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Reumatologia 2021/1 ART Espondiloartrite Introdução: É um grupo de dçs que é d.d de várias outras dçs na reumatologia e é um grupo subnotificado, muitas vezes o pct passa anos sentindo dor e ele é tratado como lombalgia, por acometimento de OA de coluna, radiculopatia e na realidade ele tem uma dç inflamatória, então é importante termos um certo grau de suspeição desses pcts pra conseguirmos mudar o curso da dç, mudar a progressão da dç, quanto mais cedo fazemos o dx da dç, melhor é o prognóstico, é um grupo dçs que pode se tornar limitante pq acomete a coluna como um todo e acometendo a coluna pode diminuir muito a mobilidade do pct e pode deformar esse pct, deixar sequelado. As espondiloartrites são um grupo de artrites, ou seja, de dçs inflamatórias com características comuns, elas podem acometer o esqueleto axial, toda a coluna e a sacroilíaca e pode também ter acometimento periférico com oligoartrite- artrite até 04 articulações ao mesmo tempo, entesite - inflamação no local da inserção dos tendões no osso, hoje sabemos que esse local tem um metabolismo próprio, ele tem uma atividade própria e é um local que sofre influência de impactos mecânicos, por ex na contração muscular - e dactilite - inflamação de todos os tecidos subcutâneos do dedo da mão ou do pé, causando o dedo em salsicha. Acometimento extra articular em comum, ele pode pegar alguns locais fora das articulações, pode pegar olho causando uveíte - inflamação da úvea - pode inflamar o intestino, causando dç inflamatória intestinal (DII) e pode inflamar a pele causando psoríase. Todas as espondiloartrites podem causar uveíte, osteoporose, entesite, aumenta o RCV, pode causar DII, pode causar uma artrite periférica e psoríase. As espondiloartrites são divididas entre periféricas e axial, ou seja, periférica tem um acometimento periférico maior, tem predominância pelas articulações apendiculares, ou pode ser axial, pega a coluna e sacroilíacas. E ela pode ser radiográfica ou não radiográfica, radiográfica quando conseguimos fazer o dx pela radiografia e não radiográfica quando não tem acometimento radiográfico. Quais são as dçs que fazem parte das espondiloartrites? Espondilite anquilosante Espondiloartrite periférica - grupo de artrites periféricas, dactilite, entesite, sema cometimento axial. Artrite psoriásica Artrite enteropática Artrite reativa - Artrite de Reiter Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Espondiloartrite indiferenciada - dç que não conseguimos classificar nem como anquilosante, nem como, psoriásica, enteropática, mas ela tem característica comum de espondiloartrite, então acabamos classificando ela como indiferenciada. Fisiopatologia Sabemos que esse grupo de dçs sofre influência importante dos fatores genéticos e o principal fator genético associado é o HLA B27, ele é observado em 90% das espondiloartrites como um todo, da espondilite anquilosante, porém menos de 5% do HLA B27 positivo desenvolve a dç. O que isso quer dizer? Você vai dosar HLA de todo mundo? Obviamente não, você vai dosar quando você tem um grau de suspeição, quando você está suspeitando de uma espondiloartrite, porque menos de 5% desenvolve a dç, então se você dosar 100 pacientes que tem positivo, só 5 desses que vão desenvolver a dç. Sofre a influências de fatores ambientais, principalmente fatores mecânicos, serviços de esforço acentuado e fatores imunológicos. Na figura: osso, tendão, fibrocartilagem e inserção do tendão, isso daqui é uma entese. Sabemos que é um local metabolicamente ativo, sofre vários processos de reparação, de regeneração e de inflamação, principalmente devido a fatores mecânicos. Tudo começa na entese, a entese inflamando devido a fatores mecânicos e/ou infecciosos em pcts suscetíveis, ou seja, a parede inflama por estes fatores em pcts predispostos a ter, principalmente aqueles HLA B27 +. Tem uma ativação da imunidade inata, então aqui vamos parar um pouco para falar sobre dç autoimune e dç auto inflamatória, antigamente as espondiloartrites eram consideradas um grupo de dçs autoimunes, hoje em dia as espondiloartrites são consideradas um grupo de dçs autoinflamatórias. Qual a diferença? Você tem predominância da imunidade adquirida, você tem produção de anticorpos, então na dç autoimune produz anticorpos. Na dç autoinflamatoria você tem uma desregulação da imunidade inata, você não produz anticorpo, então não adianta dosar anticorpo, nos nao vamos achar anticorpo circulante nas espondiloartrites, então não há atividade de linfócitos e não produz anticorpos, então é uma dç autoinflamatória. Na entese tem uma liberação local de prostaglandina 2 (PGE2) causando vasodilatação e liberação de citocinas inflamatórias entre elas a IL-17, IL-23 e TNF alfa, isso gera uma inflamação sistêmica, uma liberação local e citocinas inflamatória gerando uma inflamação sistêmica. Epidemiologia As espondiloartrites é um grupo de dçs que acomete principalmente homens, jovens, na 3ª ou 4ª década de vida, então aqui muda um pouco o padrão das dçs que estávamos vendo, como LES e SSj, acomete principalmente homem, pode acometer mulher, mas o principal acometido é homem. Tem uma prevalência geral de 0,5 a 1,4%, dentro dessa prevalência geral a espondilite anquilosante (EA) é o subgrupo mais comum, entre a artrite psoriásica e artrite enteropática a EA é a que mais tem prevalência, mais encontrada. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Manifestações axiais E o que as espondiloartrites causam no esqueleto axial, ou seja coluna e sacroilíaca, ela cursa com lombalgia inflamatória e tem início insidioso antes dos 40 anos de idade, por ser inflamatória ela tem característica importante, ela melhora com exercício físico e piora pela noite e pela manhã, o pct acorda com a dor mais intensa no período da manha e ao longo do dia a dor tende a melhorar, ela vai melhorando a medida que o pct vai fazendo atividade física, que o corpo vai esquentando, essa é uma dor de ritmo inflamatório. É completamente diferente de uma lombalgia mecânica, o que é uma lombalgia mecânica? O pct acorda bem e ao longo do dia a medida que vai movimentando, a dor vai piorando, a hora que relaxa a hora que deita a dor melhora. Pode ocorrer também a dor alternante em nádegas, a dor alternante em nádegas é altamente sugestivo da inflamação da sacroilíaca, então o pct vai queixar que de manha acorda com a nádega direita doendo, depois a nádega esquerda, então tem que ficar muito atento a dor em nádegas. É associado a rigidez matinal, pct acorda e fala que de manhã o corpo tá duro, parece que está congelado e a medida que o tempo vai passando, normalmente mais de uma hora, o corpo dele vai voltando ao normal, ele vai conseguindo fazer as movimentações que ele precisa durante o dia. Pode ocorrer também espondilodiscite, ou seja inflamação da coluna e dos discos e pode ter artrite costoclavicular associada. Manifestações periféricas O que acontece no esqueleto periferico? Normalmente, tem uma artrite periférica e tem como característica importante ser oligoarticular, ou seja pega ate 4 articulações, com predominância em membros inferiores, ou seja, pega mais abaixo da coxofemoral, também tem predominância por grandes articulações. Diferente, por ex, da AR que é poliarticular e pega pequenas articulações, as espondiloartrites pega grandes articulações, tipo joelho e tornozelo. Assimétrica, diferente da AR que tem característica de ser simétrica. Tem que saber fazer d.d com AR, o principal d.d da espondiloartrite é a AR. Outra característica importante é que ela causa entesite, normalmente a entesite é mais comum em mmii, na figura estão os principais locais da entese acometidos: costoclavicular, joelho, patelar, anserina, epicôndilo. Manifestações sistêmicas Quando eu estou falando das espondiloartrites de uma maneira geral eu acabo falando mais de EA, aqui estamos falando tb da EA. As espondiloartritesde uma maneira geral causam uveíte, principalmente a EA, e ela é anterior, diferente da dç de Behçet que da panuveíte, normalmente a uveíte das espondiloartrites pega só a úvea anterior. Pode dar um quadro de psoríase e quadro de DII. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Diagnóstico O dx da EA tem critérios, como várias outras dçs na reumatologia, no da EA chamamos de critérios ASAS, pra falarmos que um pct tem EA ele tem que ter lombalgia por tempo maior ou igual a 3 meses e com início menor que 45 anos de idade, então é ai que começamos a suspeitar, lombalgia por + 3 meses, de ritmo inflamatório, em pct com menos de 45 anos de idade. E ai vamos avaliar a radiografia e o HLA-B27, se ele tem uma imagem de sacroileíte na radiografia, ou seja, inflamação da sacroilíaca, quando consegue confirmar na radiografia que a sacroilíaca ta inflamada, só precisa de mais uma característica para fechar o dx, essa característica pode ser: artrite, entesite, uveíte, dactilite, psoríase, Crohn, HLA-B27 +, PCR e HFAM de espondiloartrite ou uma boa resposta ao AINE. Então se temos mais 01 dessas características fecha o dx de espondiloartrite. Porem radiografamos esse pct e ele não tem sacroileíte na radiografia, faz o HLA-B27 dele e vem com HLA-B27 +, ai precisa de mais 02 características da lista para fechar o dx de espondiloartrite. Então para diagnosticar espondiloartrite , a radiografia mais os critérios clínicos ou o HLA-B27 mais critérios clínicos. O que seria a sacroileíte? Usamos os chamados critérios de Nova Iorque modificados para ver se uma radiografia de sacroilíaca tá inflamada ou não, os critérios vão de 0 a 4, o grau 0 é considerado normal, a sacroilíacas tá com espaço preservado, não tem esclerose de bordas, pontes ou erosões, uma sacroilíacas ótima. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART O grau I tem uma suspeição de alteração, mas não da pra falar o que é, talvez esteja alterada, tem dúvida. O grau II já tem alterações mínimas, porém o espaço articular da socroilíaca tá preservado, tem áreas de erosão e esclerose com espaço completamente preservado. Já o grau III apresenta anormalidades moderadas, o que são anormalidades moderadas, erosões, esclerose com alteração do espaço, ou seja, o espaço da sacroilíacas já tá reduzido. Grau IV é a anquilose total, fusão completa das sacroilíacas. Para considerar sacroileíte na radiografia segundo os critérios de NY, tem que ter uma sacroileíte grau 3 unilateral, ou seja, uma alteração do espaço unilateral ou grau 2 bilateral, presença de erosão e esclerose dos dois lados. Sacroilíacas normal, se seguir toda a articulação é possível ver que tem um espaço bom, não tem esclerose de borda, não tem erosão, consegue delimitar completamente a borda. Grau 0 de NY. Olha só aqui na borda, tem o espaço, ele tá presente, porém não conseguimos delimitar com clareza o espaço, e se olhar aqui o espaço deixa de ser presente, não da pra delimitar o espaço, além de esclerose de borda. Grau 3 a direita e Grau 2 a esquerda, de NY. Sacroileíte Grau IV, fusão completa da sacroilíacas, ela não existe mais, está toda fundida. O que a EA causa na coluna? Ela inflama a coluna e o disco, causando a formação de sindesmófito, o que seria o sindesmófito, é como se fosse um osteófito fino no sentido vertical da coluna, então une, uma vértebra a outra e reduz o espaço, assim une uma vértebra a outra causando a coluna em “bambu”. Isso diminui muito a mobilidade da coluna e o pct vai ficando com movimentação em bloco, ele não consegue virar a cervical, por ex. Olha essa coluna cervical toda acometida, ele não consegue fazer o movimento de virar, quando ele vai virar, ele passa a virar em bloco, ele tem que virar o corpo todo para olhar para os lados, então é uma dç altamente limitante se não tratada. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Coluna em “Bambu”. Presença de sindesmófitos unindo as vértebras. Sindesmófitos em perfil, formando como se fosse um bambu. Diminui completamente a mobilidade do pct, movimento de agachar e colocar a mão no chão ta praticamente ausente, muito reduzido. RNM de sacroilíacas Quando vamos pedir ressonância da sacroilíacas do pct? Quando pedimos um Rx e ela tá normal e tem alta suspeita, o pct tem uma clínica de suspeita, tá com lombalgia inflamatória, tá com artrite, tá com dactilite, pediu Rx e tá normal, pode ser o início de uma sacroileíte que ainda não alterou a articulação a ponto de alterar radiograficamente. Na RNM vamos pesquisar por edema ósseo subcondral (setas), essas áreas brancas na RNM, tem inflamação do lado sacral e do lado ilíaco. A EA, diferente da artrite psoriásica, tende a ter acometimento bilateral, a artrite psoriásica tende a ter acometimento unilateral na sacroilíacas. Na RNM da pra ver tb a presença de esclerose, erosões e lesões gordurosas, as lesões gordurosas são lesões crônicas, a parte de edema foi substituída por gordura. Aqui vejo que é edema pois é um STIR, ou seja, tem a saturação da gordura, no STIR oque brilha é o líquido, edema ósseo. Avaliação clínica Para a avaliação clínica, fazemos as medidas a cada 6 meses, para calcular no BASMI, que é uma escala de acometimento deste pct, tem algumas medidas que fazemos para ver o grau de acometimento da espondiloartrite. Uma das medidas é trágus-parede, vamos medir do trágus até a parede, o pct que tem EA avançada, tem a posição do esquiador, fica com a cabeça pra frente, não consegue encostar a cabeça na parede quando ele encosta o tórax na parede. Quanto maior o espaço trágus-parede, mais acometido tá o paciente, Aula digitada Dr. Filipe FAME Edema medular ósseo subcondral. Sacroileíte bilateral aguda. Reumatologia 2021/1 ART Outra medida feita é a lateralização do pct, mede o pct da ponta do dedo até o pé, pede o pct pra descer ao máximo lateralizando e mede na parede. Quanto menor o delta dessa medida, maior é o acometimento, faz em ambos os lados esquerdo e direito. Medimos tb o ângulo da coluna cervical do pct, pede pra virar p ambos os lados completamente, o normal é fazer acima de 45-50º graus, até quase 90º, quanto menor o ângulo, mais acometido tá o pct. Faz o índice de Schober, palpa a crista ilíaca postergo-superior, marca um ponto, marca 10 cm acima do ponto e pede ao pct pra descer o máximo que ele conseguir, essa variação de 10 tem que ficar no mínimo 15, se ficar menor que isso ele já tem uma alteração significativa. Outra medida que fazemos para calcular o BASMI é a distância intermaleolar, colocar o pct deitado na maca e medir de um maléolo ao outro. Quanto maior o acometimento da coluna desse pct, menor é o espaço intermaleolar, menos ele consegue abrir a perna. Pega todas essas medidas e joga no índice pra ver o grau de acometimento, feito de 6 em 6 meses com a EA. Índices compostos para avaliar atividade Para avaliar se o pct tá com dç ativa ou inativa, como saber se ele tá melhorando, se ele tá respondendo ao tto ou se ele não responde tto, existem 2 índices principais, o BASDAI e ASDAS. Nestes índices leva-se em consideração algumas perguntas feitas para o pct, o pct da de 0 a 10, 0 é sem nada e 10 é dor “pior do mundo”. BASDAI: fadiga, dor no esqueleto axial, dos nas articulações periféricas, presença de entesite, intensidade da rigidez matinal, e a duração da rigidez matinal. Não leva em consideração VHS e PCR ASDAS: dor no esqueleto axial, artrite periférica, duração da rigidez matinal, PGA - como o pct está se sentindo, 0 você está ótimo perfeito, 10 você tá muito inflamado, muito mal- e valor do PCR ou VHS. Se o ASDAS der menor q 1,3 consideramos dç inativa, porém se for maior que 3,5 consideramos dç mto ativa, com um grau alto inflamatório, através destes índices conseguimos avaliar se o pct está respondendo ao tto ou não. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ARTTratamento não medicamentoso Fisioterapia, o pct tem que trabalhar a mobilidade do esqueleto axial, tem que trabalhar a cervical, tem que trabalhar a lombar. Perda de peso é importantíssimo, sabemos que quando mais o pct perde peso, melhor a mobilidade, melhor o quadro do pct, ele passa a sentir menos dor, pq sabemos que a obesidade é um quadro inflamatório, e o quadro de EA tb é um quadro inflamatório sistêmico, então se você melhora o peso do pct vc melhora a inflamação sistêmica tb. Atividade física, antigamente falava que atividade para EA era só aeróbico e não podia fazer atividade de carga, de peso, hoje sabemos que a melhor opção para atividade física é o misto, é a atividade aeróbica mais atividade de peso, é puxar peso, ir na academia, malhar com cautela, mas tem que puxar peso, pode trabalhar a musculatura lombar, a musculatura torácica, trabalhar, quadríceps, bíceps, sabemos que a melhor modalidade é a associação. A fisioterapia entra mesmo quando o pct ja tem coluna em bambu? Melhora a mobilidade do pct, mas o pct que ja tem coluna em bambu ele perdeu completamente a mobilidade, não tem o que fazer mais, acabamos mandando para preservar o resto de mobilidade que o pct tem, mas chegou em coluna em bambu passou mto o timing da dç, não pode deixar chegar neste ponto. Tratamento farmacológico A primeira linha são os AINES e eles podem ser dados sobre demanda ou fixo, o que seria demanda? O pct sente dor ele toma, é o pct que tem quadros esporádicos da dor, ou pro pct que sente dor todo dia de maneira fixa, ele vai tomar todo dia. Pode tomar qualquer AINE, a eficácia é a mesma, sempre lembrando do RCV do pct, se o pct é DM e tem uma função renal ruim, ou se ele tem HAS não vamos começar o AINE pra ele, mesmo se começar AINE para esse pct, de uma maneira fixa nós vamos acompanhar esse pct, vamos pedir função renal, vamos calcular o RCV dele em toda consulta, olhar a P.A em toda consulta pra ir acompanhando, então ficar atento a isso. Normalmente EA é uma dç de homens jovens, são homens pouco acometidos por outras comorbidades, então dá pra começar o anti inflamatório de uma maneira tranquila. Pode usar também a sulfassalazina, normalmente é usada em pcts que tem predominância do componente periférico, então no quadro axial ela não tem uma resposta muito boa, tem uma resposta maior no quadro periférico. Metotrexato só tem resposta no quadro periférico, ou seja, na artrite de joelho, cotovelos e tornozelos, não tem efeito na inflamação de sacroilíacas e da coluna. Então só vamos usar o metotrexato quando o pct tem um quadro importante periférico, sem o acometimento axial. A segunda linha de tratamento, o pct que falhou aos AINES, estamos tratando com AINE e os BASDAI e ASDAS continuam muito altos, o pct está queixando muita dor então nós vamos pra segunda linha de tto. Essa segunda linha usa o anti TNF alfa, são anticorpos contra o TNF alfa, que é uma citocina inflamatória, produzida na EA. Vamos tentar o TNF alfa quando já tentamos pelo menos 2 AINES, tentou um AINE por 03 meses e não melhorou, tentou outro AINE por 03 meses e não melhorou então vamos para o anti-TNF alfa. Quais são? Inflizimabe(venoso a cada 2 meses), Etanercept (subcutâneo a cada 7 dias), Adalimimabe(subcutâneo a cada 15 dias), Golimumabe(subcutâneo 1x ao mês) e certulizumabe. Começar qualquer um, a eficácia deles é a mesma em teoria. O que fazemos na prática é a escolha compartilhada, perguntar pro pct qual ele quer tomar, para ele ver qual ele vai se adaptar melhor. Testamos o anti TNF-alfa e o pct não melhorou, pode testar outro anti-TNF alfa, não melhorou vai pro IL-17. A anti IL-17 é uma interleucina pró-inflamatória, gera muita inflamação, o anticorpo contra a IL-17, recebe o nome de “Secuquinumabe”. O pct que falhou no anti-TNF alfa, ou tem contra indicação a ele, vamos passar o secuquinumabe. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Artrite psoriásica(AP) É uma dç inflamatória crônica recorrente na qual ocorre hiperplasia da epiderme e estimulação imune e tem uma prevalência alta de 1,33, sendo que 10 a 30% desenvolvem artrite psoriásica, então ter psoríase significa ter artrite psoriásica? Não, só 10-30% destes pct vão desenvolver a artrite. E quais são os fatores preditivos para desenvolver a artrite psoriásica? Quanto maior a duração da dç, maior a chance de ter artrite psoriásica, quanto maior o envolvimento cutâneo, se teve comprometimento do couro cabeludo, comprometimento ungueal, história familiar e uso de corticoides, maiores são as chances de ter a artrite psoriásica. Quadro clínico Artrite oligoarticular assimétrica ou poliartrite simétrica ou artrite com envolvimento predominante de interfalangiana distal (IFD) ou uma artrite mutilante ou uma dç axial predominante, ou seja, existem varias formas da apresentação da artrite psoriásica, ela pode acometer somente o esqueleto axial? Pode. Somente articulação periférica? Pode. Pode ser mutilante das mãos? Pode. Então são fenótipos diferentes da artrite psoriásica, cada pessoa desenvolve um fenótipo diferente. Sendo que a maior parte dos pcts com artrite psoriásica iniciam com quadro com oligoartrite assimétrica, normalmente de grandes articulações, por ex tornozelo, joelho, um joelho esquerdo e um tornozelo direito e acaba evoluindo para poliarticular, pegando pequenas articulações, então a evolução da artrite psoriásica, normalmente é muito parecida com a AR, porém muito mais agressiva e muito mais erosiva. Normalmente é uma artrite mutilante, com acometimento das IFD são manifestações mais específicas e associam-se com dactilite e pode dar dç ungueal, pode dar acometimento do leito ungueal. O acometimento das IFD chega a 3,9% do quadro de artrite psoriásica na dç inicial, mas mais 54% durante o curso da dç. A dç axial isolada, como única manifestação predominante é rara, normalmente ela pega esqueleto axial e articulação periférica → só 5% vai apresentar dç com acometimento axial único. A entesite ocorre em 20 a 40% dos pcts, então é muito comum acontecer, os locais mais comumente acometidos são a fáscia plantar, calcâneo, ligamentos patelares e ligamentos pélvicos, são os que mais inflamam. A Dactilite pode ocorrer em 30 a 40% dos pcts com artrite psoriásica, pode ocorrer em mãos e pés. Isso daqui pessoal é uma dactilite “dedo em salsicha”, “dedo em fuso”, e é a inflamação dos tecido subcutâneos, ligamentos e tendões de todo o dedo. A uveíte ocorre em até 7% dos pcts com artrite psoriásica e o mais comum é a uveíte anterior, como na espondilite anquilosante. Aqui é uma imagem de uma uveíte, o branco acumulado é chamado de hipópio, o que é? É o acúmulo de pus na câmara anterior, ta produzindo pus e tá se acumulando na câmara anterior, o problema do hipópio é que ele evolui pra sinéquia, ou seja, evolui para aderência, causando aderência, causa cegueira, é um quadro extremamente grave e tem que ser tratado urgentemente com oftalmologista. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART A artrite psoriásica vem muito associada aos distúrbios metabólicos, ou seja, HAS, DM, Dislipidemia, então é uma dç que vem muito associada ao RCV elevado, ela aumenta muito o RCV. E ela também vem muito associada aos distúrbios do humor, principalmente ansiedade e depressão, então o pct com artrite psoriática ele é um pct poliqueixoso, é um pct mais deprimido, por múltiplos fatores, pelo próprio fator da dç inflamatória, pelo fator de ser uma dç crônica, por ser uma dç deformante, por alterar muito a pele, pode pegar rosto, pode pegar couro cabeludo, então isso tudo deixa o pct muito deprimido. Testes Laboratoriais Normalmente o hemograma ta normal, TGO/TGP ta normal, ureia e creatinina ta normal. E o que nós vamos avaliar nos testes laboratoriais da artrite psoriásica, o VHS e PCR normalmente estão elevados em elevado em 50% dos pcts, então tem uma alteração de provas inflamatórias. Normalmente o fator reumatoide normalmentenegativo, acabamos dosando para d.d, para excluir AR, então na artrite psoriásica o fator reumatoide é negativo, faz parte dos critérios diagnósticos. O anti CCP também normalmente é negativo. Exames de imagem Fazemos a radiografia comum, nela pode ter aumento das partes moles, erosões grosseiras com reabsorção óssea e osteoproliferação, erosão grosseira com osteoproliferação é altamente sugestivo de artrite psoriásica, é uma artrite mutilante, causa a presença de osteófitos grosseiros. Pode ter a presença de sindesmófitos e pode ter a presença de sacroileíte que normalmente é assimétrica, pelos critérios de NY. Achados radiográficos A erosão da artrite psoriásica é grosseira, destrói a articulação, causa a presença de osteoproliferação, olha só, uma neoproliferação óssea. Olha essas articulações, todas destruídas, então é uma artrite mutilante, causa uma erosão mutilante. Olha como erodiu a articulação (1), a presença de neoformação óssea, presença de osteófito (2). Este sinal aqui (3) chamamos de Pencil in cup”, que seria a reabsorção óssea em forma de triângulo Ela destrói tanto a articulação que causa estes dedos curtos, olha como pode encurtar o dedo do pct. Lembrando que pega muito a interfalangiana distal e tende a poupar mais a proximal, diferente da AR que pega mais a proximal e poupa a distal Aula digitada Dr. Filipe FAME 12 3 3 Reumatologia 2021/1 ART Diagnóstico Para o diagnóstico da artrite psoriásica, usa-se os critérios CASPAR, segundo esses critérios com 3 ou mais pontos fecha para artrite psoriásica. Pro pct tem artrite psoriásica ele precisa tem psoríase? Não necessariamente, sabemos que a artrite pode acometer o pct anos antes de surgir a psoríase, então o pct pode abrir o quadro com artrite psoriásica e depois de muitos anos abrir um quadro de psoríase, pelos critérios CASPAR se o pct tem HFAM de psoríase ele ganha 01 ponto, não necessariamente ele precisa ter psoríase, se tem psoríase atual, já ganha 2 pontos. Pra ter artrite psoriásica não necessariamente precisa ter psoríase e isso torna o diagnóstico mais difícil, se o pct tivesse que ter psoríase seria muito fácil, pct com psoríase começou a ter artrite é artrite psoriásica e não é assim, temos que desconfiar da AP mesmo o pct não tendo psoríase. Se o pct não tem a psoríase, mas tem a AP, quer dizer que ele vai desenvolver? Não tem como falar com certeza, pq pode começar a tratar e o paciente não desenvolver, começar um anti-TNF alfa e o pct nunca vir a abrir o quadro de psoríase. Distrofia ungueal seria as depressões puntiformes na unha, chamamos de pitting. Onicólise gera 1 ponto, fator reumatoide negativo 1 ponto, dactilite 1 ponto, historia de dactilite 1 ponto e evidência radiológica de neoformação óssea justa-articular 1 ponto. Tratamento No tratamento não medicamentoso a atividade física é importante e reduz o quadro inflamatório sistêmico, a fisioterapia é muito importante melhorar a mobilidade do pct e controlar as comorbidades é um pct que tem alto RCV, então tem que tratar a HAS, tratar o DM e tentar baixar o RCV do pct. Quadro periférico O tratamento medicamentoso é dividido em quadro periférico e axial, no quadro periférico podemos tentar tratar com AINE, Metotrexato - responde bem - a Sulfassaliazina - responde parcialmente - pode fazer a Leflunomida - que é um imunossupressor, usamos mto na AR, podemos tentar o anti- TNF alfa, que é o Certulizumabe, inflaximabe, adalimumabe, golimumabe e etanercept, falhou o anti-TNF alfa, tentamos o anti- IL 17 que é o Secuquinumabe, e ainda na falha do anti IL-17 podemos tentar o anti- IL 12-23, que são IL pró inflamatórias importantes que seria o Ustequinumabe. Quadro axial O quadro axial não adianta fazer metotrexato, não adianta fazer sulfassalazina. Se o pct tem uma artrite psoriásica com acometimento da sacroilíaca, com acometimento da coluna, não adianta fazer metotrexato que não vai resolver. Podemos usar o AINE , falhou o Anti- TNF alfa, falhou pode usar o Anti- IL 17, falhou usa o Anti- IL 12-23. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Artrite enteropática(AE) Outro grupo de artrites que faz parte das espondiloartrites, a artrite enteropática é uma espondiloartrites associadas a dç inflamatória, ou seja, é associada a Dç de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU), tem uma prevalência de até 0,2% da população, sendo que 2,8 a 31% da RCU e DC vão desenvolver artrite enteropática, então cerca de 30% dos pcts com DII vai ter artrite. Tem que suspeitar desses pcts, tá vendo pct com DC começa a ter dor articular, temos que desconfiar da artrite enteropática. Artrite é a manifestação gastrointestinal mais comum do pct com DII. Tem uma incidência entre a 2 e 3ª décadas de vida. Etiopatogenia O que acontece na AE? Vc tem uma dç inflamatória intestinal, RCU ou DC, que gera uma quebra a barreira intestinal com translocação bacteriana e indução de resposta imune com efeitos extraintestinais, ou seja, gera uma inflamação sistêmica, fora do intestino que pode acometer junta, pode acometer olho, pode acometer pele. Então temos varias manifestações extraintestinais das DII. Quadro clínico periférico A artrite enteropática do tipo 01 é uma artrite periférica não deformante, oligoarticular, assimétrica com predomínio de gdes articulações e mmii, ou seja, é muito parecido com o início da artrite psoriásica, o tipo 01 depende da atividade intestinal, ou seja, se o pct ta inativo do intestino, a dç do intestino ta controlada, a artrite ta controlada, o pct começa a ativar a DII a artrite começa a ativar. Já o tipo 02 é uma poliartrite, ou seja, poliarticular, simétrica e predomina em mmss, acometendo pequenas e gdes articulações, ou seja, o tipo 02 é muito parecida com AR e ela independe da atividade intestinal, ou seja, pct pode ta inativo do intestino e ativo da artrite, ou ele pode ta ativo do intestino e a artrite ta inativa. Quadro clínico axial Ainda tem o quadro axial que é uma lombalgia inflamatória causando sacroileíte sintomática que pode progredir com gde limitação, ela é mais comum na DC do que na RCU, pode costuma preceder a enterite, ou seja, pode ter acometimento articular antes de abrir o quadro de DII. O quadro axial independe da atividade intestinal, ou seja, o pct pode ta inativo do intestino e ativo na coluna ou ele pode estar ativo no intestino e inativo na artrite da coluna. Quadro clínico No quadro clínico como nas outras espondiloartrites vamos ter a presença de entesite, dactilite, episclerite, uveíte anterior, normalmente essa uveíte é bilateral e é mais comum no tipo 02 ou axial. Pode ter a presença de eritema nodoso, que é a inflamação do tecido subcutâneo, pode ter a presença de pioderma gangrenoso, pode ter a inflamação da esclera do olho, dessa parte branca do olho, causando episclerite. Pode ter também associação com colangite esclerosante primária Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Aqui são quadros de pioderma gangrenoso, são úlceras feias, acometem bastante o mmii, normalmente é mais de mmii. Aqui é um quadro de eritema nodoso, a inflamação do subcutâneo, são nódulos doloridos e palpáveis no tecido subcutâneo. Aqui uma episclerite, inflamação de toda a parte branca do olho, da esclera. Diagnóstico No dx da AE normalmente tem o aumento de provas inflamatórias, VHS e PCR, o fator reumatoide é normalmente negativo o HLA-B27 é positivo em 70% dos pcts, na espondilite chega a 90%. A calprotectina fecal é um marcador fecal de inflamação, o aumento da calprotectina fecal prediz a possibilidade do pct ter DII, então podemos dosar a calprotectina fecal. No Rx vai ter o aumento de partes moles, uma periostite, normalmente sem erosões ou destruição, ou seja, a artrite da artrite enteropática é muito diferente, da artrite da artrite psoriásica, da AP ela é muito mutilante, muito deformante, muito erosiva, na artrite enteropática ela não éerosiva, normalmente ela não é erosiva. No Rx de coluna e pelve vão ter sinais típicos de EA, que seria a sacroileíte. Tratamento Fazemos o tratamento conjunto com gastroenterologista, não trata AE sozinhos, porque tem a parte intestinal também, tem que ser tratada junto com a parte articular, então normalmente entra junto com o gastroenterologista. Pode usar a Sulfassalazina 2 a 3 g/dia , o AINE tem que tomar muito cuidado, pq o anti inflamatório pode piorar a DII, se entrar com AINE pro pct o gastro não vai gostar, então AINE é só em caso muito específico, de maneira muito criteriosa, normalmente não usamos, se for usar AINE pode dar preferência aos corticóides, responde bem ao corticoide. O metotrexato pode usar, mas como na AP e na EA ele serve apenas no quadro periférico, então se o pct tem uma artrite só de joelho pode pra tratar com metotrexato, se pegou sacroilíaca já não conseguimos tratar com o metotrexato. Podemos usar o anti TNF alfa, lembrando que o etanercept / ETN não mostrou eficácia no quadro intestinal, então se formos usar o anti TNF alfa vamos evitar o ETN, porque queremos tratar o intestino e articulação. Podemos usar o anti IL 17 apenas quadro articular, não trata o quadro intestinal, então não usamos muito e podemos usar o ustequinomabe, o anti IL 12/23, para o quadro intestinal e para o quadro articular. Artrite reativa Antigamente a artrite reativa era chamada de Síndrome de Reiter, mudou-se esse nome pelo Reiter ser nazista, várias dçs da reumato que foram estudadas e descobertas por nazistas mudaram de nome. A artrite reativa é uma artrite transitória não purulenta, ela é reativa, ou seja, causada pela produção de anticorpos durante ou após uma infecção intestinal urogenital, então o pct que tem um corrimento genital por clamídia pode desenvolver artrite reativa, normalmente quem desenvolve são pcts que tem o HLA-B27 positivo, ou seja, interligadas ao HLA-B27, então se for olhar todas as espondiloartrites tem uma associação importante com o HLA-B27. Tem incidência difícil de ser estimada por ser uma dç autolimitada, então muitas vezes ela nem chega no reumatologista, o pct apresenta o quadro, melhora e não chega no reumatologista. Aula digitada Dr. Filipe FAME Reumatologia 2021/1 ART Etiopatogenia 60% dos pcts com artrite reativa são HLA-B27 positivos, que seria o fator de suscetibilidade genética. É causada normalmente pela clamídia, campilobacter, clostridium, salmonella, shiguela e yersínia, ou seja, por infecções urogenitais, ou gastrointestinais, o que vemos na artrite reativa é que não há presença de bactérias nas articulações, ou seja, ela é reativa, não é uma artrite séptica, a bactéria não saí do intestino, por ex, e vai para a articulação. Começamos a produzir fatores inflamatórios e autoimunes contra aquela bactéria, com participação da resposta humoral, que acabam inflamando aquela articulação. A maioria é causada pela clamídia, cerca de 50% é causado por clamídia. E 1 a 3% dos pcts com uretrite desenvolvem a artrite reativa, ou seja, teve uretrite, teve infecção por clamídia, vai desenvolver artrite reativa? Não, é raro, 1 a 3% dos pcts que desenvolvem. Quadro clínico Normalmente surge 1 a 4 semanas após o evento infeccioso, então o pct começou com quadro de uretrite e 1-4 semanas depois vai começar com o quadro de artrite. Geralmente é uma oligoartrite periférica assimétrica, que pega joelho e tornozelo, como na AP e na AE tipo 01. Pode ter acometimento da coluna e sacroilíacas, causando sacroileíte, fusão, sindesmose como na EA. Pode ter aparecimento de entesite e dactilite, inflamação da entese e do dedo. Pode ter a presença da balanite circinada na glande do pênis, lesões descamativas na glande, e também aparecimento de ulceras orais e genitais. Pode ter alterações ungueais similares a psoríase, na mão e nas unhas. Pode ter a presença de pustulose p a l m o p l a n t a r j u n t o c o m conjuntivite asséptica, ou seja a conjuntivite não é causada nem por vírus nem por bactéria. Diagnóstico Não há critérios diagnósticos pra artrite reativa, fazemos o dx pela história clínica e antecedentes sexuais, pct que começou quadro de artrite e tava tendo corrimento a mais ou menos 1-4 semanas atrás podemos desconfiar da artrite reativa, normalmente é uma oligoartrite assimétrica de joelho e tornozelo. As provas inflamatórias normalmente muito elevadas e o HLA-B27 normalmente positivo. Tratamento Tratamos com AINE, identificação do agente causal e faz uso de atb direcionado por tempo prolongado de 3 a 6 meses, então se identificamos um quadro de infecção por clamídia, vamos tratar essa clamídia por 3 a 6 meses, porque tratar por tempo prolongado? Para evitar a cronificação da dç, a dç tende a cronificar, cerca de 30 a 50% pode se cronificar, se torna uma artrite crônica. Nos quadros que se cronificam pode usar o MTX e pode usar também a SSZ, o anti TNF alfa ainda está em estudo, não é confirmado, não tem nada de evidência. Aula digitada Dr. Filipe FAME
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