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Universidade Estácio de Sá Campus: Tom Jobim – Turno: Noite Nome: Renata Pinheiro de Souza Matrícula: 201703004124 Nome: Andressa Quintanilha Geronimo Matrícula: 201609002113 Matéria: TSP II- Psicanálise Professor: Maicon Prova TSP 2 Prova remota 1) Comente sobre o surgimento da Psicanálise a partir do cenário histórico e filosófico do século XIX e do pensamento moderno. 2,5 pts A psicanálise surgiu no fim do séc. XIX. Teve origem na medicina e investigava a psique humana. Foi criada por Freud, médico formado em 1881 e teve impacto para a sociedade da época. Freud interessava-se em achar um tratamento efetivo para pacientes neuróticos ou histéricos. E, escutando seus pacientes percebeu que os seus problemas teriam origem emocional, da não aceitação cultural, do conflito entre os desejos sexuais e a repressão moral e social imposta. A base da psicanálise é o método de associação livre, onde o paciente diz tudo o que lhe vem a mente, suas angústias, sonhos, aspirações, etc. Freud via a psique do ser humano como um sistema de energia. Essa energia viria dos instintos humanos, os quais precisavam ser controlados. O não poder dar vazão a energia gerada pelos instintos faz com que indivíduo entre em um estado de tensão interna que precisa ser resolvido. Para explicar esse processo de geração e liberação de energia, Freud descreveu três níveis de consciência: Consciente; Pre-consciente e Inconsciente. Para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. O fundamento da psicanálise está na descoberta do inconsciente. Não é possível acessar o inconsciente, podemos conhecê-lo através de suas formações sendo eles os atos falhos , sonhos e sintomas, que são expressos pelo corpo. Através do entendimento do inconsciente fica clara a compreensão dos motivos e necessidades da psicanálise, pois, muitos desejos, sentimentos e motivos são inconscientes por serem dolorosos de se tornarem conscientes. Mas o conteúdo inconsciente influencia a experiência consciente, quando surgem os comportamentos aparentemente irracionais , emoções inexplicáveis, medo, depressão, sentimento de culpa. Freud iniciou os seus estudos para tratamento de pacientes com histeria com a utilização da da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais. Porém, observando o tratamento e melhora dos pacientes do médico Charcot, desenvolveu a hipótese de que a causa da histeria era psicológica e não orgânica. Em 1923, desenvolveu o modelo estrutural da personalidade que se divide em três: O id, que é o componente nato nas pessoas, apresentando forma hereditária, sendo ligado ao impulso sexual. É formado por extintos, impulsos e desejos inconscientes. Busca o que produz prazer para evitar o desprazer. Desconhece o juízo, os valores morais. O ego, que pode ser chamado como princípio da realidade, o qual se introduz a razão. Busca harmonizar os desejos do id e a repressão do superego. O superego representa os valores morais e culturais dos indivíduos. Como o ego fica constantemente tentando harmonizar o id e o superego, e este estado de tensão ameaça sua estabilidade, ele pode fazer uso dos chamados mecanismos de defesa, pois o ego deseja proteger-se para garantir o bem estar psicológico do sujeito em razão de situações indesejadas. Os principais mecanismos de defesa são: Repressão, Formação reativa, Projeção, Regressão, Fixação, Sublimação, Identificação e Deslocamento. Assim , quando pensamos em psicanálise, o que vem a mente são as relações humanas, relações entre pais e filhos , sexualidade, complexo de Édipo. 2) “O sonho é a realização alucinatória de um desejo”. Diga porque os sonhos foram importantes na construção da primeira tópica freudiana. 2,5 pts Para Freud, o sonho é um exemplo privilegiado de um processo primário, pois é acompanhado de uma diminuição das necessidades físicas e por um desligamento daquilo que possa vir a ser externo. A precondição essencial ao sono é o sonho, que é o pórtico da psicanálise. É através do sonho que podemos compreender os sintomas, os mitos, as religiões e a obra de arte como expressão do nosso desejo mais oculto. Ele usou os sonhos como ponto de partida para as livres associações que conduziam até as ideias inconscientes que se ocultavam atrás de sintomas e sonhos. Afirmou que a essência do sonho é um desejo reprimido da infância. Ele afirmou à sociedade da época a existência do inconsciente, que poderia revelar mistérios da personalidade humana. Para ser interpretado um sonho, é importante que não seja entendido de uma só vez, pois devido a ser formado no inconsciente só existem afetos e fragmentos da realidade. Em sua teoria, Freud caracterizou seis categorias do processo onírico. A 1º dela trata que os sonhos são realizações de desejos. Através de um sonho Freud fez uma das mais importantes descobertas, a primeira descoberta, acerca dos sonhos como realizações dos desejos, ocorre devido ao fato que os sonhos são processos primários que produzem o modelo de experiência e satisfação. A 2º caracterização feita ao sonho é que as ideias oníricas são de caráter alucinótório. Na 3º categoria caracterizada acerca dos sonhos são as conexões contraditórias e loucas. Para Freud, as alucinações ocorrem por dois motivos: o primeiro é o que ele chama de “compulsão associativa” e o segundo é o do esquecimento que atinge parte das experiências psíquicas do paciente. Os sonhos precisam ser descarregados de forma motora, apontada como quarta categoria caracterizada: “Nos sonhos ficamos paralisados” (ESB, v. I, P. 446, apud Garcia Rosa). Em 5º categoria, vemos que a lembrança dos sonhos é bem fraca, poucos danos são causados em comparação com outros processos primários. A 6º categoria se refere à consciência que os sonhos fornecem, portanto, a consciência estará nos acompanhando durante esse processo. Dos sonhos à interpretação, Freud se deparou com a interpretação de sonhos. Seus pacientes falavam cada detalhe da lembrança que tinham do período onírico. Em 1899, Freud produziu a obra “ A interpretação de sonhos”, onde diz que a interpretação de sonhos é a via real que leva ao conhecimento das atividades inconscientes da mente. No entanto, os sonhos possuem sentido e são realizações dos desejos. Os sonhos são tidos como fenômenos psíquicos, devido ao fato de serem produções e comunicações da pessoa que sonha. Freud afirmou também que aquele que sonha sempre sabe o significado de seu sonho, mas, a censura o impede de reconhecer aquilo que pode ferir a sua moral. Todo material que compõe o conteúdo de um sonho é derivado da experiência, foi reproduzido ou lembrado no sonho. Mas esse material não é imediatamente acessível a quem sonha ou a quem interpreta. Segundo Freud, sempre haverá dois componentes básicos intrínsecos na interpretação do sonho: o conteúdo manifesto do sonho e os pensamentos oníricos latentes. Interpretar um sonho é somente possível utilizando a linguagem e não as imagens oníricas, atingidas apenas pelo paciente. O analista deve usar os enunciados do paciente para observar novos enunciados, mais ocultos, que será a expressão do desejo. O desejo se apresenta como fantasias, que podem ou não ser realizadas para satisfazer o sujeito. Freud afirmou que, desejo pode ser reprimido, pois seus pensamentos serão censurados e deformados pela atividade onírica. A matéria-prima dos sonhos é o pensamento. O pensamento possui um sentido e valor, assim como o significado. Para Freud há três origens possíveis: restos diurnos não – satisfeitos; resto diurnos recalcados; desejos que nada tem que ver com a vida diurna, mas que surgem durante o sono. Há ainda uma quarta fonte de desejos oníricos, que são os impulsos decorrentes de estímulos noturnos (fome, sede, etc). Os desejos do nosso inconsciente preparam-se para ser expressados,mas a censura consciente não permite que eles sejam expressos. Não podemos desconsiderar que a atividade onírica pode provocar ansiedade no paciente, pois nem sempre o sonho obtém sucesso completo na realização dos desejos. Outro aspecto que se refere à realização dos desejos através do sonho é a insatisfação do paciente, que muitas vezes não aproveita o prazer oferecido devido a repulsa e censura do seu inconsciente. Os sonhos desagradáveis também são realizações de desejos, em que o paciente consegue libertar o inconsciente. Freud chamou a atenção para os sonhos de punição. Para ele, a punição também é uma realização de desejo, o desejo do paciente de se punir por ter um pensamento proibido. Referências: http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/sonhos.html. GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. Freud e o inconsciente. 20. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
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