começa no alvéolo, quando há a inalação das partículas. Mas não fica retido apenas no alvéolo. O grande problema não está intra alveolar, sim no interstício. Lá encontra-se uma resposta inflamatória mais exuberante, com deposição de fibroblastos, colágeno, células mononucleares. E nas fases agudizadas, vem as células de fase aguda - neutrófilos, eosinófilos. ● Padrão GERAL, já que é micropartícula. Pode ter área de um lobo mais afetado, mas não se restringe a ele. Normalmente, se distribui difusamente no parênquima pulmonar. Gera áreas de aspecto de condensação irregulares, dilatação de brônquios e áreas condensadas, em aspecto de “vidro fosco” - quando ainda está pouco infiltrado, não muito denso. Conforme evolui essa área de fibrose, o padrão muda para um aspecto mais sólido (diagnóstico diferencial para as neoplasias). ● Achados histológicos são semelhantes aos da proteinose alveolar (quando há rompimento da barreira do septo, que, às vezes, inflama a ponto de romper vaso, romper septo e gerar enfisema. Assim, a partícula atravessa, dando necrose - às vezes). ● Na fisiopatologia, ocorre lesão nos pneumócitos tipo I, levando ao preenchimento da luz alveolar por exsudato de material lipoproteináceo (devido à destruição dos septos), que cora pelo PAS (Periodic Acid Schiff), proliferação de pneumócitos tipo II e aumento de fosfolípides. Além da presença de células inflamatórias, edema, foco de hemorragia. Depende se está em uma fase aguda ou crônica (fibrose). ACELERADA: é a forma de silicose cujo período de manifestação ocorre entre as formas aguda e crônica, geralmente após um período de exposição de cinco a dez anos. Reagudização anos depois, podendo ser grave, intensa e potencialmente fatal. As alterações patológicas são representadas pela presença de granulomas ou nódulos silicóticos. CRÔNICA: é a forma mais comum de apresentação, ocorrendo após 10 anos ou mais de exposição à sílica. É inicialmente assintomática, com a progressão da doença pode surgir dispneia progressiva. Deposição, ao longo dos anos, com material mais colagenizado. ● Tem evolução insidiosa, sendo inicialmente assintomática, e pode evoluir com sintomas de dispneia progressiva. ● O exame de imagem apresenta, nos estágios iniciais, infiltrado micronodular bilateral, com predomínio nas zonas pulmonares superiores. Posteriormente, os nódulos podem coalescer e formar grandes opacidades, geralmente bilaterais, as quais chamamos de fibrose maciça progressiva. ● Histologicamente, o nódulo silicótico é formado por um centro avascular, acelular, constituído por fibras de reticulina concêntricas, misturadas com fibras de colágeno. A microscopia com luz polarizada mostra partículas birrefringentes de sílica na periferia do nódulo. - A silicose produz fibrose pulmonar difusa e pneumopatia restritiva, levando a intensa dispneia, inicialmente aos esforços, depois em repouso. - A fibrose pulmonar reduz o leito vascular capilar do pulmão e causa hipertensão no circulação pulmonar. Isto resulta na hipertrofia e dilatação do VD (cor pulmonale). - Fase subaguda seria a fase que não possui a exacerbação do processo inflamatório agudo, mas ainda é hipercelular. Transição. Mais intermediária, caracterizada por granuloma, com períodos mais sintomáticos. - Tratamento: Transplante. Corticoide, broncodilatador, ofertar oxigênio, tirar o doente do ambiente de trabalho, lavagem do segmento (para tentar diminuir a quantidade de partícula no parênquima), ANTRACOSE ▪ É a pneumoconiose resultante da deposição da poeira de carvão nos pulmões. Se brando, não causa sintomas. A maioria causa granuloma, concentrados que vão sendo absorvidos lentamente, sem muitos prejuízos na função pulmonar. Mas tem os casos graves. ▪ Partículas de carbono da poluição atmosférica que chegam aos alvéolos. ▪ Macroscopia: manchas pretas pequenas na superfície pleural e de corte, nos pulmões e gânglios hilares e mediastinais. ▪ Microscopia: pigmento negro, livre ou fagocitado. Partículas muito finas, não- refringentes. São inertes no citoplasma dos macrófagos ou no interstício. ▪ A aspiração maciça de poeira de carvão, como pode ocorrer em trabalhadores de minas, pode levar a fibrose pulmonar. Cigarro, escapamento de carrosantigos, queima de madeira-folhas, fogão a lenha, mineração. ASBESTOSE -O asbesto é um mineral fibroso com propriedades químicas e cristalográficas que se caracterizam pela sua resistência ao fogo, à abrasão mecânica e química, além de ser isolante acústico e térmico. Lembra fibra de algodão, por ser bem fino. Maleável e resistente -É uma pneumoconiose associada a exposição inalatória a poeiras contendo fibras de asbesto ou amianto. -As fibras asbestiformes possuem duas formas geométricas distintas de asbestos: SERPENTINA e ANFÍBOLO. Podem estar sobrepostas por corpúsculos de material ferruginoso -A forma química crisotila da serpentina representa a maioria dos asbestos usados na indústria. Tanto anfíbolas quanto serpentinas são fibrogênicas. -Exposição ocupacional ● Mineração; ● indústria de cimento amianto; ● indústria de autopeças; ● isolantes térmicos; ● indústria de juntas e gaxetas; ● construção civil. -Propriedades do asbesto: ● Alta resistência à tração mecânica; ● Incombustibilidade e grande resistência a altas temperaturas; ● Baixa condutibilidade elétrica; ● Resistência a substâncias químicas agressivas; ● Capacidade de filtrar microrganismos; ● Alta durabilidade; ● Resistência ao desgaste e abrasão. -Doenças Relacionadas ao Asbesto: ● Asbestose ● Câncer de Pulmão (broncogênico – carcinoma escamoso, mais comum) ● Mesotelioma maligno (membranas de revestimento - pleura, pericárdio, peritônio, túnica vaginal). Não é uma neoplasia comum. o Estudos epidemiológicos sugerem que 75% a 80% dos casos de mesotelioma maligno de pleura estão associados à exposição ocupacional ao asbesto (Período de latência de 30 a 40 anos). BERILIOSE (entre os menos comuns) -Definição: doença pulmonar causada pela inalação de fumos, sais ou poeiras de Berílio. Também forma granuloma. -Ocupações de risco: ● Trabalhadores em indústria aeroespacial. ● Indústria de energia nuclear. ● Fabricação e uso de rebolos especiais e ligas especiais em próteses dentárias. BISSINOSE ● É causada pela aspiração de poeiras de fibras de algodão. ● Leva ao chamado pulmão pardo. ● Foi comum no início da era industrial, sendo hoje, rara. SIDEROSE ● É causada por aspiração de poeiras com óxido de ferro. ● O ferro consegue ser fagocitado, por esse motivo, só causa problemas se inalado em grandes quantidades. ● Tonalidade “cobre mais escuro”. ● Causa granuloma, se em grande quantidade, além de fibrose. Mas só se for em grande quantidade e frequente. FEBRE REUMÁTICA -Doença inflamatória aguda, infantil (5 a 15 anos), multissistêmica, de base imunológica, SECUNDÁRIA a uma faringoamigdalite por estreptococos β- hemolítico do grupo A de Lancefield (Streptococcus pyogenes), em indivíduos geneticamente predispostos. -Crônica, com períodos de fase aguda. -Esses indivíduos predispostos possuem uma similaridade em alguns locais (EX: coração, articulações, SNC), com proteína de superfície (proteína M) de algumas células, uma fração proteica que reveste o estreptococo citado. -Após algumas infecções, o sistema imune desenvolve anticorpos contra o patógeno, para facilitar o reconhecimento do mesmo e ter-se uma resposta mais rápida. Porém, essa predisposição reflete-se na capacidade do indivíduo de desenvolver uma reação cruzada, então ocorre uma resposta celular e humoral sobre células do corpo que compartilham a tal proteína de superfície da bactéria. Ou seja, mesmo após o paciente já ter tratado e se recuperado da faringoamigdalite, alguns dias depois começam a aparecer dores articulares, arritmias (lesões de válvulas cardíacas). -Acomete: ● Articulações – ARTRITE ● Coração – CARDITE ● Cérebro – COREIA -Tratamento com imunossupressor dependendo da sintomatologia (EX: alterações nas articulações). Mas com relação à exposição ao patógeno, deve-se evitar. Uso de antibióticos (Penicilina benzatina, geralmente) também é indicado, como medida profilática até os 18 anos. -Identificação Laboratorial de Streptococcus pyogenes: ● As colônias de Streptococcus pyogenes sobre o ágar sangue são pequenas, transparentes, e lisas, e elas mostram uma beta-hemólise. ● Estes microrganismos produzem uma variedade de toxinas, sendo que algumas são capazes de lisar ou destruir os eritrócitos. O resultado desta destruição é uma zona clara ao redor das colônias bacterianas. A completa destruição dos eritrócitos no meio de ágar sangue é chamada de beta- hemólise. ● (Obs: Beta hemolítico = hemólise completa. Alfa-hemolítico = colônias com hemólise incompleta; Gama-hemolítico = colônias não hemolíticas) -Fatores relacionados ao indivíduo e à bactéria: ● Maior acometimento em determinadas famílias ● HLA: suscetibilidade individual maior nos tipos DR7 e DR53 ● Mecanismos Imunitários: reação cruzada de antígeno X moléculas orgânicas (mimetismo biológico) o Proteína M estreptocócica (mais comum fração proteica envolvida; superfície da bactéria) → Moléculas Cardíacas (miosina, tropomiosina, proteínas valvares e outras) – semelhança na sequência de aminoácidos e na conformação espacial o Outras frações estreptocócicas → mimetizam SARCOLEMA DE MIOCÉLULAS CARDÍACAS o ÁCIDO HIALURÔNICO das bactérias → semelhante a GLICOPROTEÍNAS VALVARES -Produtos extracelulares elaborados pelos estreptococos: ● Estreptolisina O → anticorpo que ajuda no diagnóstico. Causa hemólise dos glóbulos vermelhos. Ela tem um papel de virulência desconhecida. o O anticorpo para estreptolisina O indica infecção recente. ● Hialuronidase (fator de difusão) → pode favorecer a difusão do organismo através dos tecidos. ● DNAse B → Todas as cepas formam no mínimo uma desoxiribonuclease (DNAse). Indicador mais preciso, também indica infecção recente. Também são elaborados pelos estreptococcos Dnases A, C e D. Estas enzimas são antigênicas. o anticorpo para DNAse pode ser detectado durante a infecção. ● OBS: Algumas cepas de S. pyogenes causam um rash avermelhado por ocasião da febre escarlatina. Esta condição é causada por uma toxina eritrogênica. ● Culturas negativas e Anticorpos + para Estreptolisina O e DNAse B -O que reforça a participação imunitária? (Necessidade de exposições repetidas para desenvolver a Febre Reumática) ● Crianças raramente são acometidas antes dos 4 anos de idade → NECESSIDADE DE VÁRIAS INFECÇÕES PARA SENSIBILIZAÇÃO DO INDIVÍDUO SUSCETÍVEL e gerar anticorpo. ● Período de Latência de 2 a 4 semanas (10 dias a 6 semanas) - (elevação do nível do anticorpo) entre a FARINGITE e as manifestações da Doença Reumática → PRODUÇÃO DE ANTICORPO ANTI-ESTREPTOCÓCICOS ● Anticorpos permanecem elevados em portadores de lesões valvares (independente da presença da bactéria) e persistem por ANOS, reduzindo após a remoção cirúrgica das valvas afetadas. CARDITE -Temos alterações em: miocárdio, endocárdio e pericárdio. -Cardite como manifestação de febre reumática está presente de 40 a 50% dos casos. Junto com a manifestação articular são as mais comuns, porém esta é mais branda e a cardite, a mais grave. -As lesões mais preocupantes, que causam clínica, estão no ENDOCÁRDIO → LESÃO VALVAR → sequelas. Pode levar a arritmias e perda de função das válvulas. -As válvulas mais acometidas estão do lado esquerdo (aórtica e mitral), depois tricúspide. -As lesões no miocárdio não são de resposta humoral, mas sim, celular. Presença de granuloma. É achado patognomônico. -No pericárdio pode ocorrer derrame pericárdico, deposição de fibrina, gerando aderência. Dificilmente há complicações. -Endocardite infecciosa X Doença reumática: ● Endocardite infecciosa geralmente é causada por bactéria (Streptococcus viridans), que se instala, coloniza e cresce num único local. ● Lesão de febre reumática não é infecção de estreptococos, mas sim uma reação cruzada. Há depósito de imunocomplexos. ● Na infecciosa pode haver rompimentoda cordas tendíneas. -Miocardite: (lesão mais complicada) Área de inflamação não específica, com predomínio de LINFÓCITOS T, às vezes contendo plasmócitos e macrófagos e raros neutrófilos e eosinófilos. ● CARACTERÍSTICA: degeneração fibrinoide do colágeno. ● Nódulos (ou corpos) de Aschoff –focos de colágeno eosinofílico, rodeado por linfócitos, histiócitos grandes, com nucléolos evidentes, às vezes, multinucleados (células de Anitschkow) → É LESÃO EXCLUSIVA/PATOGNOMÔNICA DA FEBRE REUMÁTICA NO MIOCÁRDIO. Não costuma trazer sintomatologia clínica, é um achado. -Pericardite: serosa/serofibrinosa ● Quanto mais fibrina, mais aderência. ● Depósitos aderentes de fibrina nas faces visceral e parietal do pericárdio → rugosidades → “PÃO COM MANTEIGA”. ● Geralmente não evolui para pericardite constritiva. ● É serosa ou serofibrinosa, que gera aderência, mas no geral não há complicações. ● Se há muita aderência/fibrose pode limitar a contratilidade do coração. ● Pode cursar com derrame pericárdico. FEBRE REUMÁTICA -Aspectos morfológicos: → Fase Crônica: ● Inflamação crônica, depósito de colágeno, enrijecimento, perda de função valvar. ● Lesões repetidas e crescentes (surtos). ● Valvulite Mitral Crônica → ESPESSAMENTO e CALCIFICAÇÃO IRREGULAR EVIDENTES DOS FOLHETOS, FUSÃO DAS COMISSURAS → ausência de fechamento adequado e regurgitação. Estenose pode ocorrer (“boca de peixe” ou “casa de botão”). 2 CRITÉRIOS MAIORES OU 1 CRITÉRIO MAIOR E 2 MENORES ● Placa de MacCallum → foco de espessamento subendocárdico, irregular, geralmente localizadas na face posterior do átrio Esquerdo. -Complicações: ● ENDOCARDITE BACTERIANA. ● TROMBOS MURAIS. ● INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA. ● Cor Pulmonale (Hipertensão Pulmonar Secundária). ● PERICARDITE ADESIVA. -Diagnóstico: → Critérios de Jones: usa-se com evidência de infecção estreptocócica precedente (faringoamigdalite) . ● CRITÉRIOS MAIORES: + comuns e + intensos. o Cardite. o Poliartrite. o Coreia (alteração do SNC que se manifesta com movimentos incoordenados). o Eritema marginado (geralmente, em tórax. Áreas avermelhadas e irregulares) o Nódulos subcutâneos. ● CRITÉRIOS MENORES: o Cardiopatia Reumática prévia. o Artralgia (dor articular). o Febre. o Reações de fase aguda (Leucocitose, PCR+, VHS ↑). o ↑ Intervalo PR (ECG). -Tratamento: → A terapêutica envolve 3 fases: 1. ERRADICAÇÃO DO FOCO ESTREPTOCÓCICO: DROGA DOSE DURAÇÃO Penicilina benzatina(IM) 600.000UI(<25Kg) Dose única 1.200.000UI (>25Kg) ALÉRGICOS À PENICILINA: Eritromicina 40mg/kg/dia (máx- 1g) 10 dias Azitromicina (>16a) 500mg (D1)/250mg 5 dias 2. TRATAMENTO ANTI-INFLAMATÓRIO E SINTOMÁTICO (manifestações articulares, cardíacas e coreicas) a. Prednisona i. 1-2 mg/kg/dia máx - 60mg/dia ii. (1 x pela manhã por 21-28 dias) iii. Reduzir gradualmente 5 -10mg/ sem. ou 20% dose. b. Tratamento ICC – Diuréticos e vasodilatadores. 3. PROFILAXIA SECUNDÁRIA (prevenção das recorrências) a. Penicilina Benzatina IM b. Dose: < 25 Kg 600.000 U > 25 Kg 1.200.000 U c. Intervalo: 21/21 dias d. Critérios de suspensão: i. Sem acometimento cardíaco: 1. Até os 18 anos ou após 5 anos do último surto reumático ii. Com cardite no surto agudo, mas sem sequelas tardias: 1. Até os 25 anos ou 10 anos após o último surto reumático iii. Recidiva após retirada da profilaxia: 1. Nova profilaxia por 5 anos iv. CARDITE REUMÁTICA CRÔNICA: 1. Manter por toda a vida ou no mínimo até os 40 anos. -Considerações: ● Alergia à Penicilina é RARA. ● Reação anafilática: 0,5-1/ 100.000. ● Tratamento Reação Imediata: o Reações leves: anti- -histamínicos. o Reações graves: adrenalina ( sol 1:1000) - 0,01ml/kg. ● 0,3--0,5 ml em adultos IM. ● hidrocortisona / anti-histamínico (prometazina). ● OBSERVAÇÃO: Adesão à profilaxia (orientação e controle do tratamento preventivo da febre reumática).
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