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Classificações de Crimes

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Teori� Gera� d� Direit� Pena� | Classificaçõe� d� Crime�
Anotações da aula 05.04.2021
● Classificações de Crimes
- Crime Comum : Pode ser cometido por qualquer pessoa.
- Crime próprio: Somente pode ser cometido por determinadas pessoas
ou categorias de pessoas.
- Crime de mão própria: Somente pode ser cometido pelo sujeito
pessoalmente. Ex: Falso testemunho.
- Crime de Dano: Exige uma efetiva lesão ao bem jurídico para a sua
consumação. Ex: Homicídio.
- Crime de perigo: Basta a possibilidade em potencial do dano, para que
ocorra a sua consumação. Pode ser de dois tipos:
- Perigo Concreto: A existência de um perigo efetivo ou de perigo
abstrato.
- Perigo abstrato: A situação de perigo é presumida. Ex;
Associação criminosa.
- Crime instantâneo: Consuma-se em um dado momento sem
continuidade no tempo.
- Crime permanente: Aquele cuja consumação se prolonga no tempo.
Ex: Sequestro.
- Crime principal: Existe independente de outros crimes. Ex: Furto
- Crime acessório: Aquele cuja existência depende de outro crime: Ex:
Receptação.
● Erro de tipo1
- Estamos perante um erro de tipo quando ocorre um equívoco do agente ,
sobre um caso da sociedade que se encontra descrito no tipo penal.
Exemplos:
- Erro incidente sobre situação de fato descrita como elementar
de tipo incriminador. Ex: pegar o livro do colega no canto do
seu livro. (art. 20 caput)
- Erro incidente sobre relação jurídica descrita como elementar
de tipo incriminador. Ex: O agente se casa com uma mulher já
casada.
- Erro incidente sobre situação de fato descrita como elementar
de tipo permissivo. (art. 20 paragrafo 1°)2
- Trata das causas excludentes de ilicitude.
- Erro incidente sobre circunstâncias do tipo incriminador. O
crime subsiste pois o dolo permanece e o equívoco não incide
sobre dado essencial à existência do crime. Mas, sobre mera
circunstância privilegiadora. Ex: O cara acha que está furtando
2 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
1 Art. 20, CP. - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
uma caneta caríssima, mas na verdade é uma caneta simples. (Ele
vai responder por crime privilegiado)
- Erro sobre dado irrelevante (art. 20 paragrafo 3°)3. Ex: Queria
furtar café, e furtou feijão.
● Espécies de Erro de tipo
- Essencial: Incide sobre elementares e circunstâncias. Ex: O agente pega
o objeto acreditando ser seu.
- Invencível: Não podia ter sido evitado.
- Vencível: Poderia ter sido evitado, com uma diligência mediana.
Conclusão: O erro essencial que recai sobre o elementar sempre exclui o dolo. O erro
invencível exclui o dolo e a culpa. Ex: o cara atira na mulher que estava tirando as
roupas do varal na madrugada e mata ela achando ser um ladrão. O erro vencível
exclui o dolo, mas permite a punição a título de culpa, se o tipo penal permitir a
punição culposa.
- Acidental: Incide sobre dados irrelevantes da figura típica. Não
impedindo a apreciação do caráter criminoso do fato.
- Espécies :
- Erro sobre o objeto: É o erro sobre a coisa - objeto material de um
crime. Ex: O agente rouba café achando que era feijão.
- Erro sobre a pessoa (art. 20 paragrafo 3°)
- Erro na execução do crime (aberratio ictus): O agente age de forma
desastrada. Chamado também de desvio de golpe.
- Consequências:
- Com resultado único: O agente ao invés de acertar a
vítima pretendida acaba por acertar um terceiro, não
sofrendo a vítima virtual qualquer lesão. Art. 73, CP I
parte. 4
- Com resultado duplo (art. 73, II parte): Concurso formal
perfeito (art. 70, CP)5 . Calcular as penas separadas, optará
pela mais grave. E aplicará um sexto ou metade da pena
em cima da mais grave.
5 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou
não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em
qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou
omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no
artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
4 Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
3 § 3 º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram,
neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
- Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis): O
agente comete um crime, ao invés de outro. Ex: O agente
quer quebrar uma vidraça, mas na hora a pessoa abre a
janela e a pedra acerta a pessoa. (queria cometer um crime
de dano, e acaba cometendo um crime de lesão corporal)
- Consequências:
- Com resultado único: Responde só pelo
resultado produzido. Se o mesmo tiver a
modalidade culposa.
- Com resultado duplo (regra do concurso
formal perfeito) : Ex: Quebrou a vidraça e
atingiu a pessoa. Responde por dano e lesão
corporal culposa.
● ILICITUDE (2° Elemento do crime)
- Contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico.
- Tem que ser comprovado.
● Excludentes de ilicitudes6
01. Estado de Necessidade (art. 24)7:
Você está em uma situação e deve decidir entre preservar
esse bem ou outro bem. Ex: Você está dirigindo e uma criança
solta a mão da mãe, e você deve escolher entre não atingir a
criança ou atingir o carro ao lado para evitar matar a criança.
- Causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem não tendo o
dever legal de enfrentar a situação de perigo atual, a qual não
provocou por sua vontade, sacrifica um bem jurídico ameaçado
para salvar a outro próprio ou alheio, cuja perda não era razoável
exigir. O estado de necessidade não exige a comparação de
valores, numa situação de perigo, e sim, o emprego da
7 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1 º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2 º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de
um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
6 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso
ou culposo. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
razoabilidade. Esta é a teoria unitária adotada pelo código penal
brasileiro: Critério subjetivo - baseado na razoabilidade e no
senso comum X Teoriadiferenciadora : Critério de valoração
objetivo.
- Requisitos para o Estado de Necessidade:
- 1° Situação de perigo :
- Perigo deve ser atual, já está acontecendo.
- O perigo deve ameaçar direito próprio ou
alheio.
- O agente não pode ter dado causa ao perigo.
- 2° Conduta lesiva :
- Inevitabilidade da conduta.
- Razoabilidade do sacrifício.
- Conhecimento da situação justificante.
02. Legítima defesa (art. 25, CP)8
- Requisitos:
a) Agressão injusta: A injustiça da agressão
deve ser avaliada de forma objetiva, pouco
importando se partiu de um inimputável.
Deve-se atentar sempre para o critério de
moderação. O provocador em regra não
poderá invocar legítima defesa.
- Legítima defesa real X Legítima defesa
imaginária.
b) Agressão atual ou iminente: O ataque já
está em curso no momento da ação
defensiva, onde a agressão não pode ser
futura. A legítima defesa pode ser para
proteger direito próprio ou alheio.
c) Repulsa com os meios necessários: São os
meios lesivos à disposição do agente no
momento da agressão. Utilização do critério
da proporcionalidade. Se o meio for
desnecessário caracteriza-se o excesso
doloso. Ex: Quando o agente com apenas
uma lesão, conseguiria o seu intuito de
defesa. Mas, descarrega a arma toda até
matar o agressor. Responderá por homicídio
8 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) (Vide ADPF 779)
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em
legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima
mantida refém durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vide ADPF 779)
doloso pelo excesso cometido. Poderá
ocorrer o excedente culposo quando o agente
envolvido pela emoção acaba partindo para
um verdadeiro ataque mesmo após a
dominação do agressor.
d) Moderação: Critério de razoabilidade.
e) Conhecimento da situação justificante: Ele
tem que saber que está na situação de
legítima defesa.
03. Estrito cumprimento do dever legal (art. 23, inciso II)9
04. Exercício regular de um direito
- Ex: Passar por um terreno de uma pessoa quando não tem
outra passagem.
9 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) ….
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

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