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@gabiviieira @gabiviieira à Sintoma: é uma sensação subjetiva anormal percebida pelo paciente e não observada pelo examinador (inspeção, palpação, percussão e ausculta). à Sinal: é um dado objetivo notado pelo paciente e observado pelo examinador através do método clínico ou de exames complementares. à Síndrome: é um conjunto de sintomas e/ou sinais que ocorrem associadamente e que podem ter diferentes causas. Exame físico no obeso • Obesidade: doença crônica que é caracterizada pelo acúmulo/excesso de gordura corporal. • Pode ser causada por alimentação inadequada, fatores genéticos, psicológicos, hormonais e sedentarismo. • Sinais e sintomas: o Acúmulo de gordura o Apneia do sono, roncos o Dificuldade para se movimentar, dores no corpo o Infertilidade e impotência- déficit de fluxo sanguíneo o Varizes e ulceras – alteração na circulação sanguínea o Falta de condicionamento físico • Fatores de risco: câncer, HÁ, doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, apneia do sono, osteoartrite e DM II. Ø Anamnese • O diagnóstico da obesidade é clínico, baseado na história nutricional e clínica, no exame físico detalhado (em busca de sinais relacionados a distúrbios nutricionais e em dados antropométricos). • Idade de inicio, relação com fatores desencadeantes, tentativas anteriores de tratamento, percepção da família sobre o problema. • Antecedentes pessoais: alto ou baixo peso ao nascer, ganho de peso acentuado no primeiro ano de vida, uso de medicamentos, de drogas, álcool e tabaco. • Antecedentes familiares: informações sobre familiares obesos, com doenças associadas como HÁ, dislipidemia, diabetes, tabagismo, etilismo e doenças cardiovasculares. • Antecedentes alimentares: tempo de aleitamento materno (quando maior o tempo, menos chance de obesidade), introdução alimentar complementar e seus aspectos qualitativos e quantitativos. • Hábitos alimentares: informação sobre o dia alimentar habitual, frequência de consumo dos alimentos. Dinâmica da refeição. • Comportamento e estilo de vida: como é o comportamento com familiares, colegas, como o paciente vai para a escola, a periodicidade e a duração das @gabiviieira atividades físicas curriculares e extras, tempo de telas, investigas bullying. • ISDA: Valorizar dados relacionados a: respiração oral (roncos, sibilos), parada respiratória noturna, sono agitado, fadiga de esforço, lesões de pede, dor (abdominal ou articular) ou edema em articulações, alteração menstrual ou comportamental. • Exame físico (medidas antropométricas): peso (aumento de +1 kg em 24, sugerir retenção hídrica, + 5/10% síndrome consumptiva), altura (distancia planta-vértice, plantar envergadura), circunferência abdominal (homem: até 94 cm e mulher até 80 cm), IMC (maior que 25 relacionar com risco maior de aparecimento de doenças cardiovasculares e DM), circunferência do braço, pregas cutâneas tricipital e subescapular (é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula). • Quadril: - RCQ > 0,8: obesidade androide - RCQ < 0,8: obesidade ginecoide @gabiviieira Síndrome consumptiva • É o emagrecimento involuntário de mais de 5/10% de peso em 6 a 12 meses. • Pode simbolizar o primeiro sintoma de malignidade ou manifestações de doenças psiquiátricas. • Cerca de 25% dos pacientes que apresentam a perda de peso involuntária morrem em um ano. • Perda de peso com aumento do apetite: DM descompensada, hipertireoidismo, síndrome de má absorção, atividade física intensa e Fecromocitoma. • Perda de peso involuntário com redução do apetite: malignidade (câncer), endocrinopatias, doenças crônicas, infecciosas, doença do TGI, psiquiátricas, uso de drogas lícitas e ilícitas, isolamento social. Ø Diagnóstico clínico diferencial: • Investigar a perda ou não do apetite, atividade física, padrão da perda de peso, duração, voluntário ou não. 9 “D”s: - Dentição: alteração na cavidade oral - Disfagia - Distúrbio do paladar (disgeusia) - Diarreia - Doenças crônicas - Demência - Disfunção (física, cognitiva e psicossocial) ou dependência - Drogas • Quantificar a medida de independência funcional (MIF) dos pacientes no intuito de avaliar o grau de dependência nas atividades de vida diária. Ele avalia 18 categorias pontuais de um a sete e classificadas quanto ao grau de dependência para a realização da tarefa. Ø Exame físico • Geral, sinais de desnutrição, avaliação da tireoide • Cavidade oral • IMC: peso em kg/a altura ao quadrado – baixo peso < 18,5 • Pele e anexos • ACV (BRNF em 2Ts) e AR (MVBD sem ARA – Som claro pulmonar à percussão) • Linfonodos • Exame neurológico • Fazer também exames complementares. @gabiviieira Síndrome febril • Elevação anormal da temperatura corporal • Início súbito, intensidade (febre leve ou febrícula, moderada ou alta), duração é prolongada, modo de evolução (contínua, irregular, remitente, intermitente), sintomas associados (calafrios nos primeiros momentos de hipertermia) e o termino (crise ou lise) • Temp. axilar: 35,5ºC a 37ºC • Temp. bucal: 36 ºC a 37,4º C • Temp. retal: 36ºC a 37,5º C • Antes de medir a temperatura é recomendado esperar no mínimo uma hora após a realização de exercícios intensos, banhos quentes, tabagismo, etilismo e refeições. à Modo de evolução da febre (na síndrome) o Febre contínua: hipertermia contínua e variações de temperatura de até 1ºC. Ex: endocardite. o Febre irregular: picos muito altos intercalados por temperaturas baixar ou períodos de apirexia. Não é cíclica. Ex: sepse. o Febre remitente: hipertermia contínua e variações de temperatura acima de 1º C. Ex: pneumonia. o Febre intermitente: a febre é ciclicamente interrompida por períodos de apirexia. à Diagnóstico etiológico: história clínica, epidemiologia, antecedentes pessoais e familiares, culturas clínicas, testes sorológicos e exames de imagem. Ø FEBRE • A perda de calor pode ocorrer por convecção, irradiação, condução e evaporação. • Regulação depende de: isolante térmico, termostato no hipotálamo e glândula sudorípara. • Elevação da temperatura por: vasoconstrição da pele, piloereção e calafrios. • Para cada grau de temperatura, a FC aumenta para ajudar o sangue a circular mais rápido e retirar as impurezas. Síndrome ictérica • Aumento da bilirrubina no organismo por causa da diminuição ou interrupção da excreção de bile por obstrução do fluxo através da árvore biliar intra ou extra-hepática ou por @gabiviieira alteração funcional do hepatócito. • A icterícia vem do acúmulo de bilirrubina indireta no organismo que é depositado principalmente em escleróticas e embaixo da língua. • Ocorre com bilirrubinas acima de 2 mg por 100 ml. • Locais de avaliação: conjuntiva ocular; sublingual e freio da língua; pele. • É avaliada em cruzes • Diferenciar das pseudoicterícias causadas por betacaroteno • Renal crônico: pigmentos amarronzados depositados. Síndrome edemigenica • Acúmulo de líquido no espaço intersticial; • Equilíbrio de starling • Pode ter causa: renal, cardíaca, hepática, nutricional e vascular • Albumina baixa, tem pressão oncótica baixa; líquido extravasa à Se manifestando como edema. • Semiologia baseada na história clínica e no exame físico • Edema localizado ou generalizado • Aumento de 4-5 do peso corpóreo • Anasarca: edema generalizado Ø Exame físico • Localização e distribuição o Edema localizado (um segmento do corpo) x Edema generalizado (todos os demais segmentos do corpo). o MMII principal local de edema, porém sacral e peri- orbitaria devem ser sistematicamente avaliadas. • Intensidade oDeterminar a intensidade do edema: compressão firme e sustentada com a polpa digital do polegar ou indicador, de encontro com uma estrutura rígida subjacente (tíbia, ossos do sacro ou ossos da face), chamado digitopressão. o Sinal de cacifo ou sinal de godet: É considerado positivo se a depressão formada não se desfizer imediatamente após a descompressão. o Outras formas de avaliar edema: pesar o paciente (sempre e diariamente) e medir o perímetro da região afetada. • Consistência o Mesma manobra que avalia intensidade o Edema mole (mais recente; retenção hídrica de curta duração) X edema duro (mais antigo; proliferação fibroblástica em edemas de @gabiviieira longa duração / mais típico: elefantíase, linfedema). • Elasticidade o Edema elástico (pele volta imediatamente á posição anterior, ou seja, a fóvea dura segundos) X edema inelástico (pele comprimida demora a voltar a posição anterior, ou seja, a fóvea perdura por mais tempo). • Temperatura da pele circunjacente o A maioria tem temperatura normal o Se estiver quente, tem inflamação e quando frio, dificuldade de irrigação • Sensibilidade da pele circunjacente o Doloroso (inflamatório) x não doloroso • Outras alterações da pele circunjacente. o Alteração da coloração: palidez, cianose ou vermelhidão. o Avaliar textura e espessura da pele: - Lisa e brilhante: edema recente e intenso - Pele espessa: edemas de longa duração - Pele enrugada: edema em resolução. Ø Edema renal • Síndrome nefrotica: urina espumosa e edema importante (fácil matinal, de MMII vespertino ou anasarca podendo haver derrame (pleural, pericárdico, ascite) - Redução de pressão oncótica e retenção de sódio e água (underfilling e overflow) • Síndrome nefrítica: mecanismo de edema overflow, o edema é discreto. • Mecanismo de sd. Nefrítica e insuficiência renal: @gabiviieira Ø Edema cardíaco • Anamnese: dispneia progressiva, aos esforços; ortopneia, dispneia paroxística noturna; antecedentes de doença cardiovascular. • Exame físico: edema gravitacional (acentuação em ortostase e ao longo do dia); desvio do ictus cordis, estase jugular, crepitações pulmonares, hepatomegalia Ø Edema hepático Cefaleias • Estruturas sensíveis a dor no crânio: couro cabeludo, artéria meninguea média, seios durais, foice do cérebro e segmentos proximais das grandes artérias da pia mater. • Sensibilidade dolorosa é transmitida por aferentes trigeminais primários. à Características da dor: • Início • Localização (hemicraniana, holocraniana, frontal, occipital, etc.) • Intensidade • Caráter (pulsátil ou latejante, em choque, constritiva ou em aperto, em pontadas) • Irradiação • Duração • Periodicidade • Fatores de melhora / fatores de piora (fotofobia, fonofobia, osmofobia) • Fatores que acompanham (vertigem, escotomas, lacrimejamento, etc.) • Escala visual da dor. à Principais cefaleias primárias: à Sinais de alerta para cefaleia secundaria: • Início súbito de cefaleias intensas, “Pior dor de cabeça da minha vida” @gabiviieira • Início de cefaleia em idade mais avançada sem histórico prévio ou familiar • Alteração importante na intensidade ou característica de cefaleia previa • Cefaleias que acordam o paciente no meio da noite • Cefaleias que pioram em decúbito dorsal ou com tosse, espirros, Valsalva. • Qualquer achado neurológico anormal no exame • Cefaleia nova em paciente com infecção pelo HIV, neoplasia ou gestação • Análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) na suspeita de hipertensão intracraniana ou meningite Ø Síndrome (de irritação) meníngea • É subdividida em 3 síndromes: o Síndrome da hipertensão intracraniana (cefaleia, vômitos em jato e edema de papila). Decorrente do aumento do conteúdo intracraniano com resultante aumento da pressão intracraniana (acima de 15mmHg) o Síndrome radicular o Síndrome infecciosa: febre, prostração, astenia, anorexia e taquicardia. à Pseudotumor cerebral • Termo que abrange situações de aumento da pressão intracraniana sem lesões tipo massa evidentes • Hipertensão intracraniana primária idiopática - 1:100.000 indivíduos em geral, mais frequente em mulheres obesas em idade fértil - Aparentemente causado por uma má absorção do líquido cefalorraquidiano • Pseudotumor cerebral secundário - Secundário a medicações (tetraciclina, lítio, etc), distúrbios endócrinos (disfunção da paratireoide) e apneia do sono à Síndrome radicular • Hiperestesia • Fotofobia • Raquialgia • Postura antálgica: preferência pelo decúbito lateral e/ou semiflexão dos membros inferiores • Sinais positivos: Kernig, Brudzinski e Lasègue à Teste de Brudzinski - Avaliação de irritação meníngea (coluna cervical) - Semiotécnica: com o paciente @gabiviieira em decúbito dorsal e com os membros estendidos, posicionar uma das mãos na região occipital da cabeça do paciente e realizar a flexão passiva do pescoço dele. - Teste positivo se o paciente referir dor cervical e fletir seus quadris e joelhos, executando uma posição antálgica. à Teste de Kernig - Avalia a irritação meníngea e a radiculopatica (coluna lombossacra) - Semiotécnica: com o paciente em decúbito dorsal e uma de suas pernas em flexão do quadril e do joelho, o examinador deve estender o joelho do membro flexionado. - Teste positivo se o paciente referir dor ao longo do trajeto do nervo ciático associado à resistência bilateral à extensão do joelho (indica irritação meníngea) ou à resistência unilateral à extensão do joelho (indica radiculopatia) à Manobra de Lasègue - Avaliação de irritação meníngea (coluna lombossacra) - Semiotécnica: com o paciente em decúbito dorsal e suas pernas estendidas, o examinador executa a elevação de ambas as pernas do paciente em extensão. - Teste positivo se o paciente referir dor lombar e tender a fletir o pescoço quando a perna é elevada entre 30 e 60º Ø Meningites • Inflamação da membrana aracnoide, pia-máter e liquido cefalorraquidiano. • Infecciosas (principalmente bacterianas e virais) ou não (por hipersensibilidade a medicações ou doenças sistêmicas com lúpus eritematoso sistêmico) • Nas bacterianas, as bactérias podem chegar até as meninges por: - Disseminação hematogênica a partir de um foco distante - Ingresso direto a partir do trato respiratório superior ou da pele (por fratura ou meningocele) - Passagem para o crânio através de vênulas da nasofaringe - Disseminação a partir de um @gabiviieira foco contíguo de infecção (infecção dos seios paranasais, abscesso) - Na bacteriana tem: febre de inicio agudo, cefaleia generalizada, vômitos, rigidez da nuca. Pode apresentar mialgia, dor nas costas, fraqueza generalizada. Maior predisposição de otite ou sinusite. E progride rapidamente para confusão obnubilação e perda de consciência. - Evidência de irritação meníngea com rigidez de nuca, sinal de Kernig e Brudizinski – sensibilidade ± 30% cada para diagnóstico de meningite bacteriana em adultos - Tríade clássica: febre, rigidez de nuca e alteração de consciência em 44% - Presença de 2 sinais/sintomas entre cefaleia e a tríade em 95% - Diagnóstico pode passar despercebidos em lactentes, idosos, imunossuprimidos. - Erupção cutânea tipo petequial ou equimótica em paciente com sinais meníngeos quase sempre indica infecção meningocócica -> rápida evolução.
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