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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA COORDENAÇÃO DE NUTRIÇÃO PROFESSORA: ESP. AMANDA CRISTINE FERREIRA DOS SANTOS TERESINA 2018 UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) É uma unidade de trabalho ou órgão de uma empresa, que tem por finalidade desempenhar atividades relacionadas à alimentação e nutrição. É responsável por fornecer alimentos com boas qualidades nutricionais, sensoriais e higiênico- sanitárias. UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) Serviço de Alimentação e Nutrição coletividade sadia Serviço de Nutrição e Dietética coletividade enferma O profissional responsável por esse setor é o Nutricionista (planeja, organiza, direciona, supervisiona e avalia). Lei 8.234/91, Conselho Federal de Nutricionistas UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) o Qualidade do alimento pronto; o Fatores que podem interferir nessa qualidade; o Recursos físicos adequados (instalações, equipamentos, utensílios, matéria-prima); o Qualificação de pessoal. Responsabilidades: Podem ser: 1. Institucionais, situadas dentro de empresas, escolas, os clientes são fixos; 2. Comerciais, restaurantes abertos ao público (coletividade sadia); 3. Cozinhas dos estabelecimentos de saúde (coletividade enferma). UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) Etapas de Planejamento do Serviço de Nutrição Plano diretor do Hospital Estabelecimento do pré-projeto ou layout Definição da planta física e memorial descritivo Construção do Hospital Planejamento do Layout (áreas necessárias para implementar uma UAN). Processamento (produção) Áreas de distribuição e consumo (refeitório) Planejar o fluxo de matérias-primas, de pessoal e da utilização de equipamentos, objetivando evitar o cruzamento entre eles: CONTAMINACÃO CRUZADA DIMENSIONAMENTO DE ÁREA Fatores que interferem no dimensionamento da área: Tipo de coletividade Número de refeições servidas Tipo de equipamento Tipo de distribuição Política de compra e abastecimento Número de leitos Número de acompanhantes Número de funcionários Padrão dos cardápios Plataforma de recebimento.............2,5% Refrigeração do lixo.......................0,80% Controle de mercadorias/recebimento........1,0% Despensa.........................................10-12% Câmaras frigoríficas...........................2,5% Preparo...........................................9,0% Cozinha geral..................................20-22% Cozinha dietética.............................2,5% Higienização....................................6,5% Circulação interna............................6,5% Refeitório........................................8,0% Distribuição de dietas.......................5,0% Monta-cargas e/ou elevador...............0,5% Administração..................................2,5% Preparo de desjejum e merenda..........10,2% • Hospital até 200 leitos: • 1,80m2/leito, com distribuição descentralizada: • 20% recepção e estocagem • 50% preparo e cocção • 30% distribuição e demais dependências • 2,00 m²/leito, com distribuição centralizada: • 20% a recepção e estocagem • 45% no preparo e cocção • 35% a distribuição e demais dependências ASPECTO FÍSICO No planejamento da área física de uma UAN, devem ser considerados fatores como: Localização Fluxo de trabalho Espaço de trabalho Acesso a outras áreas Equipamentos disponíveis Número de refeições • Obedecer um fluxo coerente • Evitar cruzamentos indesejáveis • Diminuir acidentes de trabalho, que comprometam a produção das refeições ou saúde dos trabalhadores O planejamento físico-funcional da UAN tem como objetivos garantir: instalações adequadas e funcionais assegurar as operacionalizações prestar serviços de boa qualidade da produção de serviço para os comensais, pacientes e funcionários. ASPECTO FÍSICO LOCALIZAÇÃO A localização térrea, posição nascente e na esquina do prédio propicia: melhor acesso de fornecedores e comerciantes remoção do lixo supervisão dos trabalhos fácil comunicação com o exterior e dispensando elevadores facilita futuras ampliações e adaptações. CONFIGURAÇÃO GEOMÉTRICA A literatura indica a forma retangular, desde que o comprimento não exceda 1,5 a 2,0 vezes a largura. • melhor disposição dos equipamentos • evita caminhadas supérfluas • evita conflitos de circulação • facilita a supervisão das atividades. ILUMINAÇÃO • Iluminação uniforme, natural (luz solar) • sem ofuscamentos, contrastes excessivos, sombras ou cantos escuros. • As lâmpadas e luminárias devem permitir limpeza, estarem protegidas contra explosão e quedas • não devem alterar as características sensoriais dos alimentos. • Bactericida (raios uv) • Lâmpadas fluorescentes ou incandescentes • Janelas evitando penetração direta do sol sobre a superfície de trabalho. • As aberturas devem ser de 1/5 a 1/4 da área de piso a ser projetada. VENTILAÇÃO, TEMPERATURA E UMIDADE • A ventilação deve garantir: • o conforto térmico • a renovação do ar • evitar fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. • Não devem ser utilizados ventiladores nem aparelhos de ar condicionados nas áreas de manipulação. • Direção do fluxo de ar: área limpa suja. • O conforto térmico aberturas de paredes que permitam a circulação natural do ar. • A temperatura adequada: 22º a 26º • Umidade relativa: 50 a 60%. RUÍDO Ruídos de 70 a 80 (db) decibéis, passando dos 80 prejudicam a audição. Paredes quando paralelas não devem ter mais de 17 metros de distância evitar o eco Evite projetos circulares ou côncavos. PISO • Material liso, resistente, impermeável e de cores claras • Bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas • Fácil higienização • Deve ter um único nível com inclinação suficiente para direcionar, aos ralos, a água da higienização PAREDES As paredes devem ser de superfície dura, de cerâmica ou azulejos fácil limpeza. Não deve haver saliências e beirais nas portas e janelas evitar o acúmulo de sujeiras e contaminação. PORTAS E JANELAS As portas devem ser de madeira revestida e de material lavável Ter borracha de vedação evitar a entrada de insetos e roedores Com largura e altura mínimas nunca inferiores a 1.0 e 2.1 m, vedação, visor de comunicação. Possuir fechamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé. As janelas devem ter proteção de telas milimétricas evitar a entrada de insetos. Localizadas na parte superior das paredes para garantir o conforto térmico FORROS E TETOS o Devem ter o acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras o Isentos de goteiras, vazamentos, umidade, trincas, rachaduras, bolor e descascamento. RECOMENDAÇÕES DAS CORES Teto e alto das paredes acima dos olhos: branco. Paredes abaixo da altura dos olhos: creme, amarelo, azul claro, rosa. Pisos: verde, cinza, azul escuro. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS É vedada a existência de fiação exposta As tomadas de força devem ser individualizas para cada equipamento e se situar preferencialmente a 1,5m de altura do piso É indicado o uso de protetores nas tomadas evitar a entrada de água no sistema elétrico Todo o sistema de drenagem das águas servidas deve ser feito através de canaletas ou grelhas sifonadas nos pontos de maior evasão de água. ÁREAS E SUB-ÁREAS Recebimento de mercadorias Armazenamento (temperatura ambiente, temperaturacontrolada) Pré-preparo Cocção Espera para distribuição Distribuição Cozinha dietética Local de higienização e tratamento do lixo Refeitório Anexos (sala de administração) Instalações sanitárias e vestuário Área para guarda de recipientes vazios Área para guarda de coletores de resíduos Área para guarda de botijão de gás Área para higienização de material de limpeza FLUXO DO SERVIÇO 1. Alimentos chegam pela plataforma de recebimento controle de quantidade e qualidade 2. Armazenamento dos gêneros (despensas/ câmaras frias) 3. Distribuição dos alimentos armazenados às áreas de pré-preparo lavagem, seleção, cortes 4. Distribuição para a área de cocção 5. Porcionamento 6. Distribuição ao setores de destino CONCLUSÃO O planejamento físico das UANs é fundamental para a adequação das instalações aos objetivos do serviço. A UAN deve ser planejada seguindo uma linha de produção racional. Suas unidades devem seguir um fluxo coerente, evitando cruzamentos e retrocessos, que comprometam a produção das refeições REFERÊNCIAS ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. 6. ed. São Paulo: Varela, 2016. BRASIL. Resolução RDC n. 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 de set. de 2004, Seção 1, p. 25. Disponível em: < http://anvisa.gov.br>. Acesso em: 15 jan. 2018. MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. São Paulo: Manole, 2015. SANT’ANA, H.M.P. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 288 p. TEIXEIRA, S. M. F. G.; OLIVEIRA, Z. M. C.; REGO, J. C.; BISCONTINI, T. M. B. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2010. 219 p.
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