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Conjuntivite: Causas e Tratamentos

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Funções da Conjuntiva 
 Proteção 
 Produção de secreções: gordura + água 
+ proteína (mucina) 
 Auxilia na movimentação ocular 
 Mantém a hidratação 
Conjuntivite 
 Processo inflamatório que acomete a 
conjuntiva 
 Gera desconforto, dor, quemose 
(edema da conjuntiva), hiperemia e 
secreção. 
 Pode ser benigna ou causar alterações 
visuais importantes 
Ceratoconjuntivite Viral 
 Relacionada a sorotipos de adenovírus. 
 Clínica: surgimento abrupto de 
hiperemia conjuntival, lacrijamento, 
fotofobia e sensação de corpo 
estranho. Hemorragias 
subconjuntivais podem ocorrer em 
casos mais severos. 
 Exame físico: observam-se folículos 
conjuntivais associados a 
linfadenopatia pré-auricular. 
 Tratamento: medidas de suporte 
(higiene, compressa com água gelada, 
colírios lubrificantes). Geralmente 
ocorre remissão espontânea em duas 
semanas, mas, dependendo do 
sorotipo e da virulência, pode 
comprometer a córnea e ocorrer a 
formação de pseudomembrana (muco 
que fica aderido no fundo de saco – 
retira-se com uma pinça) conjuntival 
(indica-se corticoides tópicos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjuntivite Bacteriana Aguda 
 Comum e geralmente autolimitada, 
causada pelo contato direto do olho 
com secreções infectadas. H. 
influenzae, S. pneumoniae, S. aureus e 
Moraxella catarralis são os agentes 
mais frequentes. 
 Clínica: presença de secreção 
mucopurulenta. Pálpebras ficam 
aderidas ao acordar. 
 Tratamento: 60% dos casos regridem 
sem tratamento em 5 dias. Colírios 
antibióticos de amplo espectro devem 
ser utilizados (clonanfenicol, quinolonas, 
neomicina e polimixina B), além de 
higiene e compressas com água gelada. 
Conjuntivite por Clamydia trachomatis 
 Pode ocorrer por transmissão sexual e 
também no período neonatal. 
 Conjuntivite por inclusão do adulto – 
sexualmente transmissível. 1 semana 
após o contato sexual e pode estar 
associada a uretrites ou cervicites. A 
clínica é de olho vermelho crônico 
unilateral, com secreção 
mucopurulenta. Comum ocorrer 
linfadenopatia pré-
auricular.Tratamento com medicação 
tópica e sistêmica. 
 Conjuntivite neonatal por clamídia: 
causa mais comum de conjuntivite 
neonatal. Clínica é de conjuntivite 
aguda mucopurulenta de 5 a 14 dias 
após o nascimento. Tratamento com 
pomada de tetraciclina e eritromicina 
sistêmica por 14 dias. Avaliar a mãe 
quanto a presença de DST. 
 
 
 
Resuminho Medicina 
Conjuntivite por Gonococos 
 Infecção neonatal que pode acontecer 
1-3 dias após o parto 
 A clínica apresenta conjuntivite 
hiperaguda purulenta associada a 
quemose com formação de 
membranas inflamatórias conjuntivais 
 O tratamento é feito com 
benzilpenicilina ou cefotaximas 
sistêmicas, o mais rápido possível para 
evitar complicações. A mãe também 
deve ser tratada. 
 Profilaxia: nitrato de prata 1% nos olhos 
do RN, na sala de parto 
Conjuntivite Alérgica 
 Pode ser sazonal, perene, aguda, vernal, 
atópica e papilar gigante. 
 Clínica clássica de quemose e edema. 
 Conjuntivite alérgica sazonal – piora na 
primavera e verão. Hipersenbilidade do 
tipo I, mediada por IgE. Liberação de 
histamina e leucotrienos responsáveis 
pela clínica. Geram crises transitórias 
de prurido ocular, lacrijamento e 
hiperemia. 
 Conjuntivite alérgica perene: clínica igual 
a da sazonal, mas os sintomas surgem 
ao longo do ano, com piora no outono. É 
menos comum. 
 Conjuntivite Alérgica Aguda : reação 
urticariforme, acomete 
frequentemente crianças. Clínica com 
quemose conjuntival, prurido, e edema 
palpebral de surgimento súbito. Maior 
parte com remissão espontânea em 
horas. 
 Ceratoconjuntivite vernal: semelhante 
à sazonal, mas diferencia-se pelo 
acometimento corneal. Mais comum 
em pacientes na faixa etária dos cinco 
anos, diminuindo com a puberdade. 
Clinica com quemose conjuntival, 
prurido, edema e acometimento de 
córnea, com lesões erosivas no nível do 
epitélio ou alterações cicatricias 
(cronicidade da doença). 
 Ceratoconjuntivite atópica : é rara, 
porém severa. Geralmente acomete 
homens com dermatite atópica. 
Classicamente atinge a região lateral 
do pescoço e as fossas poplítea e 
cubital. Pode ocorrer asma, urticária, 
rinite e enxaqueca. Ao exame físico 
ocular, presença de papilas na 
conjuntiva papebral. A ceratoparia 
secundária pode levar a diminuição 
gradual da visão (cicatrizes e neovasos 
corneanos). O tratamento é feito 
sistemicamente com esteroides 
tópicos e anti-histamínicos VO. 
 Cojuntivite papilar gigante: associada a 
presença de corpos estranhos (lentes, 
próteses oculares externas, atrito). 
 Tratamento das conjuntivites 
alérgicas: colírios estabilizadores da 
membrana dos mastócitos, inibidores 
da migração de eosinófilos, anti-
histamínicos, compressas geladas e 
lágrimas artificiais. Corticoides tópicos 
ficam reservados para os casos mais 
graves. 
Conjuntivites Autoimunes 
 Penfigoide cicatricial: doença idiopática, 
autoimune, crônica, progressiva, com 
bolhas na pele e na mucosa e 
formação de cicatrizes. A clínica é de 
sensação de olho seco, ardor e 
lacrijamento. Ao exame, observa-se 
formação de bolhas subconjuntivais, 
que ao se romperem, originam lesões 
ulceradas. Tratamento é feito com 
esteroides tópicos e sistêmicos, 
imunossupressores e lentes de 
contato esclerais para evitar 
formação de aderências). 
 Síndrome de Steve-Johnson: eritema 
multiforme major, pode acometer 
conjuntiva em 90% dos casos. A clínica 
é de reação papilar conjuntival e a 
inflamação local podem levar à 
formação de membranas 
inflamatórias e de placas fibrosas. 
Queratinização conjuntival, metaplasia 
dos cílios e disfunção lacrimal são 
algumas complicações. Tratamento 
com esteroides tópicos e sistêmicos, 
lentes de contato esclerais e 
imunossupressores. 
 
 
 
 
Pterígeo 
 Crescimento subepitelial fibrovascular 
e triangular de um tecido conjuntival 
degenerativo que atravessa o limbo e 
invade a córnea. Relação com 
exposição a traumas oculares e 
exposição demasiada ao sol. A clínica é 
de irritação ocular, fotofobia e 
desconforto estético. Pode aumentar 
o astigmatismo e gerar baixa acuidade 
visual. O tratamento definitivo é feito 
com remoção cirúrgica ou apenas 
tratamento sintomático para casos 
mais brandos com colírios lubrificantes 
ou anti-inflamatórios não hormonais. 
 
Distúrbios do Olho Seco 
 Os distúrbios do olho seco são 
definidos como volume ou função 
inadequada da lágrima, podendo causar 
filme lacrimal instável e doença da 
superfície ocular. Qualquer desequilíbrio 
nos componentes e nas quantidades 
pode levar ao olho seco. 
 Ceratoconjuntivite seca : olho seco 
com grau de ressecamento 
 Xerolftalmia: olho seco relacionado à 
deficiência de vitamina A 
 Xerose: secura ocular extrema 
 Clínica: ardência, vermelhidão, irritação, 
queimação, sensação de corpo 
estranho e fotofobia. Pode causar 
embaçamento visual transitório e, em 
casos mais graves, pode levar a 
diminuição da acuidade visual 
permanente.

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