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Paper educação no combate da violencia

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Jean Santiago oliveira 
Jinelson Santos Barbosa Silva 
 Tainá Jesus Neves 
Taís Jesus Neves 
Tutor: Gessi Nogueira Oliveira 
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI Licenciatura em Pedagogia (PED 3696) – 
Prática Interdisciplinar: Escola e Sociedade 
10/07/2020 
RESUMO 
 
O presente artigo busca construir uma reflexão em que a escola é encarada como reconstrutora da 
sociedade através de sua função educacional, que consequentemente formará cidadãos que serão os 
agentes protagonistas de ações transformadoras da sociedade. Além de contemplar a questão da 
violência que é um problema social que está presente não somente no âmbito escolar e familiar, mas 
também em muitas esferas da sociedade. 
 
Palavras-chave: Desigualdade socioeconômica. Educação. Brasil. Violência. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este presente artigo cientifico tem como objetivo mostra os desafios que a escola tem com o seu 
papel de influenciador social e enfrenta em relação a educação social. Sabemos que a educação é o 
que movimenta a sociedade, podemos ver isso claramente durante o período da proclamação da 
república brasileira, quando a educação era elitista e racista, o que condizia com a realidade daquela 
era conservadora onde quem possuía direitos garantidos era os nobres ou grandes comerciantes. 
Falando de direitos humanos, este período ainda não garantia condições de vida, educação ou 
moradia aceitáveis, muito pelo contrário estava tendo aumento da mão de obra escravista, a empatia 
não existia se você fosse negro ou mulher ou para aqueles que não seguiam os parâmetros da moral 
e da ética naquele tempo, mesmo após isso a construção de nossa sociedade foi marcada por 
desigualdade, mesmo que na ditadura tenha investido no ensino universitário o que é algo bom para 
todos atualmente, mas, durante a ditadura as faculdades eram elitistas, o ensino médio era um 
ensino profissionalizante sendo assim capacitava as massas para ingressar no mercado de trabalhos, 
já a elite tinha um futuro garantido com uma educação de qualidade. 
 
FIGURA 1: MANIFESTAÇÃO PELA EDUCAÇÃO 
A educação no combate da violência 
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/avaliacao/avaliacao_lista.php
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FONTE: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/reflexoes-acerca-educacao-durante-
ditadura-militar.htm 
 
Isso é a causa do comodismo popular que aceitava aquela situação, porém, atualmente isso não é mas 
aceito. queremos qualidade de ensino garantidas para todos, com a grande influência digital que existe 
atualmente em uma só publicação da se início a um julgamento nas mídias, campanhas e 
manifestações, algo como ativista Malala Yousafzai que com apenas 13 anos ao escreveu uma carta 
aberta sobre não poder estudar no regime do talibã, ela nunca imaginaria que 6 ano depois estaria 
recebendo um Nobel da paz por sua contribuição na luta a favor da educação para todos. 
 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A escola reconstrutora é aquela que está próxima do aluno, tendo o máximo conhecimento de cada 
aluno, para ter uma noção da situação emocional e social de cada educando. 
Uma escola mais próxima do seu alunado e antenada aos acontecimentos da comunidade que a 
própria instituição está inserida. Dessa maneira a par de tudo que está acontecendo no que 
englobam o seu alunado. 
Escola que possui professores que são conectados com sua clientela de educandos, com isso o 
educador conseguirá desenvolver atividades dinâmicas que se enquadre com os alunos. 
Neste contexto é bom salientar que a parceria de pais e professores pode garantir grande resultado 
no aprendizado e no desenvolvimento cognitivo dos alunos. 
 
FIGURA 2: FAMILIA PARTICIPANTE NA EDUCAÇÃO 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/reflexoes-acerca-educacao-durante-ditadura-militar.htm
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/reflexoes-acerca-educacao-durante-ditadura-militar.htm
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FONTE: https://blog.colegioarnaldo.com.br/participacao-dos-pais-na-educacao-dos-filhos/ 
 
Em grosso modo, o termo educação é definido no dicionário de Aurélio Buarque de Holanda 
Ferreira, como “[...] o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da 
criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social” 
(FERREIRA, 2004, p.272). é necessário que os alunos não vejam os professores como apenas 
profissionais distantes e separados dele por uma hierarquia, mais que os professores sejam vistos 
como pessoas do núcleo familiar, do núcleo dos amigos para poderem ter uma relação de confiança 
e de intercâmbio mútuo. 
Para isso os professores precisam entender o mundo dos alunos, para estarem cada vez mais 
ligados, numa relação que ambos ganham e aprendem. Numa relação que os professores não se 
sintam superiores aos seus educandos, que se vejam como uma ponte, um fio condutor que irá 
conduzir os alunos ao seu desenvolvimento intelectual, moral, social e pessoal. 
 
Uma das grandes problemáticas constantes na área da educação é “como os educadores está 
preparando os seu alunos para o futuro?” devemos ter em mente que o papel do professor é uma das 
mais influente na vida dos seus alunos, uma educação falha deixara seus alunos alienados, 
condenando assim essas pessoas a uma vida medíocre, limitando seu horizontes a escolhas a 
profissões sem perspectivas futuras para o indivíduo, levando isso em conta, os educadores devem 
ter em mentes que aquelas pessoas que eles estão ensinando são o futuro da sociedade, eles 
trabalharam em profissões que viram a existir no futuro, eles serão aqueles que manterão a lei e a 
ordem da nação, em outras palavras podemos até colocarmos eles como a esperança de um mundo 
melhor. 
 
Os humanos são seres socias, logo é necessário a convivência em grupo, mas não é fácil conviver 
com um indivíduos com características, personalidades e individualidades divergente um do outro, 
mesmo nós humanos sendo seres sociais que somos condicionados a viver em grupos, nem todos 
nós aceitamos quando um indivíduo com características, ideologia, religião, sexualidade e/ou etnia 
que se difere de nossas filosofia pessoal. 
 
 
https://blog.colegioarnaldo.com.br/participacao-dos-pais-na-educacao-dos-filhos/
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Para e Wyllys (2013), a escola deve formar não só acadêmicos, mas cidadãos, que saibam os seus 
deveres e direitos, com sua máxima capacidade tanto emocional como psicológica, ele acredita que 
para se conseguir isso é necessário a ajuda de psicólogos na instituição de ensino 
“É importante ter psicólogo na sala de aula, mas é importante que esse psicólogo respeite, por 
exemplo, as diferentes expressões da sexualidade humana. Um psicólogo que vai servir, por 
exemplo, para engessar as sexualidades a partir das sexualidades ditas e consideradas ‘normal’, não 
me interessa. Um assistente social que não leve em conta que há pessoas adeptas de outras religiões 
que não o cristianismo, não me interessa.” (WYLLYS, 2013). 
 
Para Freire a educação não deve se apegar ao mimetismo e comodismo de uma rotina pré-
estabelecida por instituições opressoras e uma hierarquia dominante, mas, sim como uma troca de 
ideias e culturas de todos envolvidos com o educando. 
“Educador e educandos se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há 
criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na 
busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os 
outros.” (FREIRE, 2005: p.66-67). 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 A escola deve está adaptada aos alunos e atenta aos contextos dos mesmos, oferecendo a 
eles um ambiente acolhedor onde os alunos possam desenvolverem todo seu potencial cognitivo e 
psicológico. ABRAMOVAY (2006, p. 52) considera que “em relação à escola, esta deve ter uma 
proposta pedagógica mais atraente a linguagem juvenil“ 
Um dos problemas que vem afetando a sociedade no Brasil quanto no mundo é a questão da 
violência. A questão da violência não só atinge os ambientes familiares como também o ambiente 
escolar. 
Acabamos vendo nos veículos de imprensa, seja na televisão ou na internet a questão da violência 
de alunos com alunos, alunos com professores. 
 
Além das violências existentes no entorno e contra o património escolar, há também a violência 
contra as pessoas produzidas pela própria dinâmica das relações entre: alunos; professores e alunos; 
alunos e direção é, algumas vezes, até mesmo direção é professores (ALVES, 2007, p. 120). 
 
Muitas das violências podem acontecer tanto no âmbito escolar, quanto no âmbito familiar que 
muitas vezes podem ser agressões verbais sem o uso da força física. É necessário tanto uma posição 
dos pais, da escola e do poder público para poder criar ações para combater a violência nesses 
ambientes. 
 
Violência é o uso intencional de força ou de poder físico, na forma real ou de ameaça, contra si 
mesmo, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade, que resulta em grandes chances de 
ferimento, morte, danos psicológicos, subdesenvolvimento ou privação ( BRASIL, 2009, p.7) 
 
o Brasil hoje sofre com o grande taxa de criminalidade, isso se deve pelo o fim do regime militar 
brasileiro e a redemocratização, com o fim do regime militar a população tiveram depois de muito 
tempo os seus direitos restituídos já que no regime militar não existia democracia, logo, as penas 
eram severas, brutais e até mesmo fatais sendo assim não tinham chances de um aumento 
significativo na criminalidade. 
Com o fim da ditadura militar ouve um rompimento dos governantes com os militares, onde com 
todo o “jogo político” demorou um tempo para o novo governo se estabilizasse, mas, com tudo que 
estava acontecendo na política eles não focaram imediatamente na ordem pública, o que fez uma 
demora de ação para garantir a segurança pública se torna o berço para as organizações criminosas 
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nascerem nas favelas, onde a desigualdades socias, falta de escolaridade, condição financeiras, 
violência e os anos de repreensão dos militares sobre aquelas pessoas tiveram seus primeiro sopro 
de liberdade. 
Com tudo infelizmente essas organizações criminosas ainda persistem na nossa sociedade, as 
crianças são mais propicias a se maravilhar no mundo onde a educação não é valorizada e as suas 
únicas chances de ter sucesso na sua vida é trabalhar para o tráfico, segundo o a jornalista Jessica 
Antunes (2018): 
“Um estudo feito pelo Observatório de Favelas, organização da sociedade civil que fica no 
Complexo da Maré, zona norte da cidade, demonstrou aumento de 50% do número de crianças 
entre 10 e 12 anos que entram na rede do tráfico de drogas. Segundo a pesquisa, em 2006, a 
faixa etária correspondia a 6,5% do total de jovens inseridos no tráfico. No ano passado, a 
participação deles subiu para 13%. A faixa etária de 13 a 15 anos concentra o maior número 
de jovens inseridos no comércio ilegal de drogas, 54,4% dos entrevistados. Esse perfil já havia 
sido identificado em pesquisas anteriores. 
O estudo dá conta ainda dos números sobre evasão escolar, que também têm relação com o 
ingresso no universo do tráfico. A maior parte dos entrevistados parou de estudar aos 15 ou 16 
anos. Como justificativa para o abandono da escola, 40,4% afirmaram que foi para ganhar 
dinheiro para ajudar a família ou ainda para comprar bens de consumo. 
A diretora do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, reforçou que parte dos jovens tem 
ficado um tempo maior na escola, mas a questão financeira é a principal responsável pela 
evasão.” 
 
Isso só reafirma o que centenas de milhares de profissionais de diversas áreas vem afirmando 
diversas vezes, o aumento da evasão escola junto com a desigualdade socioeconômica vem 
favorecendo durante anos o aumento da criminalidade 
 
FIGURA 3- VESTIGIOS DA VIOLENCIA 
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FONTE: https://rioonwatch.org.br/?p=43419 
 
Para BECKER (2013), em sua tese de Doutoramento em Economia defendida na USP, “o primeiro 
ensaio fornece uma análise ampla e agregada do impacto dos gastos com a educação na redução da 
taxa de homicídios, enquanto o segundo volta-se para dentro da escola, analisando com os vários 
fatores do ambiente escolar podem prevenir a manifestação do comportamento violento” 
O Brasil apesar de investir aproximadamente de 6% do PIB o que é algo a se admirar ao compara 
com os outros países, mas, quando realmente se calcula a quantidade gasta por estudante, se torna 
algo preocupante. Hoje o brasil é o 9° maior PIB do mundo entre a Itália e logo após o Canadá, mas 
ao analisarmos o desenvolvimento da educação mundial pelo PISA (Programa Internacional de 
Avaliação de Alunos), o brasil está no 53° lugar do PISA, já o Canadá que é 10° no PIB mundial, 
mas, no PISA está no 6° lugar. 
 
 
4. CONCLUSÃO 
Em conclusão ao que foi abordado neste trabalho na tocante questão da violência, cabe salientar que 
a educação é um importante e é o mais eficaz caminho a ser empregado no combate a violência. 
Dentre as análises desenvolvidas neste trabalho, percebe-se que a escola tem um papel 
preponderante e importante na formação cidadã dos seus alunos e também tem a função 
reconstrutora da sociedade através da formação dos alunos em cidadãos proativos e agentes das 
mudanças sociais. O envolvimento da sociedade é um fator indispensável na formação de um 
cidadão consciente dos seus deveres e direitos, mesmo tendo em mente isso, um dos maiores 
https://rioonwatch.org.br/?p=43419
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responsável pela educação social hoje é as escolas, mas, com os golpes que a cada dia a educação 
vem recebendo da falta de prioridade do poder público, afinal, Freire já disse sobre isso “Se a 
educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” (FREIRE, 
2004: p. 31) 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
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OLIVEIRA,Helena (org). Direitos negados: a violência contra crianças e adolescentes no Brasil. 
2.ed . Brasília. DF: UNICEF, 2006, p.28-53. 
ALVES, Renato. As escolas em bairros com altas taxas de violência. A visão dos professores. 
Um ROU HD,Caren;ALVES, Renato ; CUBAS, Viviane de Oliveira. Violência na escola ( um 
guia para pais e professores). São Paulo ANDHEP ( Imprensa oficial do estado de São Paulo), 
2007. 
 
ANTUNES, Jéssica. Aumenta entrada de crianças na rede de tráfico de drogas no Rio. 
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<https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-07/aumenta-entrada-de-criancas-na-rede-de-
trafico-de-drogas-no-
rio#:~:text=Segundo%20a%20pesquisa%2C%20em%202006,54%2C4%25%20dos%20entrevistad
os.>. Acesso em: 28 de jun. de 2020. 
 
BECKER, Kalinka. Uma Análise Econômica da Relação Entre a Educação e a Violência. Tese de 
Doutorado. Santa do Livramento, UFP, 2013. 
 
BRASIL, 1° conferência nacional de segurança pública. Brasília; ministério da justiça, 27 A 30 
de agosto de 2009. 
 
FERREIRA, A de H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Nova 
Fronteira, 1988. 
 
FREIRE, Paulo (2005). Pedagogia do oprimido (41ª edição). São Paulo: Editora Paz e Terra. 
FREIRE, Paulo . Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz 
e Terra, 2004. 
 
OLIVEIRA, Diego. Pisa- ranking de educação mundial: entenda os dados do brasil. Blog Lyceum, 
05 de dezembro de 2019. Disponível em: <https://blog.lyceum.com.br/ranking-de-educacao-
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-07/aumenta-entrada-de-criancas-na-rede-de-trafico-de-drogas-no-rio#:~:text=Segundo%20a%20pesquisa%2C%20em%202006,54%2C4%25%20dos%20entrevistados.
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-07/aumenta-entrada-de-criancas-na-rede-de-trafico-de-drogas-no-rio#:~:text=Segundo%20a%20pesquisa%2C%20em%202006,54%2C4%25%20dos%20entrevistados.
https://blog.lyceum.com.br/ranking-de-educacao-mundial-posicao-do-brasil/
https://blog.lyceum.com.br/ranking-de-educacao-mundial-posicao-do-brasil/
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WYLLYS, Jean. Jean Wyllys defende assistentes sociais e psicólogos com educação cidadã nas 
escolas públicas. Disponível em: Acesso em 22 de março de 2020

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