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Julia Silva Aula de Patologia Cirúrgica 29-04-21 Luxação de Patela em Pequenos Animais Deslocamento da patela do sulco troclear, sendo a afecção mais comum da articulação femoro-tíbio-patelar do cão (30%). Acometimento uni ou bilateral de origem congênita ou traumática, medial (mais comuns) ou lateral, mais comuns em raças toy e miniaturas (mais medial pois o côndilo medial é menor que o lateral). OBS: A luxação de patela vai se tornando crônica e causando outras lesões osteos musculares no paciente. Deformidades anatômicas associadas – causas · Arrasamento do sulco troclear · Deslocamento medial do quadríceps · Deslocamento medial da tuberosidade/crista tibial · Coxa vara/valga e retroversão relativa do colo femoral · DAD Sinais clínicos Claudicação intermitente ou permanente, atrofia da musculatura do quadríceps, dificuldade de saltar, pular, dor, deslocamento da patela no sulco troclear. Teste de deslocamento patelar Em decúbito lateral uma mão na patela, fazendo força e uma leve rotação medial e lateral com essa patela em caso de luxação a patela irá sair do sulco troclear. Exames Complementares Radiografias: vai determinar o comprometimento articular, se há deformações ósseas concomitantes e doença articular degenerativa (DAD). Outras avaliações: artroscopia, TC e RM. Classificação do Grau de Luxação Grau I: achado durante o exame clinico, raramente ocorre luxação espontânea, a patela pode ser luxada manualmente com facilidade, mas retorna a posição anatômica assim que a pressão promovida é retirada. Grau II: luxação patelar frequente durante a flexão, a patela permanece luxada ate ser reduzida manualmente ou por extensão do membro, dor intermitente e andar aos “pulos”, torção tibial de mais de 30°. Grau III: patela permanentemente luxada, retorna com manipulação manual como membro em extensão, dor e membro semiflexionado, rotação da tíbia e desvio da crista tibial entre 30° e 50° e arrasamento do sulco troclear. Grau IV: patela permanentemente luxada e não pode ser reposicionada manualmente, sulco troclear é inexistente ou mesmo convexo, os animais não conseguem fazer movimentos de extensão, andando na posição agachada, tíbia está totalmente desviada, chegando de 50° a 90°no platô crânio caudal. Tratamento Conservativo · Repouso · Administração de analgésicos · Administração de AINES · Fisioterapia e acupuntura – fortalecer quadríceps · Uso de bandagens e órteses Tratamento Cirúrgico OBS: O tratamento cirúrgico não impede a progressão da osteoartose/DAD. Pós cirúrgico · Limitar exercício – 3 a 4 semanas · Impedir que o animal salte obstáculos - suba/desça de sofá e camas · Bandagem – trocleoplastia (nas primeiras 24 horas) · Bandagem – 5 a 10 dias (apenas pacientes mais ativos e grandes intervenções) · Fisioterapia/Medicina Integrativa · Medicações: analgésicos, AINE e condroprotetor Prognostico: depende do procedimento realizado (de bom a moderado).
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